quarta-feira, 27 de maio de 2020

MEIAS DE NYLON COMPLETAM 80 ANOS


O filme A Primeira Noite de um Homem, de 1967, tem alguns elementos icônicos, como a trilha sonora de Simon & Garfunkel, com musicas como The Sound of Silence e Mrs. Robinson e uma cena na qual a sra. Robinson (Anne Bancroft), sentada à beira de sua cama, tira voluptuosamente suas meias de nylon tentando seduzir o jovem Benjamin Braddock (Dustin Hoffman)


Mas o tema deste post não é cinema, mas sim o nylon, um produto da tecnologia dos anos 1930 e que acabou gerando produtos como as meias usadas pela sra. Robinson, que chegaram ao mercado em maio de 1940.

O nylon é produto das pesquisas do químico Wallace Hume Carothers que trabalhava para a DuPont. Em 1935, quando a empresa convenceu-se de que o nylon teria aplicações comerciais, passou a buscar um nome com o qual comercializa-lo; 400 alternativas foram consideradas, chegando-se enfim a Nylon.

Em 1939, a título de teste, a DuPont disponibilizou um lote de 4 mil pares de meias femininas feitas com o produto, e em 15 de maio de 1940 começaram as vendas nos Estados Unidos, tendo sido vendidos 4 milhões de pares nos primeiros 4 dias de vendas, um sucesso estrondoso. 

Mas logo em seguida começou a guerra, e a fabricação de meias foi paralisada: toda a produção de nylon começou a ser utilizada para produção de material militar, como paraquedas, tendas e cordas. As poucas meias que restaram,  podiam ser compradas no mercado negro, a preços ao redor de 1,5 mil reais de hoje. 

Terminada a guerra, a volta ainda mais estrondosa: em 1945, apenas em nova Iorque, foram vendidos 50 mil pares em seis horas. Enormes filas e tumultos ocorreram nas portas das lojas, com mulheres disputando lugares a tapas e unhadas. 

Nos anos 1950 e 1960, o consumo de meias de nylon seguiu crescendo, tendo a evolução tecnológica permitido o lançamento de meias mais finas, sem costura e meias calça. Mais adiante, o nylon e seus derivados permitiram o surgimento de novas fibras e produtos, como a lycra e os collants.

domingo, 24 de maio de 2020

GAMES: PACIÊNCIA CONTINUA SENDO UM SUCESSO

O game Paciência, chamado em inglês Solitaire, completa em maio 30 anos de existência.

É baseado em um jogo de cartas surgido provavelmente na Alemanha ou nos países escandinavos no século XVIII e que acabou se espalhando pelo mundo. 

Ainda é muito jogado: segundo a Microsoft, sua criadora, são 35 milhões de jogadores mensais e mais de 100 milhões de partidas por dia.

A primeira versão fazia parte do Windows 3.0 e tinha um objetivo simples: ensinar como se utilizar um mouse, agarrando e soltando as cartas na mesa verde - a palavra ainda não existia mas já era um processo de gamificação.

Em 2012, com o Windows 8, o game passou a ser um aplicativo independente, mas mesmo assim, continuou sendo bastante baixado. Foi naquele ano que ele se tornou mais sofisticado, incluindo novos modos e desafios.

Paciência está disponível para Windows, Android, iOS e em versões web.

O jogo foi criado por um estagiário de programação chamado Wes Cherry e pela artista Susan Kare, que fez o visual do jogo. 

O Paciência é reconhecido como um dos clássicos da história dos games e faz parte do The World Video Game Hall of Fame, do Strong Museum, que reúne os grandes títulos da indústria. 

segunda-feira, 18 de maio de 2020

SE A VIDA TE DER LIMÕES, FAÇA UMA LIMONADA

Os tanques de combustível externos são utilizados em aviões como forma de dar-lhes maior autonomia. 

Foram usados intensivamente na Guerra do Vietnã, quando a maior parte dos aviões de caça utilizados pelos americanos estava baseada em porta aviões, portanto longe da área onde seriam utilizados para combater aviões inimigos ou apoiar tropas em terra. Na foto acima, a seta amarela aponta para o tanque externo de um avião baseado no porta aviões USS Constellation.

Esses tanques aumentam significativamente a autonomia  de um caça, mas também acrescentam resistência aerodinâmica e tornam a aeronave mais lenta e menos manobrável; por essa razão, o piloto descarta-os quando se envolve em um combate aéreo ou tenta escapar de um míssil ou da artilharia antiaérea; isso levou a que  milhares de tanques fossem descartados sobre o Vietnã durante aquela guerra.

Os tanques eram produzidos nos Estados Unidos e, para facilidade de fabricação e transporte, eram constituídos por duas partes, que eram encaixadas quando de sua utilização; rapidamente os vietnamitas descobriram que  as duas partes dos tanques se separavam com  facilidade, e então tomaram providências que nos fazem lembrar o velho ditado que dá título a este post: se a vida te der tanques de combustível, faça uma canoa...





LAMBRETTA: TECNOLOGIA PIONEIRA

A história da lendária marca Lambretta começou após a II Guerra Mundial, quando Ferdinando Innocenti, que teve sua fábrica de tubos de aço sem costura situada próxima a  Milão destruída pela guerra, percebeu que  prover um meio barato e seguro de transporte poderia ser um bom negócio.

Innocenti e o engenheiro Pierluigi Torre idealizaram um veículo de baixo custo de produção, barato de se manter, e com proteção melhor que uma motocicleta  em situações de chuva, frio e neve - surgia a Lambretta. 

A produção começou em 1947, depois de um ano de desenvolvimento e teste do novo veículo. A primeira Lambretta  tinha como característica um motor de dois tempos com um único cilindro que permitia percorrer 33 quilômetros com 1 litro de gasolina, um  forte argumento de venda em uma Itália  onde o combustível era caro e raro. 

Outros modelos se sucederam, como a Lambro em 1960 (foto ao lado), mas  fábrica italiana entrou em decadência e cessou sua produção em 1971, embora a Lambretta continuasse a ser produzida sob licença na Argentina, Brasil, Chile, Índia e Espanha, às vezes utilizando a marca Lambretta, às vezes não. 

A maquinaria da fábrica italiana foi comprada pelo governo da Índia, que criou uma empresa chamada Scooters India Limited (SIL) e passou a produzir veículos de três rodas, os chamados tuk-tuks, com a marca Vikram. 

A Lambretta do Brasil S.A. foi instalada em 1955, como uma licenciada da Inocentti, com fábrica no bairro da Lapa em São Paulo.   A produção entre 1958 e 1960, o apogeu da marca, superou 50.000 unidades/ano. 

Aqui também outros modelos foram lançados, mas o   mercado de veículos de duas rodas  se modificava com a chegada das marcas japonesas de motocicletas; a empresa entrou em decadência e acabou falindo  em 1982. 

No Brasil ainda há entusiastas da máquina, com clubes e oficinas que cuidam das que restaram. 

É curioso saber que nenhuma das atuais scooters, conceitualmente idênticas às velhas Lambrettas, usa a marca; abaixo, dois anúncios falando da máquina. 






domingo, 10 de maio de 2020

COMO DIMINUIR A SAUDADE DO ESCRITÓRIO OU SERÁ QUE ESTAMOS FICANDO LOUCOS?

Em tempos normais, enquanto no trabalho, muitos ouviam música para abafar os ruídos normais do escritório.

Agora, em tempos de pandemia, a situação parece que se inverteu: foi criado um aplicativo que reproduz os ruídos típicos de um escritório: conversas, telefones tocando, impressoras etc., - tudo aquilo que poderia matar a saudade dos que estão em home office.

É o I Miss the Office (algo como "tenho saudade do escritório"), com qual podemos até definir o número de pessoas que "estará" conosco.

É mais uma das loucuras da pandemia.  


VAREJO: COMÉRCIO ELETRÔNICO CRESCE MAIS QUE O ESPERADO


A pandemia tem trazido ao comércio eletrônico de varejo resultados muito bons.

As empresas e profissionais de marketing e de tecnologia devem permanecer atentos a esse segmento, pois mesmo após o final da pandemia, os negócios nessa área devem continuar aquecidos, gerando muitas oportunidades; milhões de pessoas estão comprando online pela primeira vez, e provavelmente seguirão comprando, ainda que em menor escala, depois da crise.

Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm) , antes da pandemia estimava vendas de R$ 106 bilhões, um crescimento de 18% para o e-comm, o que já era um número bastante significativo; agora, acredita-se que o crescimento será extraordinário, da ordem de 40%.

Uma pesquisa realizada pela Criteo, uma das empresas líderes  mundiais em marketing para e-commerce e  divulgada  pelo portal Exame, revelou as categorias que tiveram maior crescimento nas vendas de e-commerce neste período de pandemia. Foi uma pesquisa envolvendo 80 países, 2 bilhões de compradores  e  20 mil plataformas de e-commerce. 

Alguns dos resultados, em termos de crescimento, são surpreendentes: 

  • Snacks (salgadinhos, chocolates, biscoitos): 722%
  • Supermercados:  233%
  • Televisores: 191%
  • Notebooks: 193%
  • Pulseiras inteligentes e smartwatches:  513%
  • Produtos para ginástica, ioga e pilates: 387%

Ao invés de chorar, vamos vender lenços!

terça-feira, 5 de maio de 2020

OS OXÍMETROS ESTÃO SE TORNANDO POPULARES

Nestes tempos de pandemia, os oxímetros são equipamentos que estão ganhando visibilidade. 

Um oxímetro preso em um dos dedos da mão, conforme mostrado na foto ao lado, afere os batimentos cardíacos e o nível de oxigênio no sangue, o que pode ser um parâmetro para indicar possíveis problemas de saúde, inclusive COVID-19. 

Em seu visor, o oxímetro mostra a percentagem de oxigênio no sangue da pessoa, que, em tese, pode ir de 0% a 100%; no entanto, o nível normal está entre 95% e 100%. Níveis abaixo de 93% já podem ser considerados um sinal de alerta.  Pacientes com determinadas doenças crônicas, normalmente podem ter um nível de saturação abaixo do normal.

Para chegar à percentagem, o aparelho emite uma luz infravermelha no dedo do paciente, que penetra os tecidos e analisa as hemoglobinas, ou seja, as proteínas responsáveis por transportar o oxigênio no sangue. O uso de esmalte de unhas escuro pode atrapalhar essa medição, assim como mãos muito frias ou medições feitas logo ao acordar. 

Alguns modelos mais modernos tem uma memória interna que registra as medições anteriores e acesso USB. Normalmente usam baterias recarregáveis ou são alimentados por pilhas AA.

É importante lembrar que o oxímetro é um aparelho que apenas auxilia diagnósticos, devendo sempre ser utilizado com orientação médica, sendo que alguns deles recomendam que as pessoas com sintomas de COVID-19 sejam medidas com frequência pelo oxímetro, para antecipar casos graves. 

Atualmente os oxímetros custam cerca de R$ 150 em lojas online.

segunda-feira, 4 de maio de 2020

O VÍRUS "I LOVE YOU" COMPLETA 20 ANOS

O vírus I Love You completa 20 anos - não foi o primeiro vírus de computador, mas foi aquele que mais danos causou até o momento - segundo estimativas da época, infestou 45 milhões de computadores apenas nas primeiras 24 horas e causou danos da ordem de 20 bilhões de dólares, entre prejuízos aos negócios e custos de sua remoção.
Era transmitido por um email que dizia algo como "veja minha carta de amor anexa" - esse anexo era um  script que sobrescrevia arquivos do usuário e mandava cópias de si mesmo para todos os contatos do usuário no Outlook.
O vírus teve origem nas Filipinas, espalhando-se depois, via Hong Kong, para a Europa, Estados Unidos e pelo resto do mundo; causou pânico, que se alastrou pelo mundo.
Em dez dias, mais de 50 milhões de computadores foram infectados, estimando-se que  tenha afetado 10% das máquinas conectadas à internet. Instituições como   Pentágono, a CIA, o Parlamento Britânico e grandes empresas decidiram suspender completamente seus serviços de email em reação à ameaça.
Na atualidade, o combate aos vírus tem extrema importância no ambiente de Tecnologia da Informação e, apesar de o I Love You não ter sido projetado para trazer lucros aos seus criadores, serviu para que nos conscientizamos da importância de cuidados com o assunto, especialmente quanto ao clicar em anexos acerca dos quais não temos certeza do que realmente são. 

domingo, 26 de abril de 2020

APPLE WATCH COMPLETA 5 ANOS

No último dia 24 completou-se o quinto  aniversário do Apple Watch. 
Foi o primeiro produto totalmente novo da "era Cook" na Apple - Tim Cook assumiu o comando da empresa no lugar de Steve Jobs em 2011, e esse novo produto teve uma estréia promissora: antes do lançamento, já havia 1,7 milhões de encomendas, um número muito maior que estava previsto, o que contribuiu para aumentar ainda mais o appeal do novo gadget.
O Apple Watch chegou a um mercado em que já estavam presentes produtos similares dos grandes concorrentes -   Samsung Sony, Lg, Asus e Motorola. Mas esse tipo de produto ainda não havia decolado:   em 2014 foram vendidos 29 milhões de wearables, principalmente relógios; a chegada do Apple Watch levou esse número a 82 milhões em 2015.  
A partir dai as vendas continuaram crescendo: em 2019 foram vendidos 336 milhões de unidades de wearables, das quais cerca de metade são fones de ouvido e similares e 92 milhões são smartwatches. A Apple reina: vendeu 106 milhões de unidades entre Apple Watches, AirPods e  Beats.
Como já dissemos em outro post, apenas os 30,7 milhões de Apple Watchs vendidos em 2019 superaram toda a indústria relojoeira suiça, que não passou de 21 milhões.  
O produto vem evoluindo constantemente, novas funções vem sendo adicionadas - no final de 2019 foi lançado o Series 5. Ao que consta, o objetivo da Apple é que o relógio chegue a um ponto em que as pessoas não mais precisem carregar telefones. 


   

sexta-feira, 24 de abril de 2020

APESAR DE TUDO, ZOOM SEGUE CRESCENDO

A empresa informa que já conta com 300 milhões de usuários, depois de ter encerrado março com 200 milhões - um crescimento realmente impressionante!

Contribuíram as medidas tomadas pelas empresa para resolver os problemas ligados à segurança e privacidade  que foram observados nas primeiras semanas da pandemia - alguns desses problemas parecem ter sido divulgados de forma exagerada por concorrentes, preocupados com o crescimento explosivo do Zoom.

Observe-se que alguns desses concorrentes copiaram algumas das funcionalidades do Zoom: o  modo mosaico foi adotado pelo Google Meet e os fundos de tela personalizado foram incorporados pelo Microsoft Teams. 

Nessa área observa-se também que os usuários aumentaram seu grau de conscientização em relação a regras de etiqueta, como por exemplo não deixar microfone aberto quando não estiver  falando, evitar fazer coisas em paralelo durante a reunião, dress code, iluminação, fundo etc; essas regras evidentemente valem para qualquer  ferramenta similar. 

Em relação ao passado recente, pode-se afirmar que tecnologias como essa certamente continuarão a ser muito mais usadas após o final da pandemia. 


quinta-feira, 23 de abril de 2020

5G CHEGA AO EVEREST

Uma parceria entre a Huawei e as principais operadoras de telefonia celular da China, permitiu a instalação de antenas 5G nas encostas do monte Everest.

Essas antenas, situadas entre 5.300 e 5.800 metros de altitude, aumentam a conectividade na área, que desde 20210 contava com cobertura 3G. 

Na instalação trabalharam cerca de 150 técnicos, que lançaram cerca de 25 km de fibra ótica.

Segundo a parceria, o próximo objetivo é instalar antenas a 6.500 metros, o que permitiria o uso de 5G por alpinistas que atingirem o cume da montanha, a 8.848 metros de altitude.

Essa instalação é feita muito mais por questões ligadas à propaganda do que a interesses comerciais,   e certamente será utilizada pela China na luta pela liderança na área de 5G.   

segunda-feira, 20 de abril de 2020

CELULARES MAIS SIMPLES E BARATOS PARECEM SER UMA TENDÊNCIA

Os principais fabricantes de celulares parece que estão se voltando para smartphones mais simples e baratos - os equipamentos topo de linha já custam cerca de US$ 1.000 ou mais (todos os preços aqui mencionados são os praticados nos Estados Unidos). 

Exemplo dessa nova estratégia parece ser o recente lançamento, pela Apple,  da nova versão do modelo SE, que tem praticamente tudo que os equipamentos topo de linha tem, com exceção de slicker screen, câmeras super sofisticadas e altíssima resolução, tudo isso por US$ 399, enquanto o iPhone 11  tem preço mínimo de US$ 999, podendo praticamente dobrar se o usuário quiser mais espaço para armazenamento, case original e contratar  Apple Care.

A Samsung, cujo Galaxy S20 Ultra 5G, em sua versão básica custa US$ 1.399, com tela de  6.9 polegadas, 128 GB e três câmeras lança o novo   A51, com tela de 6.5 polegadas, 64 GB  e quatro câmeras, por US$ 399. Também lançou lançou uma linha econômica, com preço base de US$ 110. 

A Motorola também anunciou dois novos modelos, com preço de US$ 249 para o Moto G Stylus e US$ 299 para o Moto G Power. 

Ao que parece, essas empresas estão considerando que a imensa maioria dos consumidores precisa e pode comprar apenas equipamentos mais simples e baratos, apesar de todo barulho feito pela imprensa a respeito dos modelos mais sofisticados, que devem continuar disponíveis para os poucos que puderem compra-los. 

 

terça-feira, 14 de abril de 2020

CUIDADO: AUMENTA O NÚMERO DE GOLPES USANDO TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Durante situações como a que estamos vivendo, aumenta o número de criminosos tentando tirar vantagens dos esforços das empresas e pessoas para manterem-se trabalhando. 

Nos Estados Unidos a situação chegou a tal ponto que o Serviço Secreto alertou as forças policiais e autoridades controladoras das atividades bancárias e empresariais acerca do assunto. Pode-se acreditar que a situação em nosso país é a mesma. 

Empresas tem entrado em contato com seus clientes, fornecedores e empregados via email, transmitindo informações acerca de como suas operações serão conduzidas durante a pandemia. 

A frequência desses emails tem aumentado, à medida em que novas situações surgem e as pessoas que os recebem acabam tendendo a acreditar que os remetentes são realmente as empresas com que trabalham e acabam relaxando com relação à segurança, especialmente abrindo anexos sem maiores preocupações. 

Acontece que os anexos enviados por criminosos normalmente acabam permitindo a instalação de software malicioso nas máquinas dos usuários, tornando-os vulneráveis a roubo de senhas, monitoramento de teclados e até mesmo travando máquinas gerando pedidos de resgate para seu destravamento. Esses anexos normalmente são arquivos do Microsoft Office ou do WordPad, que chamam menos a atenção de quem os recebe. 

Evidentemente outros tipos de ataque devem estar ocorrendo, cada vez mais frequentemente. Cabe às empresas e às pessoas tomarem cuidados cada vez maiores. 

segunda-feira, 13 de abril de 2020

APPLE VENDE MAIS RELÓGIOS QUE TODA A SUIÇA

No passado a indústria relojoeira suíça dominava o mercado, sem nunca ter prestado muita atenção à concorrência. Não prestou atenção, por exemplo, ao surgimento dos relógios movidos a bateria, o que quase a levou à extinção. 

Mudanças profundas, que implicaram em fusão de empresas, demissões e mudança de foco, salvaram-na: a indústria concentrou-se em marcas de luxo e na linha Swatch, com os relógios tornando-se acessórios e não mais ferramentas para marcar o tempo - houve uma massiva campanha publicitária para lançar essa linha, como exemplo, o relógio de 13 toneladas colocado em um prédio de Frankfurt, Alemanha. 

Agora, a história se repete com os smartwatches. Em 2004, o grupo Swatch e a Microsoft lançaram o que era um novo relógio de pulso, o Paparazzi (foto ao lado), apresentado como o primeiro smartwatch, que dava ao usuário acesso a notícias, cotações da bolsa e a outros dados por meio do serviço MSN da Microsoft. Mas o Paparazzi foi um fracasso e a parceria entre o então maior fabricante de relógios do mundo e a gigante do software foi desfeita e os suíços voltaram à sua zona de conforto. 

Ultimamente os suíços tem lançado alguns smartwatches, mas sem sucesso, enquanto esse mercado cresce exponencialmente: foram vendidos 300 mil em 2012 e 1,9 milhões em 2013; no ano passado, apenas a Apple vendeu 30,7 milhões de unidades, enquanto toda a indústria relojoeira vendeu 21 milhões. A Apple cresceu 36% em 2019, enquanto os suíços caíram 13%. 

Esses números podem ser explicados pela preferência dos jovens pelos smartwatches e pela capilaridade - esses produtos estão disponíveis através de um número cada vez maior de canais de venda. 

E a Apple está se dando tão bem com seus relógios e outros dispositivos wearables, que no primeiro trimestre de 2020 teve vendas da ordem de US$ 10 bilhões; essa linha pela primeira vez vendeu mais do que a linha Mac. 

Será que os suíços conseguirão se manter relevantes? Acreditamos que não; conseguirão manter apenas linhas de altíssimo luxo, mais joias do que relógios.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

IMPACTOS DA PANDEMIA NAS GRANDES EMPRESAS DE TECNOLOGIA

http://www.radiocidadejundiai.com.br/2020/04/09/cronicas-da-cidade-impacto-da-pandemia-nas-grandes-empresas-com-prof-vivaldo-breternitz/ 

quinta-feira, 9 de abril de 2020

CORONAVIRUS E POLUIÇÃO DO AR


No dia 4 de abril o jornal Estado de Minas publicou um artigo de nossa autoria, conforme imagem ao lado.

O artigo despertou a atenção, e fomos entrevistados pela Radio Nacional (Brasília e Rio de Janeiro), tendo falado do mesmo assunto na data de ontem.

Fica o convite para ouvirem a entrevista neste link

sexta-feira, 3 de abril de 2020

OS NAVIOS FANTASMAS PODEM ESTAR DE VOLTA

São muitas as histórias sobre navios fantasmas, sendo a mais famosa a do Holandês Voador, surgida no século XVII. Diz-se que o capitão do navio, teria insistido - ignorando os protestos de sua tripulação - em atravessar o Estreito de Magalhãesregião  famosa pelo seu clima instável e suas geleiras, os quais tornam a navegação na área extremamente perigosa. 

O capitão teria conduzido seu navio pelo estreito, encarando terríveis tempestades, das quais  teria conseguido escapar por ter vencido o Diabo em um   jogo, mas  utilizando dados viciados. Pela trapaça, o navio e seu capitão teriam sido amaldiçoados, condenados a navegar eternamente pelos oceanos, sempre contra ao vento, causando o naufrágio de outras embarcações que porventura o avistassem.


Mas em breve navios autônomos, sem tripulantes, como o Holandês Voador, poderão estar reduzindo custos e aumentando a eficiência do transporte e de outras atividades marítimas.

Várias empresas estão trabalhando na área. Navios autônomos não precisam de tripulação, cabines, comida ou água potável, o que lhes permite levar mais carga em cada viagem e ficar no mar por muito mais tempo. Segundo a revista Scientific American, o mercado de navegação autônoma vai crescer mais de 40% nos próximos 10 anos, chegando a US$ 130 bilhões anuais em 2030.

Uma empresa trabalhando na área é a Ocean Infinity, que está construindo uma frota chamada Armada. Serão 15 navios, com tamanho entre 69 e 120 pés, que deverão estar em operação no fim deste ano e serão usados para inspeção de infraestrutura submarina, como cabos de comunicação e oleodutos.

Para isso, os navios serão capazes de lançar ROVs (Remotely Operated Underwater Vehicle), pequenos submarinos operados remotamente, que podem captar dados acústicos e imagens a uma profundidade de até  cerca de 6 km.

Mas os navios da Armada não são completamente autônomos: são controlados remotamente por marinheiros experientes, usando conexões via satélite. Além de proteger os navios contra invasões em seus sistemas, a Ocean Infinity também se preocupou com invasões locais, como ataques de piratas. Por isso os navios são programados para manter distância de quaisquer outras embarcações, e tem um deck projetado para tornar difícil uma abordagem.

Outra empresa no setor é a ProMare, que se aliou à IBM para desenvolver um trimarã (embarcação com três cascos: dois cascos mais finos situados aos lados de um casco central maior, muito estável) chamado MAS (Mayflower Autonomous Ship). 

Movido a diesel e energia solar, o MAS  (imagem ao lado) fará uma viagem de demonstração entre Plymouth, na Inglaterra, e Plymouth, em Massachusetts, repetindo a viagem do Mayflower original, o navio que levou os primeiros colonos ingleses para a América do Norte em 1620. Aqui podemos assistir a um vídeo acerca do projeto

A viagem do MAS, prevista para o mês de setembro, deve levar de duas a três semanas.

Diferente da Armada, o MAS é equipado com uma inteligência artificial chamada AI Captain, desenvolvida em parceria com a IBM, capaz de analisar as condições marítimas e meteorológicas e tomar decisões de forma autônoma.

Usando radar, sonar, câmeras e satélites, o MAS pode comparar o que vê com um banco de dados de mais de um milhão de imagens marítimas, gerando um “mapa de risco” que ajuda o “capitão” a reagir a obstáculos, intempéries e tráfego marítimo.

Mais avanços nessa área - esperamos que gerando benefícios a todos e não apenas deixando marinheiros desempregados e empresários mais ricos...



quinta-feira, 26 de março de 2020

SCHWARZER VOGEL - AQUELE QUE SERIA O CARRO MAIS VELOZ DO MUNDO

Hitler, como todos os ditadores, era um megalomaníaco.

Como forma de demonstrar superioridade, decidiu garantir para a Alemanha o record de velocidade para veículos terrestres - esse era um tema muito popular na época.

Assim, lançou um projeto que pretendia construir a Mercedes T80, que seria chamada Schwarzer Vogel (Pássaro Negro) e que deveria chegar a 725 km/h.

O projetista da máquina foi Ferdinand Porsche, o mesmo que desenhou o Fusca - os trabalhos iniciaram-se em 1937.

O T80 teria um gigantesco chassi tubular, para suportar o motor que era usado pelos caças   Messerschmitt Bf-109: um V12 , com 44,5 litros de cilindrada, mas superalimentado por um enorme compressor - tudo isso aumentou a potência original do motor, que saiu de 1.750 CV para  3000 CV. Como apenas o motor pesava cerca de uma tonelada, foi necessário dotar o veículo de três eixos - o comprimento total estava ao redor de 8 metros.

A carroceria foi pensada levando em conta fatores aerodinâmicos, com duas pequenas asas para estabilizar a máquina e o cockpit totalmente carenado - seu peso total chegava a   2898 quilos. 

Os alemães pretendiam quebrar o record de velocidade com o T80 em janeiro de 1940, mas com a chegada da 2ª Guerra Mundial, o projeto foi suspenso. O Schwarzer Vogel foi armazenado na Áustria e após o conflito trazido para o museu da Mercedes em Stuttgart. Curiosamente, nunca chegou a ser pintado de preto, tem uma cor cinza/metálico; a foto abaixo, mostra a máquina no museu:


 
Apenas em 2001 um veículo terrestre superou a velocidade projetada para o T80; naquele ano, o  "Turbinator" chegou a 737,788 km/h, em Boneville, pilotado por Don Vesco, cuja foto aparece abaixo:

 
 

 

segunda-feira, 23 de março de 2020

ANOS 1960: A PUC-RJ SE INFORMATIZAVA

Em sua edição de 24 de janeiro de 1965, O Estado de S. Paulo publicava um anúncio dando conta da instalação do segundo computador na PUC-RJ, um B-200. 

Tratava-se de um anúncio, ao que parece sem muito compromisso com a verdade: dava a entender que a PUC instalara em 1960 o primeiro computador no Brasil, o que não é correto. 

De qualquer forma, era um grande passo; hoje, em tempos de pandemia, as universidades estariam totalmente paradas sem computadores. 

Quanto à Burroughs, transformou-se na Unisys, após absorver outras empresas. 


segunda-feira, 16 de março de 2020

LAVAR AS MÃOS PODE NÃO TER MUITA COISA A VER COM TECNOLOGIA, MAS...

O jornal O Estado de S. Paulo publicou uma interessante matéria da jornalista Roberta Jansen, mostrando como o hábito de lavar as mãos revolucionou a medicina.

Segundo a matéria, até o século XIX, a  ideia dominante era que a lavagem das mãos tirava a proteção da pele; o primeiro médico a perceber que a lavagem das mãos poderia ter um impacto respeitável nas taxas de letalidade foi o húngaro Ignaz Semmelweis (1818-1865) que em 1847 trabalhava no Hospital Geral de Viena. 

O hospital tinha duas clínicas para a realização de partos: uma que era usada no ensino de jovens médicos e outra para o treinamento de parteiras.

A morte de mulheres pela chamada febre puerperal, pós-parto, era muito comum. Mas o médico começou a observar uma diferença de mortalidade muito grande entre as parturientes atendidas por estudantes de medicina e as que eram cuidadas por parteiras. Entre essas últimas, a taxa de letalidade era de menos de 4% contra porcentuais que chegavam a 16% dentre as atendidas pelos estudantes.

Nesta mesma época, um médico amigo de Semmelweis morreu depois de ter sido ferido acidentalmente pelo bisturi de um dos estudantes da clínica durante uma necropsia. Ao fazer a autopsia do amigo, Semmelweis notou que ele morrera de uma enfermidade muito parecida à que acometia as parturientes.

A teoria dos germes não havia ainda sido lançada. Semmelweis, tendo excluído todas as outras diferenças entre as duas clínicas, concluiu que os médicos e estudantes que manipulavam cadáveres estariam levando para as novas mães “partículas cadavéricas” nas mãos. Isso explicava por que as parteiras tinham porcentuais mais baixos: elas não participavam das autópsias.

Diante disso, o médico estabeleceu uma nova política no hospital: todos os médicos e estudantes deveriam lavar as mãos  antes de atenderem as parturientes. O resultado foi imediato e espantoso. Em apenas um mês, o porcentual de mortes caiu para menos de 1%.

Semmelweis chegou a publicar um livro, “Etiologia, Conceito e Profilaxia da Febre Puerperal”. Suas descobertas, porém, não foram bem recebidas entre os médicos. Pelo contrário, muitos zombavam dele. Suas ideias eram o oposto do preconizado e foram rejeitadas pela comunidade científica. Ele morreu aos 47 anos depois de ter tido um colapso nervoso e 14 dias depois de ser internado em um hospital psiquiátrico, onde foi espancado pelos guardas. 

Foram necessários ainda alguns anos até que o francês Louis Pasteur (foto ao lado) confirmasse a teoria dos germes e o britânico Joseph Lister começasse a colocá-la em prática com medidas de higiene durante procedimentos cirúrgicos.

E ainda hoje vemos médicos e estudantes de medicina desfilando pelas ruas usando jalecos - como diz um cartaz em um restaurante de São Paulo que proíbe a entrada de pessoas vestindo jalecos: "Jaleco não é sinal de status - é sinal de falta de educação e higiene"...

domingo, 15 de março de 2020

TECNOLOGIA AMAZON GO À DISPOSIÇÃO DOS SUPERMERCADISTAS - MAIS DESEMPREGO À VISTA



A Amazon vai vender a tecnologia que suporta as Amazon Go, suas lojas que não tem caixa nem atendentes e que começaram a operar nos Estados Unidos em 2018. A informação é da agência de notícias Reuters, que disse que a varejista americana pretende criar um novo negócio vendendo o sistema para terceiros. 

A tecnologia da Amazon usa uma combinação de câmeras e sensores para identificar automaticamente clientes e produtos conforme eles andam pela loja. De acordo com a Reuters, a Amazon tem vários contratos assinados com clientes, mas não revelou os nomes das empresas. A tecnologia será vendida pelo nome Just Walk Out (“apenas saia”, numa tradução livre do inglês). 

O negócio evidencia a estratégia da Amazon de desenvolver tecnologias para uso próprio para depois transformá-las em serviços lucrativos, oferecendo-as a terceiros. A varejista fez isso com armazéns para ajudar na entrega de pacotes e com tecnologia em nuvem para dar suporte a sites.

A tecnologia que a Amazon vai vender para terceiros não será exatamente a mesma usada nas lojas Amazon Go - em vez de usar um aplicativo, os clientes precisarão usar um cartão de crédito para destravar a catraca na entrada da loja.

Os produtos selecionados pelo cliente serão adicionados a um carrinho virtual. Depois disso, a loja cobrará a compra do cartão de crédito assim que o cliente deixar o estabelecimento – o recibo da compra chegará por email. 

Segundo a Amazon, a implantação demora algumas semanas, em função de instalação de hardware e software, criação de bases de dados e  mudança de layout das lojas. 

Surge uma dúvida: como a Amazon usará os dados dos clientes? A empresa, como era de se esperar, diz que só os usará para processar as vendas. A ver...

Outro problema é o aumento do desemprego: apenas uma grande rede varejista no Brasil tem cerca de 90 mil funcionários operadores de caixa; para essas pessoas, o cenário, em futuro próximo é muito ruim.