sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ATENÇÃO: JOVENS ABUSAM DOS FONES DE OUVIDO

O Portal EXAME relata pesquisa efetuada pela Proteste e Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), que mediu o volume do som nos fones de ouvido utilizados por estudantes dos Colégios Marista Arquidiocesano e Dante Alighieri de S. Paulo e verificou que 79,4% dos alunos ouviam música em volume superior a 85 decibéis, limite para evitar lesões auditivas. 
O volume médio aferido pelos pesquisadores foi de 92 decibéis, que pode ser comparado, por exemplo, a uma batedeira. O volume máximo encontrado no caso de um dos estudantes foi de 109 decibéis, índice superior ao ruído feito por uma furadeira.
De acordo com Paulo Roberto Lazarini, médico otorrinolaringologista e presidente da SBO, ouvir música em volume superior ao recomendado por longos períodos de tempo leva a lesões nos receptores da cóclea, estrutura do ouvido responsável por captar os sons.
"A perda auditiva, em menor ou maior grau, acontece a partir dos 50 anos, com o envelhecimento. O que vai acontecer com esses jovens é que poderão ter perdas mais severas ou precoces", afirmou.
Outro resultado que preocupou os pesquisadores foi o tempo de exposição ao som alto nos fones de ouvido. Segundo o estudo, 64% dos estudantes pesquisados ouvem música no fone de ouvido por um período superior a duas horas diárias.
"No intervalo de 90 a 100 decibéis, índice médio que foi medido entre os estudantes, o tempo máximo de exposição não deve ultrapassar a duas horas", disse o presidente da SBO.
Além do risco à audição, o som alto dificulta a percepção do que ocorre ao redor do usuário, aumentando a probabilidade da ocorrência de acidentes, especialmente atropelamentos.
Participaram da pesquisa alunos com idade entre 11 e 18 anos. É dever dos pais orientar seus filhos também nessa área; bons exemplos são particularmente úteis.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Comic Sans faz 20 anos

A fonte Comic Sans, que é usada neste texto, está completando 20 anos. Com milhões de adeptos ao redor do mundo, foi criada pelo designer Vincent Connare.
A Comic Sans foi inicialmente criada para uso no Microsoft Bob, uma fracassada interface gráfica alternativa para PCs. O Bob empregava balões como os de histórias em quadrinhos para exibir mensagens, mas os textos eram escritos em Times New Roman. 
Connare achou que deveria desenvolver, para o Bob, uma fonte mais leve, inspirada nos quadrinhos, mas o software acabou saindo sem ela. Apesar disso, a Microsoft incluiu a Comic Sans no Windows a partir de sua versão 95.  
O aspecto simpático e informal da Comic Sans fez com que fizesse bastante sucesso. Passou a ser usada em aplicações que iam de convites para festas a teses acadêmicas, o que despertou a fúria de alguns puristas da tipografia.
O próprio Connare diz que a fonte não foi criada para uso em textos “sérios”, mas alguns especialistas recomendam seu uso no meio acadêmico, em especial nos slides utilizados durante aulas; em 2010 a   Princeton University  publicou um estudo que concluía que o uso de fontes um pouco mais “difíceis” de ler do que a Arial, por exemplo, faz com que os estudantes se concentrem mais na leitura, consequentemente retendo maior quantidade das informações passadas nas aulas.
Apesar das críticas, em julho de 2012 quando o CERN ( European Organization for Nuclear Research) anunciou a descoberta do bóson de Higgins, seu porta-voz usou a fonte na apresentação da novidade;  em dezembro daquele ano, o vencedor do Prêmio Nobel de física, Serge Haroche, usou a fonte na palestra que marcou o recebimento do prêmio. Outros profissionais trataram o tema com humor, como o casal de designers Dave e Holly Combs que criou o site Ban Comic Sans que pede o  “banimento” da fonte.  
Já, a organização britânica Cancer Research UK aproveitou o vigésimo aniversário da Comic Sans para usá-la na campanha beneficente Comic Sans for Cancer. A organização convidou 500 artistas de 38 países, que desenharam pôsteres comemorativos sobre a Comic Sans e que estão sendo vendidos para arrecadar fundos para a Cancer Research UK.  
Entre a fúria dos puristas e o bom humor de alguns, a Comic Sans segue firme e forte. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

NASA FALA DO AQUECIMENTO DA TERRA

Hoje abordaremos um problema que a tecnologia pode ajudar a minorar: o aquecimento do planeta.   
Alguns cientistas preveem que a temperatura na superfície terrestre pode aumentar de 3 a 10 graus Celsius até o final deste século, principalmente por causa da emissão de gases que geram o efeito estufa, que aprisionando o calor na atmosfera faz a temperatura subir.
Com o aquecimento do planeta, haverá degelo nas regiões polares, extinção de muitas espécies de animais e plantas, aumento do nível dos oceanos; além disso, eventos climáticos mais extremos serão frequentes, como ondas de calor, tempestades etc.
Para conscientizar as pessoas acerca desse e outros problemas ambientais, a NASA criou uma série de animações, a NASA’s Earth Minute (Minuto da Terra da NASA, em tradução livre). 
Hoje trazemos a animação Earth Has a Fever (A Terra está com Febre), que  mostra, por meio da comparação com um ser humano, como o aquecimento do planeta pode trazer graves consequências para a vida de todos os seres vivos.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

NOVAS BATERIAS: CARGA ULTRA RÁPIDA

A revista “Advanced Materials” acaba de publicar um artigo assinado pelos pesquisadores Cheng Xiaodong, Deng Jiyang e Tang Yuxin , da Nanyang Technological University (NTU), de Singapura, informado terem os mesmos desenvolvido uma bateria que demora cerca de 3 minutos para ser recarregada. Outra vantagem da nova bateria seria sua vida útil, que poderia chegar aos vinte anos, contra dois ou três das atuais.
Além da praticidade, a nova bateria reduziria os resíduos
Da esquerda para a direita: Cheng, Tang e Deng
tóxicos gerados pelo descarte das baterias atuais, simplesmente pelo fato de um número muito menor delas passar a ser necessário.
A principal mudança em relação às baterias atuais estaria no fato de que nestas, o polo negativo é revestido com grafite, enquanto que no novo tipo, o grafite seria  substituído por nanotubos de dióxido de titânio, com diâmetro milhares de vezes menor que o de um fio de cabelo.  O dióxido de titânio é abundante na natureza, barato, e aceleraria as reações químicas que acontecem na bateria, permitindo assim uma recarga mais rápida.
A expectativa do cientistas é que a nova bateria chegue ao mercado dentro de dois anos; além de beneficiar usuários de celulares, tablets e notebooks, elas poderiam ser muito úteis em  carros elétricos, que teriam sua autonomia muito aumentada com uma carga de apenas alguns minutos. 

Vamos aguardar.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

COMPUTADOR EDUCATIVO KANO CHEGA AO MERCADO

O computador educativo Kano começa a ser vendido neste mês, ao preço de US$ 150.  Para desenvolvimento do projeto foram levantados fundos na modalidade "crowdsourcing", com pessoas comprando o computador antecipadamente (a preços menores que o de lançamento) - mais  de 13.000 máquinas foram vendidas dessa forma.
Do ponto de vista de hardware, o Kano não traz nada de novo – é um Raspberry Pi Model B, que já apresentamos em nosso post de 25 de junho deste ano (3,8 milhões de Raspberies já foram vendidos) Além do Pi, o kit do Kano inclui um teclado Bluetooth, uma cobertura para o computador, um cabo HDMI e  um cartão SD contendo o sistema operacional.  A máquina é montada facilmente, seguindo-se as instruções de um  manual bastante simples; a cor dos componentes torna a tarefa ainda mais fácil, como pode-se ver no vídeo ao final deste texto.
Mas é graças ao software que o Kano se diferencia. O Kano OS é um sistema   open source cuja interface foi projetada para familiarizar crianças com conceitos de programação através da modificação de jogos.
Clássicos como Pong e Snake podem ser facilmente alterados pelo usuário com um sistema de blocos que lembra o NXT da Lego. Ao altera-los, contudo, a criança está na verdade alterando parâmetros de um código escrito em Python.
Quem quiser experimentar o sistema pode brincar com o jogo Pong neste link. Conforme a criança vence os desafios de modificação propostos pelo Kano, outros exemplos mais complexos vão sendo liberados; o sistema inclui até mesmo uma versão do Minecraft.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

OS BARCOS SEM PILOTO TAMBÉM ESTÃO CHEGANDO

O Cole sendo retirado do Iêmen
A história se repete: necessidades militares  geram novas tecnologias que acabam sendo incorporadas à vida civil. Foi assim com a penicilina, o jato e tantas outras; agora, seguindo esse padrão, estamos assistindo à chegada dos barcos sem piloto.

Navios de guerra são muito vulneráveis quando ancorados ou navegando em águas que lhes dão pouco espaço para manobras, como rios, baias etc. Um exemplo típico foi quando o USS Cole, que no ano 2000, quando ancorado em um porto no Iêmen para receber suprimentos, foi atacado por um pequeno barco-bomba, que foi explodido por terroristas junto ao costado do navio. Dezessete marinheiros morreram e dezenas de outros ficaram feridos.

Um swarmboat em demonstração em um rio
Para evitar situações como essa, a Marinha americana desenvolveu novos procedimentos de guarda e investiu em tecnologia, chegando à criação dos “swarmboats” pequenos barcos infláveis sem piloto, controlados remotamente, que podem atacar barcos suspeitos quando esses se aproximarem de um navio de guerra.

O controlador pode estar no próprio navio, em um helicóptero ou mesmo em terra; usando um laptop ele pode dizer aos “swarmboats” o que devem fazer, especialmente quando atacar, embora estes possam ter procedimentos pré-determinados   para responder de forma ainda mais ágil a qualquer ameaça.

Em breve talvez possamos ter esses barcos ajudando em tarefas como combate à poluição, busca e salvamento e outras tantas. 

Nossa Marinha poderia pensar em tecnologias relativamente simples, como essas, ao invés de gastar fortunas com ferro velho que nos faz passar vergonha, como o porta-aviões "São Paulo", que não tem aviões para portar e nem que os tivesse não consegue sair da baía da Guanabara, do alto dos seus 54 anos de uso.

Por enquanto, vale a pena assistir ao vídeo do Office Naval Research, órgão de pesquisa da Marinha dos Estados Unidos:


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

MAIS TECNOLOGIA NO CAMPO: DRONES E JIPES ROBÓTICOS

Um drone no campo
Nas últimas décadas, a tecnologia tem impulsionado fortemente o crescimento do agronegócio no Brasil. Graças à mecanização, à melhoria das técnicas de plantio e à biotecnologia, o setor já responde por 23% do Produto Interno Bruto, 27% dos empregos e 44% das exportações do primeiro semestre deste ano. Na corrida para aumentar a produtividade, centros de pesquisa e grandes empresas do ramo vêm desenvolvendo e adotando para uso no campo, tecnologias inicialmente desenvolvidas para uso militar. 

Uma delas são os drones, também chamados veículos aéreos não tripulados (Vants), que vêm despertando a atenção dos agricultores brasileiros. Munidos de câmeras potentes, eles usam técnicas de geoprocessamento para identificar, com mais precisão, problemas que possam causar prejuízos às propriedades, como pragas e falhas de plantio.  Os primeiros drones foram usados no monitoramento de culturas como cana-de-açúcar, eucalipto, algodão, soja e milho, mas hoje eles já
 podem ser vistos em pastagens e plantações de frutas cítricas.   

O Curiosity
Além deles, em parceria com pesquisadores da USP, a Embrapa tem outro plano ousado: aplicar, no campo, um equipamento inspirado no jipe robótico Curiosity, usado pela Nasa para analisar rochas em Marte. No Brasil, a tecnologia dispõe de um laser capaz de identificar os elementos químicos que compõem o solo, permitindo, por exemplo, que os agricultores corrijam falhas através do uso de adubos, ainda durante a safra.

Associados a outras tecnologias, como plantadeiras, tratores e colheitadeiras que usam a geolocalização por satélite para aumentar a produtividade, os drones e os robôs certamente ajudarão a tornar o agronegócio brasileiro ainda mais competitivo.