terça-feira, 28 de novembro de 2017

TRANSPORTANDO PASSAGEIROS ACIMA DA VELOCIDADE DO SOM


Os voos comerciais em aviões supersônicos podem voltar em breve. A companhia Boom Supersonic recebeu 76 manifestações de interesse (opções) por sua aeronave supersônica chamada Boom XB-1. A empresa acredita que em 2035 haverá mercado para mil aviões desse tipo. 

A Boom Supersonic está em fase de conversas com 20 companhias aéreas. Em 2018, a empresa vai testar uma versão menor do XB-1 e espera chegar ao mercado em 2025.

O avião seria capaz de atravessar o oceano Atlântico em três horas e meia, em um trajeto de Londres a Nova York - cerca da metade do tempo gasto atualmente. Ele pode viajar com velocidade de até 2.715 km/h e oferece 55 lugares para passageiros.

Sua velocidade de cruzeiro é Mach 2,2 (Mach 1 é a velocidade do som). Com isso, ele é mais veloz do que o Concorde, que viajava a Mach 2.

Os aviões supersônicos são conhecidos pelos altos preços de passagens (custos operacionais elevados, baixo número de passageiros) e e pelo alto nível de ruído que gera no solo, podendo até quebrar vidraças. Já as novas aeronaves supersônicas da Boom Supersonic serão mais silenciosas do que o Concorde, de acordo com a fabricante.

Desde o último voo do Concorde em 2003, os voos comerciais de supersônicos não são mais oferecidos. Em 2000, um acidente com o Concorde matou 113 pessoas, o que ajudou a reduzir a demanda por esse tipo de voo.

Richard Branson, bilionário dono da Virgin, uma grande companhia aérea inglesa, é um dos investidores do avião supersônico comercial. Vale lembrar que Branson (Sir Richard Branson) é um entusiasta da aviação e das viagens espaciais, com investimentos também nas áreas de música, vestuário, biocombustíveis e outros. Com relação ao espaço, disse: "Space has always fascinated me. As a young boy looking up at the stars, I found it impossible to resist thinking what was out there and if I ever would experience space first-hand".

sábado, 25 de novembro de 2017

IMPRIMINDO FOTOS FEITAS COM SMARTPHONES

Durante algum tempo as câmaras Polaroid foram um sucesso: era possível fazer uma foto e imediatamente imprimi-la, ao contrário das demais máquinas da época, em que era necessário enviar o filme para revelação.
As primeiras Polaroids foram lançadas em 1948, ficando em produção até o início de 2008, saindo de linha devido à forte concorrência da fotografia digital. 
Em 2015 a empresa relançou suas máquinas com capacidade de impressãoa Z2300, com impressora integrada, era capaz de fazer uma cópia colorida de 5 por 8 centímetros   em menos de 1 minuto.
Mas agora a lógica se inverte: a Motorola  anunciou um acessório que permite que fotos feitas por smartphones sejam impressas: é o  Polaroid Insta-Share Printer, que permite imprimir fotos no tamanho aproximado de 5 x 8 centímetros. O acessório já está à venda nos Estados Unidos, com preço sugerido de 199 dólares. A Motorola informa o lançamento mundial do Insta-Share Printer para os próximos meses.
Entre os aparelhos compatíveis estão modelos como Moto Z, Moto Z Play, Moto Z2 Play e Moto Z2 Force. Aqui, há um vídeo de divulgação do gadget

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

SR-71: ALTA TECNOLOGIA PROJETADA COM MUITO POUCA TECNOLOGIA






O Lockheed SR-71, conhecido como Blackbird,  foi um avião de reconhecimento estratégico e pesquisa,  operado até 1999 pela Força Aérea dos Estados Unidos e pela Nasa.

O SR-71  é uma maravilha da engenharia. É o mais rápido avião do mundo, voando a cerca de 3.600 km/h, podia atravessar os Estados Unidos em 65 minutos e 54 segundos e atingir uma altitude de cerca de 26 km;  nessa velocidade, a temperatura externa da nave podia chegar a cerca de 565 ºC!

Agora, o que realmente impressiona: fez seu primeiro voo em fins de 1964, tendo começado a  ser projetado nos anos 1950. Os computadores disponíveis na época eram muito pouco úteis para esse projeto, que foi desenvolvido com o uso de pranchetas, lápis, réguas de cálculo, transferidores, compassos e equipamento similar - certamente muitos dos leitores não conhecem esses instrumentos...

Nos anos 2000, a Lockheed, fabricante do avião, submeteu os planos do Blackbird a um aplicativo utilizado para projeto de aviões. O resultado? O software não propôs nada diferente - o design é simplesmente perfeito... 

Não há tributo melhor ao time chefiado pelo engenheiro aeroespacial Clarence L. “Kelly” Johnson (1910-1990), que projetou o avião. Além dessa competência, os times chefiados por Kelly eram famosos por terminarem os projetos antes do prazo estabelecido...

Outro projeto de um time chefiado por Kelly foi o do caça-bombardeiro Shooting Star, que foi utilizado pela Força Aérea Brasileira.






segunda-feira, 20 de novembro de 2017

TECNOLOGIA MUITO ANTIGA, MAS AINDA NA ATIVA: O MONITOR PARNAÍBA.

No jargão naval, a expressão "monitor" designa um navio de bordo muito baixo (para oferecer alvo pequeno ao inimigo), encouraçado e fortemente artilhado. 

Em função do bordo baixo, são pouco utilizados em alto mar, atuando normalmente próximos à costa e em rios. 

O monitor Parnaíba, foi construído no Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, Rio de Janeiro, e lançado em novembro de 1937. Aos 85 anos, é o mais antigo navio da Marinha de Guerra brasileira ainda em operação.  É conhecido como Jaú do Pantanal, pois, como esse peixe, é feio, robusto, feroz e parece ter largura desproporcional ao comprimento. 

Está sediado na Base de Ladário, no Rio Paraguai, desde que entrou em operação; durante a 2ª Guerra Mundial serviu no Atlântico, escoltando comboios.

Atualmente patrulha nossos rios, realizando com frequência operações conjuntas com outros navios de nossa Marinha e de nações amigas, como  Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.

A foto ao lado mostra-o saindo do estaleiro pela primeira vez, ainda em sua configuração original.

No final da década de 1990, passou por grande remodelação, passando a ter mais mobilidade, flexibilidade, autonomia e eficácia, graças à modificação de suas plantas propulsora, de governo e de geração de energia, à modernização de seus sensores e equipamentos de comunicações, à substituição dos antigos canhões por armas mais modernas e pela   instalação de um convés de voo, passando a operar um helicóptero.

Suas principais características são:
  • Deslocamento: 620 toneladas - padrão / 720 toneladas - plena carga
  • Dimensões: 55 m x 10,1 m x 1,6 m
  • Velocidade: 12 nós (22 km/h)
  • Raio de Ação: 1.350 milhas (2.500 km)
  • Autonomia: 16 dias
  • Tripulação: 74 homens
  • Armamento: 1 reparo singelo de canhão 76mm; 2 canhões Bofors 40 mm/70 e 6 metralhadoras Oerlikon 20 mm

É mais um caso de tecnologia muito antiga ainda em serviço ativo - a foto abaixo mostra o Parnaíba em sua configuração atual.
   

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

QUANDO O KINDLE FAZ DEZ ANOS, PARECE QUE O FUTURO DOS E-READERS NÃO SERÁ MUITO BRILHANTE

Em seu célebre artigo intitulado As We May ThinkVannevar Bush propôs o conceito de  e-reader, o Memex (memory + index); em  1968,  Alan Kay previu que, na década de 90, surgiria uma espécie de computador portátil, um livro dinâmico, um aparelho que teria grande capacidade de memória interna e possuiria pequenos cartuchos removíveis que dariam acesso a uma rica biblioteca eletrônica. Essas ideias tornaram-se realidade em 1998, quando foi lançado nos Estados Unidos, pela Nuvomedia,  o    Rocket-ebook.

Mas o conceito realmente decolou quando a Amazon lançou, em Novembro de 2007, seu Kindle. A repercussão foi enorme, o mercado livreiro entrou em pânico: parecia ter surgido um produto que mataria uma tecnologia de 500 anos, o livro em papel.   

Mas o livro tradicional continua, firme e forte e os e-readers ainda não o fazem . Além disso, os e-readers não fazem parte do cotidiano da maioria das pessoas: segundo a consultoria Euromonitor, 131 milhões de aparelhos foram vendidos no mundo desde 2007, e após um pico em 2011, as vendas só caíram (ver gráfico); as projeções também não são brilhantes.

No Brasil, a base instalada é muito pequena: desde 2010 apenas 76,2 mil e-readers foram vendidos aqui, embora muitos usuários comprem o equipamento no exterior.   O ano em que se comprou mais desses aparelhos por aqui foi 2015, com 16,2 mil unidades – em cinco anos, porém, menos de 10 mil dispositivos serão comprados por brasileiros.

Além disso, segundo dados da Câmara Brasileira do Livro (CBL), os e-books – o conteúdo que motiva a compra desses aparelhos – representaram apenas 1,09% da receita das editoras no País em 2016. Ao todo, 2,75 milhões de e-books foram vendidos aqui em 2016, contra 39,4 milhões de livros de papel.

As causas desse desempenho ruim são diversas, principalmente o fato de os leitores vorazes preferirem os livros na forma tradicional, os preços do hardware e do conteúdo ainda serem altos (apesar de existirem inúmeros livros gratuitos), mas principalmente, a falta do hábito de leitura: nos Estados Unidos,   a média de leitura é de 12 livros por ano; no Brasil apenas  4,96 livros.

Outro fator  é o crescimento dos smartphones, não só em quantidade, mas também em tamanho de tela - esses aparelhos permitem a leitura de livros, embora com menos conforto do que com um e-reader. 

Segundo texto de Bruno Capelas e Andre Klojda publicado no Link Estadão, parece existirem dois caminhos para o e-reader: ou segue vivo, como um produto de nicho,  rentável o suficiente para se manter vivo ou  ou será “morto” pelo smartphone. 

Quanto ao livro em papel, em entrevista ao Estado em 2010, o filósofo Umberto Eco disse que o mesmo será um objeto eterno, como a colher, o machado e a tesoura. Na época, foi bastante criticado, mas hoje, sua visão parece  próxima da verdade. Por ironia do destino, quem deveria “matar” o livro de papel pode, na verdade, morrer primeiro que ele...



terça-feira, 14 de novembro de 2017

CHINESES DOMINAM O MUNDO DOS SUPERCOMPUTADORES. JÁ O BRASIL...

Saiu mais uma lista TOP500, que relaciona os 500 mais rápidos supercomputadores do mundo. A China domina a lista, não só com o primeiro colocado mas com 202 entre os 500, seguida pelos Estados Unidos com 143. Esses países obtiveram nesta lista, respectivamente, a melhor e a pior colocação no ranking desde que este foi criado há 25 anos. 

O campeão  é o TaihuLight (foto ao lado), que tem cerca de 41 mil processadores, cada um com 260 núcleos de processamento (totalizando 10,6 milhões de núcleos). Ele também possui 1,3 petabytes (cerca de 1,4 milhões de gigabytes) de RAM, e consome aproximadamente 15,3 megawatts de energia. Com tudo isso,  alcança um desempenho de 93 petaflops (93 quatrilhões de operações por segundo). Algumas de suas aplicações estão nas áreas de defesa, meteorologia, energia atômica, cibersegurança e outras, que os chineses evidentemente não revelam.

Já o Brasil, que  nunca foi uma potência científica,  está ficando ainda mais defasado em relação aos outros. O supercomputador brasileiro Santos Dumont, maior da América Latina, deixou o Top 500.
Não chega a ser surpresa a saída do Santos Dumont do ranking. Em setembro deste ano, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) que opera a máquina, afirmou que a mesma poderia ser desativada no mês seguinte, devido a um corte de 44% no orçamento da instituição - a foto mostra o prédio onde está instalado o Santos Dumont.
No entanto, ainda que esses problemas não existissem, o Santos Dumont sairia do ranking de qualquer forma. A lista de junho colocava o Santos Dumont na 472ª colocação, alcançando um desempenho de 456,8 teraflops (456,8 trilhões de operações por segundo). Já no último ranking, o 500º colocado, Discover SCU11, operado pela NASA nos EUA, alcança um desempenho de 548,7 teraflops.
Inaugurado em janeiro de 2016, o supercomputador brasileiro custou R$ 60 milhões e atualmente é usado por 350 pesquisadores em cerca de 100 pesquisas científicas, inclusive envolvendo doenças como zika, alzheimer e câncer. Na época em que foi ameaçado de desligamento, seu custo operacional era da ordem de R$ 6 milhões por ano, e o orçamento do LNCC para 2017 é de apenas R$ 9 milhões após os cortes.

Pobre ciência brasileira...

domingo, 12 de novembro de 2017

CANADÁ: INTERNET DAS COISAS (IoT) MELHORANDO OS VINHOS

Embora poucos saibam, o Canadá produz vinhos de muito boa qualidade e está trabalhando para torna-los ainda melhores. 

A Bloomberg relata uma aplicação de IoT em uma fazenda na província de Ontário, onde se procura melhorar a qualidade de uvas Cabernt Sauvignon, a serem utilizadas na produção de Icewine, um vinho de sobremesa com alto teor de açúcar, elaborado a partir da desidratação de uvas que foram congeladas enquanto ainda na videira - é um vinho muito caro.

A matéria diz que sensores instalados no vinhedo são parte de um projeto-piloto da Bell Canada, da gigante chinesa de telecomunicações Huawei Technologies e da empresa de software BeWhere, com sede em Toronto.

Os sensores, um pouco maiores do que um iPhone, são carregados por painéis solares. Podem coletar informações, por exemplo, sobre temperatura, níveis de água e umidade para melhorar os cuidados ao vinhedo e ajudar a prevenir doenças da videira. A tecnologia engloba sensores da BeWhere, chips da Huawei e a nova rede sem fio da Bell, a “LTE-M”, uma rede de amplo alcance.

A fazenda pertence ao grupo Henry of Pelham, e seu presidente disse que "não podemos controlar a natureza, por isso temos que trabalhar com ela" e que ”quanto mais entendemos o que a natureza está fazendo, mais podemos melhorar nossas plantações. Essa tecnologia faz isso, e de forma muito barata”.

Se bem-sucedido, o projeto sairá dos vinhedos e será expandido para outros setores da agricultura.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

VAN SEM MOTORISTA BATE NO PRIMEIRO DIA DE TESTES

A cidade de Las Vegas começou a testar na última quarta-feira, 8,  um serviço de vans autônomas. Os testes, porém, começaram mal: duas horas após começar a rodar na cidade, o veículo colidiu com um caminhão. 
Segundo a polícia local, a colisão foi causada pelo motorista do caminhão, em um acidente de poucas consequências, sem feridos. O motorista do caminhão foi multado. 
"O microônibus fez o que tinha de fazer: quando seus sensores registraram que o caminhão estava vindo, ele parou para tentar evitar o acidente", disseram os policiais. 
O veículo autônomo de Las Vegas pode transportar até 12 passageiros e é patrocinado pela Associação Automobilística Americana (AAA); foi projetado pela companhia francesa Navya, e é operado pelo grupo de transporte Keolis. Hoje, as viagens pelo veículo são gratuitas e percorrem a zona dos cassinos, no centro de Las Vegas. 
Segundo a AAA, o veículo tem operadores a bordo, mas que atuam mais como guias de turismo do que como condutores. A ideia do programa piloto é não só testar a tecnologia, mas também entender a reação das pessoas a um veículo sem motorista. 
De acordo com  executivos da Keolis, a empresa espera uma análise técnica do choque, mas pretende recolocar a van nas ruas assim que os reparos aconteçam

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

FORMANDO PROGRAMADORES NOS ANOS 1960


Em 7 de janeiro de 1968, o jornal Folha de S. Paulo publicava um anúncio de um curso de programação de computadores eletrônicos, ministrado por uma empresa que mais tarde se tornou um "Bureau de Serviços", uma empresa que prestava serviços a outras desenvolvendo e processando sistemas; pouquíssimas empresas dispunham de seu próprios computadores. O treinamento de pessoal era feito geralmente pelos fabricantes de computadores que operavam no Brasil na época: IBM, Burroughs (hoje Unisys), NCR e Univac, já há muito tempo fora do mercado. Cursos de graduação na área simplesmente não existiam.

Mais ou menos à mesma época, a SCHEMA anunciava cursos específicos para profissionais que atuariam em ambientes Burroughs, utilizando a "linguagem universal COBOL". 

Na época, as empresas utilizavam basicamente uma ou duas linguagens de programação e um sistema operacional - a ideia desses cursos era dar aos futuros profissionais conceitos acerca do ambiente em que atuariam e das linguagens e sistemas operacionais que usariam. O resto, se aprendia "na raça"; além disso, praticamente todo o material existente estava em inglês. A a Systems preparava pessoal para atuar nos ambientes 1401 e seu sucessor /360, que foram grandes sucessos comerciais.

De tudo que é mencionado nos anúncios, apenas o COBOL segue firme e forte; as demais ferramentas perderam-se na poeira do tempo:  as linguagens RPG (Report Program Generator, na prática, apenas um gerador de relatórios), Autocoder (talvez a primeira linguagem capaz de suportar macros) e Assembler (ainda utilizada em situações muito especiais). O sistema operacional DOS (Disk Operating System) que teve versões que rodaram nas primeiras versões do Windows e o IOCS (Input/Output Control System), ferramenta que permitia que  desenvolvedores codificassem sem se preocupar com os dispositivos em que se localizavam as entradas e saídas de seus programas  (discos, fitas, cartões, impressoras etc) também já não estão entre nós. 

Nosso mundo muda muito...

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

BRASIL CAMPEÃO: TEMOS O iPHONE MAIS CARO DO MUNDO

iPhone X, smartphone mais avançado da  Apple, vai custar a partir de R$ 7 mil no Brasil e, com isso, voltamos a liderar o ranking do maior preço cobrado pelo aparelho no mundo. 

O ranking, feito pelo site "Quartz" no final de outubro, colocava a Hungria como o país com o iPhone X mais caro, quando o preço local é convertido para dólar. Agora, com a divulgação dos  preços cobrados no Brasil, o país europeu caiu para a segunda posição.

Ao converter o preço do iPhone X no Brasil para dólar, o valor chega a US$ 2.129 ou US$ 1.130 a mais do que o valor cobrado para a versão do aparelho com 64 GB de memória nos Estados Unidos. O iPhone X é vendido na Hungria pelo equivalente a US$ 1.455, o que representa um preço US$ 456 superior ao preço do aparelho nos EUA.

O preço altíssimo no Brasil explica por que a Apple tem uma fatia tão pequena do mercado de smartphones por aqui. De acordo com levantamento da consultoria Gartner,  a empresa responde por somente 5,3% das vendas de smartphones no País. A participação de mercado da companhia caiu quase cinco pontos porcentuais desde 2011, quando a Apple vendia o iPhone 4S.

"Os impostos sobre os produtos da Apple os tornam ainda mais caros do que em outros países desenvolvidos, como os EUA", diz ao jornal O Estado de S. Paulo o analista de pesquisas do Gartner, Tuong Nguyen. "Os produtos da Apple só podem ser oferecidos para as classes A e B no Brasil, portanto, a participação da empresa permanecerá limitada quando comparada a outros fabricantes, como Samsung, que têm um portfólio mais amplo de dispositivos e atendem também o mercado de massa." O aparelho custa  US$ 999 nos Estados Unidos e, curiosamente, tem o preço um pouco mais baixo no Japão: US$ 994,67.

Fica a pergunta: vale tudo isso? Ou como dizem por ai, "compramos o que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas de quem não gostamos... Talvez valha a pena refletir sobre nossas respostas ao teste que a revista "Planeta" sugeriu em 2016.









quinta-feira, 2 de novembro de 2017

WAYFARER: O RAY-BAN MAIS VENDIDO, PRODUTO DO DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO

O Wayfarer
Os óculos Wayfarer não foram os primeiros lançados pela Bausch & Lomb, mas são o modelo mais vendido dessa marca.
O primeiro grande sucesso da empresa foi o modelo Aviatoróculos  escuros popularizaram-se na década de 1920, na esteira do rápido crescimento da aviação. Os pilotos sofriam com a intensa claridade acima das nuvens, que ofuscava os olhos e causava  distorções visuais, agravadas pelos raios ultravioleta (UV) e infravermelho (IV); em função disso,    John MacCready, um general da Força Aérea dos Estados Unidos, fez um pedido à Bausch & Lomb, empresa óptica americana fundada em 1849 por J.J. Bausch e H. Lomb: desenvolver tecnologia que protegesse os olhos dos pilotos.
A empresa, depois de dez anos de pesquisas intensas, apresentou  os óculos Anti-Glare Aviator, munidos de lentes verdes de cristal, que bloqueavam um alto percentual da luz visível e também dos raios ultravioleta e infravermelho.
O Aviator
MacArthur
Esses óculos rapidamente passaram a fazer parte dos acessórios básicos dos militares americanos, mas somente em 1937 a novidade ganhou o nome de Ray-Ban e começou a ser comercializada em sua versão civil, batizada de Ray-Ban Aviator, com lentes verde-escuras e armação dourada. Os óculos foram batizados com esse nome pois reduziam a incidência de raios UV e IV, ou seja, baniam os raios (em inglês Ray-Banner, Banidor de Raios) – o formato de suas lentes protege todo o campo de visão dos usuários. O general americano Douglas MacArthur, célebre por sua participação na Segunda Guerra Mundial e na Guerra da Coréia, usava-os constantemente. 

Os Wayfarer foram lançados em 1956 e segundo se diz, o formato de suas lentes, definido pelo designer Raymond Stageman, foi inspirado nas "barbatanas" traseiras dos Cadillacs da época.

Apesar da tecnologia presente em suas lentes, que permitem bloquear 85% da luz solar sem grandes distorções de cor, muito dizem que eles são óculos mais para serem vistos do que para ver. Afinal, entre seus milhões de usuários, estiveram figuras como Jack Nicholson, Muhammad Ali e Marilyn Monroe...