quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A IMPORTÂNCIA DAS MULHERES NA CIÊNCIA E NA TECNOLOGIA

A espanhola Isabel Pascual Ruiz de Alegría se dedica a mostrar que a participação feminina tem sido importante nessas áreas, papel esse que pode crescer se mais mulheres forem incentivadas a dedicarem-se à pesquisa.

Em evento recente, Isabel lembrou algumas figuras femininas muito conhecidas, como a grega Hipácia de Alexandria (360-415), que fez contribuições relevantes nas áreas de filosofia, matemática e astronomia. Sua importância na comunidade em que vivia era tão importante que acabou assassinada em meio a conflitos de ordem política. Historiadores dizem que a data de sua morte marca o fim da Antiguidade Clássica.

Mais recentemente pode-se observar os trabalhos da condessa Ada de Lovelace (1815-1852), que escreveu o primeiro programa a ser processado por uma máquina e a cientista Marie Curie (1867-1934), Prêmio Nobel de Física em 1903 e de Química em 1911.

Mas os trabalhos de muitas outras mulheres não são tão visíveis. É o caso da médica italiana do século XII, Trotula de Salerno, considerada a primeira ginecologista da história por suas ideias revolucionárias na área de ginecologia e obstetrícia, que, além de outros ensinamentos, dizia que os problemas de infertilidade também poderiam vir dos homens e não apenas das mulheres, como se acreditava até então. Seus escritos permaneceram em uso nas melhores universidades europeias até o século XVI.

Algumas inovações mais prosaicas, mas muito importantes na vida diária também foram fruto do trabalho de mulheres: a estadunidense Tabitha Babbitt (1779-1853) inventou a serra circular, e sua compatriota Martha Coston (1826-1904) inventou os sinalizadores pirotécnicos, que salvaram muitas vidas em emergências no mar.

Também devemos o popular jogo Banco Imobiliário a uma mulher, a escritora e empresária americana Elizabeth Magie Phillips (1866-1948), que em 1902 criou The Landlord’s Game, o precursor da versão atual do jogo. O limpador de para-brisas foi inventado pela americana Mary Anderson (EUA), que em 1905 patenteou o dispositivo, criado a partir de uma ideia que teve durante um dia chuvoso, quando viajava de bonde pelas ruas de Nova York.

A secretária americana Bette Nesmith Graham inventou o corretor (conhecido no Brasil como “branquinho” ou “corretivo”), como forma de melhorar a qualidade dos textos que datilografava, deixando de usar a borracha. Sua invenção a levou a criar uma companhia que, em 1979, foi vendida à Gillette por cerca de 170 milhões de dólares em valores atuais.

Outras criações totalmente incorporadas ao dia a dia temos o filtro de café, inventado em 1908 pela alemã Melitta Bentz, e o Kevlar, um material resistente ao calor, cinco vezes mais resistente que o aço e que é usado na fabricação de cintos de segurança, cordas, aeronaves, coletes à prova de bala e em inúmeros outros produtos, inventado pela química americana Stephanie Kwolek e lançado comercialmente em 1971.

Mas nessa época de intenso uso da tecnologia da informação, não se pode deixar de lembrar a atriz e inventora austríaca Hedy Lamarr (1914-2000) que desenvolveu a técnica de salto de frequência, inicialmente destinada a interferir em radares nazistas, mas que foi precursora dos celulares, Wi-Fi, Bluetooth e GPS.

Cabe-nos incentivar as mulheres a se dedicarem à ciência e à tecnologia, bem como lutar contra os preconceitos de que frequentemente são vítimas quando atuam nessas áreas, que alguns ainda julgam ser destinadas exclusivamente aos homens.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

MICROSOFT E GM: PARCERIAS EM CARROS AUTÔNOMOS

Plataforma de Computação em Nuvem da
Microsoft será usada para veículos autônomos da GM; outras montadoras, como a Volkswagen e a Toyota, já usam a Azure.

Veja o texto completo aqui

sábado, 6 de fevereiro de 2021

SATÉLITE AMAZONIA-1 PRESTES A SER LANÇADO


O Amazonia-1, satélite de observação da Terra totalmente construído no Brasil deve ser colocado em órbita em fevereiro - é um passo importante para o país.

Texto completo em https://revistapesquisa.fapesp.br/amazonia-no-espaco/

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

IPANEMA: UM AVIÃO DO QUAL DEVEMOS NOS ORGULHAR

O Ipanema é um avião projetado e produzido no Brasil, sendo utilizado 
principalmente para pulverização de fertilizantes e defensivos agrícolas, atuando também na semeadura, povoação de rios e outras ligadas à atividade agrícola.

A história do Ipanema começa no fim dos anos 1960, quando o Ministério da Agricultura  firmou contrato com a Embraer para fabricação em série   de uma aeronave agrícola, com o objetivo de modernizar o setor ao disponibilizar novas técnicas de produção.

A aeronave surge inicialmente como um projeto do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos e foi testada pela primeira vez na Fazenda Ipanema, no município de Sorocaba em julho de 1970; em  1972 começou a ser produzida comercialmente.

A versão mais atual, o Ipanema 203, é movida a  etanol e é produto de um processo constante de inovação e aperfeiçoamento, buscando atender aos requisitos de alta produtividade e baixo custo operacional. 

Com quase 1.500 unidades entregues, o Ipanema ocupa a liderança do segmento agrícola com 60% de participação no mercado nacional.  No  mês de janeiro foram vendidas oito unidades, o equivalente a um terço do total negociado durante todo o ano de 2020. O bom resultado está sendo impulsionado pelo desempenho favorável do agronegócio brasileiro e as inovações tecnológicas incorporadas na nova versão da aeronave.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

CHIPS ESTÃO EM FALTA

O mundo está prestes a ter que lidar com a falta de mais um produto de primeira necessidade: os chips, que estão no coração de quase todos os equipamentos eletrônicos que utilizamos, desde os supercomputadores e smartphones até alguns brinquedos relativamente simples.

Os setores que mais devem sofrer essa falta são o automobilístico e o de dispositivos eletrônicos, que podem passar a enfrentar atrasos consideráveis no recebimento de chips já nos próximos meses. 

No caso da indústria automobilística, a Ford anunciou a paralisação de uma de suas fábricas nos Estados Unidos, enquanto a General Motors preferiu fazer encomendas que atenderão suas necessidades de chips durante um ano - simplesmente deixou de lado técnicas como just in time.

Diversos fabricantes de chips já estão aumentando preços e atrasando entregas; a curto prazo isso vai impactar diretamente o consumidor final, que além de esperar mais tempo por um determinado produto, terá que pagar mais caro por ele. Isso deve ficar muito visível no mercado de smartphones.

Não há solução rápida para o problema, já que para o aumento da produção são necessários grandes investimentos em equipamentos, que demandam bastante tempo para entrar em operação.

Fabricantes de chips de todo o mundo estão com problemas, tais como a Taiwan Semiconductor Manufacturing Co., maior fabricante mundial de chips para terceiros, a Nvidia Corp., maior empresa americana da área e a NXP Semiconductors NV, fornecedora holandesa de chips automotivos, industriais e de comunicação.

A principal causa dessa falta de chips é a pandemia, que desorganizou cadeias de suprimentos, diminuiu o ritmo de produção e fez com que mais pessoas comprassem aparelhos eletrônicos para trabalhar de casa, especialmente notebooks e smartphones.

Apenas as vendas mundiais de computadores pessoais cresceram 10,7% no último trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior; durante todo ano, o crescimento foi de 4,8%, o maior em dez anos. Além disso, os conflitos entre o governo americano e empresas chinesas contribuem para agravar a situação.

No momento, os prazos para entrega de chips, que antes da pandemia estavam ao redor de 10 semanas, chegam, dependendo do modelo, a 25 semanas, praticamente meio ano.

Acredita-se que a situação seja normalizada até o final de 2022.