terça-feira, 28 de julho de 2015

segunda-feira, 27 de julho de 2015

AUMENTA A PRESENÇA DE ROBÔS NO DIA A DIA DOS JAPONESES

A população do Japão envelhece rapidamente: segundo o censo de 2014, 25% da população - o equivalente a 32,6 milhões de japoneses - têm mais de 65 anos. Os aposentados já são mais que o dobro que os 16,3 milhões de cidadãos abaixo de 15 anos - o que jamais havia acontecido no país.
Devido à queda na natalidade, os idosos deverão ser 30% dos japoneses até 2025. Essa é uma situação de crise, para qual o país não se preparou adequadamente. Como comparação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que, até 2050, a população global com mais de 60 anos fique em torno de 22%.
Essa situação gera problemas de disponibilidade de mão de obra, e as empresas japonesas do setor de tecnologia estão atentas ao problema, trazendo, entre outras soluções, um aumento no uso de robôs, como diz o UOL.
Nos próximos meses, o aeroporto internacional Haneda, em
O robô da  Cyberdyne
Tóquio, colocará em operação onze robôs, encarregados de serviços pesados, como transportar bagagens e limpar os saguões dos terminais. A operadora do aeroporto assinou um acordo com a Cyberdyne Inc. para testar os novos robôs da companhia num ambiente real de trabalho.
Os robôs começam a aparecer em não só em aeroportos, mas em restaurantes, bancos, hotéis e canteiros de obras, mas é provável que eles sejam cada vez mais usados no setor de cuidados de idosos, onde há grande falta de mão de obra.
O robô-enfermeiro Riba (sigla de Robot for Interactive Body
O Riba
Assistance), por exemplo, se assemelha a um urso de pelúcia e foi desenvolvido para ajudar a transportar pacientes. Ele pode erguer mais de 60 quilos em seus braços, reconhece rostos e responde a até 30 comandos de voz.
Outro robô que, num futuro não tão distante, poderá ser encontrado em hospitais e asilos de idosos é o Hospi-Rimo (abreviação de Remote Intelligence and Mobility), criado para atuar como um intermediário na comunicação entre médicos e pacientes com problemas de locomoção. Trazendo um rosto sorridente no monitor, o androide se movimenta de forma autônoma.
A mais recente inovação do setor é o Human Support Robot
O HSR
(HSR), desenvolvido pela Toyota. Com um corpo cilíndrico, braços dobráveis e ampla mobilidade, ele pode apanhar objetos do chão e de prateleiras. Como disse a Toyota em comunicado à imprensa, "a inteligência artificial ainda não é um substituto para humanos quando se trata de cuidar das pessoas queridas; o   HSR pode, por isso, ser operado remotamente por parentes e amigos, com a voz e o rosto do operador sendo transmitida em tempo real."
Ao que tudo indica, a presença de robôs não vai se restringir ao setor de cuidados médicos. A companhia Tmsuk, em parceria com a Alacom, está criando um robô-segurança, capaz de detectar intrusos e que  se locomove a 10 km/h, guiado por um controlador que pode ver as imagens em tempo real - inclusive por telefone celular - e é capaz de neutralizar um estranho, com uma espécie de rede, até que as forças de segurança cheguem ao local.
Já no Hotel Hen-na (na tradução literal "hotel estranho"), robôs uniformizados já trabalham na recepção e levam as bagagens dos hóspedes para o quarto. O estabelecimento foi aberto recentemente em um parque temático nos arredores de Nagasaki, e foi propagandeado como o primeiro hotel do mundo com funcionários androides.
"É difícil estabelecer um ponto de partida para o início da era dos robôs, já que vem havendo certa 'fluência tecnológica', mas eles estão certamente se espalhando em nosso dia a dia", diz Tim Hornyak, autor do livro Loving the Machine (amando a máquina, em tradução livre), sobre a relação dos japoneses com robôs.
Segundo Hornyak, o Japão é há muito tempo reconhecido como líder no setor de robótica doméstica, mas viu essa liderança ser abalada quando a americana iRobot lançou o Roomba, o primeiro robô aspirador de pó.
O Pepper em uma feira no Japão
O especialista se mostra empolgado com a chegada do Pepper, um robô humanoide desenvolvido pela SoftBank. "Ele é notavelmente sofisticado e vem sendo vendido a um preço bastante razoável, cerca de 1.550 dólares mais US$ 260 mês a título de taxa de manutenção", diz Hornyak.
Ele aposta que a habilidade de colocar pratos numa lava-louças, separar roupas sujas ou arrumar a casa pode fazer do Pepper o primeiro robô genuinamente dedicado a serviços domésticos.
"A SoftBank está disposta a perder dinheiro com o Pepper nos primeiros quatro anos, mas, até lá, haverá uma abundância de aplicativos que tornarão a invenção muito mais atraente", conclui.
Realmnente, parece que Rosie Jetson está chegando à nossa vida diária...

sexta-feira, 17 de julho de 2015

TECNOLOGIA DE PRIMEIRO MUNDO: O POLO AUTOMOTIVO JEEP

O Polo - uma vista aérea
Foi recentemente inaugurado em Goiana, Pernambuco, o Polo Automotivo Jeep, construído pela Fiat. São 530 mil metros quadrados de prédios industriais, uma das fábricas de automóveis mais modernas do mundo. Foram investidos mais  de R$ 7 bilhões na planta Jeep e no parque de fornecedores, construído no mesmo complexo. É possível produzir 250 mil veículos por ano – 45 por hora . O Polo  é considerado a fábrica mais desenvolvida da Fiat, onde trabalham 9 mil pessoas e operam 700 robôs.
Do ponto de vista tecnológico destacam-se:
A linha de produção
Prensas. As duas linhas de prensas, com capacidade para 18 estampos por minuto, são extremamente velozes. Com motores elétricos, tornam possível o movimento de enormes pesos com precisão de décimos de milímetros.
Funilaria. Há uma inovação projetada e executada para o Polo com exclusividade. O objetivo era aplicar 100 pontos de solda na carroceria em 60 segundos, em uma única estação – processo que geralmente acontece em três, comprometendo a precisão da geometria e causando problemas futuros, como ruídos. Com o desenvolvimento de 18 robôs no piso e no teto, a meta foi alcançada preservando a qualidade total da peça.
Pintura. Além de consumir menos energia e emitir menos produtos químicos na atmosfera, a inovação nessa área, a tecnologia primerless, assegura a durabilidade da pintura e a qualidade final do veículo.
Montagem. Ferramentas ajudam os trabalhadores a executarem tarefas com conforto – como um software de simulação em 3D de montagem de peças que serve para indicar ao operador a melhor forma e posição para colocá-las; e a acoplagem do powertrain com o carro, que envolve movimentação de muito peso e é feita na linha automaticamente.
Communication Center. Com 11 mil metros quadrados de área construída, localiza-se no centro da fábrica e concentra os resultados físicos de cada etapa da produção, o que assegura tomada de decisão rápida, organização eficiente da planta e aumento no conhecimento do negócio.
Embora os holofotes se voltem para os desafios vencidos com tecnologia e precisão nos processos – afinal, toda atividade crítica que poderia causar danos é realizada por robôs –, há outro fator importante para esse conjunto de excelências, segundo Giuseppe Figliuolo, principal gestor do Polo Automotivo Jeep, que diz: “O coração dessa fábrica são as pessoas. Não é apenas uma das mais inovadoras do planeta do ponto de vista tecnológico, mas também no nível de organização do trabalho”. .