sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

A "INDUSTRIA" BRASILEIRA DE COMPUTADORES - ALGUNS FATOS A LEMBRAR


Sob o título "Imitação facilitada", uma notícia publicada pela Folha de S. Paulo de 13 de abril de 1983 relatava que o preço dos computadores estava cada vez mais baixo, mas que os sistemas operacionais estavam cada vez mais caros: o desenvolvimento de um deles não custava menos que US$ 10 milhões, algo como US$ 25 milhões de hoje, e que esse preço era cada vez maior, pois um "bom programador de sistemas (profissionais para desenvolve-los) custa os olhos da cara"... 


Vivia-se na época a ideia de desenvolver-se esses sistemas no Brasil, assim como fabricar o hardware aqui.  Em função disso, segundo o jornal, os fabricantes brasileiros  de micros viam-se obrigados a "copiar criativamente" os sistemas desenvolvidos fora do Brasil - também estava em vigor a ideia de que cada fabricante de computadores desenvolvesse seu próprio sistema operacional. 

O TRS-80
O Apple II
Essa cópia (ou imitação), segundo o jornal, era facilitada pelo fato de muitos dos micros nacionais eram  "compatíveis (ou simples e descaradamente copiados" das máquinas estrangeiras de maior sucesso, dentre elas o TRS-80 (fabricado pela Tandy) e o Apple II. 

Vale dizer que os nossos fabricantes de hardware eram, na prática, montadores, que quase sempre utilizavam partes contrabandeadas para nosso país. Um pouco dessa história está neste post.

Recentemente o professor americano Jon "Maddog" Hall participou de evento realizado na Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie onde defendeu a fabricação de computadores no Brasil. Isso é importante para nosso país, mas é preciso cuidado para evitar os erros do passado, quando espertalhões ganharam fortunas "fabricando" computadores aqui, sob a proteção de uma Lei de Reserva de Mercado míope, que prejudicou o desenvolvimento de empresas brasileiras que não podiam ter acesso ao que existia de mais moderno (e barato) na área. 

terça-feira, 26 de dezembro de 2017

CHINA: VOA O MAIOR AVIÃO ANFÍBIO DO MUNDO



A agência de notícias Xinhua anunciou o lançamento do AG600, o maior avião anfíbio do mundo. 

Será utilizado principalmente para combater incêndios florestais e em missões de salvamento marítimo, mas também pode realizar missões militares, atuando na região disputada do Mar da China Meridional; pode chegar ao limite mais ao sul das reivindicações territoriais da China na área. 

Tem o tamanho de um Boeing 737, com peso de decolagem máximo de 53,5 toneladas e alcance  de até cerca de 2.800 milhas. Mede 36,9 metros de comprimento e 38,7 de envergadura (distância entre as pontas das asas) e tem uma autonomia máxima de 12 horas. Pode decolar e pousar como um avião comum, mas também pode pousar e decolar em extensões de água de pelo menos 1.490 metros, 198 metros de largura e 2,5 metros de profundidade.

O AG600 pode coletar 12 toneladas de água em 20 segundos e transporta toda essa água em um único tanque. É também capaz de resgatar até 50 pessoas em pleno mar.

Seu desenvolvimento exigiu quase sete anos de trabalho de um grupo de 70 fabricantes de componentes aeronáuticos e equipes de pesquisa de mais de 150 institutos em 20 províncias e municípios chineses.

Aqui, um vídeo da TV chinesa apresentando a máquina.





domingo, 24 de dezembro de 2017

TECNOLOGIA NAVAL MUUUUITO ANTIGA AINDA EM USO

Recentemente falamos sobre o monitor Parnaíba, que aos 80 anos é o mais antigo navio a serviço da Marinha do Brasil. 

Mas bem perto daqui temos, ainda em operação, tecnologia bem mais antiga: a Marinha do Paraguai mantém em operação   o patrulheiro P-01 Capitán Cabral, antigo rebocador construído no longínquo ano de 1907 na cidade holandesa de Haarlem (20 km a oeste de Amsterdam), na desembocadura do rio Spaarne.

Chamado anteriormente "Triunfo" foi rebatizado como “Capitán Cabral”, em homenagem ao capitão de fragata Remigio Cabral, veterano da Guerra do Paraguai. 

Mesmo com velocidade máxima de 9 nós (cerca de 16 km/h), o navio ainda cumpre jornadas importantes: seus 25 tripulantes são rotineiramente acionados para levar o navio a simulações de guerra no Rio Paraguai (com as marinhas do Brasil e da Bolívia), e também para proporcionar ensinamentos de Náutica aos alunos do curso de oficiais de Marinha Mercante do país vizinho.

Medindo 33,9 metros de comprimento, é capaz de operar em águas com no mínimo 2,5 metros de profundidade e está armado com 1 canhão Bofors de 40 mm (antiaéreo), 2 metralhadoras antiaéreas Oerlikon de 20 mm e duas metralhadoras de 12,7 mm.

Perto do Cabral, o Parnaíba (foto abaixo) é novo em folha...


quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

APESAR DE TODOS OS ALERTAS, "123456" AINDA É UMA SENHA MUITO POPULAR

Todos temos uma grande quantidade de sites e serviços que precisamos acessar rotineiramente com o uso de senhas.  Alguns, como internetbanking, por exemplo, devem usar senhas muito fortes, como forma de proteção contra invasões. 
Mas a prática demonstra que a lei do menor esforço costuma ser soberana: em vez de procurarem uma senha forte, muitas pessoas  acreditam que uma senha qualquer, de fácil memorização, é suficiente.  É pensando em reunir os principais exemplos dessa falta de preocupação que uma empresa de segurança digital elabora anualmente uma espécie de "hall of fame"  da falta de criatividade e/ou preguiça online.
Essa empresa, a SplashData, elabora um relatório analisando cerca de 5 milhões de senhas vazadas na internet, principalmente de usuários da América do Norte e  da Europa Ocidental, e que traz  alguns dados  interessantes – como, por exemplo, o fato de que 3% das pessoas ainda usarem como palavra-chave  “123456”; outras senhas muito populares são "admin", "qwerty"  e "password"...
Essa despreocupação não é exclusiva dos usuários de computadores: conhecemos uma pessoa que no verso do seu cartão bancário colara uma etiqueta com a palavra "senha", seguida dos algarismos que a compunham...
O  ranking com as  100 senhas  mais populares de 2017 pode ser visto neste link.

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

BRASIL SEGUE FAZENDO FEIO EM TERMOS DE VELOCIDADE DE ACESSO À INTERNET


A Ookla,  empresa proprietária do Speedtest,  uma das principais ferramentas de medição da velocidade de conexão à Internet, divulgou recentemente informações dando conta que,  nos últimos 12 meses,  a velocidade da internet móvel aumentou globalmente 30,1%,  chegando a uma média de 20,28 Mbps. Já nas conexões fixas, o aumento foi de 31,6%, alcançando uma média de 40,11 Mbps.  

No Brasil, os números seguem pouco brilhantes:  a velocidade média da internet via mobile  chegou a 16,25 Mbps, um aumento de 27,6% em relação ao ano passado; ficamos na 71ª posição no ranking global. Na internet fixa a situação é ainda pior: média de 17,8 Mbps, crescimento de 18,5%, e 79ª colocação no ranking mundial.

Mais informações podem ser encontradas no portal Speedtest.

sábado, 16 de dezembro de 2017

IBM 1287 - PIONEIRISMO EM OCR - OPTICAL CHARACTER RECOGNITION








A edição de novembro de 1966 da revista "COMPUTERS and AUTOMATION" anunciava o lançamento do IBM 1287 Optical Reader, uma revolução para a época. 

A máquina incorporava a tecnologia OCR - Optical Character Recognition, capaz de reconhecer caracteres munuscritos; com ela era possível passar dados a um computador, um IBM /360, grande sucesso de mercado da IBM na época, sem que esses fossem perfurados em cartões ou fitas magnéticas - o processo de entrada de dados era acelerado e tornava-se mais eficiente. 

O anúncio dizia que os dados poderiam ser manuscritos, datilografados, etc. - até mesmo fitas impressas por máquinas de somar ou calcular poderiam ser tratadas!   Dizia também que profissionais que liam leitores de luz e gaz, por exemplo, poderiam anotar os números que depois seriam lidos; telefonistas que trabalhavam com ligações interurbanas poderiam lançar os dados dessas em boletos que seriam depois processados. 

O anúncio dizia que a 1287 vinha sendo testada desde 1962, e que havia lido corretamente as datas de nascimento de 350 mil visitantes do Pavilhão da IBM na Feira Mundial de Nova Iorque, que aconteceu em 1964.

O anúncio termina dizendo algo como "deixe que  lápis afiados cortem seus custos de processamento de dados"...

É um exemplo de como o mundo de TI era extremamente diferente há 50 anos - a imagem abaixo mostra uma 1287 instalada no data center da L'Oreal.







quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

ABSORVENTES ÍNTIMOS: PRODUTO DA 1ª GUERRA MUNDIAL!

Corria o ano de 1914 quando Ernst Mahler, executivo da então pequena empresa americana chamada Kimberly-Clark, visitou fábricas de papel e celulose na Alemanha, Áustria e Escandinávia, interessado em um novo derivado da celulose chamado "Cellucotton".
O material impressionou Mahler, pois era cerca de cinco vezes mais absorvente que o algodão e, quando produzido em massa, saia pela metade do preço. Ao retornar aos Estados Unidos, Mahler registrou o material e, quando esse país entrou na guerra em 1917, a Kimberly-Clark começou a produzir os bandagens para ferimentos usando o Cellucotton.
Porém, o material chamou a atenção das enfermeiras da Cruz Vermelha que atuavam nos hospitais para feridos de guerra, que começaram a usá-lo como absorventes íntimos e esse uso se difundiu.
Quando a guerra acabou, a Kimberly-Clark aproveitou o excedente de curativos dos militares e da Cruz Vermelha para criar os primeiros absorventes higiênicos comerciais com o nome de Kotex. A ideia foi muito inovadora em uma época em que as mulheres ainda usavam pedaços de tecido como absorventes no período menstrual. Interessante é o anúncio ao lado, que apresenta como vantagem do Kotex "simplificar o problema das lavadeiras"...
A marca Kotex, que ainda está no mercado, foi sugerida pela agência de publicidade  Charles F.W. Nichols Company, que atendia a Kimberley Clark e era o resultado da abreviação da expressão  “cotton textile”.

domingo, 10 de dezembro de 2017

O PRIMEIRO DRONE: UM TREMENDO FRACASSO

Nestes tempos que a utilização de drones vem crescendo exponencialmente, vale a pena lembrar aquela que é considerada a primeira dessas máquinas: a Hewitt-Sperry Automatic Aircraft, projetada por Elmer Sperry e Peter Hewitt em 1916-1917, para uso da marinha americana. 

Pretendia-se criar uma espécie de bomba voadora a ser utilizada contra navios. Media cerca de 5,5 metros, pesava 80 quilos e era movida por um motor de 12 hp; era estabilizada e dirigida por giroscópios e por um barômetro para controlar a altitude (dizer que era pilotada seria muito generoso...). 

Seu primeiro voo aconteceu em 6 de março de 1918; a ideia era apontar a geringonça para o alvo e faze-la voar; apesar de muitas tentativas, o projeto foi abandonado em 1925, por nunca ter funcionado de forma satisfatória, apesar de tentativas de controlar a máquina por radio, como acontece na atualidade.    

quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

BAGAGEM INTELIGENTE EM PERIGO

Em meados de 2016 publicamos um post dando conta de que estava próximo o lançamento da primeira componente de uma nova geração de malas, a "smart luggage" (bagagem inteligente), que poderiam fornecer sua localização aos smartphones dos seus proprietários, e despacharem-se automaticamente nos aeroportos.

Essas malas chegaram ao mercado: usando GPS, podem ir informando aos seus proprietários, via celular, coisas como início do descarregamento do avião, chegada à esteira etc. Também podem ser reportadas tentativas de abertura da mala.

Portando malas como essa, os viajantes não precisam enfrentar filas para despachar a bagagem, como atualmente – basta coloca-las em uma esteira, sendo as informações sobre peso e destino transmitidas diretamente à companhia aérea. 
Essas malas também podem ser motorizadas, eliminando a necessidade de carregar ou puxar a bagagem. 
O produto chegou ao mercado, mas empresas aéreas americanas, por orientação da FAA - Federal Aviation Administration, estão começando a exigir que as baterias sejam retiradas das malas antes do despacho ou do embarque, por medo de que ocorram acidentes como  os ocorridos com os celulares Galaxy Note 7 da Samsung, cujas baterias se incendiavam. 
Além da perda do conforto,  as baterias de algumas malas não são removíveis... Ao que parece, aquilo que seria um belo exemplo de aplicação da tecnologia à vida diária está se transformando num "mico", para os fornecedores e para aqueles que adquiriram as malas...

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

FALANDO SOBRE TENDÊNCIAS TECNOLÓGICAS DE UMA FORMA DIFERENTE

Chatbot   é um sistema de computador  que tenta simular um ser humano na conversação com as pessoas. O objetivo é responder as perguntas dessas pessoas de tal forma que as elas tenham a impressão de estar conversando com outra pessoa e não com um sistema. Após receber  uma pergunta em linguagem natural, através de diversos canais, como por exemplo o Facebook,o sistema consulta uma base de conhecimento e em seguida fornece uma resposta, de forma similar à que um humano responderia.


O termo Chatbot surgiu da junção das palavras chatter (a pessoa que conversa) e  bot (abreviatura de robot), ou seja, um robô de software   que conversa com as pessoas.


A Embratel criou um chatbot no Facebook Messenger sobre transformação digital. Batizado como Tecnomagia, seu objetivo é expor de forma didática e com uma linguagem informal conceitos em torno das últimas tendências tecnológicas, como inteligência artificial, Internet das Coisas, cidades inteligentes, carros autônomos, criptomoedas etc.


A conversa com o bot é iniciada com algumas perguntas para traçar o perfil e os interesses do usuário. A partir daí, o robô propõe algumas jornadas de conhecimento sobre tópicos que entende serem mais apropriados para aquela pessoa. A jornada consiste na apresentação de uma série de conteúdos multimídia, conduzidos ao longo da conversa, para explicar cada conceito, entremeados por perguntas ao usuário, mantendo a forma de diálogo.

Em poucas semanas após seu lançamento, sem qualquer campanha de divulgação, o Tecnomagia já conversou com mais de 2,3 mil pessoas. O bot foi desenvolvido pelo estúdio carioca de experiências digitais Outra Coisa.

Já se percebe uma tendência no sentido de que chatbots substituam call centers e estruturas similares; são mais empregos destruídos pelo avanço tecnológico. A esperança é que esse avanço permita o surgimento de novas oportunidades.


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

IBM 1401: O INÍCIO DE UMA NOVA ERA NA COMPUTAÇÃO

Quando os computadores começaram a se popularizar no Brasil, na década de 1960, uma das máquinas mais comuns entre nós era o IBM 1401; não temos informações precisas, mas esse deve ter sido, durante algum tempo, o computador mais utilizado por aqui; nos Estados Unidos dois mil 1401 rodavam em 1961, representando 25% dos computadores instalados naquele país.  Nesse ano de 1961, a IBM começou a montar os 1401 em sua fábrica de Benfica, no Rio de Janeiro; ainda em 1961, o Bradesco instalou uma dessas máquinas, tornando-se (talvez) a primeira empresa privada brasileira a usar um computador.
O 1401 foi lançado em fins de 1959 – cerca de dezesseis mil foram fabricados  até 1971, quando foi substituido pela linha /360. Desde seu lançamento foi um grande sucesso: 5.200 máquinas foram encomendadas nas primeiras cinco semanas que se seguiram ao lançamento; o prazo de entrega era bastante longo. Vale registrar que o 1401 fazia tanto sucesso que o desenvolvimento do /360, que também revolucionaria o mundo da computação, quase foi abandonado pela IBM.
Segundo a IBM, a máquina destinava-se a empresas de pequeno porte (para os padrões americanos da época), que até então utilizavam tabuladoras e outros equipamentos que processavam cartões perfurados; nas grandes corporações, seria utilizado no apoio a sistemas de maior porte, os IBM da série 7000.

Naquela época, a IBM adotava a política de não vender computadores, quase sempre os alugava; o custo do aluguel mensal da menor configuração disponível   estava ao redor de US$ 2.500 (em valores da época; atualmente cerca de US$ 18 mil), incluído o software básico (sistema operacional, utilitários etc.).

Programa em Autocoder para ler um conjunto (deck) de cartões e imprimir seu conteúdo
 
As linguagens de programação mais utilizadas pelos 1401 eram o Autocoder, o FORTRAN, o COBOL e o RPG  (Report Program Generator), uma linguagem que se destinava basicamente a gerar relatórios impressos. Programas escritos para o 1401 continuaram rodando nas novas linhas IBM com o auxílio de programas emuladores;  só a chegada do Bug do Milênio fez com que os mesmos fossem abandonados.
O cartão de 80 colunas e os caracteres utilizados
 
No gabinete da CPU havia uma portinhola que dava acesso a oito chaves com as quais se podia alterar o conteúdo da memória, inserindo instruções no programa que estava rodando. Isso acontecia normalmente quando o programa travava; fazia-se então um dump (impressão do conteúdo) da memória, identificava-se o problema analisando o relatório impresso  e localizava-se a posição para onde devia ser feito um  patch  para que o programa continuasse a rodar!   Chamava-se isso de “fazer cócegas nos bits”.
Uma de suas  grandes novidades  era a impressora 1403, com capacidade de 600 linhas por minuto, uma velocidade assombrosa para a época – esse periférico era tão avançado  que continuou a operar com as famílias de mainframes que sucederam o 1401, quando chegou à velocidade de 1.400 linhas por minuto operando com o Universal Character Set. Mesmo que você nunca tenha pilotado um 1401, se é cria dos /360 ou /370, lembre-se das longas noites passadas nos CPD, testando sistemas ou investigando 'paus', clicando aqui. Só se tornou obsoleta em meados dos anos 70, quando chegaram ao mercado as impressoras laser.
O 1401, em função de sua relação custo/performance ser extremamente favorável à época, marcou o início do efetivo uso dos computadores pelas empresas, abrindo as portas para o cenário atual, não apenas em termos de computação, mas também de desenvolvimento econômico - no final do post, uma foto do gabinete da CPU 1401, hoje no museu da IBM em S. Paulo. Foi também a máquina que colocou a IBM muito à frente de seus concorrentes, gerando a expressão "IBM e os sete anões": Burroughs, CDC, GE, Honeywell, NCR, RCA e Univac.  Desses, falaremos um dia.



25 ANOS DE SMS

Em  3 de dezembro de 1992 o britânico Neil Papworth, então com 22 anos de idade, enviou a primeira mensagem de texto do mundo. Nascia, então, o Serviço de Mensagens Curtas, mais conhecido pela sua sigla em inglês SMS (Short Message Service).

A mensagem enviada por Papworth de seu computador para o colega Richard Jarvis foi bem simples: “Merry Christmas” - um criadores daquilo que se tornaria parte essencial do dia a dia de bilhões de pessoas ao redor do mundo sequer fazia ideia de que havia dado o pontapé inicial em uma das formas de comunicação mais populares de todos os tempos.
Papworth participou da equipe responsável por desenvolver a tecnologia para a operadora de telefonia Vodafone, mas logo outras empresas e marcas passaram a adotar o formato. Com o passar do tempo e a evolução da tecnologia, as mensagens de texto se tornaram cada vez mais populares no mundo dos computadores e dos celulares, com serviços como mIRC, ICQ e MSN Messenger, além dos chats de bate-papo, que popularizaram   formato de conversa por texto em meios digitais.
“Em 1992, eu não tinha ideia de quão popular se tornar enviar mensagens de texto e que isso faria surgir os emojis e os apps de mensagens usados por milhões”, comentou Papworth ao Daily Mail. “Olhando para trás para uma retrospectiva, fica claro que a mensagem de Natal enviada por mim foi um momento-chave na história do mobile.”
Em 1993,a Nokia criou o "bip" que informava o usuário da chegada de uma mensagem. Antes da chegada dos emojis (que foram criados no Japão em 1999), usava-se expressões como 'LOL', para evitar a digitação de frases - LOL significava  'laughing out loud' e 'emoticons' - conjunto de símbolos digitados para mostrar emoções - é classico o :), que significa rindo ou sorrindo. 
Para celebrar a data, Papworth   recriou a primeira mensagem de texto enviada há 25 anos, desta vez usando apenas emojis.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

O CAMINHÃO ELÉTRICO DA TESLA ESTÁ CHEGANDO AO MERCADO


A DHL e a Fortigo Freight Services, uma das principais transportadoras do Canadá, anunciaram que fizeram pedidos do Tesla Semi, caminhão elétrico e semiautônomo anunciado pela empresa de Elon Musk no início de novembro. Previstos para serem lançados em 2019, os veículos serão testados pelas empresas. 

Além disso, a transportadora americana J. B. Hunt e o Wal-Mart anunciaram que farão pedidos do novo caminhão. O Tesla Semi é o mais um passo da empresa tentando criar uma economia menos dependente do petróleo.

Com visual futurista, aerodinâmico, o veículo tem capacidade de carga de 36 toneladas, com quatro motores elétricos, dispostos dois em cada eixo traseiro. Carregado com 36 toneladas, a Tesla diz que o Semi vai de 0 a 96 km/h em 20 segundos. Sem nenhuma carga, o tempo cai para 5 segundos – um Golf GTI precisa de 6,5 segundos para ir de 0 a 100 km/h.

Carregado, tem autonomia de cerca de 800 km (em 30 minutos a bateria pode ser recarregada para mais 600 km); a Tesla garante que o custo benefício para o condutor do Semi é maior que caminhões convencionais: a fabricante diz que o custo total por milha é de US$ 1,26 contra US$ 1,51 de caminhões diesel.

Na cabine, mais novidades: o motorista estará posicionado no centro, como acontece em carros de F1 e a altura no interior da cabine será de 1,98 cm; haverá um assento adicional e provavelmente cama e outras comodidades. Duas telas touchscreen serão o painel e os retrovisores.

O início das vendas ao publico em geral deve acontecer em 2019.