quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

1983: COMPUTAÇÃO ERA UM DOS CURSOS MAIS PROCURADOS NA FUVEST


No final de 1983 a Fuvest divulgou informações acerca dos cursos mais procurados em seu vestibular daquele ano. Computação ficou em sexto lugar, com 7.729 candidatos concorrendo aos cursos oferecidos pela Unicamp, USP   e S. Carlos.


O curso mais procurado era o da USP em S. Paulo, com 3.954 candidatos inscritos que apresentaram como primeira opção uma das 36 vagas oferecidas - na época, os candidatos podiam concorrer a diversos cursos.  

O Prof. Moyses Szajnbok, coordenador da Fuvest à época,  acreditava que "com a presença cada vez maior da informática na imprensa e nas vitrines das lojas", era natural que os estudantes considerassem essa como uma boa opção de carreira; era a época em que os microcomputadores estavam chegando às empresas e as pessoas comuns passavam a ter seus primeiros contatos com eles - a imprensa inclusive já propunha que crianças recebessem computadores como presente de Natal, como se vê na manchete abaixo.


O detalhe é que as máquinas oferecidas em nosso mercado eram "compatíveis" (ou seja, simples cópia) com os Sinclair - por essa razão a palavra "Sinclair" está entre aspas... 

Essas cópias, quase todas montadas no Brasil com peças contrabandeadas, eram oferecidas em anúncios como os que estão abaixo. Para se ter ideia dos preços, a máquina mais cara constante do anúncio custava cerca de 10 salários mínimos da época.  Vejam que já tivemos até mesmo um micro chamado Ringo que era "fabricado" aqui!!!















domingo, 28 de janeiro de 2018

ZUNDAPP JANUS - TECNOLOGIA QUE FELIZMENTE DUROU POUCO


A Zundapp foi fundada em Nuremberg, Alemanha, no ano de 1917. A empresa produzia detonadores, utilizadas pelas forças armadas alemã durante a 1ª Guerra Mundial. Era produto da associação do empreendedor Fritz Neumeyer com o grupo Krupp - a palavra Zundapp vem da junção de  "Zünder und Apparatebau" que significa algo como "aparelho detonador". 

Terminada a guerra, a empresa voltou a pertencer apenas a Neumeyer, que resolveu dedicar-se à produção de motocicletas, até 1984, quando faliu e viu sua marca ser cedida a um grupo chinês. Foram celebres suas motos com sidecar usadas pelos alemães na 2ª Guerra Mundial.

Antes de quebrar a Zundapp tentou se reerguer fabricando diversos produtos, como máquinas de costura e scooters - mas é de um de seus piores produtos que trataremos neste post: o automóvel Janus.

Produzido sob licença da Dornier, que projetara o carro, O Janus tinha duas portas, uma que dava acesso ao banco dianteiro e outra ao traseiro, com as duas abrindo de forma nada convencional, para a frente; os passageiros do banco traseiro, viajavam olhando para trás... O nome vinha do deus  Janus, que era representado pelos romanos com duas faces, uma olhando o passado e outra o futuro. 

A máquina começou a ser produzida em junho de 1957 e tinha um motor com um cilindro de 245 cc. (mais ou menos um quarto dos que equipam nossos carros "mil"); esse motor gerava 14 hp, que em tese (e apenas em tese) poderiam levar o carro a 80 kmh. O motor era central e muito leve, o que fazia que o centro de gravidade do Janus variasse de acordo com o número de passageiros transportado, o que mesmo a baixas velocidades tornava-o um veículo perigoso. 

Em meados de 1958, após vender apenas 6.902  unidades, a Zundapp abandonou o projeto e vendeu as instalações à Bosch. 

 

quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

O DRONE ENLOUQUECIDO: TECNOLOGIA PODE FALHAR

Um drone Hellcat
Nesses tempos em que o uso de drones cresce exponencialmente, vale a pena relembrar um fato ocorrido em 1956 e que por pouco não se transforma em tragédia.  

Já naquela época, os americanos vinham usando aviões antigos, controlados remotamente, para servirem de alvo em treinamentos.

Em 16 de agosto daquele ano, um avião Grumman F6F-5K Hellcat, tecnologia da época da 2ª Guerra Mundial, transformado em drone, decolou de uma pista próxima a Los Angeles; a ideia era que o avião voasse sobre o Pacífico onde serviria de alvo para canhões e foguetes de navios da marinha.

Mas o Hellcat, pintado de vermelho brilhante para evitar erros dos artilheiros, tinha outras ideias: escapou do controle de seus operadores e passou a voar em direção a Los Angeles. 

Em linguagem militar, "tocou terror": o drone poderia cair em área povoada e causar uma tragédia. Para abater o Hellcat, foi despachado o que havia de mais recente em termos de tecnologia de caça: dois F-89D Scorpion, cada um armado com 104 mísseis guiados por computador. 

O drone seguia uma  rota aleatória: voou sobre Los Angeles e sobre outra grande cidade próxima, Santa Clara; os pilotos dos Scorpions precisavam esperar que ele voasse sobre uma zona deserta ou sobre o mar para abate-lo sem causar danos às pessoas no solo.

Finalmente tiveram uma chance: tentaram disparar os mísseis usando os computadores e... nada - o sistema não funcionou! Passaram então a dispara-los usando um sistema manual,  mas algum gênio havia decidido que computadores eram o futuro e não seria preciso equipar o F-89D com um sistema de mira convencional. O jeito era apontar o avião para o alvo, puxar o gatilho manual e rezar para acertar. Não adiantou; os pilotos  dispararam todos os 208 mísseis, não acertaram nenhum e o Hellcat seguia voando. 

Próximo do aeroporto de Palmdale, o combustível do drone acabou e ele caiu em uma área deserta.  O Hellcat não causou nenhum dano, mas com os 208 mísseis a história foi outra: provocaram um incêndio florestal que precisou de dois dias e 500 bombeiros para ser extinto. Destruiriam também  depósitos de combustível, danificarem casas e automóveis e destruíram um caminhão. Felizmente ninguém morreu ou ficou ferido seriamente.

Para a Força Aérea, foi um mega vexame: dois caças de última geração não conseguiram destruir um avião antigo, ainda movido a hélice. 

Mas os americanos vinham pesquisando drones há muito tempo, tendo começado com um grande fracasso, como pode ser visto aqui; na atualidade, jatos são utilizados dessa forma, como podemos ver neste post.



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

TECNOLOGIA NÃO É SÓ COISA DE ADULTOS

Segundo o canal  CNN Money, o americano Taylor Rosenthal, de 14 anos, rejeitou uma proposta de US$ 30 milhões (cerca de R$ 108 milhões) para vender sua ideia de startup: uma máquina de venda automática de produtos para primeiros socorros.

Conhecido como o CEO mais novo dos Estados Unidos, ele afirma que só poderia considerar uma oferta acima de US$ 50 milhões. A visão do jovem empreendedor  parece não ser nenhuma ilusão, visto que sua ideia já recebeu investimentos totais de US$ 100 mil.
Sua empresa RecMed surgiu em 2015 durante um projeto para o colégio. Ao perceber a dificuldade que tinha em encontrar curativos quando se machucava jogando beisebol, o garoto imaginou que seria uma boa ideia oferecer produtos farmacêuticos simples em máquinas parecidas com as de refrigerante, como a da foto acima.
O conceito da RecMed fica ainda mais claro em um vídeo estrelado pelo próprio Rosenthal. Utilizando como exemplo um parque de diversões, ele explica que muitas crianças acabam se machucando ou passando mal durante o passeio. Desse jeito, em vez de os pais perderem o precioso tempo atravessando o parque para chegar à enfermaria, bastaria visitar uma máquina da RecMed para conseguir um curativo ou remédio para enjoos - alguns dos produtos contidos na máquina estão na foto ao lado.
Cada máquina da RecMed é vendida por US$ 5,5 mil. Há informações de que a maior rede de parques temáticos do mundo, a Six Flags, recentemente fechou um pedido de 100 máquinas, totalizando o valor de US$ 550 mil (quase R$ 2 milhões).

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

EM 1983 MOUSE E TOUCHSCREEN ERAM NOVIDADES




Hoje em dia, é difícil conseguir pensar em computadores sem mouses e tablets e smartphones sem touchscreen. Mas nem sempre foi assim. 

Em outubro de 1983, a imprensa noticiava o lançamento do HP-150, que era baseado no microprocessador Intel 8088. Não era compatível com IBM PC, embora fosse possível utiliza-lo com o MS-DOS. A CPU 8088, de 8 MHz, era mais rápida que a de 4,77 MHz da época utilizada nos IBM PC.

O HP-150 tinha como opcionais dois drives de disquetes de 3 1/2 polegadas - os primeiros comercializados nos Estados Unidos. Não era propriamente touchscreen como entendemos hoje, mas tinha uma tela CRT de 9" da Sony, que era envolta em emissores de raios infravermelhos que detetavam na tela a posição de qualquer objeto não transparente. As telas CRT (Cathode Ray Tube) eram utilizadas nos antigos aparelhos de TV e computadores, e que foram substituídas pelas telas de cristal líquido.

A matéria fazia menção a "um dispositivo extra-teclado inventado pela Xerox e batizado de mouse", que era utilizado pelo computador Lisa, da Apple, que fora lançado em janeiro daquele ano.

Parece que foi a mais de um século...  

domingo, 14 de janeiro de 2018

VALE A PENA PAGAR US$ 16 MIL POR UMA MÁQUINA CAPAZ DE DOBRAR E ORGANIZAR SUAS ROUPAS?

Tirando algumas raras exceções, ninguém gosta muito de ter que dobrar e organizar as roupas depois de lava-as. Mas o Laundroid, um robô  mostrado na CES 2018, mostra que é possível executar esse trabalho usando inteligência artificial. Vale lembrar que a CES- Consumer Electronics Show é a maior feita do gênero em todo o mundo e foi aberta em 9 passado em Las Vegas; em edições anteriores foram lançados no evento, entre outros,   o videocassete (1970),  o Pong (1975),  o Nintendinho (1985),  o Xbox (2001) e o Blu-ray (2004). 

A descrição do Laundroid dada pelo site The Verge chega a ser cômica pelo nível de complicação envolvido em uma tarefa que os humanos conseguem cumprir sem grandes problemas: “a máquina usa múltiplos braços robóticos para pegar roupas, que são escaneadas por câmeras. O equipamento é conectado à rede Wi-Fi, com a qual ele pode se conectar a um servidor para usar inteligência artificial para analisar o objeto, utilizando uma rede neural composta de 256 mil imagens de diferentes roupas. Os braços robóticos então determinam a melhor forma de manusear a peça, como ela deve ser segurada e como deve ser dobrada. Em cerca de duas horas será possível  terminar de dobrar uma carga de roupas, já que uma única camiseta leva entre 5 e 10 minutos para ser dobrada”. 

Evidentemente, a máquina exibida  ainda está em fase de protótipo,  ela ainda não é capaz de funcionar com qualquer peça de roupa. Segundo a publicação, a Laundroid foi capaz de dobrar adequadamente uma série de peças com cores fortes, mas não foi capaz de reconhecer uma camiseta de cor mais neutra, como um cinza escuro, que acabou não sendo dobrada.

A ideia da Laundroid é ir um pouco além de apenas dobrar. Com as técnicas de inteligência artificial, a máquina é capaz de reconhecer e catalogar cada uma das peças de roupas que está dobrando coletando informações como tipo de roupa, tamanho, cores, que permite organizar as peças de diversas formas e categorizá-las, por exemplo, por membros de uma família. É como um organizador de guarda-roupas automático.

Exagero ou não, o fato é que a Laundroid ainda é para poucos. A máquina que dobra e organiza roupas de forma automática custa US$ 16 mil, de forma que provavelmente ainda vale mais a pena fazer esse trabalho manualmente, ou contratar alguém para faze-lo

Esta é a segunda geração da máquina - aqui temos um vídeo que mostra-a em operação.

De qualquer forma, é um exemplo de até onde a robótica e a inteligência artificial podem vir a nos ajudar. 

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

DATA CENTERS DO GOOGLE: APENAS ENERGIA SOLAR E EÓLICA


A Google anunciou recentemente que todos os seus data centers estão funcionando apenas  com energia solar ou eólica. 

Esse tema, o consumo de energia por computadores, é pouco conhecido do público em geral, apesar de sua importância: na atualidade, apenas as atividades de mineração de bitcoins consomem mais energia do que toda a Sérvia, por exemplo - o impacto do consumo de energia para processamento de dados sobre o meio ambiente é imenso, quer pelos efeitos gerados pelo uso de combustíveis fósseis para geração de eletricidade, quer pelo calor gerado pelos computadores, que precisam ser constantemente refrigerados, também consumindo eletricidade. 

Vale lembrar que boa parte da energia elétrica utilizada no mundo vem da queima de petróleo e carvão, atividade altamente poluidora, que consome recursos finitos.

Mas a empresa não foi para as energias renováveis apenas por preocupações com o ambiente: um dos principais motivos para que a Google optasse pelo uso das mesmas é a redução dos custos de energia, que fica entre  60% e 80%, dependendo da localização dos data centers.



segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

FALTA DE MÃO DE OBRA BEM FORMADA EM COMPUTAÇÃO: PROBLEMA ANTIGO


A Folha de S. Paulo de 6 de abril de 1983 já tratava de um problema que persiste: a falta de profissionais de TI; segundo o jornal, em 1988 faltariam 20 mil em nosso país. 

De lá para cá, o problema só se agravou: segundo a Softex, esse déficit será de 400 mil em 2022.   

Mas ao mesmo tempo em que acenava com um futuro garantido para as pessoas que pretendiam entrar na área, o jornal alertava para a qualidade dos cursos, falando que alguns deles eram "picaretagem", chegando a prometer ensinar BASIC (a linguagem mais popular na época para máquinas de pequeno porte) em 20 horas.

Esse problema também persiste: vamos inúmeras instituições de ensino apresentando cursos de nível baixíssimo; empresas com que trabalhamos preocupam-se seriamente com o assunto. 

É um tema acerca do qual devemos alertar os jovens que pretendem vir para nossa área. 

O jornal também falava da necessidade de vocação para a área, afirmando que "computador é profissão do tipo ame-a ou deixe-a" - isso é muito verdadeiro!!!

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018

SPUTNIK - UMA REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA


Há exatamente 60 anos, em 4 de janeiro de 1958, reentrando na atmosfera, destruiu-se, conforme programado, o  Sputnik 1, que foi o primeiro satélite artificial da Terra. Ele foi lançado pela União Soviética em 4 de outubro de 1957, tendo partido do hoje chamado  Cosmódromo de Baikonur, instalação de onde a Russia lança suas missões espaciais.

Seu lançamento causou imensa repercussão em todo o mundo, especialmente nos Estados Unidos, que temiam ficar atras dos soviéticos em áreas de interesse militar. A palavra Sputnik, em russo, era grafada "Спутник" e significava simplesmente "satélite".   

O Sputnik 1, era uma esfera de metal polido, com quatro antenas e  diâmetro de aproximadamente 58,5 cm; pesava 83,6 kg. Foi lançado para gerar conhecimentos que tornaram possíveis as missões espaciais tripuladas. A função básica do satélite era transmitir um sinal de rádio, um "bip", que podia ser sintonizado por qualquer radioamador nas frequências entre 20,005 e 40,002 MHz; esses sinais foram emitidos continuamente durante 22 dias até 26 de outubro de 1957, quando as baterias do transmissor se esgotaram esgotaram.

Aqui se pode encontrar uma interessante animação sobre a missão Sputnik. 



quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

TECNOLOGIA DISRUPTIVA: ELEVADORES MAGNÉTICOS


Uma das maiores fabricantes de elevadores do mundo está acelerando os testes do primeiro sistema a funcionar sem cabos. O elevador futurista da Thyssenkrupp desafia um design básico que praticamente não mudou durante séculos: ao invés de usar cabos e roldanas, ele se move pelo poço com a ajuda de ímãs - a ilustração ao lado dá uma ideia de como a máquina funcionará.

Chamado Multi, o elevador com levitação magnética, cujo primeiro uso comercial está programado para 2020 em um edifício de Berlim, colocará a empresa alemã de engenharia um passo à frente das rivais Otis, Kone e Schindler Holdings. A Thyssenkrupp, quarta maior do mundo em vendas de elevadores, aposta que o Multi lhe trará vantagens nos próximos anos, quando o mercado – estimado em 60 bilhões de euros (US$ 71 bilhões) – deverá crescer  devido à demanda por edifícios altos em centros urbanos densamente povoados.

“Hoje, a principal vantagem da Thyssenkrupp é ser a primeira nesse campo”, disse David Varga, analista do Bankhaus Metzler que recomenda comprar ações da empresa. O desenvolvimento de uma tecnologia nova no mínimo ajudará a empresa a manter participação de mercado em um setor onde obter uma vantagem grande em relação aos rivais é “muito difícil”.

A divisão de elevadores da Thyssenkrupp começou como uma atividade paralela para a companhia controladora, a maior usina de aço da Alemanha. Nos últimos seis anos, em meio ao excesso global de aço, que derrubou os preços, e a uma fusão planejada com a rival indiana Tata Steel, a unidade se transformou em uma mina de ouro que dá mais lucro do que as outras divisões da empresa.


Ao contrário dos sistemas de design tradicional, o Multi tornará o transporte de pessoas dentro de edifícios mais eficiente, segundo a Thyssenkrupp, que produziu o vídeo acima. Por exemplo, o mesmo poço pode ser usado por mais de uma cabine que se move para cima e para baixo ou para os lados para deixar outra cabine passar, como mostra a ilustração no início deste post. Essa flexibilidade daria mais liberdade aos arquitetos e poderia mudar o horizonte das cidades.

“A liberdade é recuperada – não é preciso usar o poço do elevador como um elemento fundamental do design para conceber os prédios em volta dele", disse Andreas Schierenbeck, CEO da divisão, em entrevista na sede da empresa, em Essen. Os novos elevadores poderiam ser instalados do lado de fora dos edifícios ou mover-se horizontalmente entre o estacionamento e a portaria, disse ele.

Embora o mercado chinês, fundamental para a empresa, esteja desacelerando devido ao enfraquecimento da incorporação imobiliária e à concorrência mais acirrada, Schierenbeck projeta que a demanda crescerá nas próximas décadas, quando centenas de milhões de chineses se mudarem para as cidades.