terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

UNIVERSIDADE ARGENTINA DESENVOLVE KIT PARA AUXÍLIO A CEGOS

Image result for bengala cegosUn equipo de la Universidad de La Plata creó un bastón y anteojos con sensores infrarrojos para detectar obstáculos y humedad y alertar a su usuarioUm grupo de pesquisa formado por professores e alunos da Facultad de Informática da Universidad Nacional de La Plata (UNLP), está desenvolvendo um kit formado por uma bengala e óculos para auxiliar cegos em seus deslocamentos.

O kit permite detetar obstáculos desde a altura do rosto até o solo e é constituído basicamente por sensores de proximidade infravermelhos; na ponta da bengala há outro sensor que deteta umidade no solo, e adverte sobre a presença de poças e pisos molhados.

O equipamento, ao detetar um obstáculo
emite um alerta sonoro ou uma vibração na bengala; esse alerta pode ser também enviado ao smartphone do usuário, através de uma conexão Bluetooth. O software do kit pode ser configurado, podendo, por exemplo, habilitar sons ou vibrações, informar o nível da bateria etc. 

O kit pode ser muito útil - a Organização Mundial da Saúde disse que, em 2010, existiam 39 milhões de cegos e 246 milhões de pessoas com baixa visão; 90% dessas pessoas estão em países subdesenvolvidos, com poucas oportunidades de acesso a serviços de prevenção e tratamento de seus problemas de visão.





quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

AMAZON E RIVIAN: UMA APOSTA QUE PODE DAR CERTO


A Tesla talvez seja a mais conhecida fabricante de carros elétricos e a líder de venda desses veículos nos Estados Unidos, mas um de seus novos rivais, a Rivian, acaba de receber um investimento de US$ 700 milhões da Amazon, o que pode alterar o cenário nessa área, ainda mais em função dos problemas financeiros que a Tesla vem enfrentando.

A Rivian, que vem trabalhando no desenvolvimento de uma pickup e de um SUV, foi fundada em 2009 por R. J. Scaringe, um engenheiro formado pelo MIT. Seus veículos foram apresentados em novembro passado no Los Angels Auto Show. 

A principal novidade desses veículos é um chassis que lembra um skate, e no qual estão montados os componentes chave desses veículos: baterias, suspensão, eixos, sistema de refrigeração e os quatro motores, que segundo a empresa darão aos veículos autonomia de 400 milhas.

A Amazon, desde 2015, vem investindo fortemente na sua estrutura logística: para entregas, usa veículos convencionais (comprou 20 mil vans Mercedes em 2018), aviões, navios e vem testando drones e robôs; um deles, chamado Scout, lançado em janeiro passado, pode ser visto aqui. No ano passado, gastou mais de US$ 27 bilhões com entregas, e vem ganhando terreno com isso: um amigo, que vive em São Paulo, comprou um livro via site da Amazon em um dia à noite e na manhã seguinte recebeu a encomenda!

Segundo a Amazon, a  aposta na Rivian deve-se não apenas a questões de custo, mas também à busca de diminuir o impacto de suas operações sobre o meio ambiente.  

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

O LIXO ESPACIAL É UMA PREOCUPAÇÃO

A U.S. Space Surveillance Network é uma rede ligada ao governo americano que se preocupa, especialmente, com o lixo que permanece na órbita da Terra - esse lixo é composto por objetos ou partes de satélites e foguetes que foram lançados ao longo do tempo. A ilustração acima dá uma visão de como esse tipo de poluição vem aumentando, desde que em 1957 foi lançado o primeiro satélite artificial.
A entidade diz que mais de 20 mil objetos maiores do que 10 centímetros, pesando quase 7 mil toneladas, estão flutuando ao redor da Terra, sendo que alguns deles têm velocidades que se aproximam dos 10 quilômetros por segundo. Esses detritos representam perigo para missões espaciais, pois um fragmento minúsculo viajando em alta velocidade pode danificar satélites e naves e até causar a morte de astronautas que estiverem a bordo. E com o a possibilidade de novas missões espaciais tripuladas rumo à Lua e futuramente também a Marte, o lixo espacial é um problema que precisa ser resolvido com urgência. Além disso, satélites em operação podem ser atingidos, gerando inúmeros problemas, especialmente na área de telecomunicações e até mesmo paralisando o sistema GPS e outros similares
Visando enfrentar esse problema, vem sendo desenvolvido o  projeto RemoveDEBRIS, envolvendo diversas empresas e instituições de pesquisa, sob a coordenação da University of Surrey, da Inglaterra.
De forma resumida, o projeto prevê o lançamento de um satélite provido de uma espécie de arpão e de uma rede, que capturam o lixo em órbita à sua volta e a seguir se lança em direção à Terra; na entrada na atmosfera, o atrito gerará calor suficiente para incinerar o lixo (e também o satélite, que por essa razão deverá ser de baixo custo). Esta ilustração dá uma visão do projeto. 
Em abril de 2018 a nave foi lançada, com os primeiros testes sendo conduzidos em setembro, com sucesso. Agora, a RemoveDEBRIS acaba de capturar um fragmento espacial verdadeiro usando seu arpão; é um objeto de 10 centímetros, que voava a 20 metros por segundo, como pode ser visto neste vídeo.  

domingo, 17 de fevereiro de 2019

MANSUP: TECNOLOGIA BÉLICA BRASILEIRA VOLTA A LUTAR POR MERCADOS


 

Nas últimas décadas do século passado, a indústria bélica brasileira ocupava lugar de destaque no mercado de materialo bélico, especialmente através de empresas como Embraer, Avibrás e Engesa. 

Crises econômicas e problemas de gestão reduziram muito essa indústria no Brasil. Agora, surgem sinais de reação: a Marinha do Brasil lançou pela primeira vez o míssil nacional antinavio Mansup, de longo alcance. Isso aconteceu há cerca de um mês, a 300 km do litoral sul do Rio de Janeiro; a foto ao lado, mostra o momento do disparo do míssil.

Lançado pela corveta Barroso, o míssil, que mede 5,7 metros e pesa 860 quilos, voou a 1000 km/hora bem próximo da superfície, acompanhando o movimento da água do mar; acertou o alvo, o casco do G-27 Marajó, um navio-tanque de 13 mil toneladas, desativado há dois anos. Era só uma referência na operação - não houve explosão. O Mansup do teste levava uma carga de sensores eletrônicos para fazer medições de telemetria. Em um ataque real, estaria recheado com até 180 quilos de explosivos de alto rendimento – o suficiente para afundar, por exemplo, uma fragata de 5 mil toneladas.

O Mansup é o primeiro modelo de uma família. A sequência prevê o Mansub, lançado por submarinos submersos a partir do mesmo tubo dos torpedos, e o Manaer, para aviões de combate e helicópteros pesados. O arranjo mais ambicioso, diz um especialista do Centro de Tecnologia da Marinha, é o Mansub. O míssil é acomodado dentro de uma cápsula, ejetada por uma carga de ar comprimido. Quando chega a superfície, um sensor digital reconhece essa condição e faz a ignição do motor. Os quatro novos submarinos diesel-elétricos brasileiros da classe do S-40 Riachuelo – recebido pela Marinha recentemente – e a também a variante nuclear, vão incorporar o sistema.

O Mansup funciona em duas fases: um acelerador, o ‘booster’, dinamiza a etapa do ganho inicial de velocidade por poucos e intensos segundos até que entre em ação o propulsor principal. A navegação e o direcionamento são estabelecidos por meio de uma caixa de guiagem inercial, com radar interno ativo na etapa final da trajetória para afinar a precisão em relação ao objetivo. O míssil não é de cruzeiro, busca um alvo marcado, ou seja, não faz navegação própria até o impacto. 

A Marinha pretende liberar o Mansup para vendas internacionais. O empreendimento, sob a direção de agências oficiais, está sendo executado por quatro empresas do setor privado. A expectativa é de que ao menos dez nações da América do Sul, África, Ásia e Oceania considerem a substituição dos antigos Exocet B1 e B2. O preço comercial do míssil ainda não foi definido.

O domínio do pacote de conhecimento necessário à produção de mísseis antinavio coloca a indústria brasileira de equipamentos de defesa como parte de um clube formado por dez países, como Estados Unidos, Rússia, China, França e Suécia. É aí que o Mansup vai ter de encontrar espaço no mercado. 

O programa de desenvolvimento do míssil começou há dez anos e até agora consumiu R$ 380 milhões. O Mansup é inspirado nos modelos franceses que custam até US$ 2 milhões. 

Coincidentemente, a corveta Barroso (foto ao lado) foi também construída no Brasil, tendo sido lançada ao mar em 2002. 

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

OS ROBÔS CHEGAM AOS JARDINS

O Roomba
O Braava
iRobot Corporation é uma empresa americana fundada em 1990 por 3 estudantes egressos do MIT e que produz robôs e equipamentos similares para as áreas militar, de segurança e industrial.

O Mirra
Além dessa áreas, a empresa atua também na produção de robôs para uso doméstico, já tendo vendido mais de 25 milhões dessas máquinas. O primeiro dessa família foi o Roomba, um aspirador de pó, seguido pelo Braava, uma máquina que termina de limpar as superfícies aspiradas pelo Roomba, nela passando panos úmidos ou secos. Está em linha também o Mirra, que aspira e limpa as bordas e o interior de piscinas. 

O Terra
Agora, a empresa está lançando o Terra, um robô cortador de grama. O aparelho "vê" a área em que deve atuar após o usuário fixar sensores delimitando-a e se sua bateria se descarrega, volta para a base sozinho (como seus "irmãos") e, recarregado, termina o trabalho. Uma ilustração mostrando como funciona o Terra, pode ser vista aqui.

É mais um passo no processo de inclusão de robôs em nossa vida diária. 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

CHINA RADICALIZA O USO DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA MEDICINA

Nos últimos dias foi noticiada a permissão para que aconteçam no Brasil consultas médicas a distância - o tema é controverso e vem gerando reações contra e a favor.

Mas na China a coisa é mais radical: o portal Olhar Digital noticiou que a clínicas da Ping An Good Doctor, empresa chinesa de saúde, fazem o atendimento completo do paciente, incluindo diagnóstico e medicação, em um minuto. Para isso, toda a operação é feita por meio de inteligência artificial e sem funcionários - um vídeo mostra um pouco da ideia.

E os planos da empresa para este formato são ambiciosos; a companhia está construindo mil das chamadas “Clínicas de um Minuto” na China - essas clínicas são como pequenos quiosques e funcionam ininterruptamente. 

Mais de 2 mil doenças comuns, com seus sintomas, diagnósticos e tratamentos estão no banco de dados do software usado pela Ping An Good Doctor. O sistema identifica a doença e indica o tratamento mais adequado a partir de uma análise do quadro do paciente, tudo isso em 60 segundos. 

Em caso de necessidade de medicação, as unidades contam com 100 categorias de remédios estocados. E não é preciso se preocupar se a medicação estiver indisponível: o paciente pode pedi-la pelo app da empresa. 

Segundo a empresa, seu software foi desenvolvido por médicos em conjunto com mais de 200 especialistas em inteligência artificial, e que depois da consulta, um médico experiente, remotamente, entra em contato com o paciente para dar recomendações complementares e verificar a assertividade do diagnóstico.

Se você tivesse outra opção, iria à Clínica de um Minuto?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

BRASIL DESENVOLVE VEÍCULO HIPERSÔNICO

Espera-se que em dois anos  a Força Aérea Brasileira (FAB) realize  o ensaio em voo do primeiro motor aeronáutico hipersônico feito no país. O teste integra um projeto mais amplo cujo objetivo é dominar o ciclo de desenvolvimento de veículos hipersônicos, que voam, no mínimo, a cinco vezes a velocidade do som, ou Mach 5. 

Mach é uma unidade de medida de velocidade correspondente a cerca de 1.200 quilômetros por hora (km/h). O programa é coordenado pelo Instituto de Estudos Avançados (IEAv), um dos centros de pesquisa do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da FAB, em parceria com a empresa Orbital Engenharia, ambos de São José dos Campos (SP).

Além do motor hipersônico, o projeto Propulsão Hipersônica 14-X (PropHiper), iniciado em 2006, prevê a construção de um veículo aéreo não tripulado (VANT ou drone), onde o motor será instalado. Batizado de 14-X, em homenagem ao 14-Bis, o VANT empregará o conceito "waverider", no qual uma onda de choque gerada abaixo dele, em razão de sua alta velocidade, lhe fornece sustentação. É como se, durante o voo, o veículo “surfasse” na onda induzida por ele. O 14-X deverá ter 4 metros de comprimento, 1,2 metro de envergadura, pesar 750 kg e voar a 12.000 km/h, a uma altitude de até 40 mil metros.

Aeronaves hipersônicas ainda não estão operando regularmente;   países como Estados Unidos, Rússia e China trabalham no assunto e o Brasil parece não estar muito atrás desses líderes.

O motor hipersônico   também poderá ser empregado como segundo ou terceiro estágio de propulsão de foguetes – esses veículos espaciais são dotados de vários estágios (ou motores), acionados sucessivamente ao longo do voo. No primeiro ensaio, previsto para 2020, o motor  será instalado em um foguete de sondagem do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), unidade do DCTA voltada ao desenvolvimento de tecnologias para o setor aeroespacial. O projeto teve apoio da FAPESP.


Ensaio do motor scramjet em túnel de vento
Léo Ramos Chaves
Já o veículo aéreo hipersônico integrado poderá, no futuro, ser usado como avião de passageiros ou para fins militares. Em 2018, Rússia e China testaram com sucesso os mísseis hipersônicos Avangard e Xingkong-2, respectivamente - a imagem ao lado mostra uma concepção do Xingkong-2. Nos Estados Unidos, a Lockheed Martin está construindo um veículo hipersônico para voo a Mach 6.

Ainda é preciso superar algumas dificuldades, como   fazer com que o veículo resista ao atrito gerado pelo voo à velocidade hipersônica.  As partes que sofrem maior aquecimento por fricção com o ar devem ser feitas de materiais resistentes a altas temperaturas, enquanto as mais frias podem ser feitas com aço ou alumínio aeronáutico.

De qualquer forma, pesquisar e desenvolver tecnologia é importante para o Brasil.


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

ROBÔS TRABALHANDO EM ESTACIONAMENTO

Ainda em fase de testes, começou a funcionar no aeroporto londrino de Gatwick, um serviço de valet parking que utiliza robôs; o sistema foi desenvolvido pela empresa Stanley Robotics 

A ideia é que o usuário deixe o carro em uma cabine, retira as bagagens e as chaves e informa ao sistema a data/hora provável em que retirará o carro; logo a seguir, o robô recolhe o carro e o estaciona, em uma área onde só operam robôs. 

Ao voltar, o usuário informa ao sistema que está chegando e o robô retira o carro do local onde estava estacionado  e o devolve à cabine, onde pode ser retirado pelo motorista, conforme mostra esta animação

A empresa informa que seu robô, chamado Stan, é mais preciso que os manobristas, o que permitirá otimizar a capacidade do estacionamento, que poderá passar de 6 a 8 mil vagas.