domingo, 27 de agosto de 2023
O BOOMBOX - UMA TECNOLOGIA QUE FELIZMENTE DESAPARECEU
Os boomboxes foram os primeiros aparelhos
de som portáteis transistorizados, produzidos por empresas como General Electric, Marantz, Panasonic, Sony e outras - chegaram ao mercado nos anos 1970.
Como mostra a foto, tinham grandes e poderosos alto-falantes; seus usuários usualmente gostavam de ouvir música em volume muito alto, infernizando a vida de quem estava por perto.
Logo após seu lançamento, tornaram-se um símbolo de status entre os jovens americanos, especialmente hispânicos e negros nas grandes áreas metropolitanas como New York e Los Angeles; sua imagem era associada à cultura e à música hip hop.
Felizmente não duraram muito, substituídos por tecnologias como o iPod, lançado no início dos anos 2000, que podia ser usado sem incomodar (muito) a vida de quem estava por perto.
sexta-feira, 25 de agosto de 2023
HIGHWAY HI-FI: UMA VITROLA PARA CARROS
A Columbia Records lançou nos anos 1960 seu “Highway Hi-Fi”, uma vitrola para ser instalada em automóveis.
A foto abaixo mostra o aparelho instalado no Volvo P1800 1967 do jogador do Manchester City Mike Summerbee.
Note-se que, pelo seu tamanho, o Highway Hi-Fi não podia tocar os LPs de 12 polegadas, os discos mais comuns da época.
Será que agora o COBOL sairá de cena?
Apesar disso, vem sendo cada vez mais
usada, mesmo com o surgimento de inúmeras novas linguagens: em 2017, estimava-se estarem em uso programas que totalizavam 220 bilhões de linhas de código escritas em COBOL; em 2022, esse número passava de 800 bilhões.
No entanto, o COBOL tem a reputação de ser uma linguagem que torna difícil a manutenção das aplicações que a utilizam, pois um programador encarregado desse trabalho geralmente tem dificuldades para entender a lógica utilizada pelo que escreveu o código originalmente. Além disso, diz-se que ao serem processados, programas em COBOL consomem muitos recursos de máquina.
Dado esse cenário, pode-se perguntar: por que não migrar para uma linguagem mais moderna? A resposta é simples: é um trabalho caro e lento, que consome muita mão de obra; podemos dar como exemplo o caso do Commonwealth Bank of Austrália, que em 2012 começou essa migração, gastando no processo mais de 700 milhões de dólares e cinco anos de trabalho.
Ao longo dos anos, surgiram diversos aplicativos que prometiam traduzir programas escritos em COBOL para outras linguagens – nenhum deles obteve muito sucesso, especialmente do ponto de vista comercial.
Agora, a IBM se propõe a resolver esse problema: acaba de anunciar seu Code Assistant for IBM Z, um aplicativo que utiliza uma inteligência artificial capaz de traduzir programas escritos em COBOL para a linguagem Java.
Mas o cenário não é tão róseo: um estudo da Stanford University concluiu que ferramentas desse tipo podem deixar os programas traduzidos menos seguros que os originais, a ponto de a IBM recomendar que o código gerado pelo Code Assistant entre em produção apenas após ter sido revisado por especialistas humanos.
Riscos à parte, a IBM entende que ferramentas como o Code Assistant são importantes para seu futuro; hoje, cerca de 84% dos clientes que utilizam mainframes IBM utilizam COBOL, principalmente clientes dos setores financeiro e governamental, que evidentemente a empresa tem interesse em manter e cativar.
É um processo muito interessante, que as empresas usuárias de COBOL precisam observar com atenção, também em função de ser a mão de obra que pode criar e dar manutenção a programas escritos COBOL cada vez mais escassa.
segunda-feira, 14 de agosto de 2023
Celulares dobráveis: uma tendência
Este ano de 2023 talvez venha a ser considerado o ano da consolidação dos celulares
dobráveis.
chegar, na Europa, a 2.500 euros, mas os concorrentes não estão parados. Entre os mais ativos estão Motorola, Lenovo e Oppo, as marcas que, junto com a Samsung, devem dominar esse segmento do mercado, na visão da Counterpoint Research, empresa de pesquisa que atua na área.
A empresa acredita que as vendas globais de smartphones dobráveis
atinjam 78,6 milhões de unidades em 2026 e 101,5 milhões em 2027. Os números
estão incluídos no relatório Global Foldable Smartphone Tracker and Forecast,
elaborado pela Countrpart.
Acredita-se que a Samsung se manterá na liderança do setor ao longo dos
anos, com mais de 50% de participação total. A Motorola e a Oppo também
crescerão, assim como a Huawei nos países do leste, enquanto a partir de 2025 a
Apple também poderá lançar um iPhone dobrável, o que pode dar um novo impulso ao crescimento do
setor.
No geral, as vendas globais de smartphones dobráveis cresceram 64% no
primeiro trimestre de 2023 em relação ao mesmo período de 2022, atingindo 2,52
milhões de unidades.
Na China, onde existem modelos ainda não disponíveis no
Ocidente, o aumento foi de 127% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo
período do ano anterior, totalizando 1 milhão de unidades vendidas, ficando
claro que esse país detém a liderança na área, ao menos em termos de número de
usuários.
domingo, 6 de agosto de 2023
O Kommuna, um navio em uso há mais de cem anos
Tendemos a acreditar que potências militares utilizam
tecnologias muito avançadas, mas isso nem sempre é verdade, como mostra o caso
do navio Kommuna, que entrou em operação em 1915 e segue sendo utilizado pela
marinha da Rússia.
A construção do barco começou em 1912, ano marcado no
ambiente naval pelo naufrágio do Titanic. O Kommuna foi projetado para ser um
tender de submarinos, um tipo de navio que fornece suprimentos e serviços para
submarinos, podendo também ser utilizado em operações de resgate e salvamento.
Inicialmente chamado Volkhov, foi inspirado na embarcação
similar alemã batizada Vulkan – é um catamarã, barco com dois cascos dotado de
estruturas que podiam içar submarinos para fora da água e
acomodá-los entre os cascos para serem reparados.
Em 1922, após a revolução russa, recebeu seu nome atual. O
navio tem 96 metros de comprimento e uma tripulação de 99 pessoas. Quando
totalmente abastecido com suprimentos, dentre os quais 50 toneladas de
combustível, torpedos e tripulação adicional para os submarinos, deslocava
3.100 toneladas; mais tarde passou a operar exclusivamente como navio de
resgaate
Quando os nazistas invadiram a Rússia em 1941, o Kommuna teve
papel importante durante o cerco de Leningrado, que durou 900 dias. Apesar de
sofrer danos consideráveis, conseguiu recuperar tanques, veículos e suprimentos
que haviam afundado com outros navios ou através do gelo. Além disso, atuou em
dezenas de outras operações de resgate ao longo da guerra.
Em 1967 e 1964 passou por reformas, tendo recebido
equipamentos modernos, como submersíveis capazes de mergulhar a grandes profundidades
e de operar de forma remota, continuando a participar de missões de salvamento
de navios e aviões caídos no mar.
Uma dessas missões foi a recuperação de armas, equipamentos
secretos e corpos de marinheiros do Moskva, o mais importante navio de guerra
russo, que em abril de 2022 foi atingido por mísseis ucranianos, incendiando-se
e afundando a seguir.
Mas os russos não estão sozinhos: nossos vizinhos paraguaios
operam o navio de patrulha Capitán Cabral, construído em 1907. Já o Brasil,
ainda utiliza o monitor Parnahyba, construído em 1937 e que opera
principalmente no Pantanal.
quarta-feira, 2 de agosto de 2023
Como os destroços do Titanic foram encontrados
Logo após o naufrágio do Titanic em abril de 1912, aconteceram
tentativas de recuperar os destroços e os corpos daqueles que haviam afundado
com o navio. Mas a limitada tecnologia de mergulho da época impediu que isso se
tornasse realidade por mais de sete décadas.
Em 1985, os destroços foram encontrados durante uma exploração conjunta
do ex-oficial da Marinha americana e oceanógrafo Robert Ballard e do
oceanógrafo francês Jean-Louis Michel.
Em 1982, Ballard tentou obter
fundos da Marinha americana para desenvolver
tecnologia submersível que lhe permitiria encontrar o Titanic. Os
militares concordaram em financiar o projeto, mas apenas se pudesse ser usado
para encontrar o Thresher, que afundou em abril de 1963, e o Scorpion,
naufragado em maio de 1965.
A Marinha concordou que Ballard e Michel
poderiam procurar o Titanic se
restassem recursos depois de encontrar
os submarinos e confirmar se a extinta União Soviética havia participado ou não
de seu afundamento.
Após a história se tornar pública em 2008, o Almirante Ronald Thunman, então vice-chefe de operações navais para guerra submarina, disse à National Geographic que não foram enconttrados indícios de participação soviética nos naufrágios.
Faltando 12 dias para terminar a missão, Ballard e Michel conseguiram
encontrar o Titanic, partindo do palpite de que o navio havia se partido em
dois e deixado um rastro de destroços.
Na época da missão, a Marinha temia
que as pessoas descobrissem as razões pela qual o fundo
do oceano estava sendo vasculhado – no entanto, quando o Titanic foi
encontrado, a repercussão foi tanta que ninguém pensou na busca pelos submarinos.
Com certeza devem existir muitos segredos similares, que talvez venham,
ou não venham, à tona...