segunda-feira, 31 de julho de 2017

TECNOLOGIA REVOLUCIONA POUSOS DE HELICÓPTEROS

A DARPA ( Defense Advanced Research Projects Agency), órgão de pesquisa tecnológica para as forças armadas americanas, está trabalhando em uma nova tecnologia para facilitar aterrissagens de helicópteros   em terrenos acidentados e navios.
Chamada Robotic Landing Gear, a tecnologia usa sensores para detectar locais em que seja possível pousar e baseia-se na substituição dos trens de pouso convencionais por pernas robóticas articuladas, que se dobram ao tocar o solo e, depois, se escondem na fuselagem.
Essas pernas conectam-se a um computador de bordo dotado de sensores que permitem calcular a correta posição de cada perna, permitindo que a aeronave permaneça nivelada em relação à superfície em que pousará.  Já existe um modelo controlado remotamente (drone) que vem sendo utilizado para testar e paerfeiçoar a tecnologia.
A DARPA acredita que a inovação pode tornar 80% das aterrissagens difíceis mais seguras, ao permitir pousos em inclinações de até 20 graus, inclusive em superfícies móveis, como o convés de navios - o vídeo que se segue mostra como esse tipo de pouso é perigoso:



A DARPA também informa que o Robotic Landing Gear pode ser adaptado sem muita dificuldade à maior parte dos helicópteros atuais. A agência trabalha nessa tecnologia em parceria com a Georgia Institute Of Technology e, se tudo continuar a ir bem, em breve ela chegará ao mercado, permitindo mais segurança aos pilotos e passageiros. O vídeo abaixo mostra o drone em operação: 






quinta-feira, 27 de julho de 2017

WITCH: UM COMPUTADOR DE QUASE 70 ANOS AINDA FUNCIONANDO


O Witch
Originalmente batizado como Harwell Dekatron, e construido entre 1949 e 1951, o Wolverhampton Instrument for Teaching Computing from Harwell, também chamado de Witch (Bruxa), começou a ser utilizado em 1951 para ajudar cientistas nas pesquisas atômicas e funcionou até 1973, quando era utilizado  para o ensino da computação – é o mais antigo computador ainda existente.
Após ser desativado, o computador ficou exposto em no Museu da Ciência e Indústria de Birminham, Inglaterra. Depois que o museu fechou em 1997,  a máquina   ficou guardada em um depósito e foi redescoberta em 2008 por um grupo de voluntários.
Do tamanho de uma sala e pesando 2,5 toneladas, o computador   foi reativado em 20 de novembro de 2012, no Museu Nacional da Computação da Grã Bretanha, quase 40 anos após ter sido usado pela última vez.
O Witch - parte posterior


Agora os visitantes do museu — localizado em Bletchley Park, há 80 quilômetros de Londres – podem conhecer de perto o equipamento e aprender mais sobre o funcionamento dos computadores, já que o Witch, pelas suas dimensões e forma de construção, permite que as pessoas vejam seu funcionamento e suas operações “por dentro”. Um vídeo mostrando o momento histórico da reativação pode ser visto em http://www.youtube.com/watch?v=vVgc8ksstyg

Vale lembrar que em Bletchley Park funcionou, durante a Segunda Guerra Mundial, o principal centro britânico de interceptação e decodificação de mensagens trocadas pelas unidades das forças armadas alemãs. O produto desse trabalho, conhecido como Ultra, foi extremamente importante para o esforço de guerra Aliado, a ponto de Sir Harry Hinsley, que ali trabalhou e autor da história oficial da inteligência britânica durante a Guerra, ter afirmado que Ultra contribuiu para encurtar o conflito em no mínimo dois anos e que o resultado da Guerra seria incerto sem esse trabalho.
Bletchley Park


Alan Turing, tido como o pai da moderna computação e acerca de quem já publicamos um post, também trabalhou ali durante o conflito. No local, foi concebido equipamento destinado a apoiar os trabalhos de decodificação, entre eles o Colossus, o primeiro computador digital, que acabou gerando o Colossus Mark 2, que operava em Bletchley Park no dia D (6 de junho de 1944), o dia em que tropas Aliadas invadiram a França.


FIM DE UMA ERA: PORSCHE ABANDONA OS MOTORES DIESEL



Em nosso país, associamos veículos diesel a malcheirosos, fumacentos, barulhentos e poluidores ônibus e caminhões. Nunca tivemos veículos de passeio movidos a esse tipo de combustível. 

Na Europa a situação sempre foi outra: motores especialmente desenvolvidos para consumo de óleo diesel equipam carros de passeio e esportivos, inclusive alguns bastante luxuosos.  

Mas a situação pode estar mudando: a Porsche está investindo  1 bilhão de euros para desenvolver e produzir seu primeiro modelo totalmente elétrico, baseado no carro conceito Mission E, previsto para 2019 e pensando em eliminar sua linha diesel - é a primeira montadora alemã que admite essa possibilidade - há informes dando conta que até 2040 o Reino Unido proibirá a fabricação de veículos movidos a combustíveis fósseis e que a partir de 2020 a Volvo produzirá apenas veículos elétricos ou híbridos.

O Mission E é um carro conceito; dois motores elétricos impulsionam o carro, recuperando energia nas frenagens. Enquanto um está ligado ao eixo traseiro, o outro aciona as rodas dianteiras. Juntos, eles geram mais de 600 cv, permitindo ao Mission E chegar a 100 km/h em menos de 3,5 segundos, e a 200 km/h em menos de doze segundos. Esses motores transformam energia elétrica em tração com eficiência, uniformidade e alto desempenho, produzindo relativamente pouco calor. Assim, não necessitam de longas pausas para esfriar quando utilizados em corridas longas, como as 24 Horas de Le Mans. 

Além de fatores ambientais, o fato de motores a diesel serem alvo de investigação em diversos países desde o escândalo de fraude da Volkswagen, que afetou também Porsche e Audi - as 3 marcas fazem parte do mesmo grupo - pode estar influenciando a decisão.

Vale lembrar que a justiça da Alemanha analisa a participação de funcionários da Porsche no desenvolvimento do software fraudulento usado pela Volkswagen. Também há suspeitas de que o Porsche Cayenne use o dispositivo ilegal.

Segundo a imprensa alemã. nos próximos 15 anos, a Porsche quer oferecer veículos movidos a combustão, híbridos e totalmente elétricos; Porsche e Audi, que representam cerca de 60% dos lucros do Grupo Volkswagen, estão compartilhando a criação de uma plataforma elétrica para otimizar os custos. 

quarta-feira, 26 de julho de 2017

TECNOLOGIA PARA GELAR RAPIDAMENTE NOSSA CERVEJINHA...

Dois americanos, estudantes de engenharia, Ty Parker e Trevor Abbott usaram o que aprenderam na universidade para resolver um problema que os afligia: havia apenas uma maneira de fazer com que a cerveja gelasse – era coloca-la no gelo (ou na geladeira) e esperar...

Pesquisaram e acabaram desenvolvendo o SpinChill, um gadget que em um minuto reduz a temperatura de uma lata de cerveja em até 25 graus. Compatível com latas de 350 e 437 mililitros (latão), garrafas de 600 ml e outros recipientes, a geringonça consegue gelar até 350 latas usando quatro pilhas alcalinas.

Na prática, o que o SpinChill faz é, ao girar a lata imersa em gelo, mover o líquido quente para as laterais da lata. Aí, em contato com a parede gelada, o líquido se resfria, conforme se vê no vídeo abaixo:




Os criadores garantem que o movimento não faz com que as latas transbordem ao abrir, pois a rotação não altera a distribuição do ar dentro da lata, diferentemente do que acontece quando alguém as sacode na vertical.

O aparelho é vendido no Brasil por R$ 79,00 (no lançamento, em meados de 2014 custava R$149,99) através do site da empresa.
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segunda-feira, 24 de julho de 2017

EM 2007, O iPHONE COMEÇAVA A MUDAR O MUNDO

“De vez em quando surge um produto revolucionário que muda tudo.” Essas palavras foram usadas por Steve Jobs, fundador e então CEO da Apple, ao apresentar o iPhone, no início de 2007 (foto ao lado). No dia 29 de junho do mesmo ano, as vendas do iPhone começavam. Hoje, não é exagero dizer que Steve Jobs tinha razão: o iPhone mudou tudo e foi fundamental para que a Apple se tornasse a empresa mais valiosa do mundo, com valor de mercado ao redor de US$ 800 bilhões. Em meados de 2016, a Apple atingiu a marca de um bilhão de iPhones vendidos; em 2017, até o mês de maio, foram vendidas 40 milhões de unidades.   

O iPhone nasceu por conta de um medo da Apple, que previa que mais cedo ou mais tarde alguma outra empresa criaria um telefone celular com uma espécie de iPod, um reprodutor de mídia, embutido. O iPod havia trazido cerca de 45% das receitas da Apple em 2005, o que explica a preocupação da Apple. O plano era trabalhar em conjunto com outra fabricante para oferecer esse produto; a escolhida foi a Motorola, mas a ideia não prosperou, apesar de um modelo inicial ter sido lançado. 

O iPhone mudou a relação que as pessoas têm com a tecnologia: telefones serviam para basicamente para telefonar, computação era um assunto para um desktop ou notebook. Com o smartphone, essa noção mudou completamente, as pessoas passaram a ter um computador ao alcance dos dedos durante o dia todo e a construção de aplicativos deixou de ser um assunto restrito a nerds, e esses aplicativos, construídos por pessoas comuns passaram a ser distribuídos globalmente.

Além de se tornarem uma ferramenta central na vida das pessoas, que com eles se comunicam, se divertem e fazem negócios, os smartphones e os aplicativos deram origem a uma indústria bilionária que causou revoluções em diversos setores: Uber e 99, entre outras, mudaram a mobilidade urbana; WhatsApp se tornou uma ferramenta mundial de comunicação pela internet; Netflix popularizou vídeos sob demanda; inúmeras outras mudanças e aplicações surgiram e certamente continuarão a surgir. 

Mas dificuldades podem estar no horizonte da Apple, como já dissemos em post anterior: de acordo com o cenário traçado pelo analista Ming-Chi Kuo da KGI Securities, parece haver motivos para temer até pela continuidade da Apple no mercado. Quem viver, verá...


sexta-feira, 21 de julho de 2017

INTERNET DAS COISAS DEVE IMPULSIONAR A COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL



O professor José Roberto Soares, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, concedeu ao blog EXAME.com uma entrevista tratando de Internet das Coisas, tema que vem sendo estudado nesta Universidade. 

Segundo o professor, a linha de produção de uma fábrica depende de máquinas desenvolvidas para cada etapa da transformação de matérias-primas em produto final, mas poucas dessas máquinas são inteligentes e armazenam dados sobre sua produtividade. Isso faz com que a indústria trabalhe sem ser capaz de prever com precisão quais serão seus resultados.

Com relação a alguns países, especialmente com a Alemanha, o parque industrial brasileiro está defasado e, embora existam empresas interessadas em modernizar suas fábricas, a maioria pensa em adicionar tecnologia apenas a algumas partes da linha de produção, e não em toda a cadeia.

A solução pode estar nas tecnologias digitais que compõem a Internet das Coisas (Internet of Things, IoT). Sensores estão cada vez mais baratos, o que tem facilitado para as empresas investirem em um ambiente industrial todo conectado a grandes bancos de dados. Assim é possível coletar informações que antes não eram armazenadas e que influenciam diretamente nos resultados. Já tratamos desse assunto em entrevista que concedemos a uma emissora de rádio e artigo publicado em jornal - são os primeiros passos da 4ª Revolução Industrial. 

Um bom exemplo de informações que podem começar a ser coletadas são as condições do ambiente onde o produto é fabricado. Com a instalação de sensores, é possível monitorar temperatura, pressão, umidade e velocidade do ar, por exemplo. A partir do momento em que são feitas a coleta e análise desses dados, é possível avaliar como as condições do ambiente da fábrica podem influenciar nos resultados finais e ajustes podem ser feitos - esses conceitos aplicam-se a inúmeras outras áreas, como agricultura e pecuária, logística, saúde e até mesmo à vida doméstica.

Aplicativos analíticos podem determinar como as informações geradas por esses dados serão utilizadas; esses aplicativos são sistemas que criam uma interação mais forte, em que máquinas conversam entre si, aplicando inteligência artificial, para se autoprogramar. 

Com isso, é possível determinar a melhor rota de fabricação para diminuir o número de peças com falhas, por exemplo. “As máquinas são parecidas e produzem a mesma coisa, mas uma pode funcionar melhor que outra com determinada regulagem. Essa diferença mínima entre elas é determinante para melhorar os resultados”, conforme diz o Professor Soares.

Outra vantagem é a redução das paradas na produção. Hoje, a maior parte das fábricas trabalha com dois tipos de manutenção: a corretiva, feita quando um equipamento apresenta defeito, e a preventiva, que ocorre a partir da média de desempenho passado das máquinas semelhantes.

Com a captação dos dados e a análise contínua dos aplicativos, o mercado passa a ter um terceiro tipo de manutenção: a preditiva. “Com IoT e aplicativos inteligentes, nós recebemos informações, como um aviso de quando exatamente a peça quebrará, e conseguimos planejar sua troca, o que acaba com as paradas não planejadas e permite o uso máximo da peça”, explica o Professor Soares.

O infográfico abaixo traz mais algumas informações a respeito.


terça-feira, 18 de julho de 2017

PERIGO: BRINQUEDOS CONECTADOS À INTERNET

O FBI, a polícia federal americana, fez um alerta aos pais   sobre os riscos de privacidade e segurança dos brinquedos infantis conectados à internet.

Em um aviso publicado em seu site, o Federal Bureau of Investigation disse que tais brinquedos podem conter peças ou recursos como microfones, câmeras, GPS, memória para armazenamento de dados e reconhecimento de fala que podem divulgar informações pessoais. Conversas normais com um brinquedo ou no ambiente circundante podem revelar o nome, a escola, gostos e atividades de uma criança, segundo o FBI.

Como os americanos tendem a confiar no FBI, isso pode aumentar a consciência dos riscos associados aos brinquedos conectados à internet, o que é muito positivo. 

Brinquedos inteligentes e dispositivos de entretenimento estão ganhando popularidade pela incorporação de tecnologias do tipo "machine learning" que aprendem e adaptam seus comportamentos com base nas interações com o usuário.

Em fevereiro, a Alemanha proibiu as vendas de uma boneca falante chamada My Friend Cayla fabricada pela empresa norte-americana Genesis Toys, citando riscos de hackeamento associados ao brinquedo. A boneca tem capacidade de reconhecimento de voz, que utilizada em conjunto com um smartphone, entende o que a criança (e quem está em um raio de dez metros) diz e responde a ela, estabelecendo uma conversação.  O governo alemão determinou também que os pais destruam as bonecas que já haviam sido entregues às crianças, pois elas foram consideradas dispositivos ilegais de espionagem.  

Melhor incentivar a garotada a andar de bicicleta ou brincar com as Susi, Dorminhoca e Barbie... 

domingo, 16 de julho de 2017

Arquimedes, o polímata


Os romanos pretendiam conquistar a cidade de Siracusa, situada na costa leste da Sicilia, de forma a que pudessem ter o domínio completo daquela ilha.

Em 214 a. C. cercaram a cidade, cuja defesa era comandada por Arquimedes, inventor, matemático, filósofo – um polímata, enfim (polímata, que em grego significa "aquele que aprendeu muito"  é uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área).

Os romanos eram muito superiores em recursos, mas Arquimedes desenvolveu tecnologia que permitiu à resistência prolongar-se até 212 a.C.  Dentre outras coisas, Arquimedes criou um   guindaste   que era usado para agarrar e erguer os navios inimigos e  solta-los, ficando os mesmos destruídos na queda. Diz-se que ele criou também um sistema de espelhos, usado para concentrar os raios solares sobre as  velas dos navios romanos, incendiando-os, embora não haja prova de que tal arma tenha existido.

Mas a superioridade em  material e homens dos romanos, que eram comandados pelo general Marco Cláudio Marcelo, prevaleceu: Siracusa caiu. O general havia ordenado que a vida de Arquimedes, que tinha 78 anos (uma idade avançadíssima para a época) fosse poupada. O sábio, que continuou seus estudos em casa após a invasão da cidade, certo dia ao ser interpelado  por um soldado romano, protestou contra a interrupção de seu trabalho e grosseiramente mandou o soldado deixá-lo; este,  sem saber de quem se tratava, matou-o.

A história conta também que Arquimedes descobriu que o volume de qualquer corpo pode ser calculado medindo o volume de água movida quando o corpo é submerso – isso é conhecido como o Princípio de Arquimedes. Ele chegou a essa conclusão quando encontrava na banheira, tendo saído nu para as ruas de Siracusa gritando Eureka, que em grego  significa descobri.

Para encerrar uma curiosidade: na versão italiana dos quadrinhos de Disney, o inventor Prof. Pardal é conhecido como Archimede Pitagorico, o que pode ser encarado como uma homenagem a dois sábios, Arquimedes e Pitágoras, outro polímata. 

sábado, 15 de julho de 2017



A Norton divulgou os resultados de um estudo acerca do uso de redes Wi-Fi públicas (e gratuitas). Segundo o levantamento, 43% dos entrevistados usam redes públicas gratuitas para economizar seus pacotes de dados 4G, mas fazem isso sem se preocupar muito com a segurança.

O levantamento mostra algumas informações interessantes, dentre elas:

– 72% estão dispostos a fazer trocas (como compartilhar dados pessoais, baixar apps ou mesmo ver propagandas) para usar uma rede gratuitamente;
– 31% acessam redes Wi-Fi sem a permissão de seus donos;
– Para 83%, a escolha de um hotel para uma viagem depende da disponibilidade de Wi-Fi no quarto;

Segundo Nelson Barbosa, especialista em segurança da Norton, 58% dos brasileiros consultados para o levantamento disseram que se sentem seguros ao usar Wi-Fi grátis, mesmo ignorando quem são os donos dessas redes.

O executivo conta que o acesso ao conteúdo do YouTube é um dos principais motivadores da conexão para redes Wi-Fi. “A febre é seguir o que os youtubers fazem e a necessidade é acompanhar a vida alheia: ver a maquiagem nova, a piada nova, a música nova, etc. Fora isso, temos os apps de músicas e o as redes sociais”, disse Barbosa.

Segundo a empresa, o comportamento dos usuários também estimula a coleta e venda de dados pessoais por parte das empresas que oferecem Wi-Fi grátis - a Norton diz que temos que segurar o impulso de usar uma rede social, segurar o impulso pelo clique e que devemos nos perguntar o que as pessoas querem oferecendo uma rede aberta, gratuita.

O uso de VPNs, como a Norton Wi-Fi VPN, para aumentar a proteção do tráfego de dados de internet no Wi-Fi também pode ser uma forma de evitar vazamentos de informações pessoais. Fora isso, é preciso ficar de olho em qual  rede estamos nos conectando.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

O IBM PC 5150 - O VERDADEIRO INÍCIO DA COMPUTAÇÃO PESSOAL

No início dos anos 1980 empresas como Apple, Osborne e Sinclair já fabricavam computadores pessoais, difíceis de usar e de utilidade limitada.
Isso começou a mudar em 12 de agosto de 1981, quando a  IBM lançou seu primeiro computador voltado para o usuário final: o IBM PC 5150. Com preço básico de US$ 1.565 (da época, hoje cerca de US$ 4.200), ele era o modelo mais barato lançado pela empresa e era voltado tanto para escritórios como para uso doméstico.
A entrada da IBM no mercado de computadores pessoais mudou completamente esse mercado. Conhecida do público por ser a maior fornecedora de computadores de grande porte, o lançamento da IBM  foi fundamental para popularizar o computador como ferramenta de trabalho e lazer.
As especificações do 5150 eram poderosas para a época, mas hoje em dia seriam amplamente superadas pelo celular mais barato. O computador tinha apenas 16 KB de memória RAM. Para efeito de comparação, smartphones de hoje usualmente tem 3 GB de RAM, mais de 187 mil vezes maior que a IBM PC. O disco rígido (que era opcional) podia armazenar 40 KB;  atualmente, qualquer notebook vem com pelo menos 500 GB, mais de 12 milhões de vezes mais  que o 5150.
A máquina já trazia a planilha de cálculo VisiCalc e um game chamado Adventure, que segundo a IBM “levaria os jogadores a um mundo fantástico de cavernas e tesouros” – o jogo é pateticamente tosco se comparado aos atuais.
O IBM PC 5150 foi um sucesso de vendas - a expectativa inicial da empresa era vender 240 mil unidades em cinco anos, mas essa marca foi batida em apenas um mês. A IBM continuou a liderar as vendas globais de PC até 1994, quando foi ultrapassada pela HP.
Ironicamente, alguns dos fatores que levaram ao sucesso do 5150 foram responsáveis pelo sucesso também da concorrência. A equipe que criou o primeiro PC trabalhou fora do modelo rígido e fechado que era adotado pela IBM; foram usadas peças e tecnologias de fornecedores externos para montar a máquina, em vez de desenvolver internamente todos os componentes.
Entretanto, como nenhuma parte vital do 5150 era exclusiva da IBM, ficou fácil para outras empresas copiarem o  produto e criarem PCs mais baratos, com as mesmas especificações – afinal não tinham custos de pesquisa e desenvolvimento e pegavam “carona” no marketing da IBM.
Essa onda de clones beneficiou fortemente duas empresas. A primeira foi a Intel, pois a arquitetura do chip 8088 usado no IBM PC logo se tornou padrão de mercado e a fabricante de chips passou a vender seu produto para dezenas de outras empresas.
A segunda empresa foi a Microsoft: a IBM precisava de um sistema operacional para seu PC e Bill Gates forneceu a solução, com uma versão do DOS para o IBM PC. Como o sistema não era exclusivo, a Microsoft passou a vendê-lo também para as concorrentes da IBM e rapidamente se tornou a maior produtora de software do mundo. Foi o início da parceria "Wintel" (Windows + Intel), que até hoje domina a computação pessoal em todo o mundo.
A concorrência cada vez mais acirrada e com baixas margens de lucro do mercado de PCs levou a IBM a vender sua divisão de PCs para a Lenovo  em   dezembro de 2004.
Nove anos depois, a Lenovo passou a ser a maior fabricante de PCs do mundo. A empresa chinesa desbancou a HP, que havia superado a IBM em 1994 e por quase 20 anos havia liderado esse mercado. Atualmente,  a Lenovo lidera o mercado de PCs com uma fatia, seguida por HP, Dell, Acer  e Asus.

Essa tecnologia que revolucionou nossa vida diária, foi apresentada ao grande público através de uma campanha publicitária inspirada no personagem Carlitos, de Charles Chaplin - uma das peças componentes dessa campanha está abaixo:

sábado, 8 de julho de 2017

MAIS TECNOLOGIA, MENOS ROUPA PARA LAVAR

Há cada vez mais tecnologia em nossas casas. Recentemente falamos do breve lançamento de um robô que passará roupas. Agora, já chegou ao mercado um equipamento que permitirá que menos roupas sejam lavadas.

Partindo do princípio de que nem sempre uma peça de roupa precisa de uma lavagem completa, a Panasonic criou um cabide capaz de eliminar qualquer mau cheiro das roupas - às vezes, uma simples desodorização é capaz de deixar uma roupa pronta para ser usada novamente. 

E foi pensando assim é que a Panasonic japonesa criou o Deodorizing Hanger (cabide desodorizador); o produto funciona ligado à energia elétrica e leva até seis horas para retirar das peças odores de mofo, suor comida e até de fumaça de cigarro.

O cabide foi desenvolvido a partir da tecnologia de nanopartículas que promovem a desodorização de qualquer tipo de tecido, mas a fabricante alerta: o Deodorizing Hanger apenas desodoriza as roupas, não tira nenhum tipo de mancha ou sujeira.

No Japão, ele é vendido por 20.000 ienes (aproximadamente 600 reais) e é considerado uma ameaça às lavanderias do país.

terça-feira, 4 de julho de 2017

VOCÊ ACHA QUE PROCURAR NAMORADA (O) COM O USO DE COMPUTADORES É ALGO NOVO? NOS ANOS 1960 O IBM 1401 SERVIU TAMBÉM PARA ISSO.

Quem pensa que o uso de tecnologia para a busca de namorados (as) surgiu com a Internet, engana-se.

Em meados dos anos 1960, estudantes de Harvard criaram um serviço chamado “Operation Match”, que usava um computador IBM 1401 para tentar dar aos jovens da época o parceiro ideal.

O 1401 foi lançado em fins de 1959, e cinco semanas após sua chegada ao mercado, mais de 5.200 clientes já haviam encomendado a máquina, que pesava cerca de 5 toneladas. Cerca de dezesseis mil foram fabricados até 1971, quando foi substituído pela linha /360. Vale registrar que o 1401, que já foi objeto de um de nossos posts, fazia tanto sucesso que o desenvolvimento do /360, que também revolucionaria o mundo da computação, quase foi abandonado pela IBM.

Naquela época, a IBM adotava a política de não vender computadores, ela os alugava; o custo do aluguel da menor configuração disponível estava ao redor de US$ 2.500 (em valores da época; atualmente cerca de US$ 21 mil), incluído o software básico (sistema operacional, utilitários etc.). Mais tarde, um IBM 7090, mais poderoso, substituiu o 1401.

Jeff Tarr, Dave Crump e Douglas Ginsburg, alunos da escola, criaram o serviço e por US$ 100 contrataram um aluno de Ciência da Computação para desenvolver o sistema que o suportava. Os interessados preenchiam um formulário em que se descreviam e as características da pessoa que procuravam – os dados dos formulários a seguir eram transferidos para cartões perfurados. O vídeo abaixo mostra um 1401 funcionando, inclusive permitindo observar o processo de perfuração de cartões:

Mediante uma taxa de US$ 3, hoje cerca de US$ 22, o sistema processava os dados e imprimia um relatório com as informações sobre pessoas que poderiam interessar a cada um dos clientes; um caso real está na imagem ao lado - foram removidas algumas informações para dificultar a identificação das pessoas. Esses relatórios eram enviados via correio - o sucesso foi grande: alguns meses depois do lançamento, dezenas de milhares de pessoas haviam se cadastrado; escritórios foram abertos em diversas cidades para atender aos interessados. Só podiam participar pessoas entre 17 e 27 anos!

A Operation Match foi pioneira também em algumas coisas que os atualíssimos Big Data e Analytics estão começando a fazer: descobriu algumas características comuns em alguns grupos: as garotas mais sofisticadas, chamadas “preppy types” gostavam de rapazes que usavam um perfume chamado Royall Lime, enquanto as mais esportivas preferiam os que usavam Old Spice.


Tendo atingido mais de um milhão de usuários (mas não dando lucro), o serviço foi vendido em 1968 para um grupo que passou a usar o sistema para encontrar parceiros ideais para dividirem apartamentos em universidades.

domingo, 2 de julho de 2017

CELULAR POR PERTO EMBURRECE

Pesquisadores da Universidade do Texas fizeram uma  descoberta preocupante sobre o uso de smartphones: em experimentos feitos com mais de 800 usuários de, descobriram que a presença do aparelho  reduz significativamente a capacidade cerebral das pessoas. Detalhe: não importa se o celular está ligado ou não, basta que ele esteja à vista.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores pediram para os participantes responderem a um teste que exigia muita concentração e capacidade cognitiva elevada, ou seja, boa memória e raciocínio rápido. Antes de iniciar o experimento, alguns voluntários foram designados aleatoriamente para colocar seus smartphones no bolso, em outro quarto ou em cima de uma mesa com a tela para baixo.
No final desse teste, os cientistas notaram que os participantes que deixaram seus aparelhos móveis em outro quarto tiveram resultados melhores do que aqueles que deixaram os smartphones fisicamente próximos a eles.
experimento não acabou por aí. Os voluntários identificados como viciados em smartphones ainda foram divididos em dois grupos: extremamente dependentes e dependentes. Ambos precisaram realizar os mesmos testes cognitivos só que, dessa vez, os participantes do primeiro time (mais dependentes) precisaram desligar os celulares.
O que os pesquisadores notaram foi que os usuários extremamente viciados mostraram um desempenho muito pior nos testes do que seus pares menos dependentes, mas apenas quando mantiveram os dispositivos na mesa, no bolso ou em uma bolsa, próximos de si, portanto. 
A boa notícia é que quando o smartphone foi colocado em outra sala, todos os voluntários – independentemente de seus graus de dependência – tiveram bons resultados nos testes de capacidade cognitiva.
“Vemos uma tendência linear que sugere que à medida que o smartphone se torna mais visível, a capacidade cognitiva disponível dos participantes diminui”, explica Adrian Ward, um dos autores do estudo em uma publicação sobre o experimento.  Assim, uma das conclusões mais interessantes dessa pesquisa é que a mera presença do  smartphone é suficiente para reduzir a capacidade cognitiva.
Tudo fica mais grave se levarmos em conta um estudo de junho de 2016, realizado pela Nottingham Trent University, que revelou que usuário típico de smartphone interage com seu dispositivo 85 vezes por dia, em média. Segundo a pesquisa, cada uso de smartphones tem duração curta, inferior a 30 segundos. No entanto, ao reunir todo esse tempo de uso, os pesquisadores descobriram que as pessoas passam em média quase um terço do tempo que estão acordadas com o celular na mão - em 2016, esse tempo no Brasil era de 4 horas e 48 minutos. 
Vale lembrar que quando o uso de ferramentas tecnológicas como tablet ou smartphones se torna um vicio, prejudicando a realização das atividades cotidianas da pessoa, interferindo em suas relações sociais e familiares e trazendo prejuízo às atividades profissionais ou acadêmicas,  já fica caracterizado um transtorno e que tem nome: nomofobiaPreocupante..