sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

SUSTENTABILIDADE: INDÚSTRIA 4.0 IMPULSIONA A RECICLAGEM DO AÇO

O portal Exame.com publicou matéria dando conta de que cerca de 30% de todo o aço produzido no Brasil é feito a partir de sucata - no mundo, mais da metade da produção deve sair da sucata até 2050.

Já consolidado no Brasil, o processo de reciclagem do aço ganhou um impulso extra com o inovador conceito de indústria 4.0, que permite às empresas desenvolver técnicas modernas de reaproveitamento, gerando benefícios econômicos e sociais.

O conceito de indústria 4.0 nasceu na Alemanha, em 2011, e marca o início da quarta revolução industrial. A união do conceito de Internet das Coisas com a digitalização industrial traz inteligência à manufatura e abre um universo de possibilidades para diferentes tipos de indústrias. Máquinas interconectadas trocam comandos entre si, armazenam dados na nuvem, identificam defeitos e fazem correções praticamente sem precisar de intervenção humana.

Os processos de reciclagem começam a se beneficiar com o uso de tecnologias móveis e de inteligência artificial, que devem revolucionar o processo de reciclagem ao redor do mundo. 

Já sistemas de monitoramento e diagnóstico online ajudam a antecipar falhas nos equipamentos, o que aumenta a produtividade e reduz os custos do processo de produção do aço. “Os sistemas inteligentes devem ser usados em massa nas indústrias em até dez anos”, afirma Rodolpho Simas, gerente de sustentabilidade da área de assessoria de riscos da consultoria Deloitte.

Sistemas inteligentes podem impulsionar a reciclagem do aço e inserir essa indústria na chamada economia circular. A ideia é seguir o processo cíclico da natureza, em que restos de frutas consumidas por animais, por exemplo, se decompõem e viram adubo para as plantas. Para a sociedade, é importante que os impactos causados pelo ser humano ao meio ambiente sejam minimizados. Isso pode ser feito com a circulação mantida por mais tempo dos recursos extraídos da natureza.

Segundo Fernando Pessanha, diretor de matérias-primas da Gerdau, produtos que usam aço, como geladeiras e automóveis, são desmontados e regenerados, no lugar de serem simplesmente descartados. “Isso é possível porque o aço é infinitamente reciclável. Assim, qualquer que seja o formato final do produto de aço, a sua sucata pode ser transformada inúmeras vezes em um novo aço, sem perder a qualidade. 

Mais qualidade de vida

Não são apenas as empresas que lucram com processos produtivos inteligentes. O planeta também agradece. A indústria 4.0 contribui para diminuir a extração de
materiais não renováveis, como a bauxita, fundamental para a produção de alumínio. “De todos os sistemas de reciclagem, o que está com mais força econômica é o do metal, devido à dificuldade de obter o produto na
natureza”, afirma Rosani Novaes, professora do curso de engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie de Campinas.

A reciclagem também reduz o volume de lixo depositado em locais inapropriados e minimiza a emissão de gases formadores do efeito estufa, como o gás carbônico (CO2). “A indústria brasileira do aço já dispõe de painéis que monitoram os níveis de emissões de combustíveis fósseis”, diz Simas, da Deloitte. Assim, se um equipamento poluir acima do limite permitido, ele é automaticamente bloqueado, até que seja feita uma manutenção.

A melhoria nos processos de reciclagem traz ainda benefícios para a população, ao ampliar a demanda por coleta seletiva nas cidades. Com o surgimento de novas iniciativas que educam sobre a separação adequada do lixo e a estimulam, aumenta o número de cidadãos que são conscientizados e convidados a mudar de hábitos. “O processo de coleta feito hoje é praticamente artesanal”, afirma a professora Rosani. “Cada morador consciente faz a separação do lixo. E mesmo que a coleta seja municipal, não acontece em todos os bairros.” O indivíduo é o protagonista o tempo todo nesse processo, pois é com ele que a reciclagem se inicia. 

Raul Prado (à esquerda), recebendo seu prêmio
Alias, o Mackenzie tem tradição em preocupações com sustentabilidade: o aluno Raul Prado, da Faculdade de Computação e Informática foi recentemente um dos vencedores do Hackathon Mais de Sustentabilidade, desenvolvendo um aplicativo de apoio à coleta seletiva.

Iniciativas que unem a sustentabilidade ao ritmo tecnológico do mundo moderno devem crescer nos próximos anos, dando um novo recomeço aos resíduos que antes acabavam no lixo. A economia lucra com o fim do desperdício, e o meio ambiente também.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

AVIAÇÃO: UM REDUTO DE MALUCOS?

A aviação sempre foi um reduto de malucos apaixonados pela tecnologia e pela aventura. Essa é uma verdade, assim como é verdade que sem esses malucos, ainda estaríamos presos à Terra.

O americano Clyde Pangborn era um desses malucos: servira como instrutor de voo na 1ª Guerra Mundial e acabou criando uma pequena fábrica de aviões que quebrou quando a crise de 1929 levou  a economia dos Estados Unidos à Grande Depressão.

O também americano Hugh Herndon Jr. era um playboy amigo de Pangborn e sob o comando deste, resolveu participar da tentativa de quebrar o record de velocidade na volta ao mundo, que pertencia ao dirigivel alemão Graf Zeppelin – em função de atrasos, decidiram abandonar a tentativa quando se aproximavam do Japão, pilotando um avião Bellanca Skyrocket, batizado “Miss Veedol”. Por terem feito nesse vôo filmes e fotografias  que mostravam instalações militares japonesas, foram detidos naquele país; depois de interrogados, foram libertados e informados de que deveriam deixar o Japão e não retornar; se decolassem e voltassem seriam condenados.

Nesse momento, resolveram unir o útil ao agradável: tentariam ganhar o prêmio de US$ 25 mil (hoje cerca de US$ 360 mil) que um jornal japonês prometera a quem fizesse o primeiro voo sem escalas daquele país aos Estados Unidos.

Em 4 de outubro de 1931, o Miss Veedol decolou de Misawa, cidade ao norte de Tóquio, rumo a Seattle, situada a 5.500 milhas de distância – seria um vôo 2 mil milhas mais longo que o de Charles Lindbergh, que fora o primeiro a cruzar o Atlântico voando dos Estados Unidos à França em 1927.

O pequeno avião, com apenas um motor fora modificado para carregar 930 galões de combustível. Mas havia um pequeno problema: se os ventos fossem adversos ou houvesse qualquer contratempo, o combustível não seria suficiente, e pousar no mar naquela época era morte certa. Os pilotos  fizeram cálculos e concluíram que se o avião não tivesse trem de aterrissagem, a melhor aerodinâmica lhes daria uma velocidade adicional de 15 milhas por hora e mais 600 milhas de autonomia – em 1931 não existiam trens de aterrisagem retráteis.

Foi mais ou menos isto que Pangborn fêz

Mas isso não era problema para Pangborn e Hemdon: desenvolveram uma gambiarra que permitiria que, logo depois da decolagem, o trem de aterrisagem fosse ejetado – ao chegarem aos Estados Unidos, pensariam em como levar o Bellanca para o solo.

Decolaram e acionaram a gambiarra, que funcionou pela metade: as rodas caíram, mas a estrutura do trem não, o que tornava a aterrisagem uma tragédia certa. Mas isso era um problema simples para Pangborn: voando a 14 mil pés sobre o mar,  tirou os sapatos, apanhou algumas ferramentas, saiu do avião e, trabalhando em cima dos suportes de cada asa, soltou a estrutura, que caiu ao mar.
O voo ocorreu sem novidades, e depois de 40 horas o Miss Veedol passou a sobrevoar o território americano. Pangborn (na foto, de chapéu, com Herndon à sua direita) resolveu mudar o destino: ao invés de ir a Seattle, voou mais uma hora e foi a Wenatchee, no estado de Washington, onde passara a infância e onde ainda vivia sua mãe. Ali, pousou de barriga, tendo o avião sofrido apenas pequenos danos.

Voos sem escala entre o Japão e os Estados Unidos voltaram a acontecer apenas depois da 2ª Guerra Mundial. Pangborn morreu em 1958, após ter voado mais de 24 mil horas como piloto do correio aereo, da RAF durante a 2º Guerra e de testes.    

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

ESPELHO, ESPELHO MEU - EXISTE ALGUÉM MAIS BONITA DO QUE EU??????

Além de produtos como cremes e shampoos, chega ao uso doméstico uma nova tecnologia voltada à beleza, o Hi-Mirror, o primeiro espelho inteligente.
O Hi-Mirror é um dispositivo formado por uma tela de LCD e uma câmera, posicionados no centro de um espelho convencional. Ele tira fotos diárias da usuária, analisando problemas de pele como rugas, manchas, olheiras e poros. O objetivo é perceber as mudanças na pele, para que a usuária tome as providências que julgar necessárias.
Caso algum problema de pele seja detetado, a pessoa só precisa se conectar ao espelho, por meio da tela LCD, para obter dicas dadas   pelo próprio sistema do espelho, que ainda fornece a previsão do tempo e integração com o Spotify – para colocar músicas enquanto se toma banho...
O aparelho custa US$ 189, diretamente no site do fabricante.  A empresa fabrica outros equipamentos, como uma balança inteligente, por exemplo. 
O vídeo abaixo, traz mais informações sobre esses produtos:

quinta-feira, 24 de novembro de 2016

GOOGLE AJUDA A PRESERVAÇÃO DE FOTOS IMPRESSAS

O Google lançou no último dia 16 um aplicativo que ajuda as pessoas a salvar as suas fotos antigas impressas.
Chamado de PhotoScan, o novo serviço   permite que o usuário escaneie suas fotos impressas com um smartphone e então as salve na sua biblioteca do Google Photos.
Para usar o PhotoScan, basta apontar a câmera do celular para uma foto, posicionando-a dentro da moldura. Em seguida, é só pressionar o botão principal para começar a digitalização e esperar o aplicativo fazer todo o trabalho.
De acordo com o Google, o app consegue até mesmo detectar as bordas da foto, endireitar a imagem, eliminar brilho e recortar a foto da maneira correta com o uso de inteligência artificial.
Após o processo ser finalizado, é possível acessar e editar as imagens diretamente pelo app do Google Photos, que já está disponível para Android e iOS.
O vídeo abaixo fala da nova ferramenta, mostrando como ela substitui os scanners convencionais:


domingo, 20 de novembro de 2016

IMAGINACTIVE, PENSANDO O FUTURO: A MOTO SEM PILOTO

Charles Bombardier é um engenheiro, membro da família que dirige a Bombardier, empresa que produz aviões e trens, entre outros produtos - é um grande concorrente da Embraer.

Desde 2013 Bombardier mantém a Imaginactive, uma ONG que pretende divulgar conceitos acerca de novos meios de transporte - o objetivo é, sem se preocupar com aspectos industriais e de custos, lançar ideias que possam, em suas palavras, "inspirar as novas gerações a sonhar, acreditar e construir os veículos do futuro". 


Recentemente, a Imaginactive divulgou o conceito da Brigade, uma motocicleta sem piloto que pode ser usada para fiscalização do trânsito, liberando policiais e outros responsáveis por esse trabalho para outras funções. 


A máquina carregaria câmeras, sensores, geradores de som e outros gadgets, e não “cairia” por dispor de um giroscópio. Patrulharia as ruas buscando coisas como veículos com licenciamento vencido e estacionamento em lugares proibidos; poderia produzir notificações de multa com imagem do veículo, encaminhando essas notificações por email ou outros meios.


Os motoristas de veículos trafegando em velocidade excessiva seriam alertados por sinais luminosos e sons emitidos  pela Brigade – se o motorista não reduzir a velocidade a polícia seria alertada para entrar em ação.
A imagem que ilustra este post foi produzida pelo desenhista industrial Ernesto Arndt, de Montreal.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

POR QUE VIAGENS DE AVIÃO DEMORAM MAIS HOJE DO QUE HÁ 50 ANOS?


O senso comum nos leva a crer que com o aumento da velocidade dos aviões, as viagens aéreas vão se tornando mais rápidas. 

Isso tem alguma lógica - no final dos anos 1930, ao lançar a linha São Paulo-Rio, a VASP informava que a viagem demoraria 90 minutos - hoje, esse tempo é bem menor (ao menos o tempo de voo...). 

O site  DepartedFlights mostra que isso, quase sempre, não se traduz em viagens mais rápida para todos. Mostra como em 1970, um voo de Nova York a Houston costumava levar aproximadamente 2 horas e 37 minutos. Hoje, leva 3 horas e 50 minutos, 1 hora e 13 minutos a mais.

Segundo vídeo publicado pelo Business Insider, o principal fator que torna os voos de hoje  mais lentos do que os de décadas atrás é a economia das companhias aéreas com combustível. 

O gasto de energia dos aviões cresce de forma exponencial à medida que sua velocidade aumenta linearmente; assim, a redução do tempo nas alturas com uma viagem mais rápida não é o suficiente para compensar o maior consumo de combustível.

Em 2008, uma reportagem da Associated Press revelou que a companhia aérea JetBlue economizou 13,6 milhões de dólares apenas aumentando em dois minutos o tempo médio de seus voos.

“Companhias aéreas podem poupar milhões por ano voando mais devagar”, afirma o vídeo. Ainda por conta do alto custo com combustível, as empresas têm tentado tornar os voos cada vez mais leves, motivo pelo qual cobram taxas pelo excesso de bagagem dos viajantes.

Outra razão que contribui para que os voos pareçam mais longos é uma tática usada pelas companhias aéreas: para evitar que os voos atrasem, as empresas acrescentam alguns minutos na previsão de chegada - assim, quando chegamos mais cedo que o planejado, não é porque o voo está adiantado, mas sim, porque ele não atrasou.



terça-feira, 1 de novembro de 2016

ACESSO À INTERNET A PARTIR DE SMARTPHONES E TABLETS SUPERA O ACESSO VIA COMPUTADORES

Pela primeira vez, em outubro de 2016, o acesso à internet a partir de smartphones e tablets excedeu o uso por meio de computadores, informou nesta terça-feira, 1º, a companha de análise independente StatCounter.

Dominada por PCs, o uso de internet vem de caindo desde 2009, mas ainda se mantinha à frente. Foi só apenas no mês passado que o jogo virou. Celulares e tablets passaram a responder por 51,3% do consumo de conteúdos conectados.

Apesar disso, os computadores ainda tem um grande papel a cumprir na área, conforme vídeo abaixo:


terça-feira, 18 de outubro de 2016

CADEIRAS AUTOMÁTICAS PODEM DIMINUIR O ESTRESSE GERADO POR FILAS

Ficar em filas cansa, aborrece. Aqui no Brasil, onde temos filas para tudo (restaurantes, bancos, embarque em aeroportos etc.) o problema é ainda maior. 

Mas a Nissan propõe uma solução que pode minorar o problema: desenvolveu uma cadeira automática, inspirada na tecnologia que vem desenvolvendo para carros sem motorista. 



A cadeira é chamada  “ProPilot Chair”, e é capaz de avançar e parar sem intervenção do usuário, com segurança. Vídeos recém divulgados mostram  clientes fazendo fila em diversas situações, confortavelmente sentados em cadeiras que, através de câmeras internas instaladas na parte inferior da estrutura, detectam a posição da cadeira anterior e movem-se no momento adequado. 

O dispositivo será testado em negócios do Japão no próximo ano, embora não sua comercialização ainda não esteja prevista, como disse à Agência Efe um porta-voz da companhia.

A Nissan está pedindo, via  Twitter, que restaurantes do Japão interessados enviem uma solicitação até 27 de dezembro para testar a cadeira em 2017. 


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

TRÊS EM CADA DEZ BRASILEIROS QUE JOGAM POKÉMON GO JÁ GASTARAM DINHEIRO COM O GAME

31% dos jogadores brasileiros de Pokémon Go (Android, iOS) já compraram algum item virtual dentro do game, informa pesquisa da eCMetrics com 1 mil internautas que baixaram o jogo em seus smartphones. 

Entre os que gastaram dinheiro com Pokémon Go, o desembolso médio foi de R$ 59,4. Para ser mais exato: 27% gastaram até R$ 10; 39%, entre R$ 11 e R$ 50; 22%, entre R$ 51 e R$ 100; e 12%, mais de R$ 100.

A pesquisa analisou também onde os brasileiros caçam pokémons. O mais comum, apontado por 60% dos entrevistados, é caçar no caminho para casa, escola ou trabalho. Shopping centers (58%) e lugares públicos (58%) também estão entre os preferidos. 40% caçam dentro do trabalho ou da escola e 32%, em estabelecimentos comerciais.

Metade dos jogadores brasileiros declararam já ter ido a uma loja especificamente para caçar pokémons. E 75% aproveitaram para comprar algo no estabelecimento comercial. Além disso, 56% disseram que passam mais tempo dentro da loja quando estão caçando pokemons do que em uma visita regular.

A frequência de acesso ao jogo impressiona. Metade (51%) dos usuários de Pokémon Go joga diariamente. 16%, de cinco a seis dias por semana; 17%, três a quatro dias; 12%, um a dois dias; e 12% acessam com menos frequência que isso. 

A pesquisa mediu também a quantidade de horas por dia jogando Pokémon Go: 22% jogam menos de uma hora por dia; 34%, de uma a duas horas; 20%, de três a quatro horas; 24%, mais de quatro horas.

No entanto, de acordo com a pesquisa, 22% dos internautas brasileiros que baixaram Pokémon Go já pararam de jogá-lo. Os principais motivos apontados por eles para a desistência foram dificuldade do jogo (48%); não gostaram do jogo (33%); não encontram muitos pokemons (25%) e problemas de compatibilidade do jogo com seu modelo de celular (8%).

Essas desistências já eram esperadas: o Pokémon Go não é mais o aplicativo líder em receita na App Store norte-americana. Após 74 dias em primeiro lugar, o jogo  caiu para a segunda posição, sendo superado pelo Clash Royale.


Como sempre acontece, poucos ganharam muito dinheiro com o game e muitos perderam muito tempo e dinheiro... 


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

FAZENDA EM PLENO DESERTO CULTIVA TOMATES COM ÁGUA DO MAR

O deserto do sul da Austrália é um ambiente hostil para plantas. Contrariando qualquer expectativa, cerca de 17 mil toneladas de tomates são produzidas por lá a cada ano. O que mais impressiona é que são usados apenas dois ingredientes para que as plantas cresçam saudáveis: água do mar e sol.

Vista da fazenda
Os tomates são produzidos em uma fazenda comandada pela empresa inglesa Sundrop Farms. Na produção, não são usados pesticidas, combustíveis fósseis ou água subterrânea – comumente usada na agricultura  tradicional para irrigação. O objetivo por trás do empreendimento é desenvolver uma forma mais sustentável de produção de legumes e verduras.

A empresa transforma água do mar e luz solar em energia e água. Em seguida, usa dióxido de carbono de origem sustentável e nutrientes para maximizar o crescimento das culturas”, afirma a empresa em seu site

Com o aumento da demanda por energia e água doce, a Sundrop pode representar o futuro da agricultura.

O interior da estufa
Foram necessários seis anos de pesquisas e uma equipe internacional de cientistas para que a ideia fosse para frente. Uma estufa piloto foi construída em 2010 e, quatro anos depois, uma instalação em escala comercial com 20 hectares foi criada. Na semana passada aconteceu o lançamento oficial da fazenda no sul da Austrália, na região da cidade de Port Augusta.

O cultivo é feito com a água do mar, que fica a dois quilômetros da Sundrop Farm. A água é bombeada para uma usina de dessalinização, que é alimentada por energia solar. Lá, o sal é removido para que a água possa ser utilizada na irrigação de 180 mil plantas da estufa. 

Para que as plantas não sofram com o clima seco do deserto, os cientistas forraram a estufa com um tipo de papelão embebido de água do mar. Desse modo, o local fica com a temperatura perfeita para o cultivo. No inverno, um sistema de aquecimento (gerado a partir da energia solar) mantém a estufa quente. 

De acordo com o site da empresa, os tomates são cultivados em sistema hidropônico – ou seja, o solo do deserto não é utilizado. “Nossas plantas florescem em cascas de coco ricas em nutrientes”, dizem fontes da empresa. Isso significa que esse tipo de agricultura pode ser empregado em locais que antes eram considerados inóspitos – basta ter sol e água salgada por perto.

“A grande vantagem deste novo método de agricultura é o controle que ele nos dá em relação aos níveis de nutrição vegetal. Ele garante uma melhor produção e um sabor melhor", informa o site.

Toda a energia para fazer a fazenda funcionar é gerada por 23 mil espelhos que refletem a luz do sol para uma torre receptora de 115 metros de altura. Em um dia ensolarado, até 39 megawatts de energia podem ser produzidos, segundo dados obtidos pelo site New Scientist. A estufa ainda está conectada com a rede elétrica caso algo dê errado.

Apesar de inteligente, a inovação pode causar impacto negativo no deserto. Sistemas similares nos Estados Unidos estão incinerando mais de seis mil aves por ano, pois muitas delas voam na frente das placas solares para caçar insetos, segundo o site Science Alert.

Outra coisa a se pensar é no preço para o desenvolvimento dessas estufas. É preciso 200 milhões de dólares para construir uma delas do zero – sem contar o valor para mantê-las. A empresa, porém, acredita que isso não será um problema, pois os custos da Sundrop Farm são mais fáceis de prever do que os de uma fazenda tradicional; a escala pode também reduzir esses cursos.

A Sundrop planeja lançar em breve mais estufas sustentáveis em Portugal, nos Estados Unidos e mais uma na Austrália.

Veja o sistema em funcionamento no vídeo abaixo:


 

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

BOEING 737 - UM CAMPEÃO DOS CÉUS


O jato comercial mais produzido em toda história é o Boeing 737: 9.000 deles foram fabricados desde 1967 e a qualquer momento, 2.000 deles estão no ar. O maior rival do 737 é o Airbus A320, com 6.700 produzidos desde 1984.

O 737 tem cerca de 40 metros de comprimento e 34 de envergadura, pesa cerca de 80 toneladas e pode custar de US$ 32 a 90 milhões, dependendo do modelo. Pode transportar de 124 a 215 passageiros, também dependendo do modelo. 

A procura por aviões desse porte é muito grande: a  Boeing pretende fabricar 57 deles ao mês a partir de 2019, e no mesmo ano a Airbus pretende atingir a marca de 60 ao mês. 

A Boeing, em sua fábrica de Renton (próxima a Seattle) fabrica um 737 em nove dias; para termos uma ideia de como o processo de fabricação se desenvolve, a revista Wired divulgou um vídeo que podemos assistir em: https://www.wired.com/2016/09/boeing-builds-737-just-nine-days/


segunda-feira, 26 de setembro de 2016

SNAPCHAT LANÇA OS SPECTACLES, ÓCULOS DE SOL QUE GRAVAM E COMPARTILHAM VÍDEOS

O Snapchat é uma rede social de mensagens instantâneas voltado para celulares e desenvolvida por Evan Spiegel, Bobby Murphy e Reggie Brown, estudantes da Universidade Stanford. O aplicativo pode ser usado para enviar texto, fotos e vídeos e o diferencial é que este conteúdo só pode ser visto apenas uma vez, pois é deletado logo em seguida, se "autodestruindo".

Febre entre os jovens, o Snapchat não será mais só um aplicativo: a empresa acaba de anunciar que passa a se chamar Snap Inc. e planeja investir em hardware daqui para a frente. Seu primeiro gadget, batizado de Spectacles ou “Specs”, será um modelo de óculos de sol que grava e compartilha vídeos.
Os Spectacles se limitam à gravação de vídeos e não terão nenhuma funcionalidade ligada à realidade aumentada ou virtual, como o Google Glass,  aposta malsucedida do Google.
Os óculos terão modelos em três cores (preto, coral e verde-azulado) e virão com uma pequena câmera nas laterais da armação. Se apertarmos um botão perto da câmera esquerda, os Specs gravarão o que enxergamos  por 10 segundos. Acionar o botão mais vezes fará com que o registro dure mais, sem nunca exceder 30 segundos.
Em entrevista ao Wall Street Journal, o CEO da Snap, Evan Spiegel, disse que usou os óculos numa caminhada e ficou fascinado com o resultado. “Eu pude ver a minha própria memória, pelos meus próprios olhos, e foi incrível. Uma coisa é você ver imagens de uma experiência que você teve, outra é ter uma experiência da experiência. Foi o mais perto que eu já cheguei da sensação de estar lá outra vez”, explicou.
Spiegel disse ao jornal que ainda vê os óculos como um “brinquedo” para ser usado em shows, viagens e festas, mas que enxerga um futuro promissor para a ideia.
A lente dos Specs é capaz de gravar num ângulo de 115 graus. Os vídeos serão em formato circular, imitando o formato dos olhos. Graças à conexão com wi-fi e bluetooth, os Spectacles podem transferir automaticamente os vídeos para o aplicativo do Snapchat.
Segundo a empresa, o produto custará 130 dólares, algo em torno de 420 reais - o que se aproxima do preço de óculos de sol "comuns" de marcas famosas no Brasil (e que não incluem câmeras de vídeo).  
A empresa explicou que a mudança de nome para Snap não se estende ao aplicativo, que continuará se chamando Snapchat.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

AVIANCA DISPONIBILIZARÁ CONEXÃO À INTERNET EM SEUS AVIÕES

Segundo o Estadão,  a Avianca   recebeu a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para oferecer conexão à internet via satélite aos passageiros durante seus os voos. A companhia afirma que é a primeira aérea da América do Sul a disponibilizar esse tipo de serviço.

Segundo a empresa, a instalação dos serviços nas aeronaves será feita gradualmente, com conclusão prevista para até dezembro de 2017.

A Avianca  ainda informa que o serviço de conectividade será gratuito durante os três primeiros meses, período no qual serão conduzidas pesquisas junto aos clientes para adequar o produto às necessidades dos usuários.

O serviço será fornecido em parceria com a Global Eagle Enterteinment (GEE), empresa especializada em conteúdo e conectividade via satélite.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

AMSTERDÃ TESTARÁ BARCOS SEM PILOTO EM SEUS CANAIS

Os veículos autônomos estão cada vez mais próximos de nossa vida diária. Agora, é a cidade de Amsterdã que informa que vai testar barcos sem piloto em seus canais a partir de 2017 - a ilustração no início deste post mostra uma concepção de como esses barcos "se encaixariam" na paisagem da cidade, transportando passageiros ou cargas. 

A ideia justifica-se pelo fato de cerca de um quarto da área da cidade ser coberta de água, existindo mais de cem quilômetros de canais que cortam essa área. Amsterdâ tem cerca de 840 mil habitantes e está encravada em uma área metropolitana de cerca de 2,5 milhões.

O programa vem sendo chamado de "Roboat" (robô + barco, em inglês) e vem sendo tocado por pequisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e de duas universidades holandesas, a Delft University of Technology e a Wageningen University; eles dispõem de uma verba de 25 milhões de euros, e pretendem ter os primeiros protótipos operando em 2017. 

Além do uso para transporte, os barcos poderão inicialmente ser utilizados como pontes (conforme ilustração ao lado) e como coletores, em tempo real, de informações sobre poluição da água, marés etc - é a Internet das coisas que também está chegando. 



http://www.theverge.com/2016/9/19/12968420/amsterdam-self-driving-boats-roboat 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

PONTE MAIS ALTA DO MUNDO: CHINA QUEBRA SEU PRÓPRIO RECORD

rede de televisão oficial chinesa  "CCTV" informou que último sábado foi fechado o vão da ponte mais alta do mundo,  565 metros acima do rio Nizhu (no sul do país).
Está previsto que a ponte, chamada Beipanjiang e situada entre as províncias chinesas de Yunnan e Guizhou, seja liberada ao tráfego no final de ano.
As obras já duram três anos, com cerca de mil engenheiros e técnicos envolvidos no projeto.
Quando  aberta ao público, a ponte de Beipanjiang superará outra ponte chinesa, a do rio Sidu na província central de Hubei, inaugurada em 2009, como a mais alta do planeta - note-se que atualmente, da 10 pontes mais altas de todo o mundo, 8 estão na China.
A TV australiana WSJ reproduziu vídeo gerado pela CCTV acerca do assunto, que pode ser visto aqui.


sexta-feira, 9 de setembro de 2016

CELULAR SEM SINAL? TALVEZ A CULPA NÃO SEJA DA OPERADORA

Quando nosso celular fica sem sinal, geralmente atribuímos a culpa à operadora. 

Mas um estudo feito pelo Nordic Council of Ministers apresenta um novo suspeito: nossa mão.

De acordo com o relatório, escolher a mão esquerda ou a direita para segurar o aparelho durante uma ligação tem consequências diretas na funcionalidade da antena.

O problema é que, como essa parte específica do telefone foi escondida nos smartphones, fica difícil saber se estamos ou não cobrindo-a com a mão.

Cada fabricante de smartphones costuma colocar a antena em um lugar diferente do telefone, dificultando a definição de como é melhor segura-lo.

O estudo dá exemplos, dizendo que os iPhones - especialmente o iPhone 6S Plus é muito sensível nesse aspecto, com performance pior quando levamos o aparelho ao ouvido com a mão esquerda.

Na próxima vez em que tivermos problemas de sinal, vale a pena trocar de mão ou usarmos fones de ouvido...

Como dizem os italianos, " Se non e vero è ben trovato".

terça-feira, 6 de setembro de 2016

GAMES NÃO SÃO APENAS PASSATEMPO

Óculos 3D, joystick e um desafio: passar de fases sem nenhum ou com o menor número de erros possível. 

Essa é a descrição do game utilizado para treinamentos e aplicação de conceitos de segurança, em implantação pela Gerdau, empresa líder do segmento de aço no país. 

A inovação surgiu com o objetivo de modernizar os treinamentos da certificação obrigatória de Análise Preliminar de Riscos (APR) e tem como foco a eficiência e a facilidade de assimilação de suas práticas pelos operadores das usinas. 

Os exercícios, que demoravam uma hora e meia para serem aplicados da maneira tradicional, em sala com papel e caneta, agora são realizados em 18 minutos por um jogo de realidade virtual.

"A gamificação utiliza técnicas e processos no desenvolvimento de jogos em diversos contextos. A jogabilidade permite que o conteúdo seja absorvido naturalmente e seus resultados sejam potencializados", explica Luiz Barna, professor da Faculdade Cásper Líbero, de São Paulo.

O jogo funciona assim: com os óculos, o participante enxerga um ambiente que simula a oficina que irá trabalhar. Utilizando o joystick, ele se move com o objetivo de identificar os riscos que estão envolvidos nas atividades não corriqueiras dentro da sua área. Ao longo do treinamento, o usuário passa por fases e perde pontos caso se esqueça de algum requisito de segurança. O resultado aparece na tela do celular do supervisor.

A gamificação permite, em um só processo, trabalhar três aspectos: o conhecimento, a habilidade e a atitude. "A possibilidade de visualizar os cenários e propor soluções por meio do treinamento em realidade virtual, nos permite absorver o conteúdo de forma mais rápida, além de aumentar a percepção de segurança nos processos diários. Dessa forma, sabemos exatamente como prevenir possíveis riscos na operação", comenta Jonatan Menezes, um dos primeiros operadores  a realizar o treinamento.

Segundo o vice-presidente da Gerdau, Francisco Fortes, os resultados já são percebidos na aplicação da certificação para colaboradores da empresa. "Ao utilizar um conteúdo interativo, o colaborador vivencia a situação proposta, o que torna o treinamento ainda mais efetivo. Além disso, a ferramenta traz mais agilidade na avaliação, já que diminui a necessidade de aulas e provas sobre o tema", salienta Fortes.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

GOOGLE DESISTE DE LANÇAR SEU SMARTPHONE MODULAR

Em maio passado publicamos o post "GOOGLE PRETENDE LANÇAR SMARTPHONE MODULAR", onde relatávamos a intenção dessa empresa no sentido de lançar um smartphone cujas características (memória, tipo de câmera etc.) seriam definidas pelo usuário - era o Projeto Ara.

Na semana que passou, foi anunciada a descontinuação do projeto, especialmente em função dos altos custos de fabricação do aparelho e da impossibilidade de construí-lo em um tamanho relativamente pequeno.

De qualquer forma, é um conceito interessante que talvez um dia volte à pauta. 





sexta-feira, 19 de agosto de 2016

O AIRLANDER - O MAIOR VEÍCULO AÉREO DO MUNDO

Em post de 9 de abril do ano passado, falamos do Airlander, um veículo aéreo que estava sendo desenvolvido por uma empresa inglesa. 

Agora o Airlander decola: é a maior aeronave do mundo e fez seu primeiro voo no dia 17 pessado - o voo de meia hora foi realizado na cidade de Cardington, que fica ao norte de Londres. O objetivo é usar a aeronave, ainda em desenvolvimento, como alternativa para transporte de cargas pelo ar. 

O Airlander 10 tem maior capacidade de carga que os aviões tradicionais; ele é gigantesco, com 91 metros de comprimento, 34 metros de largura e 26 metros de altura. É maior que o Antonov Mriya, o maior avião do mundo, de que já falamos aqui. 

 gigantesco, com 91 metros de comprimento, 34 metros de largura e 26 metros de altura. Ele é maior que o Antonov Mriya, o maior avião do mundo de que também falamos recentementePara se manter no ar, o Airlander utiliza gás hélio, o mesmo usado em balões que enfeitam festinhas infantis. 
Além das dimensões, ele tem boa autonomia. De acordo com seu fabricante, a companhia britânica Hybrid Air Vehicles (HAV), ele seria capaz de passar três semanas voando, sem a necessidade de realizar um pouso. Já que não queima muito combustível, ele agride menos o meio ambiente do que as soluções atuais.
A HAV enxerga uso comercial e militar para o Ailander 10 - lembramos que  a aeronave concebida para fins militares e começou a ser desenvolvida pelo exército americano, que por problemas orçamentários, abandonou o projeto
A versão em testes é capaz de carregar 10 toneladas de carga. A empresa, no entanto, já pensa em criar versões maiores que poderiam levar até 50 toneladas.
Abaixo, um vídeo do voo inaugural do Airlander.