quarta-feira, 31 de outubro de 2012

PESQUISANDO OS CONNECTED CARS E SOCIAL NETWORKS PARA AUTOMÓVEIS


Temos falado aqui acerca do desenvolvimento de tecnologias que permitam automatizar o processo de direção de automóveis, buscando oferecer maior conforto e segurança aos motoristas e pedestres, além de dar maior fluidez ao tráfego. 

A imprensa especializada relata duas pesquisas de porte que estão se iniciando na Alemanha e nos Estados Unidos, envolvendo a comunicação entre automóveis e a infraestrutura viária.  

A Daimler, que entre outras marcas fabrica os automóveis Mercedes-Benz, vem liderando pesquisas acerca do que está sendo chamada “primeira rede social para automóveis”; a empresa diz que esta é a maior pesquisa de campo  acerca de V2X (vehicle-to-X communication – onde X significa diversos players); V2X seria uma combinação de comunicação  V2V (vehicle-to-vehicle) e  V2I (vehicle-to-infrastructure). 

Essa pesquisa faz parte de um projeto maior, a  simTD (Safe Intelligent Mobility – test field Germany), patrocinado pelo governo alemão e que tem a participação de outros fabricantes de veículos  (Opel, Audi, BMW/Mini, Ford e Volkswagen), de fornecedores de autopeças como   Bosch e Continental, da Deutsche Telekom e de diversos centros de pesquisa. 

A ideia é que cerca de 120 veículos equipados com novas tecnologias circulem pela região até o final deste ano, testando a efetividade da captura de informações com o uso de sensores e da trocas de mensagens V2X, de forma a alterar o processo de sincronização de semáforos, sugerir melhores rotas, informar acerca de acidentes, vagas de estacionamento disponíveis, congestionamentos etc.

Já nos Estados Unidos, experiências similares vem sendo desenvolvidas em Ann Arbor, Michigan, coordenadas pela National Transportation Safety Administration (NHTSA). Elas envolvem cerca de 3.000 veículos e devem durar um ano. Mauro Pinto, CIO da GM para a América Latina, abordou o assunto em Aula Magna que ministrou na Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie
Na experiência americana, as informações são captadas e transmitidas de forma similar à alemã, porém a escolha dos carros e motoristas participantes foi feita de forma diferente:  foram escolhidas pessoas que residem e trabalham nas mesmas áreas e nos mesmos horários, tenham filhos estudando nas mesmas escolas – enfim, que tenham rotinas muito semelhantes. A ideia é, ao final de um ano, verificar se esses carros e motoristas tiveram melhor  acesso a informações sobre o trânsito do que os motoristas dirigindo carros sem os equipamentos V2X, sendo o foco principal a redução de acidentes.
Segundo os americanos, esse foco se justifica face ao fato de que estudos teóricos patrocinados pela NHTSA terem concluído que 80% dos acidentes poderiam ser evitados caso a tecnologia estivesse em uso pelos envolvidos nesses acidentes. Caso esses estudos teóricos tenham seus resultados confirmados pela pesquisa de campo, a tecnologia V2V pode se tornar obrigatória nos novos carros – e talvez até mesmo para pedestres...

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Mais tecnologia no futebol

Fatos como o ocorrido recentemente, em que um árbitro teria utilizado informações da TV para anular um gol de mão feito pelo Palmeiras, o que seria ilegal, pois ele não pode, pelas regras atuais, utilizar recursos como esse, talvez venham a ser coisa do passado dentro de não muito tempo.
Isso deve-se ao fato de, após anos de resistência à introdução da tecnologia no processo de arbitragem, ter sido aprovada pelos dirigentes máximos do futebol a adoção de sistemas que permitam confirmar se uma bola entrou ou não no gol, eliminando uma das principais causas de discussão no futebol – vale lembrar que na Copa do Mundo de 1966, a Inglaterra teria sido beneficiada numa situação dessas em sua final contra a Alemanha – situação inversa teria ocorrido na Copa de 2010.
Inicialmente,  dois sistemas foram aprovados, o Hawk-Eye e o GoalRef, que já serão utilizados na Premier League da Inglaterra na temporada 2012-13, a um custo de cerca de US$ 200 mil por estádio. Provavelmente serão utilizados no Campeonato Mundial de Clubes no Japão (o Corinthians estará lá), e na Copa das Confederações e Copa do Mundo a serem disputadas aqui no Brasil.
 O sistema  Hawk-Eye  foi desenvolvido na Inglaterra e vem sendo usado em jogos de críquete e tênis. Para o futebol, está prevista a utilização de seis câmeras ao redor de cada gol, cujas imagens serão captadas por um software que através de triangulações permitirá definir se a bola entrou ou não; em caso positivo, será enviado  via rádio  um sinal a um dispositivo em poder do árbitro; todo o processo durará menos de um segundo.
A tecnologia GoalRef foi desenvolvida na Holanda e Alemanha e testada em jogos do campeonato dinamarquês. Utiliza tecnologia diferente: a bola terá um chip e sensores serão instaldos nas traves,  avisando ao árbitro quando a bola realmente entrar – os defensores dessa tecnologia afirmam que seu custo é menor que o do Hawker-Eye.
Um sistema similar, o Cairos, desenvolvido pela Adidas foi testado na Copa do Mundo Sub 17 disputada em 2005 no Peru, mas acabou sendo abandonado
Apesar da novidade no futebol, além do tênis e críquete outros esportes já recorrem à tecnologia para eliminar dúvidas, especialmente nos Estados Unidos: a NFL (National Football League), NHL (National Hockey League), MLB (Major League Baseball) e NBA (National Basketball Association) utilizam tecnologia,  inclusive  recursos mais simples, como replays de lances duvidosos, para auxiliar os árbitros.    
Apesar de aluguns afirmarem que o uso de tecnologias como estas tira um dos encantos do futebol, a discussão sobre lances duvidosos, acreditamos que quando o esporte se profissionaliza não pode abrir mão da tecnologia, sob pena de prejudicar a qualidade do espetáculo como um todo.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Novidades no Linkedin

A rede social profissional LinkedIn anunciou estar incorporando novidades aos perfis de seus usuários. De acordo com o blog  da empresa, a ideia é que as novidades ajudem os seus 175 milhões de usuários a descreverem seus históricos profissionais, facilitem o encontro de novas oportunidades e também na construção de uma significativa rede de relacionamentos.
Segundo a empresa, são três as modificações que serão incorporadas a todos os perfis do site nos próximos meses. A primeira delas está na maneira como os usuários expressam suas experiências profissionais. Agora, as habilidades e realizações serão exibidas com maior destaque e novas ferramentas de edição, para facilitar a atualização do perfil, também foram adicionadas.
A segunda mudança está na maneira como os usuários vão poder encontrar conexões e oportunidades. De acordo com Bronzan, o novo perfil facilitará a visualização das pessoas e companhias que fazem parte da rede do usuário e também promete facilitar o encontro de novas conexões.
A terceira modificação está na exibição da atividade compartilhada pelas conexões do usuário, que permitirá que ele se mantenha sempre atualizado com as novidades da sua rede de contatos.
Por enquanto, contudo, o acesso ao novo perfil está sujeito ao envio de convites. Usuários da rede social que desejarem estar entre os primeiros a terem acesso às novidades do Linkedin podem se cadastrar na página que a rede social colocou no ar para explicar as modificações (http://www.linkedin.com/profile/sample).   
O Linkedin  passa por uma excelente fase, especialmente no Brasil. Em menos de um ano do início das operações da empresa em solo brasileiro, o LinkedIn anunciou ontem ter atingido a marca de 10 milhões de brasileiros cadastrados. O número leva o país ao terceiro lugar entre os mais presentes na rede social, atrás dos Estados Unidos e Índia e empatado com os britânicos.

sábado, 6 de outubro de 2012

Tablets não deverão substituir notebooks e smartphones, diz a Amcham

O aumento da popularidade dos tablets tem levado muita gente a afirmar que estes devem em breve substituir os notebooks e smartphones no mundo corporativo,  depois de conquistar as pessoas físicas.

Preocupada em saber se isso se confirmará, a Amcham – Câmara Americana de Comércio, fez uma sondagem acerca do assunto, ouvindo executivos de Tecnologia da Informação e  constatando que   67% deles afirmaram não perceber espaço para a substituição.

A pesquisa mostra que as empresas ainda estão divididas quanto à adesão aos tablets. Uma parcela de 27% dos consultados diz suas companhias já fazem uso desses dispositivos e os liberam para uso dos funcionários e outros 23% indicam que há planos nesse sentido considerando um horizonte de até dois anos. Por outro lado, segundo 41% dos ouvidos, o emprego dos tablets não está na mira de suas organizações.

O estudo da Amcham revela também que o acesso a tablets em ambiente corporativo está muito vinculado a alguns segmentos de atuação, principalmente o de vendas. Os executivos consideram que a ferramenta deve ser liberada principalmente para profissionais das áreas comercial (73%) e de comunicação e marketing (50%). Foram lembrados, com menor incidência,  as áreas de TI (27%), RH (23%), jurídica (23%) e financeira (18%).


Há ainda, entre os entrevistados pela Amcham, uma visão  de que os tablets devem ser acessíveis apenas aos níveis hierárquicos mais elevados nas organizações (diretores, gerentes e coordenadores). Foram 57% os que apontaram essa alternativa, ao passo que 38% defenderam que o uso independa de cargo.

Como dizemos com frequência, quem viver, verá...

terça-feira, 2 de outubro de 2012

ADOBE: PHOTOSHOP, READER E OUTROS PRODUTOS


Quase nunca se fala dele, mas o Adobe Reader está em praticamente todos os computadores pessoais – podemos baixa-lo e instala-lo gratuitamente em nossas máquinas, lendo arquivos gerados no formato .pdf.
Sua fabricante, a  Adobe Systems, foi fundada em  1982 na cidade de Mountain View no estado da Califórnia por John Warnock e Charles Geschke, dois ex-funcionários que trabalhavam no renomado Centro de Pesquisa da Xerox em Palo Alto (conhecido como PARC), pesquisando sistemas gráficos e impressão independente de dispositivos.
A empresa foi fundada com base em uma premissa simples: como seria possível traduzir com precisão em uma cópia impressa a beleza do texto e das imagens vistas na tela de um computador?  Buscando esse objetivo a empresa foi fundada, recebendo o nome  de um riacho,  o Adobe Creek, que passava atrás da casa de Warnock, na cidade de Los Altos, também na Califórnia.
O trabalho de Warnock e Geschke gerou toda uma linha de produtos, dentre eles o  Illustrator, o  PageMaker, o Flash, o Dreamwawer e o  Photoshop, que permitem a criação e edição de textos,  imagens e animações (não são gratuitos).
Entre o público leigo, talvez o mais famoso, por sua propalada utilização na edição de fotos exibidas por revistas masculinas,   seja o Photoshop. Esse produto começou a ser desenvolvido quase que como uma brincadeira pelos irmãos John e Thomas Knoll, que em 1988 lançaram o sistema, que logo em seguida foi comprado pela Adobe e lançado em 1990 apenas para uso em máquinas   Apple Macintosh, iniciando uma  revolução no  tratamento de imagens digitais.
O objetivo da Adobe era vender  500 cópias por mês, existindo hoje mais de 15 milhões de usuários, número que se soma às 750 milhões de instalações do Reader e do Flash e  aos 275 milhões de aquivos .pdf disponíveis na Internet   como indicadores do sucesso dos produtos da Adobe, cujo faturamento está ao redor de US$ 4 bilhões ao ano.