terça-feira, 30 de outubro de 2018

PONTE HONG KONG – ZUHAI - MACAU, O ESTADO DA ARTE EM TECNOLOGIA

A aglomeração urbana do Delta do Rio das Pérolas é considerada a maior megacidade do mundo (67 milhões de pessoas) e é um dos motores da economia chinesa.

Num dos extremos do Delta, está Hong Kong; no outro, Macau e Zhuhai, as três mais importantes cidades do sul da China. Nas últimas décadas a região experimentou um extraordinário crescimento econômico e tornou-se um dos principais centros comerciais e industriais do mundo. 

Segundo especialistas, a experiência internacional mostra que uma das chaves para a exploração das oportunidades econômicas deve ser uma cooperação mais estreita entre as cidades - foi isso que determinou a  construção da Ponte Hong Kong- Zuhai- Macau.

Custou  US$ 20 bilhões; com 55 quilômetros, sua construção consumiu 400 mil toneladas de aço, quantidade suficiente para erguer mais de 60 torres Eiffel. Foi usado cimento suficiente para construir 22 edifícios Chrysler, em Nova Iorque, que tem cerca de 320 metros de altura e durante algum tempo foi o mais alto do mundo. 

A estrutura tem três seções de pontes e um túnel sob o mar - para permitir a passagem de navios, uma seção de 6,7 km é formada pelo túnel e duas ilhas artificiais - a foto ao lado mostra a entrada do túnel em uma dessas ilhas.

Os responsáveis garantem que ela resiste a ventos de até 340 km/hora e foi projetada para durar pelo menos 120 anos.

Com seis faixas de rolagem (três em cada sentido), a velocidade máxima é de 100 km/hora. As obras começaram em 15 de dezembro de 2009, e a estrutura principal foi concluída em 7 de julho de 2017. 

A construção não é cem por cento chinesa: trabalharam nela profissionais do Reino Unido, Japão e pelo menos 11 outros países - 18 deles  morreram durante a obra.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

FORMICA É MARCA, VOCÊ SABIA?

Poucas pessoas sabem que a fórmica, aquele material utilizado para revestir móveis, pisos e paredes, na verdade é uma marca – laminados plásticos existem de diversas marcas, produzidos por diversas empresas, mas a fórmica original existe há mais de cem anos.

Em 1912,   Daniel J. O’Conor e   Helbert A. Faber, funcionários da  Westinghouse Eletric, começaram a pesquisar e desenvolver um material que substituísse a mica, usada na época em instalações e isolamentos elétricos,  principalmente nos ferros de passar roupa. Utilizando material celulósico (papel) impregnado com resina fenólica, submetido à alta pressão e temperatura, eles criaram um novo produto: o substrato fenólico. Em 1913,  saíram da Westinghouse, patenteram o produto, registraram-no com a marca FORMICA, e fundaram sua própria empresa com a ajuda financeira do advogado e banqueiro John G. Tomlin. O novo produto foi batizado como FORMICA por ter sido concebido para ser usado no lugar da mica (“substitute for mica”).

O material foi amplamente utilizado como isolante  durante a 1ª Guerra Mundial,  ao final da qual a empresa desenvolveu a resina melamínica, cuja união com o substrato fenólico resultou no laminado decorativo como hoje o conhecemos.

Durante a Segunda Guerra Mundial mundial a empresa fabricou hélices de avião de madeira revestidas em plástico. Após a Guerra,  se especializou  na produção de laminados decorativos. Nessa época,  a marca FORMICA  chegou ao Brasil. Em 2007, a empresa foi comprada por US$ 700 milhões pelo grupo Fletcher Building Group, da Nova Zelândia.

A empresa investe muito em pesquisa, lançando constantemente novos produtos, que além da beleza e do design moderno,  são resistentes à riscos e  manchas, são fáceis de limpar, inibem a proliferação de fungos e bactérias, são antialérgicos, duráveis, suportam a umidade e as altas temperaturas.

A empresa (www.formica.com) tem seus produtos vendidos em quase todo o mundo. É um exemplo vivo de como uma tecnologia, desenvolvida para um determinado fim, acaba gerando produtos utilizados em áreas totalmente diferentes.  

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Mark I, Aiken e Hopper: pioneiros


Howard Hathaway Aiken (1900-1973) concluiu seu doutorado em Física em 1939, na Universidade de Harvard.

Já nessa época, Aiken acreditava ser possível a construção de uma máquina que pudesse rapidamente fazer os cálculos necessários em sua área, especialmente equações diferenciais, liberando os pesquisadores de trabalho repetitivo. Aiken sabia que, pelo porte da máquina em que pensava, precisaria do auxílio de uma empresa; procurou inicialmente a Monroe Calculator Company, à época um importante fabricante de calculadoras mecânicas, mas que não se interessou pela ideia.

A seguir, após alterar seu projeto inicial, Aiken procurou a IBM, cujo principal produto à época era um sistema que processava cartões perfurados, um descendente direto das máquinas concebidas por Herman Hollerith. O projeto de Aiken interessou à IBM, pois utilizava diversos componentes dos sistemas já produzidos por ela; uma equipe formada por pessoal de Harvard e da IBM começou a trabalhar na máquina, que foi chamada MARK I e apresentada aos professores de Harvard em dezembro de 1943.

O Mark I era enorme: tinha quase vinte metros de comprimento e três de altura, sendo composto por cerca de 760.000 peças, ligadas entre si por 800 km
de cabos e pesava 4,5 toneladas – segundo testemunhas, quando em funcionamento emitia um ruído parecido com o de uma sala cheia de mulheres tricotando. Era também uma máquina muito confiável, no sentido de apresentar poucos problemas técnicos.

As instruções eram carregadas em fita de papel e os dados em cartões, perfurados; as saídas eram geradas em máquinas de telex e cartões perfurados. Podia processar números com até 23 dígitos, executava as quatro operações e tinha sub-rotinas para operações logarítmicas e trigonométricas.

Um dos membros mais importantes da equipe de Aiken era a matemática Grace Hopper (1906-1992). Grace atuou muito
tempo na área de computação, estando entre outras coisas, envolvida na criação do FORTRAN e do COBOL; foi tão importante nessa área que, a Marinha dos Estados Unidos , da qual era oficial, deu seu nome a um navio (Grace chegou ao posto de Almirante).

Apesar disso, o que tornou Grace conhecida entre o público leigo foi o fato de que, quando trabalhava com o Mark I, ter removido do interior da máquina um inseto que havia feito com que a mesma parasse – foi a primeira pessoa a, literalmente, ‘debugar’ um computador.

Quando o Mark I ia ser oficialmente inaugurado, em agosto de 1944, Harvard liberou um press release acerca do assunto dando todo o crédito pela construção a Aiken. Thomas J. Watson, o principal executivo da IBM, ficou furioso, ameaçando boicotar a inauguração e projetos futuros; a turma do ‘deixa disso’ entrou em ação e a inauguração ocorreu, mas ficaram sequelas: Aiken e Watson nunca mais se falaram; anos mais tarde, Aiken recusou tornar-se consultor da IBM, função que lhe fora oferecida por Thomas J. Watson Jr., que passara a ocupar o lugar que fora do pai.

Grace e Aiken utilizaram o Mark I para produzir tabelas para a artilharia, muito usadas no final da 2ª Guerra Mundial; a máquina permaneceu em uso até 1959, quando foi substituída por equipamento mais moderno.

Aiken supervisionou a construção dos Mark II, III e IV em Harvard até se aposentar; Grace permaneceu no serviço ativo da marinha até quase os 80 anos, quando se tornou consultora da Digital (um importante fabricante de computadores), cargo que ocupou até sua morte.

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

TECNOLOGIA COM UM TOQUE RETRÔ: BIKES ELÉTRICAS

Às vezes, um simples olhar diferente sobre o que já existe gera inovação.   É o que fez Andrew Davidge um americano que sempre  sempre curtiu design e passear de bicicleta em sua cidade natal de Los Gatos, na Califórnia. A partir desse olhar diferente, desenvolveu um projeto que uniu a tecnologia das bicicletas elétricas  ao charme das bikes americanas dos anos 50. Construiu uma bicicleta como um trabalho escolar,  ainda no ensino médio, que foi um sucesso: pessoas começaram a perguntar como poderiam ter uma igual e ai decidiu  começar a fabricar para outros - isso aconteceu em 2013.
Assim nasceu a Vintage Electric, que hoje tem quase 50 funcionários e entrega algumas centenas de bikes novas por ano - há   fila de espera. O que começou na garagem de casa mudou para um galpão pequeno e hoje ocupa um espaço maior no Silicon Valley, berço das startups dos EUA.

A linha de Bikes da Vintage Electric conta com 5 modelos: a mais barata é a Cafe (foto à esquerda), com preço inicial de US$ 3.995 (cerca de R$ 16,5 mil, mais impostos); A mais cara é a Tracker S, à direita, que começa em US$ 6.995 (em torno de R$ 30 mil). Além da exclusividade da personalização, o desempenho pode ser equivalente a algumas motos de entrada,
A velocidade dos modelos básicos vai até 30 km/h no modo normal, mas pode chegar a 57 km/h se a chave “Sport” for acionada. A bateria tem autonomia de até 65 km (ou 120 km no modo econômico). Para carregar totalmente, as bikes precisam ficar 3,5 horas na tomada. Mas a bateria pode ser retirada para que o dono possa carregar dentro de casa ou no escritório.
Segundo Davidge, essa  é uma forma para que as pessoas tenham um pouco de sensação de aventura em suas vidas enquanto fazem suas atividades diárias - há um vídeo com um pouco mais sobre o assunto.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

GITHUB PUBLICA RANKING DAS LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO

O Github, uma plataforma que permite hospedar, editar e controlar software e é usado por programadores do mundo inteiro, acaba de publicar seu relatório anual com o ranking das linguagens mais populares em 2018, como faz desde 2014. A plataforma se assemelha a uma rede social que permite comentar, seguir e contribuir com milhares de projetos que estão na plataforma.

O relatório leva em conta as linguagens com maior número de contribuições, maior nível de utilização por empresas de todos os tamanhos e que contam com usuários espalhados pelo mundo - o quadro ao lado mostra a evolução do ranking. A startup dona da plataforma, que reúne mais de 3 milhões de programadores e mais de 2 milhões de empresas, é líder no segmento e consta que está prestes a ser adquirida pela Microsoft por US$ 7,5 bilhões (cerca de R$28 bilhões). 

Segundo o relatório, as dez linguagens mais populares são:


10 – Ruby

Ruby é uma linguagem de programação dinâmica e de código aberto. Usada em aplicativos como Twitch, SoundCloud, Hulu, Zendesk, Square e o próprio Github.

9 – C

Criada em 1972, C é uma linguagem antiga e base para outras linguagens muito usadas, como Java e PHP.  

8 – Shell

Popular entre administradores de sistemas, os scripts criados em Shell podem manipular arquivos, executar programas etc.

7 – TypeScript

Conhecido como o “JavaScript com superpoderes" por suportar aplicações em larga escala, a linguagem foi criada pela Microsoft e vem crescendo em popularidade.

6 – C#

Também desenvolvida pela empresa de Bill Gates, o C# é semelhante ao Java e muito usado em softwares para empresas.

5 – C++

Criada no fim dos anos 1970, foi amplamente usada para ensinar programação a iniciantes e é a base de muitos sistemas operacionais, navegadores e jogos.

4 – PHP

Grandes sites, como Facebook e Yahoo, foram criados com esta linguagem, usada para construir páginas dinâmicas e interativas na web. Atualmente, tem sido criticada por falhas e inconsistência em sua sintaxe e por geralmente ficar abaixo em comparações com outras linguagens que têm o mesmo propósito.

3 – Python

Usada em funções de alto nível, como análise de dados e machine learning, a linguagem também serve a iniciantes em programação, pois sua escrita é bastante simples.  

2 – Java

Java é usado em bancos de dados, aplicativos para Android ou desktop e tem diversas outras aplicações. É imensamente popular, considerado uma das maneiras mais estáveis ​​e confiáveis ​​de construir grandes sistemas.

1 – JavaScript

Desde o primeiro relatório feito pelo Github, em 2014, JavaScript é a linguagem com mais contribuições, pois está presente em grande parte da web, sendo usada para construir sites, plugins e formulários. 

sábado, 13 de outubro de 2018

VOO COMERCIAL MAIS LONGO DO MUNDO ATERRISSA EM NEWARK

O voo comercial mais longo do mundo chegou nesta sexta-feira, 12, ao aeroporto de Newark, em New Jersey, após quase 18 horas de viagem a partir de Cingapura. De acordo com o portal do aeroporto, o voo SQ22 aterrissou às 5h29 local (6h29 de Brasília), após ter decolado às 23h37 de Cingapura, após 17h52 de voo - a previsão inicial era de 18h25 de voo. A aeronave transportou 161 passageiros: 67 na classe executiva e 94 na "econômica premium" - não há classe econômica e muitos dos passageiros desembarcaram kusando os souvenires que receberam: bonés, camisetas, chaveiros etc.

Com este voo, a Singapore Airlines recupera o primeiro lugar no ranking das empresas que fazem as viagens mais longas. O voo tirou do primeiro lugar o 921 da Qatar Airways entre Auckland e Doha, de aproximadamente 18 horas. No entanto, esta não é a primeira vez que a companhia aérea fez essa rota, que já existiu há nove anos antes de abandoná-la em 2013, quando os preços do petróleo acabaram com sua rentabilidade.

Dois pilotos e dois copilotos se revezaram no comando do Airbus A350-900 ULR (ultra longo alcance), que percorreu 16,7 mil quilômetros entre a cidade-Estado do sudeste asiático e os EUA. A tripulação, com 13 auxiliares de cabine, trabalhou em turnos para que todos tenham as quatro horas de descanso mínimo regulamentar.

O tempo de voo é um desafio para os passageiros que puderam recorrer a um catálogo de filmes e programas de televisão com uma duração acumulada de 1,2 mil horas, o equivalente a sete semanas. O menu a bordo contou com pratos selecionados para que os clientes se sentissem à vontade no voo.

Para melhorar a experiência de voo e reduzir a tensão de uma viagem de quase um dia, o avião tem um teto mais elevado que o habitual, janelas mais amplas e uma iluminação LED especial que altera as cores com o objetivo de reduzir o "jetlag" e os efeitos da mudança de horário provocados por uma viagem intercontinental.

A Airbus entregou seu primeiro A350-900 ULR a Singapore Airlines em setembro. O avião da série A350 (longa distância) amplia seu percurso de 8.100 milhas náuticas (aproximadamente 15.000 km e 16 horas de voo) a 9.700 milhas náuticas (quase 18.000 km e até 20 horas de voo) graças a uma otimização do sistema de combustível que permite gastar 25% menos.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

UM GRANDE ESCÂNDALO DE ESPIONAGEM OU UMA GRANDE BARRIGA?

A última edição da  Bloomberg Businessweek traz uma história que, se confirmada, deve trazer enorme impacto ao mundo da computação. 
Segundo a revista, três grandes companhias, a Amazon, a Apple e uma das maiores companhias americanas de telecomunicações estavam sendo espionadas. Isso era feita por um chip instalado clandestinamente em servidores utilizados pelas empresas; esses servidores são fabricados pela Supermicro, uma empresa americana de propriedade de chineses, que também ocupam os principais cargos executivos e de engenharia na empresa.
A existência do chip, que não constava do projeto original das máquinas, teria sido descoberto durante uma auditoria de segurança feita pela Amazon; o   problema localizado pelos consultores da Amazon estava na placa mãe dos servidores, uma placa montada na China com componentes produzidos por diversos fabricantes.
Segundo a Bloomberg Businessweek, o chip transmitia dados processados pelo servidor a outra máquina instalada na China e a Amazon, tão logo fez a descoberta, comunicou o caso ao FBI. A Amazon, não surpreendentemente, nega tudo. 
Se a história for verdadeira, estamos todos diante de uma encruzilhada: o que fazer, já que praticamente todo o hardware utilizado no mundo é fabricado com componentes chineses ou por companhias controladas por chineses?
Vamos aguardar os próximos capítulos. Seria o maior escândalo de espionagem digital da história ou uma grande barriga? Em jornalismo, barriga é a publicação de um fato falso, por falta de checagem, sem a intenção de enganar o leitor.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

CARROS ELÉTRICOS E HÍBRIDOS GANHAM ESPAÇO NO PRÓXIMO SALÃO DO AUTOMÓVEL

Carros híbridos e elétricos ainda têm participação muito pequena no mercado brasileiro: neste ano, até setembro, 0,2% ou 2.754 unidades foram vendidas no Brasil, em um total de 1,78 milhão de automóveis. 

Modelos híbridos e elétricos, contudo, começam a aparecer nas ruas brasileiras e estarão na 30.ª edição do Salão do Automóvel de São Paulo, no próximo mês.
i3

Twizy
Mais de 20 automóveis de variadas marcas estão confirmados para a mostra, que ocorrerá entre os dias 8 e 18 de novembro no São Paulo Expo. Alguns poderão ser dirigidos pelos visitantes em área reservada para testes, entre os quais o BMW i3 e o i8 e Renault Twizy e o Zoe. No primeiro dia do evento haverá uma carreata pela cidade com cerca de 30 carros movidos a eletricidade.

Um empurrão ao mercado de híbridos (com um motor elétrico e um a combustão) e 100% elétricos será dado a partir do próximo mês, com a entrada em vigor da nova tabela do Imposto sobre Produtos Industrializados. O IPI para híbridos vai variar de 7% a 20% e, para elétricos, de 7% a 18%, dependendo da eficiência energética e do peso do carro - hoje o IPI é de 25%. A medida deve aumentar a oferta de modelos menos poluentes ou totalmente limpos no País, mas parece não ser suficiente para promover uma massificação. 

Bolt
Leaf
Ainda assim, quase todas as montadoras devem mostrar no salão modelos importados que já estão à venda ou que serão lançados até o próximo ano. A General Motors apresentará o Bolt, compacto 100% elétrico com autonomia de 400 quilômetros, e a Nissan o novo Leaf, ambos para início de vendas em 2019.

Dos 2.754 veículos “verdes” vendidos neste ano, apenas 158 são elétricos e os demais são híbridos. Em igual período de 2017 foram vendidos 2.352 veículos, sendo 111 elétricos e os outros híbridos.

Deve-se observar que, no mundo todo, a venda de modelos puramente elétricos ainda é pequena pois, além do custo elevado, é preciso infraestrutura para abastecimento. Já as vendas de híbridos crescem mais rapidamente e o mesmo deve ocorrer no Brasil, mas no longo prazo. 

Prius
Niro
A BMW levará ao salão três híbridos plug in, o i3 e o i8 – com preços entre R$ 200 e R$ 800 mil -, e uma novidade ainda não revelada. Já a Toyota trará o inédito Prius Híbrido Flex, que usa etanol no lugar da gasolina para gerar eletricidade. O carro foi testado em percurso de São Paulo a Brasília e agora passa por adaptações. A Lexus, marca de luxo do grupo, vai mostrar o NX 300, que custa R$ 220 mil. A Audi terá quatro híbridos no estande (A6, A7, A8 e Q8), a Ford duas versões do Fusion, a Kia três (Soul EV, Optima e Niro) e a Volkswagen o Golf GTE.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

UMA CAIXA PARA LEVAR DADOS À NUVEM

Costumamos dizer que em Tecnologia da Informação, há "ondas", que vão e voltam - ao menos em sentido figurado. 

Agora parece estar "rolando" uma dessas ondas:  no passado as empresas perfuravam seus dados em cartões que eram levados em caixas aos birôs de serviço, para processamento; agora, seus dados são levados em caixas para serem transportados à nuvem. 

Trata-se de uma nova solução da  Microsoft  para quem não quer consumir muita banda da empresa na hora de subir arquivos para a  nuvem: uma caixa. Anunciada durante o
Ignite, evento da companhia para seus clientes corporativos, a Azure Data Box faz as vezes de um "pen-drive" gigante,  mais seguro e confiável, com direito a criptografia dos dados - ela substitui as caixas em que eram transportados os cartões perfurados.... O dispositivo foi criado apenas para transferir arquivos de um computador para um servidor Azure, mas sem precisar de internet para isso.
Azure Data Box foi revelada no ano passado, mas até agora estava em fase de testes. Ela pesa pouco mais de 20 quilos e armazena até 100 TB. A ideia é que o aparelho cheio de dados seja levado por algum serviço de entregas até a Microsoft e ela mesma faça o upload dos arquivos para um servidor do Azure. São cobrados a locação das caixas e depois, claro, o armazenamento. 

Há uma versão maior da caixa, a Azure Data Box Heavy  com capacidade de um  petabyte, que também foi anunciada durante o evento, mas que ainda está em fase de testes.
Os equipamentos  têm uma página dedicada a eles em português, mas o serviço está, por ora, disponível apenas nos EUA e na Europa. E por mais que tudo isso seja novidade, já há concorrência por lá: a Amazon oferece as Snowballs e até um caminhão, o Snowmobile para levar dados a servidores do AWS e o Google tem os Transfers Appliances.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

5G ENTRA NO AR EM 2019. NO BRASIL, SÓ DEUS SABE...

Estados Unidos, Coreia do Sul, China e outros países correm para ser pioneiros no lançamento da tecnologia 5G em 2019. A tecnologia deve trazer avanços, como a possibilidade de médicos fazerem cirurgias à distância, por meio de robôs conectados à internet. Outra inovação será a popularização da  Internet das Coisas, que permitirá que eletrodomésticos “aprendam” as preferências de seus usuários com o uso de inteligência artificial. 
Na América Latina, porém, o 5G só deve chegar em 2020 e não deve se massificar até 2025, prevê a GSMA, associação global de operadoras móveis. Ainda não se sabe qual será o primeiro país da América Latina a usar o 5G, no  caso do 3G, o primeiro experimento se deu no Chile, e o 4G começou no Uruguai.
O Brasil possui hoje 218 milhões de conexões móveis ativas, sendo 79% em smartphones. Pouco mais da metade (55%) já usa o 4G. Apesar de serem os maiores números da América Latina, segundo a GSMA, os dados refletem o atraso da região. No México, sede da Claro, são 109 milhões de conexões móveis ativas, 63% por smartphones e 24% com 4G.
O avanço em direção ao 5G será lento. Para 2025, a associação prevê que apenas 8% das conexões móveis da América Latina se darão pelo 5G e, inicialmente, em negócios entre empresas e nas conexões máquina a máquina.
Como quase sempre, seguimos na vanguarda do atraso...