quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Internet das Coisas: nova máquina da Nespresso deixa usuário 'pedir café' pelo celular

A Internet das Coisas está chegando à nossa vida diária: a Nespresso está lançando uma máquina que pode ser acionada pelo celular - você pode fazer seu café sem nem sair da cama!

Batizada como  Nespresso Expert, a máquina está chegando ao Brasil nos próximos dias; custa cerca de mil reais e tem conexão direta com smartphones Android e iOS. 
Com apoio de Bluetooth, a cafeteira tem ainda um aplicativo,  com o qual o usuário pode preparar cafés à distância, gerenciar o estoque de cápsulas e até mesmo agendar um cafezinho para determinados horários. 
Além da comodidade tecnológica, a Nespresso Expert tem mais funcionalidades: permite o ajuste de temperatura da bebida (morna, quente ou extra quente), o tamanho do café e tem uma quarta forma de preparo de café, no estilo americano, mais suave. A máquina pode ser vista neste vídeo, que a empresa preparou para seu lançamento.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Robô limpa janelas e azulejos

Em um momento que se fala de robôs com medo, surge uma aplicação interessante para essas máquinas: fazer a limpeza de vidros e azulejos, deixando a vida mais fácil. 

O Housekeeper Window usa um sistema de ventosas para se prender a paredes e janelas para realizar a limpeza. Com isso, ele é capaz de cuidar da sujeira, seja na parte interna ou externa de casas e apartamentos. é a Rosie dos Jetsons chegando às nossas casas

A máquina é capaz de fazer a limpeza sozinha, mas um controle remoto, permite que a pessoa controle o robô vai enquanto ele faz a limpeza. O robô vem acompanhado de 3 panos para limpeza—que podem ser colocados diretamente na máquina de lavar. O Housekeeper Window é vendido pela Polishop, empresa presente entre nós por 1.800 reais.

Aqui há um vídeo que mostra um pouco mais da máquina.


terça-feira, 22 de agosto de 2017

Cisco: tudo começou com um caso de amor

Se você não é um profissional de Tecnologia da Informação, provavelmente nunca ouviu falar da Cisco. Mas é ela uma   das principais responsáveis por permitir que pessoas comuns e organizações comuniquem-se eficientemente,   mudando a maneira como as pessoas trabalham, vivem, divertem-se e aprendem – ao ler este blog, há quase 100% de certeza que você está utilizando um produto Cisco.
A empresa, hoje uma das maiores do mundo na área tecnológica, teve origem em um caso de amor:   Leonard Bosak e Sandra Lerner, funcionários da área de computação da Universidade de Stanford, trabalhavam em departamentos diferentes. Para ficar  em contato com ela, Bosak teve a   ideia de criar um aparelho -  que chamou de “Router” (roteador)  - que permitia mandar emails de um computador para outro ligado a uma rede diferente, facilitando  a comunicação com a namorada.
A evolução do logotipo
Baseado nessa  inovação o casal viria a criar em 1984, na cidade de Menlo Park, a  Cisco Systems,  cujo nome tem origem nas letras finais da cidade californiana de San Francisco. Diz a lenda que o casal chegou ao nome e ao logotipo inicial  da empresa ao ver a ponte Golden Gate, principal símbolo da cidade de San Francisco, emoldurada pela luz do sol. Por isso o logotipo original era uma representação da famosa ponte.
No início, a Cisco fabricava apenas roteadores de grande porte para empresas, mas gradualmente diversificou o seu negócio passando a atender também ao consumidor final com tecnologias como  VoIP e fornecendo tecnologias para roteamento e comutação avançada,   redes óticas, wireless, redes de armazenamento, segurança, banda larga etc., chegando, em 2000, em pleno pico do boom das empresas ponto-com, a tornar-se a empresa mais valorizada do mundo, com valor  de mercado de mais de US$ 500 bilhões e a ser considerada   pela revista Forbes como a empresa de alta tecnologia mais dinâmica dos Estados Unidos.
Na atualidade, a Cisco parece estar focando suas ações no segmento de arquitetura das redes para a transformação dos negócios, apostando no que vem sendo chamado “Internet das Coisas” (Internet of Things). Seus equipamentos controlam cerca de 85% do tráfego da Internet e seu lucro em 2016 foi de  US$ 10,7 bilhões.
No Brasil, a Cisco esteve em 2007 no centro de um grande escândalo: foi acusada de envolvimento com fraudes em importações, ocultação de patrimônio, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal e evasão de divisas, trazendo grandes prejuízos ao país. A direção geral da empresa alegou ignorância nesses fatos, responsabilizando seu presidente no Brasil,   Carlos Carnevalli pelos fatos criminosos, que teriam dado um prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões aos cofres do governo.
Uma de suas iniciativas mais interessantes é o Programa Cisco Networking Academy, criado em 1997, que proporciona a estudantes a capacitação e recursos   para desenvolver, construir e administrar redes de TI.
Do ponto de vista afetivo, a história não terminou bem: o casal saiu da empresa vendendo suas ações por US$ 170 milhões, mas se divorciou pouco depois...

domingo, 20 de agosto de 2017

Pai do Macintosh, computador Lisa vai completar 35 anos

O Lisa
A jornalista Mariana Congo publicou em seu blog um excelente post que faz referência ao lançamento, em 19 de janeiro de 1983, do Lisa – da Apple – que foi o primeiro computador pessoal com interface gráfica e mouse e que deu origem ao Macintosh no ano seguinte.
A ideia por trás do Lisa era tornar os computadores mais fáceis de usar, aumentando assim a produtividade; o projeto Lisa começou em 1978. Steve Jobs, co-fundador da Apple, participou de seu desenvolvimento; a  origem do nome Lisa vem do nome da filha de Jobs e o acrônimo “Local Integrated Software Architecture” foi inventado mais tarde para justificar o nome.
Pela primeira vez pessoas comuns puderam usar um computador. Antes, era preciso ter conhecimentos técnicos e habilidade para digitar uma série de códigos que faziam os computadores trabalhar. A partir do Lisa, a presença de uma interface gráfica tornou o uso do computador intuitivo.
Na TV, um vídeo destacava, como em um tutorial, as qualidades do Lisa e explicava a lógica do mouse e dos ícones - o aumento da produtividade no trabalho, pelo uso da tecnologia, era ressaltado - era uma forma pioneira de treinar os usuários da máquina.
O preço de lançamento do Lisa foi de US$ 9.995 (em 2017, cerca de US$ 25 mil). Tinha 1 MB de RAM, um disco rígido externo de 5 MB e dois leitores de disquetes 5,25" de 871 KB.  
Apesar de seu caráter revolucionário para a época, o Lisa foi um enorme fracasso comercial - gastou US$ 150 milhões para desenvolver o Lisa, mas vendeu somente 10 mil unidades.
Um Macintosh de 1984
Em uma época em que 96 KB de RAM eram considerados uma extravagância, parte importante do preço do Lisa (e do seu fracasso) pode ser atribuída ao seu excesso de memória. A título de comparação, em 1990 ainda se vendiam computadores com menos memória que o Lisa trazia 7 anos antes - o folclore da computação conta que a Apple mantém um número significativo de Lisas não vendidos em um estoque em Utah.
O ator norte-americano Kevin Costner protagonizou um comercial de TV do Lisa em agosto de 1983. A máquina era descrita como o “mais avançado computador pessoal do mundo”. O comercial terminava com a mensagem: em breve, o mundo será dividido entre dois tipos de pessoas, aquelas que usam computadores e aquelas que usam Apple.
Será verdade?

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Montadoras formam alianças para dividir riscos de produzir carros autônomos

Já publicamos neste blog artigos sobre os riscos trazidos pelos carros autônomos; um deles está neste link e o outro neste

Agora, a  BMW e a Daimler (Mercedes), as maiores montadoras de carros de luxo do mundo, anunciaram novas alianças com alguns de seus fornecedores para investimentos em carros sem motorista; segundo a agência de notícias Reuters, há outra motivação por trás do acordo: as montadoras estão com medo de os carros sem motorista não gerarem o lucro esperado. Assim, as novas alianças seriam uma forma de dividir os riscos de investimento entre mais empresas. 

Trata-se de uma significativa mudança de estratégia, já que antes as montadoras estavam preocupadas em trabalhar sozinhas no desenvolvimento desse tipo de veículo. “Apesar de ser um mercado substancial, ele pode não corresponder ao valor dos investimentos que tem recebido”, disse à Reuters um membro do conselho de uma das montadoras alemãs.

Dezenas de empresas —  incluindo fabricantes de automóveis e empresas de tecnologia como o Google e Uber —  estão competindo por um mercado que, de acordo com a empresa de consultoria Frost & Sullivan, representará apenas 10 ou 15% dos veículos da Europa até 2030. "Para mim, é impossível acreditar que haverá 50 produtores de software de veículos autônomos bem-sucedidos", disse John Hoffecker, vice-presidente mundial da empresa de consultoria AlixPartners.

Em julho do ano passado, a BMW tornou-se a primeira grande montadora a abandonar o desenvolvimento individual de carros de autônomos para se juntar a outras empresas. Na época, a empresa se associou com a fabricante de processadores Intel e com a startup israelense que desenvolveu um software para controlar carros autônomos, a Mobileye. Juntas, as companhias esperam desenvolver a tecnologia necessária para os veículos até 2021.

domingo, 13 de agosto de 2017

GEORGE MORROW - UM PIONEIRO DA TI

Morrow
George Morrow (1934-2003) foi um dos pioneiros da Tecnologia da Informação (que na época era mais conhecida como Informática); envolveu-se com os computadores por hobby e acabou sendo uma dos principais figuras da nascente indústria de micros no início dos anos 70. 

Morrow deixou a escola durante o curso colegial, mas aos 28 anos voltou a estudar, graduando-se em Física pela Stanford University, fazendo um mestrado em Matemática e iniciando um doutorado também em Matemática pela University of California (Berkeley), que deixou de lado movido pela sua paixão pelos computadores.

Enquanto se envolvia com sua nova paixão nos laboratórios de Berkley, passou a frequentar as reuniões do Homebrew Computer Club (algo como “Clube dos Computadores Feitos em Casa), um grupo informal que reunia aficionados por computadores e do qual participaram inúmeros empreendedores que ajudaram a desenvolver a indústria de micros, dentre eles Adam Osborne,  Steve Jobs e Steven Wozniak. 

Naquela época, a maior parte dessas máquinas era vendida sob a forma de kits. Morrow criou uma empresa, a  MicroStuf (cujo nome foi mudado mais tarde para Thinker Toys e depois para Morrow Designs), que fabricava cartões para expansão de memória e outros acessórios para as máquinas  fabricadas por terceiros. 

Dentre esses acessórios, estavam discos rígidos, como os que aparecem no anúncio reproduzido ao final deste post; para termos uma ideia de como a tecnologia evoluiu, a Morrow oferecia um disco com capacidade de 10 megas por US$ 3.695 e outro de 26 megas por "apenas" US$ 4.995 (da época) - um pen drive comum de hoje tem capacidade de 32 gigas...

O Pivot
Seus negócios prosperaram, tendo a Morrow Designs chegado mesmo a lançar um micro “portátil” que visava competir com o então popular Osborne 1 e que rodava sob  o sistema  operacional CP/M. Mas outros padrões estavam se firmando, e em 1985 Morrow lançou o portátil Pivot, que rodava MS-DOS, e que entre outras novidades, era inteiramente negro, diferentemente das máquinas da época, todas fabricadas em cinza  ou bege.   

Mas não eram só os padrões que estavam mudando: as grandes corporações passaram a se interessar pelo mundo dos micros, e seu poder econômico inviabilizou as pequenas empresas: em 1986, Morrow faliu.

Mas Morrow era realmente uma figura original: passou seus últimos anos expandindo e cuidando de sua coleção de discos 78 rpm, quase todos de jazz e  música para dançar dos anos 20 e 30. O espírito empreendedor também prevaleceu: ele desenvolveu um avançado sistema para digitalizar e remasterizar aquelas velhas gravações, e passou a comercializa-las em CDs sob seu próprio selo, o Old Masters.

Discos oferecidos pela Morrow


sábado, 12 de agosto de 2017

RACHA NO MUNDO DOS BITCOINS


A imprensa noticiou que no início de agosto, depois de atingir um pico de valorização chegando a cerca de US$ 3,5 mil, o Bitcoin (BTC) ganhou um concorrente no mundo das moedas digitais: um grupo de participantes do mercado de Bitcoin decidiu se separar da rede principal e criou o Bitcoin Cash (BCC), que funcionará de forma paralela ao Bitcoin original.

Liderado por uma corretora chinesa, o grupo que apostou na separação aposta numa melhoria da tecnologia de blockchain - ferramenta usada para processar as transações em Bitcoin e outras moedas virtuais - para possibilitar crescimento ainda maior da criptomoeda no futuro. O blockchain funciona como se fosse um ledger (livro-caixa), no qual ficam registradas todas as transações efetuadas com Bitcoin desde a sua criação, em 2009. Cada bloco pode ser visto como uma página do livro-caixa, onde são gravadas as transações efetuadas. Esses blocos possuem capacidade de armazenamento de um megabyte (MB) de informações. No Bitcoin Cash, os blocos passariam a guardar oito MB.

Mas o sucesso do Bitcoin Cash não é garantido, assim como quase tudo relacionado ao mundo das criptomoedas. A incerteza das bolsas que negociam Bitcoin sobre os desdobramentos dessa divisão fez com que poucas delas se sentissem inclinadas a negociar a nova moeda. No Brasil, a Foxbit, principal bolsa de Bitcoins, já avisou que não terá suporte para o Bitcoin Cash, pelo menos a princípio. A americana Coinbase, uma das maiores plataformas que operam Bitcoins no mundo, também já avisou que não irá negociar o Bitcoin Cash em 2017.

Vale lembrar que a criptomoeda Ethereum, similar ao Bitcoin, também "se dividiu" em setembro de 2016, sendo as duas moedas chamadas Ethereum e Ethereum Classic.

Vamos ver o que acontecerá, postura adequada em situações que envolvem dinheiro e tecnologia de ponta.


quarta-feira, 9 de agosto de 2017

OS MILLENNIALS E AS FINANÇAS


Nosso tema de hoje não é propriamente tecnologia, mas o relacionamento de um grupo consumidor de tecnologia com as finanças: trata-se dos Millenialls, jovens adultos nascidos desde o início da década de 1980 até o início dos anos 2000 - são também conhecidos como Geração Y. 

A SAP, uma grande empresa de software estudou o assunto, resumindo o que encontrou no gráfico ao lado. 

Dentre o que ela encontrou destaca-se o fato de uma pequena quantidade (31%) desses jovens possuir casa própria, uma queda histórica em relação aos anos anteriores.

Preocupantes são os riscos corridos por eles ao se falar de automóveis: violam muito mais as regras de trânsito e são frequentemente multados por distração ao volante - leia-se uso de celulares. Esse uso, que sabidamente é causa de acidentes, é muito maior que as gerações anteriores, os Baby Boomers (nascidos desde o fim da Segunda Guerra Mundial até o início dos anos 1960) e a Geração X (nascidos do início dos anos 1960 ao início dos anos 1980). Os Millennials também usam mais veículos considerados de alto risco pelas seguradoras do que seus antecessores. 

O estudo encerra-se mostrando as razões pelas quais os jovens não investem, principalmente por falta de dinheiro.

Vamos aguardar e ver o que farão os pós-Millennials; pelo menos no que se refere a automóveis parece que a situação deve melhorar, pois quem acompanha o tema diz que o interesse pelo carro próprio vem caindo. É esperar para ver. 

domingo, 6 de agosto de 2017

TESLA ENTREGA PRIMEIRAS UNIDADES DO MODELO 3

Há alguns dias a Tesla entregou as primeiras 30 unidades de seu carro elétrico, o Modelo 3 (foto ao lado), que é a linha de entrada da marca, ao custo de 35.000 dólares.

Segundo Elon Musk, presidente da Tesla, após a entrega dos 30 primeiros carros, a ideia é expandir a produção e entregar 20.000 unidades em dezembro. No ano que vem, a expectativa é que sejam produzidos 10.000 Modelos 3 por semana. Apesar disso, essa produção pode não ser suficiente: há uma lista de 400.000 carros já solicitados, a maioria encomendada ainda no ano passado e alguns com entrega prevista apenas para o meio do ano que vem. 

O Modelo 3 vai de 0 a 100km/h em 5.6
segundos, além de rodar até 350 km com uma única carga de bateria. Musk já afirmou que outro de seus carros, o luxuoso Modelo S cuja foto está ao lado, conseguiu chegar a 700 km rodados com uma única carga e que tem planos de garantir autonomia de 1.000 km aos carros até o final da década.

Não só a esperança do transporte com menos emissões de gases está no novo modelo, mas também a da Tesla como companhia financeiramente viável. No terceiro trimestre do ano passado, a companhia deu lucro pela primeira vez após 14 trimestres consecutivos de prejuízos — foi apenas o segundo trimestre de lucro desde que abriu o capital. Desde então, novos resultados negativos se sucederam. No primeiro trimestre deste ano, a Tesla divulgou perdas de 398 milhões de dólares, bem maiores do que as perdas de 282 milhões do começo do ano passado. Apesar disso, a Tesla mais do que dobrou o faturamento para 2,7 bilhões de dólares. 

Os lucros escassos não são motivos para afugentar os investidores: as ações da companhia subiram 56% neste ano - há muita gente apostando no sucesso dos elétricos de Musk.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

OS PIORES CARROS DE TODOS OS TEMPOS


A revista Wired publicou (http://www.wired.com/autopia/2010/05/15-agonizing-automotive-atrocities/all/) uma lista dos piores carros de todos os tempos, o que  nos dá uma ideia de alguns desastres tecnológicos na área.
Como pior de todos é citado o Yugo. Oficialmente chamado Zastava Koral, era uma versão do Fiat 127 fabricada na antiga Iugoslávia entre 1980 e 88. Houve uma tentativa de vende-lo nos Estados Unidos, seu preço era atraente,  US$ 3.990. Sua carreira chegou ao fim naquele país quando, testado pela influente revista “Consumer Reports , esta recomendou aos seus leitores que optassem por um carro usado. Além disso, é  interessaste pensar como, naqueles tempos de Guerra Fria, um carro fabricado em um país comunista poderia fazer sucesso na terra do arqui-inimigo e pátria da indústria automobilística moderna.
Outra das “bombas” era um velho conhecido nosso, o Renault Dauphine (1956-1967). Wired diz (e todos sabemos), que o carro tinha um motor pouco potente e tendia a enferrujar. Segundo a revista, poderia chegar a 70 milhas por hora (cerca de 110 kmh.), mas não era recomendável fazê-lo passar de 35 mph. em locais onde houvesse vento ou curvas... Apesar disso, a revista reconhece que nenhum carro vendeu um milhão de unidades na Europa tão rápido quanto o Dauphine, onde era anunciado como um carro do futuro...

Outra coisa terrível foi o Trabant, fabricado na Alemanha Oriental entre 1957 e 1991. Consumia pouco, mas tinha um motor altamente poluente. O Trabant (companheiro de viagem em alemão) ou Trabi, como era carinhosamente chamado pelos alemães, tinha uma carroceria de plástico reforçado com fibras de madeira e restos de tecido e algodão,que era similar à fibra de vidro, mas de fabricação mais barata. Seu processo de reciclagem gerava fumaça altamente tóxica, o que  acabou exigindo o desenvolvimento de um fungo específico para essa função.  Um detalhe importante era que não se deveria forçar sua carroceria, pois caso nela se colocasse carga além de sua capacidade, o carro literalmente partia-se em dois, revelando sua péssima qualidade; quando da reunificação da Alemanha, milhares de Trabis foram simplesmente abandonados por seu proprietários. O anúncio que ilustra este post diz algo como "Trabant, o carro pequeno com grande futuro"...
Wired apenas menciona aquele que talvez tenha sido o maior fracasso da indústria automobilística americana, não tanto pela falta de qualidade, mas por não ter atendido às expectativas: o Ford Edsel (1958-1960). Edsel era um filho do fundador da Ford, Henry Ford, falecido prematuramente; os executivos da empresa queriam homenagea-lo (ou agradar a seu pai, que foi contra a ideia), e diziam que o Edsel seria um carro inteiramente novo, o mais avançado de seu tempo e que certamente faria um grande sucesso. Uma enorme campanha publicitária foi feita para seu lançamento, mas o carro, se não era tão ruim, não tinha nada de espetacular; ficou em linha cerca de 3 anos, trazendo à Ford um prejuízo de cerca de US$ 3 bilhões em dinheiro de hoje, o que certamente contribuiu para os tempos difíceis que a empresa viveu nos anos 1960.