sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

TECNOLOGIA AERONÁUTICA: BRASIL CONTINUA FORTE

O Brasil é muito forte em termos de tecnologia aeronáutica. A Embraer é a terceira maior fabricante de aviões para uso civil, perdendo apenas para a Boeing e a Airbus.
A empresa é líder mundial na fabricação de jatos comerciais até 130 assentos e deu mais um passo para a consolidação sua posição ao apresentar o E190-E2, primeiro jato da segunda geração aviões desse porte – seu   voo inaugural está programado para o segundo semestre de 2016, com entrada em serviço prevista para 2018.   
Com investimentos da ordem de US$ 1,7 bilhão, o programa E2 foi lançado em junho de 2013; os jatos terão motores de última geração de alto desempenho que, em conjunto com novas asas aerodinamicamente avançadas, controles de voo totalmente fly-by-wire e avanços em outros sistemas, resultarão em melhoras significativas no consumo de combustível, custos de manutenção, emissões e ruído externo.
Desde o lançamento, já recebeu 640 pedidos, dos quais 267 firmes e de 373 opções e direitos de compra, tendo entre seus clientes companhias aéreas e empresas de leasing. Atualmente, a família de E-Jets, como são chamados os aviões dessa linha,  opera para cerca de 70 clientes em 50 países, sendo líder global no segmento até 130 assentos, com mais de 50% de participação de mercado.
Serão construídos  quatro protótipos que serão usados no processo  de certificação; o  E190-E2 terá o mesmo número de assentos do atual E190, podendo ser configurado com 97 lugares em duas classes de serviço, ou 106 em classe única. Além disso, haverá aumento significativo de 800 quilômetros no alcance,  com capacidade cobrir distâncias de mais de cinco mil quilômetros. 
A imagem abaixo dá uma ideia de suas dimensões:

domingo, 21 de fevereiro de 2016

NOVAS TECNOLOGIAS DESAFIAM SEGURANÇA EM AVIÕES

Leisha Chil, da BBC, publicou matéria que se inicia com uma pergunta: você se sentiria confortável voando em um avião de passageiros sem piloto? Essa é uma questão à qual a maioria das pessoas provavelmente responderia com um sonoro "não".
No entanto, muitos especialistas dizem que esta perspectiva pode se tornar realidade dentro de algum tempo, especialmente, considerando-se o avanço no uso das tecnologias de pilotagem incorporadas aos drones. Há, inclusive uma anedota antiga, que na cabine dos aviões haverá um homem e um cachorro; o homem para alimentar o cão e este para impedir que o homem mexa emalgum equipamento...
Mas, à medida que a conectividade nos aviões de torna mais sofisticada, surgem novos desafios, já havendo na indústria aeronáutica quem diga que a ideia de que os computadores de bordo de um avião possam ser "hackeados" não é absurda.
O Boeing da Malaysia
Desde que do voo 370 da Malaysia Airlines sumiu do mapa há quase dois anos, teorias conspiratórias vem circulando sobre a possibilidade de o Boeing 777 ter sido sequestrado remotamente por hakcers. O primeiro ministro da Malasia, Mahathir Mohamed, chegou a mencionar tal possibilidade em um texto que publicou. 
Chris Roberts
O pesquisador de segurança aérea Chris Roberts fez subir a intensidade da discussão quando afirmou que teria conseguido entrar no sistema de computadores de um avião da United Airlines em que viajava, tendo acelerado uma das turbinas, fato que imediatamente passou a ser investigado pelo FBI.
Representantes da indústria desmentem esta possibilidade. "A imaginação de algumas pessoas é fértil", diz David Bruner, da Panasonic Avionics. "Não cremos que isso seja possível atualmente. Mas, ao ficarmos mais sofisticados, teremos que ter maiores cuidados  para garantir que isso nunca aconteça".
Para ilustrar esse nível de sofisticação, basta lembrar que os primeiros   Boeing 737 tinham cerca de 40 mil peças, enquanto um   Aibus A380 tem 4 milhões.
"Trabalhamos há anos em um 'super firewall' que isolará os controles de voo, de forma a garantir que ninguém será capaz de acessa-los do solo ou de outros equipamentos que porventura estejam a bordo", diz Bruner.
Consideradas as transformações tecnológicas por que passa a aviação, tudo indica que esta indústria depende de que seus avanços estejam sempre à frente dos que tentam burlar digitalmente esquemas de segurança. A credibilidade do setor depende cada vez mais de seu pioneirismo.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

AS MULHERES E O ENIAC, O PRIMEIRO COMPUTADOR DE USO GERAL

Em fevereiro de 1946, a manchete da primeira página do
Betty Jenings, Marlyn Wescoff e Ruth Lichterman programando 
The New York Times anunciava: "Electronic Computer Flashes Answers, May Speed Engineering" – algo como “As respostas instantâneas do computador eletrônico podem acelerar os projetos de engenharia”.
O referido computador era o ENIAC (Electronic Numerical Integrator And Computer), o primeiro computador de uso geral, com 17.468 válvulas, 7.200 diodos, 1.500 relês, 70.000 resistores, 10.000 capacitores e cerca de 5 milhões de pontos soldados manualmente. Pesava cerca de 27 toneladas, media  2.4 × 0.9 × 30 metros e ocupava uma área de  167m2.
Consumia    150 kW de letricidade e dizia–se  que todas a vezes em que a máquina era ligada, as luzes da cidade de Filadélfia, piscavam.
Os dados entravam via cartões perfurados e os resultados do processamento também eram fornecidos dessa forma; os cartões gerados eram então impressos usando máquinas comerciais como  a  IBM 405.
A construção do ENIAC custou o equivalente a R$ 24 milhões de hoje, e foi encomendada pelo Exército Americano, que pretendia utiliza-lo para cálculos balísticos – foi também utilizado para cálculos relativos a armas atômicas.
Betty Jennings e Fran Bilas operando o ENIAC
Enquanto a quase totalidade do pessoal envolvido com o projeto e construção do hardware era constituída de homens, liderados por John Mauchly e J. Presper Eckert da University of Pennsylvania, o contrario acontecia com o software: predominavam as mulheres, destacando-se entre essas pioneiras da área Kay McNulty, Betty Jennings, Betty Snyder, Marlyn Wescoff, Fran Bilas e Ruth Lichterman.
Além das dificuldades do pioneirismo – não existiam linguagens de programação e sistemas operacionais e os programas eram construídos através da conexão de cabos em 40 painéis, elas não podiam sequer ver a máquina, que era um segredo militar; quando a imprensa apresentou o ENIAC, algumas dessas programadoras apareceram em fotografias, mas seus nomes permaneceram em segredo, só vindo a público muito mais tarde – foram as primeiras profissionais da programação.  
Apesar desse pioneirismo, o que se observa em todo mundo é uma queda no número de mulheres atuando em TI - segundo, esse número caiu de 40 para 25%, segundo Alaina Percival, que dirige a "Women Who Code" (Mulheres Programadoras), entidade que reune mulheres que atuam na área.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

SAFETY TRUCK: UMA IDEIA SIMPLES QUE PODE SALVAR VIDAS

A Samsung começou a testar na Argentina uma tecnologia extremamente simples, mas que pode salvar muitas vidas.

A ideia é instalar na traseira de caminhões grandes uma grande tela que mostra as imagens da rodovia à frente do caminhão, permitindo que ultrapassagens possam ser feitas com segurança, especialmente nas estradas de pista simples, inclusive à noite. Essas imagens seriam captadas por uma câmera wireless instalada na frente do veículo.
O projeto, que vem sendo chamado Safety Truck foi apresentado pela Samsung em meados de 2015, e os testes estão acontecendo na Argentina em função dos altos índices de acidentes em ultrapassagens naquele país.
Apesar dos testes estarem se iniciando, a Samsung  informa que a tecnologia pode ser adotada em poucos meses; além dos testes propriamente  ditos, ainda são necessárias medidas burocráticas, relativas à autorização para que o sistema seja implementado. 
O vídeo abaixo traz mais informações sobre o assunto: