segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Moedas, notas, cartões, celulares...

Quando falamos em tecnologia, usualmente estamos nos referindo a computadores e outros equipamentos eletrônicos, geralmente muito modernos.
Mas tecnologia não é só isso – uma de suas definições poderia ser  “tecnologia é um termo que envolve o conhecimento técnico e científico e as ferramentas, processos e materiais criados e/ou utilizados a partir de tal conhecimento” – a partir dessa definição, pode-se dizer que existem tecnologias muito antigas ainda em pleno uso.  Uma dessas tecnologias é a moeda, entendida aqui não apenas como os pequenos discos metálicos, mas também como meio de pagamento.
Antes de seu surgimento, nas economias rudimentares, as trocas diretas eram utilizadas como meio de circulação da produção. Esse tipo de troca, também conhecido como "escambo", reduzia-se à troca de algumas galinhas por uma cabra, de uma vaca por uma espada etc.
Com a intensificação das relações comerciais, esse processo de troca deixou de ser eficiente, pois, na maior parte dos casos, tornou-se operacionalizar os negócios – imagine-se como seria difícil dar troco...  A seguir, alguns produtos, pela sua utilidade, passaram a ser mais procurados  e aceitos por todos como meio de troca de uso comum, assumindo  a função de moeda e circulando como elemento suscetível de troca por outros produtos e serviços e servindo para lhes avaliar o valor; exemplo disso foi a utilização, em Roma, de sal e de cabeças de gado como meios de pagamento, que inclusive geraram as palavras ”salário” e “pecúnia”, do latim salarium e pecus, respectivamente.
Mais tarde, o processo se aperfeiçoou, pois a falta de homogeneidade, a ação do tempo e a dificuldade de manuseio e transporte  comprometiam a função dessas "moedas" como instrumento de troca. Em conseqüência, as transações comerciais passaram a utilizar metais e, em um segundo momento, a moeda metálica, que se caracterizava também pela sua durabilidade.
Os metais começaram a ser utilizados para esse fim ao redor do ano de 2.500 a.C. No   século VII a.C., no reino da Lídia, que ficava em território hoje pertencente à   Turquia, foi inventada a moeda com as características básicas das atuais.  
A dificuldade e o risco do transporte de metais levaram à criação de casas de custódia, que armazenavam o ouro e a prata, fornecendo em contrapartida certificados de depósitos que, por serem mais cômodos e seguros, passaram a circular no lugar dos metais. Esses certificados ficaram conhecidos como moeda representativa ou moeda-papel, e são os antepassados das notas atuais.
Com o desenvolvimento dos bancos (que são os descendentes das antigas casas de custódia) e dos serviços bancários, tornou-se mais fácil para os correntistas o pagamento de suas transações com os recursos depositados nessas instituições, o que deu origem à moeda escritural, contábil ou bancária, movimentada por meio de cheques.
Novas idéias e novas tecnologias levaram aos meios de pagamento eletrônicos (cartões de crédito e débito, débito automático,  netbanking, celulares etc.), a ponto de alguns autores acreditarem que as moedas e células em breve desaparecerão, como já está acontecendo com os cheques.
Toda essa evolução nos impacta de diversas formas: empregos tradicionais, como muitos no sistema bancário desaparecem, novos tipos de fraude surgem, o pagamento de contas e outras operações bancárias tornam-se mais cômodas etc. Surgem também novas dúvidas; ainda não sabemos se os crimes como terrorismo, lavagem de dinheiro, corrupção e outros serão facilitados ou dificultados pelas moedas suportadas por meios eletrônicos, por exemplo.
É um cenário fascinante, vale a pena ser observado. Talvez em breve o celular substitua também as nossas carteiras e cartões, como já está fazendo com os relógios e câmaras fotográficas!

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O mais poderoso computador do mundo

Em meados deste mês foi publicada a 38ª versão da lista Top 500, que relaciona os 500 computadores mais poderosos do mundo. A lista é encabeçada pela máquina japonesa batizada K Computer, que atinge a impressionante marca de 10,5  petaflops, algo como 10,5 quatrilhões de operações por segundo.

O K Computer foi construido pela Fujitsu, e está instalada no Instituto Avançado para Ciência Computacional (RIKEN) em Kobe. Ocupa cerca de 850 racks e consome uma quantidade de energia elétrica capaz de abastecer 10 mil residências e será utilizado  em pesquisas sobre previsão do tempo, desastres naturais e medicina; a letra K em seu nome vem de   “kei”, o termo japonês para 10 quatrilhões.
O K Computer
A   máquina japonesa, que havia atingido a liderança em meados do ano quando foi lançada a 37ª edição da lista, é seguida pelo  supercomputador chinês Tianhe-1A,  com um desempenho de 2,57 petaflops e operado pelo Centro Nacional de Supercomputação;  o terceiro lugar pertence ao Jaguar, um supercomputador construído para o Departamento de Energia do governo norte-americano.

Alguns dados sobre os líderes da lista Top 500, em número de máquinas:
- País:  Estados Unidos, 263; China,  74 e  Japão, 30.

- Fabricante: IBM, 223; HP, 141 e Cray, 27.
- Sistema Operacional: Linux, 457 e Unix, 30; há inclusive uma máquina baseada em Windows.

É interessante observar que a lista não apresenta de maneira clara para que fins a maioria das máquinas é utilizada, suspeitando-se que boa parte delas é utilizada para fins militares.
O Brasil tem dois supercomputadores na lista: o Tupi, operado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), que ocupa a 34ª posição e o  Galileu, operado pelo Núcleo de Atendimento em Computação de Alto Desempenho  da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que ocupa a 167ª posição.