segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O CÉREBRO ELETRÔNICO ACERTOU!

Nas eleições americanas de 1952, Dwight Eisenhower (foto ao lado) concorria com Adlai Stevenson, que era tido como franco favorito.

A rede de notícias CBS cobria as eleições, fazendo pesquisas de intenção de voto usando, pela primeira vez na história um computador, um Univac, que era chamado "cérebro eletrônico" - a foto acima nos dá uma ideia do visual da máquina. 

No início da noite da véspera da eleição, o sistema passou a gerar previsões no sentido de que Eisenhower seria o vencedor, por grande margem, segundo a Folha da Manhã de 6 de novembro de 1952. Isso aconteceu, ainda segundo o jornal, com "movimento de rodas e luzir de lâmpadas. 

Essa era uma imagem destinada a tornar a reportagem mais "emocionante" - em realidade, o computador estava na Filadélfia e transmitia os resultados do processamento para uma máquina de teletipo instalada nos estúdios da CBS em Nova Iorque - essa máquina era muito parecida com uma máquina de escrever elétrica: à medida em que os dados chegavam, iam sendo impressos (e as teclas se movimentavam, como se alguém estivesse digitando!). Essa transmissão era algo avançadíssimo para a época. Ao final deste post, fica uma imagem de uma das saídas que sistema gerou. 

As informações geradas pelo sistema levantaram a suspeita de que haveria algum erro, de que "o cérebro eletrônico" havia enlouquecido, o que não se confirmou, tendo o vencedor recebido a maior votação de todos os tempos; o título da nota publicada pelo jornal dizia a respeito: "Lúcida, não louca, a máquina assombrosa...". 

Agora, que os computadores fazem parte de nosso cotidiano, chega a ser engraçado relembrar as imagem que as pessoas comuns tinham dos primeiros computadores - Charles Collingwood, um dos apresentadores naquela noite perguntou, ao vivo, olhando para o teletipo: "Have you got a prediction for us, UNIVAC?" - evidentemente a máquina nada fez, o que levou Collingwood a completar "You're a very impolite machine, I must say" - e vejam que o programa que gerava a mensagem não previa que as chances poderiam ser maiores que 99 - pintou um overflow...








sexta-feira, 27 de outubro de 2017

AMAZON ENTREGARÁ PACOTES DIRETAMENTE NA SALA DO CLIENTE

A Amazon.com começará a entregar pacotes não apenas à porta dos clientes, mas também dentro das residências.

O novo serviço, chamado Amazon Key, consiste na instalação de uma fechadura inteligente na porta do cliente e de uma nova câmera de segurança da Amazon, a Cloud Cam, para registrar os movimentos do entregador, anunciou a empresa. 

A Amazon também venderá a Cloud Cam como um aparelho independente, o primeiro passo da gigante do comércio eletrônico no mercado de segurança doméstica, onde competirá com nomes tradicionais, como Netgear, e com outras recém-chegadas, como a Nest Labs, da Alphabet (Google).


As portas só se abrirão para a entrega se o entregador passar pela verificação do sistema da Amazon, e ele nunca receberá chaves nem códigos para destravar as portas manualmente. O produto está disponível apenas para os usuários do serviço de assinatura Prime e custa a partir de US$ 250. O In-Home Kit inclui a Amazon Cloud Cam e uma das várias fechaduras inteligentes produzidas pela Yale e pela Kwikset.

O serviço Amazon Key será disponibilizado em 37 cidades dos EUA a partir de 8 de novembro. A Amazon oferecerá também a instalação gratuita dos kits. A Cloud Cam, se vendida separadamente, custará US$ 120. A exemplo da concorrente Nest Cam, a câmara possibilita o monitoramento remoto de residências, comunicação bidirecional e gravação de vídeo pela web.

A nova oferta é a mais recente tentativa da Amazon de se inserir no dia a dia das pessoas e facilitar a obtenção de produtos. Embora os aparelhos não sejam o principal negócio da Amazon, eles são um importante meio de acesso ao universo de serviços que a empresa oferece. O alto-falante Echo, compatível com o assistente digital ativado por voz Alexa, oferece aos clientes a possibilidade de fazer compras rapidamente, enquanto Kindles, tablets e aparelhos de TV transmitem conteúdos da Amazon, como músicas e filmes.

O Amazon Key também abre as portas para uma futura integração com fornecedores de serviços domésticos, como faxineiros e cuidadores de animais, nos próximos meses. A empresa pretende oferecer aos proprietários de residências a possibilidade de permitir que terceiros entrem, prestem um serviço e saiam, deixando a casa trancada de forma segura. Durante o serviço, o cliente pode monitorar tudo e dialogar com o contratado usando a Cloud Cam da Amazon.

Entre as empresas que já fecharam acordo para entrar em residências por meio do Amazon Key estão a Merry Maids, da ServiceMaster Global Holdings, e a cuidadora de animais Rover.com.

Amigos e familiares também poderão entrar na casa dos usuários. Usando o aplicativo da Amazon, uma pessoa pode receber permissão para entrar em uma residência, mas o proprietário mantém o controle sobre a frequência de entradas e a duração das estadias.



VOLTA-SE A FALAR EM SMARTPHONES COM TELAS DOBRÁVEIS

Em agosto de 2015 publicamos um post dando conta de que a Samsung pretendia lançar um smartphone com a tela dobrável - o que se dizia na época é que o lançamento deveria ocorrer ainda naquele ano. 

Isso não aconteceu, mas agora o assunto volta à pauta: o site The Verge, informa que  provavelmente o modelo dobrável será comercializado em 2018 e inicialmente apenas na Coreia do Sul, de forma a que a empresa possa sentir o nível de aceitação do produto.

No  início de setembro, Koh Dong-jin, um executivo da Samsung, disse a jornalistas que um modelo dobrável estava sendo estudado pela empresa e que seu lançamento talvez fosse feito em 2018, mas que a data poderia ser mudada, em função da existência de problemas ainda a serem superados. 

Como dissemos em 2015, dentre as vantagens de um smartphone dobrado, estariam o fato de a tela estar mais protegida, a portabilidade, e principalmente o fato de ele não ficar para fora do   bolso, chamando a atenção dos amigos do alheio.  

Vamos aguardar, pois há informes de que a Huawei também trabalha com um produto similar.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

WEARABLES SAINDO DA MODA?

È interessante voltar, depois de algum tempo,  a certos assuntos acerca dos quais se escreveu: descobre-se freqüentemente que se errou totalmente ou que, na melhor das hipóteses,  as coisas evoluíram de forma diferente da que se pensava. Na área tecnológica isso é ainda mais comum, a ponto de Michael Eisner, que presidiu o grupo Disney,  ter dito que em função da velocidade com que a evolução ocorre, tentar prever o futuro na área de tecnologia é caminho certo para a humilhação.

No início de 2001, escrevíamos sobre os "wearable computers",  tecnologia, que poderia ter seu nome traduzido de forma quase literal, como "computadores vestíveis" - essa expressão, no entanto, soa tão mal que duvidávamos que fosse adotada (aqui acertamos). Por falta de algo melhor, propúnhamos (e ainda propomos) continuarmos com "wearable computers", até que alguém produza algo que ao menos soe melhor (e o que é pior, não se pode sequer utilizar apenas as iniciais...). Hoje os wearables não se restringem aos
O Google Glass
computadores propriamente ditos: relógios, óculos, pulseiras e outros estão disponíveis.

O assunto foi se aquecendo, com lançamentos que agitaram o mercado, como o do Google Glass em 2013, por exemplo. 

O Moto 360
Mas agora, nota-se um refluxo: a Lenovo, por exemplo,embora ainda mantenha alguns modelos nas prateleiras, como o relógio Moto 360, informa que não pretende lançar novos produtos na área, ao menos em curto prazo -  “É um mercado que se mostrou muito limitado para todos os fabricantes”, diz o  vice-presidente sênior da Lenovo, Aymar de Lencquesaing. “Se o mercado potencial se materializar, nós poderemos voltar a desenvolver produtos”, disse também o executivo.

Também sobre o Google Glass pouco se fala na atualidade; sua produção foi descontinuada em 2015 e atualmente há pesquisa para seu uso em nichos bastante específicos, na indústria, principalmente. Em meados desse ano, foi aberto na Suécia o "Museu dos Fracassos", e o Google Glass é exposto ali...

Como costumamos dizer, os executivos da área precisam  ao menos monitorar tecnologias e tendências, de forma a poderem definir estratégias eficientes!


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

RALPH BAER,UM PIONEIRO DOS VIDEOGAMES



Ralph Baer (1922-2014) criou, patenteou e lançou o primeiro console para videogames a ser conectado a televisores, lançando assim as bases para a moderna indústria de games.
Em 1966, enquant
Protótipo do Odissey, em exibição no Museu Smithsonian
o trabalhava para a Sanderes Associates, empresa voltada para 
a área de defesa, Baer escreveu um documento de quatro páginas detalhando sua ideia; nos anos seguintes,  liderando um time de profissionais da Sanders,  desenvolveu suas ideias, que foram patenteadas em 1969.
Em 1972, a Sanders licenciou a invenção para a fabricante de TVs Magnavox, que a lançou no mercado com a marca “Odyssey”, o primeiro console doméstico de videogame. O produto não foi um grande sucesso, mas um dos jogos que eram oferecidos, uma espécie de tênis, inspirou a Atari, que lançou o “Pong” naquele mesmo ano — esse sim, um grande sucesso; a Magnavox processou a Atari por pirataria e ganhou uma ação que obrigou essa última a pagar pelo uso da ideia.
Sanders, nascido na Alemanha, fugiu para os Estados Unidos aos 17 anos juntamente com sua família, fugindo do nazismo. Aprendeu a consertar rádios através de um curso por correspondência no início dos anos 1940 e abriu  uma pequena oficina nesse ramo; convocado pelo Exército, nele permaneceu por três anos, cursando em seguida o American Television Institute of Technology em Chicago, onde recebeu em 1947 um diploma em Engenharia de TV.
Trabalhou em diversas empresas até chegar à Sanders, tendo desenvolvido o  videogame a partir de ideias que vinha aplicando a projetos militares.

Depois do Odyssey, Baer desenvolveu vários outros games e brinquedos, sempre registrando cuidadosamente suas ideias e projetos, o que acabou sendo muito útil para a Magnavox em novos processos que a empresa moveu acusando outros concorrentes de plágio, como a Nintendo, por exemplo. Um de seus grandes sucessos foi o Simon, conhecido no Brasil como Genius, lançado no Brasil pela Estrela em 1980.

Em sua autobiografia de 2005,Videogames: In the Beginning, disse que os processos movidos pela Magnavox foram importantes para que seu trabalho fosse reconhecido; em 2006, recebeu do Presidente Bush a   National Medal of Technology.

domingo, 22 de outubro de 2017

GIF COMPLETA 30 ANOS


O GIF, Graphics Interchange Format, foi criado em 1987, e depois de passar por altos e baixos, tornou-se um ícone nesta era da internet móvel. De maneira simples, podem ser definidos como imagens animadas que podem ser incluídas em mensagens, textos e outros arquivos. 

Quando a internet ainda engatinhava, Steve Wilhite, da CompuServe, criou o GIF para ser um formato “universal”. Ele era leve, tinha resolução razoável e funcionava em quase todos os ambientes da época. Consta que o avião que está ao lado foi o primeiro GIF. 

A princípio, porém, não tinha duas características que o fizeram famoso, a animação – que apareceu em 1989, e o “loop infinito” (ficar rodando sempre), que nasceu em 1995, pelas mãos do desenvolvedor Marc Andreessen, na segunda versão do Netscape, um dos navegadores de internet mais populares dos anos 90.

Até o início dos anos 2000, o GIF era onipresente na internet, mas em meados da década foi substituído por outros formatos, como o Flash, que quase o matou, mas o mundo da tecnologia é cíclico: com a chegada dos smartphones ao mercado, em 2007, o Flash virou um problema, pois era muito complexo e pesado – a Apple, por exemplo, recusou-se a adotá-lo no iPhone e o GIF voltou a tornar-se popular. Hoje, o formato está mais vivo do que nunca: mais de 13 bilhões de GIFs foram compartilhados no Facebook Messenger em 2016. No Brasil, a busca por arquivos do tipo no Google está no nível mais alto desde 2007.

Outra característica que mantém os GIFs em alta é seu caráter universal: sendo apenas imagens, sem sons, podem ser entendidos por todos, como os emojis.

Muitos acreditam que o GIF ainda continuará sendo usado por muito tempo: “Ele vai existir até descobrirmos como transferir pensamentos de um cérebro para outro”, diz diz Jason Scott, historiador do Internet Archive, grupo dos EUA sem fins lucrativos dedicado a preservar a história da rede. “Ainda vai demorar para acontecer isso, completa Scott.” 

 

terça-feira, 17 de outubro de 2017

UM MEGA PROJETO UNE MICROSOFT E FACEBOOK

A invenção do telegrafo por Samuel Morse em 1843 levou à ideia de serem lançados cabos atravessando os oceanos para utilizar a nova tecnologia. No ano seguinte foram colocados no fundo do mar 4.630 km de cabo, ligando a Irlanda aos Estados Unidos - no ponto final do cabo, as mensagens seriam lançadas na rede telegráfica terrestre. Problemas impediram que essa ligação tivesse sucesso, após diversas tentativas - apenas em 1866  a ligação tornou-se confiável. 

O serviço foi se expandindo e na atualidade os cabos modernos têm geralmente 69 milímetros de diâmetro e pesam cerca de 10 quilos por metro, embora cabos mais finos e leves sejam usados para trechos em águas profundas.  Em 2010, os cabos submarinos já ligavam todos os continentes, exceto a Antartida - o mapa acima nos dá uma visão  do sistema.

Mais um cabo entrou em operação no mês passado: o Marea, que com 6,6 mil km de extensão é  a mais potente conexão transoceânica já instalada: liga a cidade de Virginia Beach, nos Estados Unidos, a Bilbao, na Espanha, com capacidade para transferir 160 terabits por segundo, o equivalente a mais de 5 mil filmes de alta resolução. Trata-se de propriedade conjunta do Facebook e da Microsoft.

Esse tipo de rede de fibras ultrarrápidas é necessário para dar conta do imenso volume de dados que circula atualmente pelo mundo. Em 2016, segundo a empresa de pesquisas de mercado TeleGeography, o tráfego chegou a 3.544 terabits por segundo, o dobro do volume registrado em 2014. 

Perto da costa, o cabo foi enterrado para evitar choques com peixes e embarcações. Em alto mar, repousa sobre o solo do oceano. Essa verdadeira obra prima da tecnologia e engenharia foi finalizada em menos de dois anos. A expectativa é de que o Marea esteja totalmente operacional logo no início de 2018.

A demanda por largura de banda internacional cresce a um ritmo de 45% ao ano. Boa parte do tráfego atualmente ainda é gerada pelos usuários de internet, mas é grande e crescente a participação das gigantes de internet e computação em nuvem, que precisam manter sincronizados os diversos centros de processamento de dados que têm espalhados pelo mundo.

Essas empresas costumavam alugar toda a largura de banda de que necessitavam junto a operadoras de telecomunicações. Agora, porém, precisam de tanta capacidade de rede que faz mais sentido instalar cabos próprios, em particular nos casos em que a distância entre os centros de processamento é grande. A associação setorial Submarine Telecoms Forum calcula que em 2016 foram instalados 100 mil km de cabos submarinos. Em 2015 tinham sido apenas 16 mil km. Segundo projeções da TeleGeography, entre 2016 e 2018 esses projetos de cabeamento devem consumir um total de US$ 9,2 bilhões, cinco vezes mais que o valor investido nos três anos anteriores.

Para as empresas, ter uma rede submarina de fibra óptica exclusiva oferece algumas vantagens, entre as quais se destacam a maior disponibilidade de largura de banda, os custos mais baixos e um delay (latência), menor. O acesso a diversos cabos, distribuídos por rotas diferentes, também garante segurança em casos de emergência. Se um cabo se rompe, em virtude da ação de redes de pesca, submarinos ou terremotos o tráfego pode ser remanejado para outra rota. 

Ainda mais importante que isso, porém, é o fato de que, com sua própria rede de cabos, as empresas têm maior controle sobre a administração do tráfego de dados e a atualização de equipamentos. Algumas pessoas receiam que, com a propriedade das redes de fibra óptica pelas quais são transportados os dados dos consumidores, as gigantes de tecnologia tenham ainda mais poder do que já possuem. É como se a Amazon fosse dona das rodovias e dos caminhões utilizados nas entregas das encomendas de seus clientes, comparam. 

Os cidadãos comuns podem esperar para ver - as grandes empresas precisam apostar...

sábado, 14 de outubro de 2017

REEMBOLSO DE DESPESAS: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MELHORANDO O PROCESSO


O blog Link Estadão publicou um excelente texto, tratando da melhoria do processo de remmbolso de despesas feitas pelos funcionários das empresas. Em geral esses processos são burocráticos para os usuários (funcionários que fazem as despesas e pedem o reembolso) e trabalhosos para que se faça as conferências e processamento dos pagamentos. Invariavelmente, auditorias internas travam os pagamentos e provocam com isso reações de insatisfação nos funcionários. A startup Appzen pretende automatizar todo este processo utilizando Inteligência Artificial .

Funciona da seguinte forma: no momento em que o funcionário submete uma despesa, o sistema identifica e interpreta todos os seus detalhes, incluindo quem, como e porque foi feito aquele gasto. Em seguida, o sistema consulta centenas de bases de dados para garantir que não existe fraude, mau uso ou violação de leis ou regras internas. Por exemplo, para checar uma despesa com combustível, o sistema é capaz de cruzar dados de geo-localização do celular, o preço do litro do combustível naquele posto naquele momento e os clientes visitados no dia, para dizer se a quantidade de litros e o preço por litro estão corretos. Por último, cada relatório de despesas recebe uma classificação de risco e aqueles com alta pontuação são recomendados para revisão pela equipe de auditoria.

Com isso, o esforço de auditoria é imensamente reduzido, pois os especialistas passam a só atuar nas exceções. A Appzen afirma que, em média, estes custos são reduzidos em 80% e a experiência do funcionário melhora na mesma proporção, pois eles deixam de ser submetidos a questionamentos infundados, que tomam tempo, aborrecem aqueles que agem corretamente e tornam o processo de reembolso mais lento. 

O sistema já está integrado com algumas ferramentas de gestão desenvolvidas por grandes empresas, como Oracle, Concur e Netsuite, tornando a sua implantação bastante simples. 

Os fundadores, os indianos Anant Kale e Kunal Verme, são experientes profissionais, que trabalharam por anos, respectivamente, na Fujitsu e na Accenture, onde viveram de perto as dores do processo que hoje resolvem. E entre os investidores, nomes de peso como Mastercard, Bloomberg e 500 Startups.

Entre os prêmios que a startup já ganhou, está o de melhor empresa de Inteligência Artificial de 2017, pelo Artificial Intelligence Awards, uma premiação bastante reconhecida no meio.

É um belo exemplo de como a Inteligência Artificial pode ajudar (e não necessariamente substituir) o ser humano no seu dia a dia.


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Google lança fones de ouvido que traduzem 40 idiomas

A revista EXAME publicou recentemente artigo anunciando o lançamento, pelo Google, de fones de ouvido inteligentes, os Pixel Buds, que podem traduzir idiomas em tempo real, permitindo pessoas se comuniquem falando diferentes idiomas.

Na apresentação do Google, que foi realizada nos EUA e transmitida pela internet, os novos fones foram demonstrados em uma conversa entre pessoas falando inglês e sueco. Segundo o Google, o produto fará a tradução de 40 idiomas.

Os fones funcionam com conexão Bluetooth, e serão vendidos nos Estados Unidos por US$ 159. Não há informações sobre seu lançamento no Brasil. Os Pixel Buds são compatíveis com o novo smartphone do Google, o Pixel 2, e com celulares Android recentes.

O produto tem como tecnologia básica o Google Tradutor - o microfone do telefone capta o que foi dito, vai ao Google Tradutor e devolve o sinal de áudio com a tradução do que foi dito - há um delay, mas a demonstração feita no lançamento do produto mostra que esse é bastante pequeno.  

A duração de bateria estimada é de 5 horas de uso. A caixinha dos fones, onde eles ficam guardados enquanto não estiverem em uso, serve como um carregador portátil, como acontece nos AirPods da Apple.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Acesso à internet está presente em 54% das casas brasileiras

Apesar da crise, o acesso à internet teve um leve crescimento no Brasil entre os anos de 2015 e 2016, conforme mostra a pesquisa TIC Domicílios, divulgada hoje pelo Comitê Gestor da Internet (CGI). O levantamento mostra que 54% dos domicílios do País (36,7 milhões de lares) tinham alguma conexão à internet em 2016, o que representa um avanço frente aos 51% do ano anterior.

A banda larga fixa é o tipo de conexão mais popular, com um total de 23 milhões de residências conectadas. Em seguida vem a banda larga móvel, com 9,3 milhões, e o acesso apenas por meio de celulares, com 4,4 milhões.

O acesso por celulares tem mostrado o maior avanço, segundo a pesquisa. A proporção de domicílios com acesso à internet, mas sem computador, dobrou em dois anos, passando de 7% em 2014 para 14% em 2016.

Entre os usuários de internet pelo telefone celular, o Wi-Fi se mantém como o tipo de conexão mais mencionado: 86% dos usuários afirmam utilizar a rede sem fio, enquanto 70% utilizam a rede 3G ou 4G.

O estudo também revela desigualdade de acesso à internet entre as classes sociais. Apenas 23% dos domicílios das classes D e E estão conectados, enquanto em áreas rurais esta proporção é de 26%. O acesso está mais presente em domicílios de áreas urbanas (59%), e nas classes A (98%) e B (91%).

Segundo 26% dos moradores de domicílios desconectados, o motivo para a falta de acesso é o preço considerado elevado do serviço, enquanto apenas 18% mencionam falta de interesse.