domingo, 21 de dezembro de 2014

FACEBOOK EM PERIGO?

O Facebook matou o Orkut, que matou o MySpace, que matou o Friendster....  A história não é bem essa, mas parece que o Facebook corre perigo, embora ele mude constantemente suas estratégias para garantir sua sobrevivência.  
Uma luz amarela deve estar acesa no QG Facebookiano: a agência Bloomberg divulgou os resultados de uma pesquisa feita pela consultoria Frank N. Magid Associates, dando conta que a  popularidade do Face  entre adolescentes continua a diminuir, com os mais jovens migrando para apps de troca de mensagens e para o Twitter.
Segundo a pesquisa, a parcela dos jovens americanos entre 13 a 17 anos que usam o Facebook caiu de 95% em 2012 para 88% em 2014, enquanto o Twitter cresceu 2% no mesmo período. De acordo com o estudo, uma razão para que os jovens deixem o site é a falta de confiança que eles têm na rede social.
Apenas 9% dos pesquisados descreveu o Facebook como "seguro" ou "confiável". Por comparação, quase 30% dos jovens entrevistados descreveu o Pinterest com essas palavras.
O Facebook e seu app de troca de mensagens, o Messenger, ainda são os líderes de mercado, mas a base de usuários fica cada vez mais velha, segundo o relatório. De acordo com a pesquisa, 55% dos usuários do Messenger têm mais de 37 anos.
Em comparação, 86% das pessoas que usam o Snapchat têm menos de 37 anos - o Facebook tentou comprar o Snapchat por 3 bilhões de dólares no início deste ano, mas sua oferta não foi aceita.

Em tecnologia, o envelhecimento da base de usuários é um risco muito grande.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

SIR CLIVE SINCLAIR - UM PIONEIRO

Para os que atuam na área de tecnologia, sempre é útil conhecer os pioneiros do ramo.
Em TI, um dos mais importantes (e menos conhecidos) pioneiros foi o britânico Sir Clive Sinclair, que em 1982, ao lançar seu PC ZX Spectrum, acabou por se tornar um dos responsáveis pelo surgimento de toda uma geração de programadores, cujo trabalho é extremamente importante no mundo atual. Nascido em 1940, sempre foi fascinado pela eletrônica, tendo lançado em 1972 a primeira calculadora eletrônica de bolso, a Sinclair Executive
Os primeiros usuários de computadores no Brasil - onde a informática sofria com as regras que previam reserva de mercado e dificultava importações, estão familiarizados com a série TK, clones dos computadores ZX, criador pelo empreendedor britânico.
As máquinas de Sir Clive ZX80 e ZX81, os primeiros computadores pessoais produzidos em massa  na Grã-Bretanha, deram origem, no Brasil, aos TK82 e TK85, respectivamente. 
Mas foi o ZX Spectrum que realmente se tornou um fenômeno - para os brasileiros, ele era o TK90X, um clone desenvolvido em 1985 pela companhia paulista Microdigital; acompanhavam o TK cabos que permitiam liga-lo a um aparelho de TV e a outros periféricos,  e também alguns jogos; a ele se seguiu o TK95, em 1986.
Os modelos originais do Spectrum tinham uma memória RAM de 16 ou 48 kbytes e levavam cinco minutos para carregar programas a partir de uma fita cassete - mas eles mudaram a vida de muita gente, pois como disse Mike Talbot, um criador de games, "antes dos produtos idealizados por Sir Clive, os computadores pessoais eram apenas kits com um teclado numérico e algumas LEDs; a série ZX levou os computadores para fora dos laboratórios “.
Os críticos diziam que as máquinas de Sir Clive eram estranhas, que as  telas misturavam as cores; o criador admitia que suas máquinas eram um tanto esquisitas, mas argumentava que os consumidores não se importavam com isso.
Na época, chegou a dizer que seus modelos superariam os PCs da IBM. Hoje, ele admite que seu Spectrum não tinha chances reais de conseguir esse feito, face ao poder da IBM.
Apesar de sua trajetória, Sir Clive não usa email, nem internet e sequer tem um computador. "Não gosto de distrações", explica.
Seus interesses mudam radicalmente: recentemente, tornou-se um grande jogador de pôquer, tendo aparecido   nas primeiras três temporadas da série de TV “Late Night Poker”, inclusive ganhando uma temporada, bem como outras competições.  
Agora, diz que prefere dedicar seu tempo a veículos elétricos e conta que está trabalhando em uma bicicleta "muito radical" que vai abalar o mercado, e qure talvez um dia retorne ao mundo dos computadores.

Quem viver, verá...

domingo, 7 de dezembro de 2014

ADEUS AOS CLIP ARTS

A Microsoft anunciou na semana passada que vai deixar de oferecer os Clip Arts, aquelas figuras que faziam parte do Office desde os anos 1990 e que eram utilizadas para ilustrar textos  Word e apresentações PowerPoint. 

A empresa recomenda  aos seus usuários que usem o Bing Imagens para buscar ilustrações para seus documentos e apresentações; evidentemente outros buscadores como o Google Imagens também podem ser usados.

A existência dos Clip Arts justificava-se em uma época em que existiam poucas imagens na Web. A empresa divulgou um manual de instruções para ajudar quem quiser usar imagens sem infringir a lei – basicamente basta apenas buscar imagens com licenças Creative Commons ou similares. 

É mais um caso em que o avanço tecnológico torna obsoleta uma tecnologia que um dia foi muito útil. 




segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

AMAZON INSTALA MAIS 15 MIL ROBÔS

A Amazon  instalou mais de 15 mil robôs em 10 de seus depósitos nos Estados Unidos, uma medida que tem como objetivo cortar  20% dos custos operacionais e entregar produtos mais rapidamente.   

A empresa fez uma demonstração para a mídia no domingo 30 de novembro, que antecede a Cyber Monday, o maior dia de compras online do ano e que se segue à Black Friday – em 2013, na semana que antecedeu a Cyber Monday, a Amazon vendeu   36,8 milhões de itens,  cerca de 426 itens por segundo. 

Os robôs são  tecnologia desenvolvida pela Kiva Systems, uma empresa que a Amazon comprou por 775 milhões de dólares em 2012; baixinhos, pintados em laranja, pesam cerca de  145 quilos e se movimentam sobre rodas.


Preparando o pacote (o Kiva sob a estante)
Antes da chegada dos robôs, os empregados da Amazon buscavam os produtos que compunham cada pedido em prateleiras instaladas nos armazéns; agora, eles permanecem parados em seus postos e os robôs buscam as prateleiras e a trazem até o empregado, que apanha o produto e libera o robô para entregar a prateleira a outro trabalhador, enquanto o empregado prepara o pacote a ser enviado ao comprador (Henry Ford fez mais ou menos isso quando implementou suas linhas de montagem, que começaram a operar em 1º de dezembro de 1913). 

Um fato curioso é que pelo fato de os funcionários não precisarem mais transitar pelos corredores, estes podem ser bem mais estreitos, gerando economia de espaço nos armazéns que pode chegar a 50%.

Em breve os robôs estarão operando também no armazenamento de produtos que chegam aos depósitos da Amazon: hoje, os mesmos são desembalados e colocados manualmente nas prateleiras, segundo informações geradas por algoritmos processados em computador, de forma a acelerar o processamento quando da remessa dos produtos comprados.

Como sempre dizemos quando tratamos de robôs: eles são ótimos, mas precisamos estar preparados para vivermos num mundo em que o trabalho braçal (ou quase) vai diminuindo cada vez mais - aqui, uma visão do trabalho num depósito da Amazon

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

O ACASO E O SURGIMENTO DE NOVOS PRODUTOS

O senso comum afirma que as descobertas científico-tecnológicas que dão origem a novos produtos que se tornarão muito populares em nossa vida diária, são fruto de longas pesquisas.
Isso quase sempre é verdade, mas há algumas situações muito curiosas em que o acaso teve papel importante – vejamos alguns exemplos:
MICRO-ONDAS - Em 1945, Percy Spencer, um engenheiro da empresa norte-americana Raytheon Corporation, estava trabalhando em um novo projeto de radar. Ao testar um novo equipamento conhecido como “magnetron”, ele descobriu que uma barra de chocolate que tinha no bolso havia derretido. Ele repetiu o teste com outros alimentos e concluiu que o calor foi gerado a partir da energia gerada pelo magnetron. O primeiro micro-ondas pesava 340 kg e custava US$ 500 (na época uma pequena fortuna)
RAIO-X - Em 1895, o físico alemão   Wilhelm Roentgen estava trabalhando com um tubo de raios catódicos, que gerava feixes de elétrons. Apesar de o tubo estar coberto, Roentgen viu que uma tela fluorescente brilhou quando o tubo foi ligado. Os raios, de alguma forma, iluminaram a tela. Roentgen tentou bloquear os raios colocando a mão na frente do tubo, mas percebeu que  podia ver seus ossos na imagem que foi projetada na tela. Ele substituiu o tubo por uma chapa fotográfica para captar as imagens, criando os primeiros raios-x. A tecnologia foi logo adotada por instituições médicas
VELCRO - Em 1941, o engenheiro suíço George de Mestral foi caminhar pelos Alpes com seu cão. Ao voltar para casa, percebeu que as sementes da planta arctium haviam colado em sua roupa e no pelo do cachorro. Ele não tinha a intenção de criar um sistema de fixação, mas depois de constatar o quão firme essas sementes aderiram tecido, decidiu desenvolver o material que conhecemos como Velcro. O material se tornou popular depois que foi adotado pela Nasa
MASSINHA DE MODELAR - A massinha que as crianças brincam desde 1930 não foi inventada para ser um brinquedo. Foi inicialmente concebida pelo americano Noah McVicker, que trabalhou com seu irmão Cleo em uma empresa de sabão – eles pensavam criar um limpador de papel de parede, que não funcionou bem. Mas antes que os McVickers desistissem, a professora Kay Zufall apontou outro uso para o produto: crianças poderiam modelar objetos usando o produto. Os irmãos decidiram remover o detergente contido no produto e adicionar corante, criando a massinha com que nossas crianças brincam
FLOCOS DE MILHO - A receita dos  flocos de milho, saiu de uma tentativa fracassada de cozinhar trigo em 1894. Naquela época, o americano John Kellogg era superintendente do Sanatório de Battle Creek, uma unidade de saúde baseada em princípios Adventistas do Sétimo Dia. John e seu irmão William, estavam tentando elaborar dietas saudáveis para os pacientes. Um dia, colocaram um pouco de trigo para ferver, mas acidentalmente deixaram cozinhar por muito tempo. A massa ficou ressecada;  então, os irmãos  passaram-na por cilindros para afiná-la, esperando fazer longas folhas de massa de pão, mas só conseguiram flocos crocantes. Depois de algumas experiências, verificaram que o mesmo feito podia ser conseguido utilizando milho, e a receita para o Corn Flakes nasceu 
VIAGRA - Salvador de casamentos e dos homens em geral (ao que dizem...), o Viagra também foi obra do acaso. Farmacêuticos do laboratório Pfizer sintetizavam o Cidrato de Sidenafila para tratar hipertensão. Durante os testes, a droga se mostrou ineficaz para doenças cardíacas, mas os pesquisadores  observaram que ela causava outro efeito: ereções mais fortes e mais duradouras
Esperemos que o acaso (e também muita pesquisa) possam tornar nossa vida melhor...


domingo, 23 de novembro de 2014

VITROLAS – UMA TECNOLOGIA QUE RENASCE

O fonógrafo
As vitrolas, conhecidas na atualidade como toca-discos, tem suas origens nos antigos fonógrafos, tendo recebido esse nome em função da empresa que as fabricou entre 1901 e 1929, a The Victor Talking Machine Company.
O fonógrafo, primeiro equipamento que reproduzia sons, foi lançado por Thomas Edison em 1877; os sons eram armazenados em cilindros de metal. Depois, o cilindro foi substituído pelos discos, inicialmente feitos de cera, depois de baquelite, até chegar-se ao   vinil no fim da década de 1940.
Nessa época, pré TV,  as radio vitrolas, conjunto de rádio e toca-discos instalados em elegantes móveis eram as rainhas das salas de estar das casas brasileiras; eram fabricadas por empresas tradicionais, como Philips, Zenith, Telefunken e outras.
Uma rádio vitrola Philips
Os discos de vinil foram sucedidos pelas fitas cassete, CDs, DVDs e outros meios digitais; a Internet parecia ser a tecnologia que mataria definitivamente a vitrola e os vinis, inclusive aquele que a revista Rolling Stone considerou em 2003 o melhor álbum de todos os tempos, o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, gravado pelos Beatles em 1967.
Mas a dupla vitrola/vinil vem ressurgindo: a Polysom,  única fabricante de discos de vinil da América Latina,   produz cerca de 8 mil discos por mês. Havia sido fechada, mas reaberta em 2011, vem registrando aumento na produção de discos a cada ano; segundo a empresa, a qualidade do som é a maior responsável pelo ressurgimento da tecnologia, além do gosto do público pelo retrô; o público mais jovem também se interessa muito pelas vitrolas.
A Trapemix é uma   loja online especializada em produtos retrô que vende
O CTX Classic
cerca de 500 toca-discos por mês – seu proprietário acredita que em 2014 serão vendidos 35% mais que em 2013. 
Seus aparelhos custam entre   650 e 2 mil reais; o CTX Classic, modelo mais vendido do site, custa 770 reais; alguns aparelhos à venda na Trapemix são capazes de converter o som do vinil em arquivos MP3 e de se conectar por Bluetooth com tablets e smartphones.
É mais uma tecnologia que volta – a consciência de que isso pode acontecer é importante para aqueles que vivem o ambiente empresarial.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O PROCESSO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

Nestes tempos de seca, fica mais evidente a necessidade de pouparmos água.

Infelizmente, além daqueles que desperdiçam água em casa, lavando quintais e calçadas, por exemplo, temos em nosso país um grande volume de água tratada desperdiçada em função de tubulações defeituosas, roubo de água através de ligações clandestinas etc. - em nosso país, cerca de 40% da água tratada é desperdiçado por esses motivos - em alguns lugares, como Porto Velho (RO), a perda chega a 70%.

Estima-se que se as 100 maiores cidades do Brasil reduzissem o desperdício em 10%, haveria uma economia anual de cerca de R$ 1,3 bilhões.

A animação que vemos aqui mostra o processo de tratamento de água - através dele, podemos ver como, além de tudo, é um processo trabalhoso e caro e nos conscientizarmos de que é importante evitar o desperdício.




quinta-feira, 13 de novembro de 2014

ROBÔS E OUTRAS MÁQUINAS AUMENTARÃO O DESEMPREGO - COMO FUGIR DISSO? ESTUDANDO MAIS...

Pesquisa recentemente publicada pela empresa  de consultoria financeira Deloitte mostra que mais de um terço dos empregos gerados no Reino Unido poderão ser automatizados nos próximos vinte anos. O estudo foi realizado pela Deloitte em parceria com pesquisadores da Oxford Martin School e da Universidade de Oxford.
A estimativa é que chegue a 10 milhões o número de vagas
Rosie Jetson era uma brincadeira...
que deixarão de existir, pelo menos para humanos. A pesquisa aponta que as funções que pagam menos (até 30 mil libras, cerca de R$ 120 mil por ano) são as que mais devem ser substituídas por robôs e outros tipos de máquinas nas próximas décadas.
Cargos ligados a serviços administrativos, vendas, transportes, construção e mineração correm maior risco de serem desempenhados por sistemas artificiais nos próximos anos - por outro lado, os que trabalham com computação, engenharia, estudos científicos, artes, comunicação, educação, saúde ou mercado financeiro  podem ficar tranquilos, ao menos por enquanto.
De acordo com a pesquisa, os avanços tecnológicos tendem a ajudar na execução de trabalhos repetitivos e de escritório, enquanto   os humanos  continuam sendo os melhores  em questões relacionadas a pensamento estratégico e habilidade criativa.
Os autores da pesquisa, Carl Benedikt Frey e Michael A.
mas os robôs industriais substituindo milhares
de operários já são realidade.
Osborne, também fizeram uma análise similar nos Estados Unidos em 2013, concluindo que nesse país o percentual de empregos que poderão ser substituídos por robôs ultrapassa os 40%.
Mesmo hoje em dia,  já se pode ver a extinção de alguns empregos: há quanto tempo   não enviamos uma carta pelos correios? Por quantos anos mais   as empresas ainda pagarão alguém só para fazer a leitura dos seus registros de água e energia das casas (veja post de 17.10.2013)? E os apps de táxi conectando o cliente ao taxista? Certamente eliminarão   as centrais de radio-táxis – desde já há inúmeros exemplos.
É muito oportuno ler  artigo da revista Super  Interessante que nos lembra que  a tecnologia faz mudanças profundas no mercado de trabalho, hoje e sempre. Além das lembranças, o artigo nos traz alguns insights interessantes acerca de mudança de posturas.
Para encerrar: a sugestão para não perder emprego é seguir se capacitando,  continuamente, pois de acordo com a pesquisa da Deloitte, empregos com bons salários e que requerem melhor capacitação têm cinco vezes menos chances de ser automatizados.
Se você queria um motivo para estudar mais um pouco, aí está – estudar mais não é apenas continuar indo à escola – só o diploma não vale quase nada, é preciso aprender (muito). 

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

SERÁ QUE AS TELAS DOBRÁVEIS ESTÃO VIRANDO REALIDADE?

Muitas pessoas (eu inclusive) têm dificuldades para lidar com smartphones em função do tamanho de suas telas.

É difícil ler as mensagens e digitar - quase sempre em função do tamanho das telas.

Agora, parece surgir uma solução: pesquisadores japoneses criaram uma tela sensível ao toque com tecnologia OLED que se dobra em três. O projeto foi apresentado na Display Innovation 2014, que aconteceu na semana passada na cidade de Yokohama, no Japão.

A tela de 8,7 polegadas é chamada de "Foldable Display" (algo como "Tela Dobrável") e tem resolução de 1 080 por 1 920 pixels, com densidade de 254 pixels por polegada.
Um projeto semelhante já havia sido apresentado em junho, durante um evento chamado SID 2014, pela mesma empresa, a Semiconductor Energy Laboratory - a  diferença é que a tela tinha 5,9 polegadas e não possuía sensibilidade ao toque.
Essa tecnologia abre caminho para a criação de aparelhos  que tenham o tamanho de um tablet, por exemplo, mas que possam ser dobrados para caber no bolso - tomara que chegue logo ao mercado!
Clique na imagem para assistir a um vídeo sobre o assunto.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ATENÇÃO: JOVENS ABUSAM DOS FONES DE OUVIDO

O Portal EXAME relata pesquisa efetuada pela Proteste e Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), que mediu o volume do som nos fones de ouvido utilizados por estudantes dos Colégios Marista Arquidiocesano e Dante Alighieri de S. Paulo e verificou que 79,4% dos alunos ouviam música em volume superior a 85 decibéis, limite para evitar lesões auditivas. 
O volume médio aferido pelos pesquisadores foi de 92 decibéis, que pode ser comparado, por exemplo, a uma batedeira. O volume máximo encontrado no caso de um dos estudantes foi de 109 decibéis, índice superior ao ruído feito por uma furadeira.
De acordo com Paulo Roberto Lazarini, médico otorrinolaringologista e presidente da SBO, ouvir música em volume superior ao recomendado por longos períodos de tempo leva a lesões nos receptores da cóclea, estrutura do ouvido responsável por captar os sons.
"A perda auditiva, em menor ou maior grau, acontece a partir dos 50 anos, com o envelhecimento. O que vai acontecer com esses jovens é que poderão ter perdas mais severas ou precoces", afirmou.
Outro resultado que preocupou os pesquisadores foi o tempo de exposição ao som alto nos fones de ouvido. Segundo o estudo, 64% dos estudantes pesquisados ouvem música no fone de ouvido por um período superior a duas horas diárias.
"No intervalo de 90 a 100 decibéis, índice médio que foi medido entre os estudantes, o tempo máximo de exposição não deve ultrapassar a duas horas", disse o presidente da SBO.
Além do risco à audição, o som alto dificulta a percepção do que ocorre ao redor do usuário, aumentando a probabilidade da ocorrência de acidentes, especialmente atropelamentos.
Participaram da pesquisa alunos com idade entre 11 e 18 anos. É dever dos pais orientar seus filhos também nessa área; bons exemplos são particularmente úteis.

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Comic Sans faz 20 anos

A fonte Comic Sans, que é usada neste texto, está completando 20 anos. Com milhões de adeptos ao redor do mundo, foi criada pelo designer Vincent Connare.
A Comic Sans foi inicialmente criada para uso no Microsoft Bob, uma fracassada interface gráfica alternativa para PCs. O Bob empregava balões como os de histórias em quadrinhos para exibir mensagens, mas os textos eram escritos em Times New Roman. 
Connare achou que deveria desenvolver, para o Bob, uma fonte mais leve, inspirada nos quadrinhos, mas o software acabou saindo sem ela. Apesar disso, a Microsoft incluiu a Comic Sans no Windows a partir de sua versão 95.  
O aspecto simpático e informal da Comic Sans fez com que fizesse bastante sucesso. Passou a ser usada em aplicações que iam de convites para festas a teses acadêmicas, o que despertou a fúria de alguns puristas da tipografia.
O próprio Connare diz que a fonte não foi criada para uso em textos “sérios”, mas alguns especialistas recomendam seu uso no meio acadêmico, em especial nos slides utilizados durante aulas; em 2010 a   Princeton University  publicou um estudo que concluía que o uso de fontes um pouco mais “difíceis” de ler do que a Arial, por exemplo, faz com que os estudantes se concentrem mais na leitura, consequentemente retendo maior quantidade das informações passadas nas aulas.
Apesar das críticas, em julho de 2012 quando o CERN ( European Organization for Nuclear Research) anunciou a descoberta do bóson de Higgins, seu porta-voz usou a fonte na apresentação da novidade;  em dezembro daquele ano, o vencedor do Prêmio Nobel de física, Serge Haroche, usou a fonte na palestra que marcou o recebimento do prêmio. Outros profissionais trataram o tema com humor, como o casal de designers Dave e Holly Combs que criou o site Ban Comic Sans que pede o  “banimento” da fonte.  
Já, a organização britânica Cancer Research UK aproveitou o vigésimo aniversário da Comic Sans para usá-la na campanha beneficente Comic Sans for Cancer. A organização convidou 500 artistas de 38 países, que desenharam pôsteres comemorativos sobre a Comic Sans e que estão sendo vendidos para arrecadar fundos para a Cancer Research UK.  
Entre a fúria dos puristas e o bom humor de alguns, a Comic Sans segue firme e forte. 

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

NASA FALA DO AQUECIMENTO DA TERRA

Hoje abordaremos um problema que a tecnologia pode ajudar a minorar: o aquecimento do planeta.   
Alguns cientistas preveem que a temperatura na superfície terrestre pode aumentar de 3 a 10 graus Celsius até o final deste século, principalmente por causa da emissão de gases que geram o efeito estufa, que aprisionando o calor na atmosfera faz a temperatura subir.
Com o aquecimento do planeta, haverá degelo nas regiões polares, extinção de muitas espécies de animais e plantas, aumento do nível dos oceanos; além disso, eventos climáticos mais extremos serão frequentes, como ondas de calor, tempestades etc.
Para conscientizar as pessoas acerca desse e outros problemas ambientais, a NASA criou uma série de animações, a NASA’s Earth Minute (Minuto da Terra da NASA, em tradução livre). 
Hoje trazemos a animação Earth Has a Fever (A Terra está com Febre), que  mostra, por meio da comparação com um ser humano, como o aquecimento do planeta pode trazer graves consequências para a vida de todos os seres vivos.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

NOVAS BATERIAS: CARGA ULTRA RÁPIDA

A revista “Advanced Materials” acaba de publicar um artigo assinado pelos pesquisadores Cheng Xiaodong, Deng Jiyang e Tang Yuxin , da Nanyang Technological University (NTU), de Singapura, informado terem os mesmos desenvolvido uma bateria que demora cerca de 3 minutos para ser recarregada. Outra vantagem da nova bateria seria sua vida útil, que poderia chegar aos vinte anos, contra dois ou três das atuais.
Além da praticidade, a nova bateria reduziria os resíduos
Da esquerda para a direita: Cheng, Tang e Deng
tóxicos gerados pelo descarte das baterias atuais, simplesmente pelo fato de um número muito menor delas passar a ser necessário.
A principal mudança em relação às baterias atuais estaria no fato de que nestas, o polo negativo é revestido com grafite, enquanto que no novo tipo, o grafite seria  substituído por nanotubos de dióxido de titânio, com diâmetro milhares de vezes menor que o de um fio de cabelo.  O dióxido de titânio é abundante na natureza, barato, e aceleraria as reações químicas que acontecem na bateria, permitindo assim uma recarga mais rápida.
A expectativa do cientistas é que a nova bateria chegue ao mercado dentro de dois anos; além de beneficiar usuários de celulares, tablets e notebooks, elas poderiam ser muito úteis em  carros elétricos, que teriam sua autonomia muito aumentada com uma carga de apenas alguns minutos. 

Vamos aguardar.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

COMPUTADOR EDUCATIVO KANO CHEGA AO MERCADO

O computador educativo Kano começa a ser vendido neste mês, ao preço de US$ 150.  Para desenvolvimento do projeto foram levantados fundos na modalidade "crowdsourcing", com pessoas comprando o computador antecipadamente (a preços menores que o de lançamento) - mais  de 13.000 máquinas foram vendidas dessa forma.
Do ponto de vista de hardware, o Kano não traz nada de novo – é um Raspberry Pi Model B, que já apresentamos em nosso post de 25 de junho deste ano (3,8 milhões de Raspberies já foram vendidos) Além do Pi, o kit do Kano inclui um teclado Bluetooth, uma cobertura para o computador, um cabo HDMI e  um cartão SD contendo o sistema operacional.  A máquina é montada facilmente, seguindo-se as instruções de um  manual bastante simples; a cor dos componentes torna a tarefa ainda mais fácil, como pode-se ver no vídeo ao final deste texto.
Mas é graças ao software que o Kano se diferencia. O Kano OS é um sistema   open source cuja interface foi projetada para familiarizar crianças com conceitos de programação através da modificação de jogos.
Clássicos como Pong e Snake podem ser facilmente alterados pelo usuário com um sistema de blocos que lembra o NXT da Lego. Ao altera-los, contudo, a criança está na verdade alterando parâmetros de um código escrito em Python.
Quem quiser experimentar o sistema pode brincar com o jogo Pong neste link. Conforme a criança vence os desafios de modificação propostos pelo Kano, outros exemplos mais complexos vão sendo liberados; o sistema inclui até mesmo uma versão do Minecraft.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

OS BARCOS SEM PILOTO TAMBÉM ESTÃO CHEGANDO

O Cole sendo retirado do Iêmen
A história se repete: necessidades militares  geram novas tecnologias que acabam sendo incorporadas à vida civil. Foi assim com a penicilina, o jato e tantas outras; agora, seguindo esse padrão, estamos assistindo à chegada dos barcos sem piloto.

Navios de guerra são muito vulneráveis quando ancorados ou navegando em águas que lhes dão pouco espaço para manobras, como rios, baias etc. Um exemplo típico foi quando o USS Cole, que no ano 2000, quando ancorado em um porto no Iêmen para receber suprimentos, foi atacado por um pequeno barco-bomba, que foi explodido por terroristas junto ao costado do navio. Dezessete marinheiros morreram e dezenas de outros ficaram feridos.

Um swarmboat em demonstração em um rio
Para evitar situações como essa, a Marinha americana desenvolveu novos procedimentos de guarda e investiu em tecnologia, chegando à criação dos “swarmboats” pequenos barcos infláveis sem piloto, controlados remotamente, que podem atacar barcos suspeitos quando esses se aproximarem de um navio de guerra.

O controlador pode estar no próprio navio, em um helicóptero ou mesmo em terra; usando um laptop ele pode dizer aos “swarmboats” o que devem fazer, especialmente quando atacar, embora estes possam ter procedimentos pré-determinados   para responder de forma ainda mais ágil a qualquer ameaça.

Em breve talvez possamos ter esses barcos ajudando em tarefas como combate à poluição, busca e salvamento e outras tantas. 

Nossa Marinha poderia pensar em tecnologias relativamente simples, como essas, ao invés de gastar fortunas com ferro velho que nos faz passar vergonha, como o porta-aviões "São Paulo", que não tem aviões para portar e nem que os tivesse não consegue sair da baía da Guanabara, do alto dos seus 54 anos de uso.

Por enquanto, vale a pena assistir ao vídeo do Office Naval Research, órgão de pesquisa da Marinha dos Estados Unidos:


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

MAIS TECNOLOGIA NO CAMPO: DRONES E JIPES ROBÓTICOS

Um drone no campo
Nas últimas décadas, a tecnologia tem impulsionado fortemente o crescimento do agronegócio no Brasil. Graças à mecanização, à melhoria das técnicas de plantio e à biotecnologia, o setor já responde por 23% do Produto Interno Bruto, 27% dos empregos e 44% das exportações do primeiro semestre deste ano. Na corrida para aumentar a produtividade, centros de pesquisa e grandes empresas do ramo vêm desenvolvendo e adotando para uso no campo, tecnologias inicialmente desenvolvidas para uso militar. 

Uma delas são os drones, também chamados veículos aéreos não tripulados (Vants), que vêm despertando a atenção dos agricultores brasileiros. Munidos de câmeras potentes, eles usam técnicas de geoprocessamento para identificar, com mais precisão, problemas que possam causar prejuízos às propriedades, como pragas e falhas de plantio.  Os primeiros drones foram usados no monitoramento de culturas como cana-de-açúcar, eucalipto, algodão, soja e milho, mas hoje eles já
 podem ser vistos em pastagens e plantações de frutas cítricas.   

O Curiosity
Além deles, em parceria com pesquisadores da USP, a Embrapa tem outro plano ousado: aplicar, no campo, um equipamento inspirado no jipe robótico Curiosity, usado pela Nasa para analisar rochas em Marte. No Brasil, a tecnologia dispõe de um laser capaz de identificar os elementos químicos que compõem o solo, permitindo, por exemplo, que os agricultores corrijam falhas através do uso de adubos, ainda durante a safra.

Associados a outras tecnologias, como plantadeiras, tratores e colheitadeiras que usam a geolocalização por satélite para aumentar a produtividade, os drones e os robôs certamente ajudarão a tornar o agronegócio brasileiro ainda mais competitivo.  

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Mais tecnologia nas cirurgias

Quando um paciente se submete a uma cirurgia, é comum que faça exames antes (para saber como está seu estado de saúde) e depois (para avaliar o resultado da intervenção). Apesar de essa rotina ser eficaz em casos simples, procedimentos mais complexos podem se tornar mais seguros com o suporte de novas tecnologias.

É o que propõem as salas híbridas, duas das quais estão disponíveis no HCor, em São Paulo; nelas, exames sofisticados de imagem estão sendo feitos em tempo real, durante as cirurgias. Conceito recente na área médico-hospitalar, as salas híbridas consistem na união entre centro cirúrgico e sala para procedimentos de intervenção não cirúrgica associado a equipamentos de imagem de alta definição. O espaço é desenhado para que os exames sejam usados antes, durante e depois das intervenções, proporcionando mais segurança e precisão em procedimentos complexos.

Em janeiro deste ano, o HCor, um dos maiores centros de tratamento de doenças cardiovasculares da América Latina, inaugurou essas salas: uma para procedimentos neurológicos e outra para cirurgias cardiovasculares. De acordo com a revista médica HCor Saúde, antes do uso dessa tecnologia, tumores como os de cérebro podiam não ser totalmente visualizados pelo cirurgião, tornando necessária outra intervenção para a retirada completa. 

O HCor também conta com estações de trabalho all-in-one. Com funcionalidade touchscreen, como as dos smartphones, elas permitem que os médicos acessem e registrem informações sobre agendamentos cirúrgicos, resultados laboratoriais, laudos e imagens de exames de diagnóstico. Os dados clínicos também podem ser conferidos durante cirurgias, por meio de telões dispostos em 360 graus em torno do campo cirúrgico.

A plataforma tecnológica do hospital  também permite o registro do tempo de cirurgia e de anestesia e o controle de medicamentos, materiais e serviços prestados durante o procedimento.

Tudo isso mostra como a tecnologia vem se incorporando rapidamente ao campo da saúde – bom seria se todos esses avanços pudessem estar ao alcance de todos os brasileiros. 

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Cresce o mercado de phablets

Os smartphones  com telas maiores, entre 5 e 6,9 polegadas, vem sendo chamados “phablets”, resultado da fusão dos termos “phone” e “tablet”.
Essas máquinas estão se tornando cada vez mais populares, especialmente em função da facilidade de uso ditada pelas telas maiores. A Flurry, empresa que monitora o uso de apps em smartphones no mundo inteiro, fez um levantamento para medir o crescimento da popularidade dos mesmos ao longo do último ano.
Para tanto, avaliou uma amostra com quase 60 mil aparelhos em fevereiro de 2013 e em janeiro de 2014. Nesse intervalo, em termos de variedade de modelos, os phablets subiram de 2% para 10% do total. No que diz respeito à base de usuários ativos, os phablets cresceram de 3% para 6%. E o que chamou mais a atenção da empresa foi a participação dos phablets no volume total de sessões de apps saltou de 3% para 11%, completamente desproporcional à sua base de usuários ativos. Isso significa que donos de phablets abrem mais vezes seus apps do que os outros.
Os demais tipos de máquinas foram classificados da seguinte maneira pela Flurry: smartphones pequenos (até 3,5 polegadas), smartphones médios (3,5 a 4,9 polegadas), tablets pequenos (7 a 8,5 polegadas), tablets (acima de 8,5 polegadas). Enquanto cresceu a variedade de modelos de phablets, diminuiu aquela de smartphones pequenos e médios; os primeiros caíram de 16% para 12% e o segundos, de 69% para 67%, mais uma vez confirmando a tendência de ascenção dos phablets.
Em base de usuários ativos, novamente os phablets roubaram participação de smartphones pequenos e médios. Os pequenos tiveram sua fatia reduzida de 7% para 4%. E os médios, de 72% para 68%. Tablets pequenos cresceram de 5% para 7% e tablets com mais de 8,5 polegadas, de 13% para 15%.
A participação no volume de sessões de apps caiu de 4% para 3% entre smartphones pequenos; de 76% para 71%, em smartphones médios; e de 13% para 10%, entre tablets acima de 8,5 polegadas. Neste quesito, tablets pequenos aumentaram de 4% para 5%.
A Flurry mediu também o tempo gasto com leitura de livros de acordo com o tamanho da tela do aparelho. Como era de se imaginar, quanto maior a tela, mais tempo gasto com leitura, provavelmente porque a atividade fica mais cômoda para os olhos. A participação dos phablets cresceu de 3% para 10% em um ano. Aquela de tablets pequenos saltou de 5% para 34%. E, entre tablets acima de 8,5 polegadas, aumentou de 5% para 9%. Enquanto isso, a participação de smartphones médios no tempo de leitura de livros desabou de 83% para 44% no mesmo intervalo.
A seguir, um vídeo do New York Times falando do crescimento dos phablets.