domingo, 23 de novembro de 2014

VITROLAS – UMA TECNOLOGIA QUE RENASCE

O fonógrafo
As vitrolas, conhecidas na atualidade como toca-discos, tem suas origens nos antigos fonógrafos, tendo recebido esse nome em função da empresa que as fabricou entre 1901 e 1929, a The Victor Talking Machine Company.
O fonógrafo, primeiro equipamento que reproduzia sons, foi lançado por Thomas Edison em 1877; os sons eram armazenados em cilindros de metal. Depois, o cilindro foi substituído pelos discos, inicialmente feitos de cera, depois de baquelite, até chegar-se ao   vinil no fim da década de 1940.
Nessa época, pré TV,  as radio vitrolas, conjunto de rádio e toca-discos instalados em elegantes móveis eram as rainhas das salas de estar das casas brasileiras; eram fabricadas por empresas tradicionais, como Philips, Zenith, Telefunken e outras.
Uma rádio vitrola Philips
Os discos de vinil foram sucedidos pelas fitas cassete, CDs, DVDs e outros meios digitais; a Internet parecia ser a tecnologia que mataria definitivamente a vitrola e os vinis, inclusive aquele que a revista Rolling Stone considerou em 2003 o melhor álbum de todos os tempos, o Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, gravado pelos Beatles em 1967.
Mas a dupla vitrola/vinil vem ressurgindo: a Polysom,  única fabricante de discos de vinil da América Latina,   produz cerca de 8 mil discos por mês. Havia sido fechada, mas reaberta em 2011, vem registrando aumento na produção de discos a cada ano; segundo a empresa, a qualidade do som é a maior responsável pelo ressurgimento da tecnologia, além do gosto do público pelo retrô; o público mais jovem também se interessa muito pelas vitrolas.
A Trapemix é uma   loja online especializada em produtos retrô que vende
O CTX Classic
cerca de 500 toca-discos por mês – seu proprietário acredita que em 2014 serão vendidos 35% mais que em 2013. 
Seus aparelhos custam entre   650 e 2 mil reais; o CTX Classic, modelo mais vendido do site, custa 770 reais; alguns aparelhos à venda na Trapemix são capazes de converter o som do vinil em arquivos MP3 e de se conectar por Bluetooth com tablets e smartphones.
É mais uma tecnologia que volta – a consciência de que isso pode acontecer é importante para aqueles que vivem o ambiente empresarial.