sexta-feira, 29 de junho de 2018

VENDAS DE ROBÔS INDUSTRIAIS BATE RECORD MUNDIAL- JÁ NO BRASIL...

A International Federation of Robotics (IFR) afirma que em 2017 foram comercializados 381 mil robôs industriais em todo o mundo. O número é record, e representa um aumento de 30% em relação a 2016, quando foram vendidas 294 mil. 

A venda de robôs industriais vem apresentando crescimento sustentado nos últimos cinco anos, com 178 mil unidades comercializadas em 2013, 221 mil em 2014, 254 mil em 2015, 294 mil em 2016 até chegar aos 381 mil no ano passado. Considerado esse intervalo, as vendas mais do que dobraram.

Segundo a IFR, o número de robôs industriais em operação em todo o mundo chegou a 1,8 milhão. Pelas projeções da entidade, o número de máquinas em uso em todo o planeta deve passar de 3 milhões em 2020.

A Ásia é o principal mercado, tendo sido responsável por 255 mil robôs vendidos em 2017. Esse número representa 67% das vendas realizadas em todo o mundo. Em seguida, vêm Europa (67 mil) e Américas (50 mil). Além de ter a maior fatia, a Ásia é onde o crescimento foi maior em 2017, na casa dos 34% em relação ao ano anterior.

Somente a China instalou 138 mil máquinas desse tipo, o que representa 36% de todo o mercado mundial. Coreia e Japão tiveram, respectivamente, 40 mil e 38 mil unidades instaladas. Os números são maiores do que os registrados nos Estados Unidos (33 mil) e Alemanha (22 mil).

O Brasil está distante da média mundial. Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, em 2016 a proporção de robôs industriais para 10.000 trabalhadores era de 10, enquanto a média global era de 74 para esse mesmo número de empregados.

A IFR diz que em 2016 foram comercializados 1,5 mil robôs industriais no país, dentro de um universo global de 294 mil, uma participação de 0,005%. De acordo com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), hoje um percentual de 1,8% das empresas brasileiras emprega algum tipo de automação - na Alemanha, esse índice é de 10%.

Segundo o SENAI, há dois desafios importantes para que o Brasil avance neste sentido: o primeiro é a melhoria da gestão da produção pelas empresas, para implementar os processos de digitalização e automação. O segundo é a formação da força de trabalho - o trabalhador da indústria brasileira tem idade média de 36 anos, e há 15 anos, quando foi formado, a robótica não era uma realidade. Nossos engenheiros, técnicos e operários não foram educados em técnicas digitais e precisam ser requalificados. 

Voltando ao nível mundial, na análise por setores industriais, o automotivo é o principal empregador deste tipo de tecnologia, com 125 mil robôs comercializados. Os demais segmentos com melhor desempenho nesse quesito são o da eletrônica (116 mil), metalúrgico (44 mil), químico (21 mil) e alimentação (10 mil).

Os robôs industriais são instrumentos centrais da automação de linhas de produção. A substituição de trabalho humano por máquinas vem sendo considerada uma tendência da indústria contemporânea por organismos internacionais como o Fórum Econômico Mundial e a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Por outro lado, a introdução de sistemas robotizados em fábricas também levanta questionamentos sobre o impacto desse fenômeno no número de empregos. Nos últimos anos foram elaborados estudos com projeções bastante distintas: enquanto a IFR indicou a possibilidade da criação de 3,5 milhões de empregos em razão dessa tecnologia, o Fórum Econômico Mundial em 2016 publicou estudo em que projeta até 2020 a perda de 7,1 milhões de postos em razão da automação.

O tema deve ser objeto da preocupação de todos.

segunda-feira, 25 de junho de 2018

INTELIGÊNCIA ESTENDIDA – UMA NOVA VISÃO SOBRE A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Desde que em meados da década de 1950 o professor John McCarthy criou o termo “Inteligência Artificial” (IA) o tema vem trazendo preocupações, em especial com os níveis de desemprego que poderá gerar e com a possibilidade de criação de uma “superinteligência” que acabaria por controlar ou até mesmo exterminar a raça humana. Há muitas vezes um sentimento de “máquinas versus humanos”.

Agora surge uma nova visão acerca do tema: começa a tomar corpo o conceito de EI ou XI, do inglês “Extended Intelligence” (Inteligência Estendida” – a ideia é usar a tecnologia como uma ferramenta para promover o bem comum e não para tornar uns poucos mais ricos e poderosos.

O conceito vai ser promovido por uma entidade recém-criada pelo MIT Media Lab (laboratório de pesquisa do Massachusetts Institute of Technology) e pelo IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), tradicionalíssima instituição que reúne profissionais da área – consta ser a organização que tem o maior número de associados em todo o mundo.

A entidade denomina-se Council on Extended Intelligence (https://globalcxi.org) e tem como sigla CXI, pretendendo reunir pessoas que compartilhem desses ideais.

Sem dúvida, uma ideia que merece ser divulgada

quarta-feira, 20 de junho de 2018

FALANDO DE APRENDIZAGEM DE MÁQUINA

Aprendizado de máquina (AM, em inglês, machine learning) é um subcampo da ciência da computação que foi definido em 1959 por Arthur L. Samuel  como o "campo de estudo que dá aos computadores a habilidade de aprender sem serem explicitamente programados para isso". Samuel  (1901 - 1990)  foi um pioneiro nos campos dos games e inteligência artificial, além da  AM propriamente dita; seu  Game of Checkers  é provavelmente a primeira aplicação de AM em todo o mundo.

AM se   baseia na ideia de que sistemas podem aprender com grandes volumes de dados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana; sua utilização se torna viável graças à evolução das tecnologias ligadas à computação e às telecomunicações, que permitiram a reunião de grandes volumes de dados e a utilização de algoritmos capazes de viabilizar ferramentas de AM. 

Neste vídeo, o Prof. Leandro Nunes de Castro, da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie nos fala acerca do assunto. 



terça-feira, 19 de junho de 2018

TV MACKENZIE: UM ÓTIMO PAPO SOBRE CIBERSECURITY



Entrevistamos para a TV Mackenzie Luiz Milagres, executivo da E & Y, uma das maiores empresas de consultoria do mundo, mais conhecida por seu nome antigo, Ernst & Young. 

Luiz falou-nos acerca de cibersecurity (segurança digital), área que dirige na E & Y; uma entrevista muito esclarecedora, quer para o ambiente profissional, quer em termos de cuidados que devemos tomar a nível pessoal.

Chamamos a atenção de todos para o tema "ramsonware" - o sequestro de dados, que é tratado a partir do 7º minuto da gravação - o vídeo pode ser visto aqui

domingo, 17 de junho de 2018

O VOO COMERCIAL MAIS LONGO DO MUNDO

A aviação comercial é uma das áreas que mais tem sofrido o impacto da inovação tecnológica.

Para termos um bom exemplo dessa evolução, basta comparar a rota que a Panair do Brasil estabeleceu em 1946, ligando o Rio de Janeiro a Londres: eram necessárias escalas em Recife, Dakar, Lisboa e Paris; em voo direto, a distância Rio-Londres é de cerca de 9.300 km. O avião utilizado era o Super Constellation, com 102 lugares, todos de primeira classe. 

Agora,  Singapore Airlines informa que vai oferecer a partir de  outubro um voo sem escalas entre Singapura e Nova York em cerca de 19 horas, ou seja, o voo comercial mais longo do mundo. 

Serão cerca de 16.700 km, a serem cobertos por   um Airbus A350-900 Ultra Long Range, configurado para transportar 161 passageiros – 67 na classe executiva e 94 na econômica premium.


quinta-feira, 14 de junho de 2018

CÂMERAS FOTOGRÁFICAS TRADICIONAIS CHEGANDO AO FIM

A fabricante japonesa Canon acaba de anunciar  que irá encerrar as vendas da sua última câmera fotográfica tradicional - chamada EOS-1V, lançada em 2000, ela era a última máquina analógica da Canon - analógicas são as câmeras que podem utilizar filmes, geralmente de 35 milímetros.

A empresa diz que dará suporte ao produto até o final do estoque de peças, que deve durar até 2025. 

A companhia parou de produzir os modelos compatíveis com filmes em 2010, mas ainda tinha unidades no seu estoque - a Canon está no ramo desde 1936. Com a popularização das câmeras digitais no começo dos anos 2000 e a ascensão dos smartphones, o declínio das vendas de câmeras analógicas foi forte nos últimos anos.

A rival Nikon ainda vende dois modelos de câmeras analógicas: FM10 e F6.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

SERÁ QUE A TECNOLOGIA VAI ACABAR COM O EMPREGO DOS PILOTOS DE CAÇA?


Há um certo glamour envolvendo os pilotos de caça: o filme Top Gun foi um sucesso imenso e está ganhando uma continuação; dessa área vem os comandantes de quase todas as forças aéreas do mundo etc. Consta que esses pilotos frearam o desenvolvimento de drones nos Estados Unidos com medo de perderem seu status de "cavaleiros do ar", sendo substituídos por um operador confortavelmente instalado a milhares de quilômetros do local onde as aeronaves operariam. Para as forças aéreas, essa situação seria interessante: menos baixas, menos peso para transportar a bordo (peso do piloto, assento, paraquedas, sistemas de oxigênio etc). 

Mas notícias vindas da China parecem estar alterando esse cenário, e o piloto galã (embora a maioria dos pilotos de caça sejam baixinhos por conta do espaço disponível nos aviões), usando um cachecol de seda, pode estar com seus dias contados: foram divulgadas imagens do drone de caça  Dark Sword (Espada Escura), que deve privilegiar   velocidade e agilidade sustentadas, características fundamentais dos caças - provavelmente voará perto de Mach 2, duas vezes a velocidade do som, cerca de 2.400 km/hora.

Especialistas ocidentais dizem que o avião "pode ser um pesadelo para os americanos", na atualidade os grandes rivais dos chineses em termos militares.
.

sábado, 9 de junho de 2018

NIHIL NOVI SUB SOLE - HACKERS EXISTEM DESDE SEMPRE...

quarta-feira, 6 de junho de 2018

PROJETO NATICK - UM DATA CENTER DA MICROSOFT NO FUNDO DO MAR

A Microsoft afundou um data center no litoral da Escócia  para testar novas formas de diminuir o consumo de energia de servidores. A ideia é encontrar um novo jeito de refrigerar data centers e, assim, diminuir os custos com energia elétrica - é o Projeto Natick.

Data centers consomem muita energia, não apenas para alimentar as máquinas, mas como elas geram muito calor,  exigem grandes sistemas de refrigeração, o que acaba aumentando os gastos com energia.
Em 2015 a Microsoft começou a testar data centers submersos para fazer com que a água do mar substitua os sistemas de refrigeração - naquele ano, um data center ficou submerso por 5 meses no litoral da Califórnia; agora, a empresa vai avançar com os experimentos e pretende manter o data center escocês submerso por 5 anos; são  864 servidores com  capacidade de armazenamento de 27,6 petabytes - o suficiente para guardar cerca de 5 milhões de filmes.

A energia elétrica usada pelo datacenter virá da rede pública das ilhas Orkney (dez mil habitantes), próximo das quais o equipamento foi instalado; essa rede é toda suprida por energia eólica. Além disso, o datacenter é provido de geradores experimentais de energia acionados pelo movimento das marés e das ondas do mar. 

Veja aqui um vídeo mostrando a colocação do data center no fundo do mar

segunda-feira, 4 de junho de 2018

DRONE GUARDA-CHUVA?!?!


A tecnologia às vezes chega a pontos aparentemente irrelevantes; é o caso do drone guarda-chuva, que a   Power Service pretende lançar em 2019, a um preço de cerca de US$ 275. 

A máquina é uma espécie de  guarda-chuva comum acoplado a um drone DJI Mavic Pro. Ele segue o usuário, protegendo-o da chuva ou do sol sem que precise ficar segurando o aparelho.

O portal  CNET mostra um vídeo sobre o aparelho e diz que  em função das regras para uso de drones em lugares públicos, eles começarão a ser vendidos para uso em áreas privadas, como campos de golfe; o portal mostra mais um impacto da tecnologia sobre empregos, lembrando que agora passam a ser ameaçados os empregos do "caddies", aqueles que auxiliam os jogadores, carregando seus tacos e guarda-chuvas em dias de chuva ou muito sol.  

Apesar de desnecessários, as máquinas terão cabos como os guarda-chuvas comuns. Difícil será suportar o zumbrido do drone...