quarta-feira, 30 de julho de 2014

MAIS TECNOLOGIA NOS AUTOMÓVEIS

Os jornalistas Thais Villaça e Thiago Lasco, de  O Estado de S. Paulo,  publicaram interessante matéria acerca da incorporação de mais tecnologia aos automóveis.

Em seu texto, lembram que quem assistiu a filmes como “O Vingador do Futuro” (1990), “Minority Report” (2002) e “Eu, Robô” (2004) teve uma boa amostra de como diretores e roteiristas imaginavam que ocorreria a integração do automóvel com o motorista e com a infraestrutura das cidades –  e  grande parte dessas tecnologias hollywoodianas está mais próxima do que se pensa.
As montadoras vêm desenvolvendo vários recursos para tornar os veículos cada vez mais
conectados entre si e com o entorno por onde rodam. Radares, câmeras, modems e aparelhos de GPS de alta precisão entram em cena para que o funcionamento dessas tecnologias seja preciso. Sistemas como o controle de cruzeiro adaptativo, que acelera e freia o carro conforme a programação feita pelo condutor, os faróis adaptativos, que mudam a intensidade da iluminação de acordo com as condições da via e para não ofuscar quem trafega no sentido oposto, e os leitores de sinalização já são uma realidade presente em alguns modelos mais modernos – e caros.
Além da integração com o ambiente, os carros podem ainda ter conexão de internet sem fio, fruto de acordos com as operadoras de telefonia celular. Essa solução permite não só baixar as músicas preferidas no disco rígido do veículo, mas também fotos, vídeos e aplicativos que facilitem a vida do motorista. 
A Volvo, por exemplo, criou em parceria com a Ericsson um sistema chamado Volvo Cloud, no qual uma “nuvem” de memória virtual armazena todas as informações baixadas pelo motorista, como estações de rádio online preferidas, serviços de mapas e aplicativos de informação de trânsito em tempo real. Esses dados podem ser, inclusive, transferidos para um novo veículo.
Com a internet, surge ainda a possibilidade de os carros se integrarem uns aos outros. Usando  Wi-Fi, o automóvel procura outros veículos que também tenham conexão de internet. É preciso, então, pedir uma “permissão” ao outro motorista para se conectar e trocar informações como as condições climáticas do percurso, o estado da pista e a ocorrência de algum acidente à frente.  “Se o carro da frente aciona o sistema de tração, o de trás automaticamente recebe um aviso de que a pista está escorregadia”, explica Jorge Mussi, diretor de pós-venda da Volvo.
O recurso também facilita a circulação de carros de polícia, bombeiros e ambulâncias, já que os motoristas, avisados minutos antes sobre o trajeto feito por eles, teriam condições de abrir passagem.
Boa parte dessas tecnologias marca presença apenas em modelos topo de linha, em razão dos altos custos envolvidos. Mas a Ford está dando um primeiro passo para incorporá-las a carros mais acessíveis. A nova geração do compacto Ka traz um sistema que avisa o Sistema de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) em caso de acidente. A partir da ativação dos air bags ou do corte da bomba de combustível, um celular aciona a central e uma antena de GPS envia as coordenadas de localização do veículo.
Com todas essas tecnologias integradas, o carro já tem condições de rodar sozinho, mas há entraves jurídicos que podem dificultar esse processo. “A responsabilidade por um acidente não pode ficar toda nas mãos da montadora. O ser humano ainda não desenvolveu um sistema inteligente, que pense sozinho. Os softwares só executam as tarefas para as quais foram programados”, diz o consultor técnico da Audi, Lothar Werninghaus.
Já a posição da Volvo é diferente. “Não só acreditamos no carro autônomo, como o nosso já está pronto. Em 2017 teremos 100 unidades rodando pela Suécia”, adianta Mussi. 
Há algo mais a acrescentar em termos de segurança: hackers poderiam invadir esses carros, quer literalmente, quer alterando sua programação, podendo até chegar-se a situações em que poderiam ocorrer acidentes graves.
Talvez seja o momento de refletira acerca de até que ponto valeria a pena incorporar novas tecnologias – a ilustração abaixo nos dá uma ideia acerca de como toda essa tecnologia pode funcionar.  

terça-feira, 22 de julho de 2014

Tecnologia aplicada à alimentação de gatos - um exagero injustificável

O mercado de produtos e serviços para animais domésticos vem crescendo de forma exponencial – em nosso ponto de vista, gerando alguns exageros injustificáveis.
Mais um desses exageros chega ao mercado: um dispositivo que  usa o reconhecimento facial para tornar a alimentação de gatos mais eficiente - batizado de Bistro, o dispositivo foi criado por uma empresa de San Mateo, Califórnia.
Quando um gato se aproxima do Bistro, uma câmera embutida no gadget e um algoritmo fazem o reconhecimento do bicho - que deve ter sido cadastrado anteriormente na máquina pelo dono.
Quando o gato é reconhecido,  a alimentação é liberada. Enquanto come, o animal é monitorado e seu dono é informado pelo smartphone sobre qualquer alteração de comportamento - caso o ambiente esteja escuro, um sistema de lâmpadas LED proporciona a iluminação necessária. Outros recursos do Bistro são balança, bebedouro e conexão de rede sem fio.
Em menos de uma semana, através do site de financiamento coletivo  Indiegogo, já foram captados   cerca de 120 mil dólares para a fabricação do produto em escala industrial.
 "Os gatos não falam por eles mesmos. Por isso, precisamos que o Bistro fale por eles", afirma  Mu-Chi Sung, especialista em tecnologias de reconhecimento facial e criador do Bistro.
O gadget está sendo vendido no Indiegogo  por 159 dólares e deve começar a ser entregue aos compradores em fevereiro de 2015. Com o sucesso da ideia, Sung já pensa em criar versões do Bistro para cães e outros animais domésticos.

Não é um exagero???? Confira no vídeo abaixo:

terça-feira, 15 de julho de 2014

CRESCE A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ESCOLAS PÚBLICAS BRASILEIRAS

Uma boa notícia: apesar das inúmeras dificuldades, inclusive a falta de preparo dos docentes, cresceu o número de professores de escolas públicas que utilizaram a internet durante as aulas; em 2013 46% dos mestres usaram essa tecnologia. O número representa crescimento de dez pontos percentuais em relação a 2012 e foi divulgado pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil, na pesquisa “Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação”.

O levantamento, feito com 994 escolas públicas e privadas de todo o país, revelou também que a velocidade de conexão com a internet é menor nas instituições públicas do que nas particulares. Os dados revelam que 43% das escolas particulares dispõem de internet com velocidade entre 5 e 10 mega. Por outro lado, entre as instituições públicas, 52% contam com conexão a internet de até 2 mega.
Entre os recursos educacionais mais usados pelos professores, estão imagens  (84%), textos (83%), questões de prova (73%), vídeos (74%), jogos (42%), apresentações prontas (41%), e programas e softwares educacionais (39%).
A coleta de dados desta quarta edição da pesquisa ocorreu entre setembro e dezembro de 2013. Foram entrevistados 939 diretores de escolas, 870 coordenadores pedagógicos, 1.987 professores e 9.657 alunos.
De acordo com as informações, a sala de aula cresceu como local de uso do computador e da internet, mas o ambiente mais comum para o uso de computador ainda é a casa do estudante. Apenas 7% dos alunos da rede pública e 2% dos estudantes de escolas particulares disseram que acessam a internet, mais frequentemente, em suas escolas. A maioria usa a Internet com mais frequência em casa: 68% dos alunos de escola pública e 93% dos matriculados em escolas particulares.
Apesar da resistência de alguns, a tecnologia avança também nas escolas. 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Em 2015, serão vendidos mais tablets que computadores pessoais

O grupo de pesquisas Gartner acaba de divulgar novo relatório acerca das vendas de computadores pessoais (PC), tablets e telefones móveis.
Em 2014, serão vendidos 308 milhões de PC e 256 milhões de tablets, mas em 2015 os tablets venderão mais: 320  contra 316 milhões de PC. Neste ano de 2014, as vendas de PC, tablets e telefones chegarão a 2,4 bilhões de unidades.
Parte considerável das vendas de PC, cerca de 20%, refere-se à substituição de máquinas de uso profissional. No caso dos telefones, dois terços das máquinas vendidas neste ano serão smartphones. 
Em termos de tecnologia, cerca de metade dos dispositivos vendidos  funcionam com Android,  333 milhões de unidades utilizam Windows e  os dispositivos iOS e MacOS da Apple totalizam 271 milhões. 

sábado, 5 de julho de 2014

ADEUS ORKUT

No último dia 30, o Google anunciou que a partir de 30 de setembro o Orkut sairá do ar, dez anos após ter sido lançado.   

Embora ele  tenha praticamente caído no ostracismo,  a notícia de sua despedida gerou inúmeros comentários e debates em plataformas como Twitter e Facebook – um grupo de brasileiros até chegou a criar um movimento para impedir a morte do Orkut, que no entanto é inevitável – lembremo-nos que mais da metade dos usuários dessa rede social estavam em nosso país.

O Orkut junta-se a outras redes sociais que deixaram de existir, como o Friendster – é o que Schumpeter chamou de “destruição criativa”: novas tecnologias surgem, matando outras (e com frequência empresas que as detinham) – o Friendster foi substituído pelo Orkut, que foi substituído pelo Facebook...

Assim, é de se esperar que, a qualquer momento, surja algo que mate o Facebook – isso é especialmente provável quando se trata de serviços virtuais.

É esperar para ver – pensando em investir a longo prazo, eu não compraria ações do Facebook...