sexta-feira, 19 de abril de 2013

TECNOLOGIA E LAZER: A 20TH CENTURY FOX

Durante muitos anos, o rádio e o cinema foram as grandes formas de lazer sustentadas por tecnologia.  Um dos gigantes na área foi (e ainda é) a 20th Century Fox.


A história da Fox   começou em 1904 em  Nova Iorque,  quando o emigrante húngaro comprou um pequeno cinema – essas salas   cobravam cinco centavos como ingresso, e por essa razão ficaram conhecidas como “nickelodeons”  (em inglês, a moeda de cinco centavos é chamada “nickel”). A partir de 1912,   Fox iniciou a produção de filmes e três anos mais tarde fundou a Fox Film Corporation.

O advento do som no cinema, em 1927, revolucionou a indústria do entretenimento. Quando a Warner Bros. iniciou a era sonora com a introdução do sistema Vitaphone, a Fox, que era uma empresa de sucesso,  lançou o sistema Movietone, desenvolvido em conjunto com a General Electric. Este sistema, que integrava a trilha sonora na própria película, tornou-se bastante popular, e é, basicamente, o utilizado até os dias de hoje.  


A crise da Bolsa de Valores de Nova Iorque em 1929 trouxe grandes problemas à Fox, que apenas conseguiu salvar-se da falência graças aos lucros dos filmes de Sherley Temple, a primeira grande estrela do estúdio; Fox, porém, acabou sendo afastado da empresa, que em   1935 fundiu-se com outra empresa,  a Twentieth Century Pictures, uma próspera produtora criada dois anos antes,   surgindo assim a The Twentieth Century-Fox Film Corporation. 


A nova companhia foi um sucesso, em parte graças ao trabalho  de Darryl F. Zanuck, seu vice-presidente, encarregado da produção. Zanuck, então com 31 anos de idade, recebia salários de US$ 250 mil por ano  – uma quantia exorbitante para a época, mas em  20 anos de trabalho  foi responsável por criar filmes  que renderam cerca de 150 estatuetas do Oscar ao estúdio; passaram pela Fox grandes diretores como Otto Preminger, Ernst Lubitsch, Elia Kazan e Joseph Mankiewica. Entre os artistas da época, destacaram-se    Shirley Temple, Tyrone Power, Don Ameche, Marilyn Monroe, Henry Fonda e Gregory Peck.


Na década de 1950, já presidente, Zanuck deixou a empresa para se tornar um produtor independente, causando um declínio nos estúdios. Após uma série de fracassos comerciais, incluindo o desastre do filme Cleópatra (que consumiu mais de quatro anos e até então inimagináveis US$ 40 milhões), Zanuck voltou à empresa e conseguiu recupera-la; ficou até 1971; nessa década, a empresa produziu muitos sucessos, destacando-se a série Guerra nas Estrelas.


Em 1984, Rupert Murdoch comprou a Fox, que acabou  tornando-se uma das bases do império de comunicação do milionário australiano; grandes sucesso continuaram a ser produzidos:  Independence Day,  Titanic (que em 1997 quebrou todos os recordes de bilheteria), as reedições da série A Guerra nas Estrelas,    Garfield, O Diabo  Veste Prada, O Quarteto Fantástico e Os Simpsons.

A empresa  já produziu mais de 1.500 filmes,  vistos em mais de 120 países ao redor do mundo. Além das bilheterias, o faturamento da empresa, vem de produtos licenciados; ela  é também responsável pela distribuição mundial de todos os filmes  dos estudos  MGM. O mais recente sucesso do estúdio, o filme Avatar, uma superprodução que custou aproximadamente US$ 500 milhões, foi lançado no final de 2009, e, em apenas seis semanas de exibição arrecadou, somente em bilheterias,  US$ 1.85 bilhões, se tornando o filme de maior arrecadação da história do cinema, superando o Titanic. Uma de suas marcas registradas é a fanfarra de abertura de seus filmes, que pode ser ouvida aqui