Fast food recorre a robôs e inteligência artificial

Já há algum tempo ouve-se falar em robôs sendo testados como barmen e pizzaioli, mas ao que parece, não há casos de uso intensivo dessas máquinas na execução desses trabalhos.

Talvez agora isso se torne realidade: a Chipotle, uma cadeia que vende comida mexicana em mais de dois mil locais dos Estados Unidos e Europa, anuncia que vai testar um robô em um de seus restaurantes de Fountain Valley, na Califórnia, onde a máquina preparará tortillas.

O robô, chamado Chippy, é fabricado pela Miso Robotics e o feedback de clientes e funcionários ajudará a empresa a decidir sobre sua utilização em outros restaurantes da rede.

Mais tecnologia poderá ser aplicada em outras áreas dos restaurantes Chipotle: está sendo testado um sistema de cozimento baseado em demanda, que usa inteligência artificial para dizer aos funcionários o que e quando cozinhar, com base nas previsões do que será consumido, de forma a garantir que comida recém preparada esteja disponível para atender os clientes rapidamente. Trata-se de um projeto piloto em andamento em oito restaurantes do condado de Orange, Califórnia.

Há também novidades para uso direto pelos clientes: o   Chipotle App avisa-os quando seus pedidos estiverem prontos, lembra-os de escanearem seus códigos de cashback e alerta-os caso tenham se dirigido a um local de retirada errado. Essas novidades estão sendo testadas em 73 restaurantes de Cleveland, Ohio.

Esses projetos são oportunos, pois podem vir a acelerar o atendimento, usualmente algo importante para os clientes de fast food. Apesar de poderem vir a diminuir o número de empregados nos restaurantes, elas chegam em um momento em que   o varejo americano continua lutando com a escassez de funcionários.  

Exame da retina pode detectar risco de problemas cardíacos

Uma ferramenta de inteligência artificial chamada Quartz, que escaneia os olhos de uma pessoa, pode prever com precisão riscos de problemas cardíacos dessa pessoa em menos de um minuto, conforme matéria publicada pelo British Journal of Ophthalmology.

A ferramenta foi desenvolvida por uma equipe de pesquisadores liderada pela professora Alicja Rudnicka, da University of London, que concluíram que a análise das imagens das veias e artérias da retina, pode indicar riscos de doenças cardíacas e Acidentes Vasculares Cerebrais. A Quartz leva em conta o histórico do paciente, como tabagismo, pressão alta e ataques cardíacos anteriores.

Doenças desse tipo são as principais causas de problemas de saúde e morte em todo o mundo.

O avanço pode permitir que oftalmologistas e outros profissionais de saúde realizem exames usando uma câmera que registra imagens que serão a seguir analisadas pela inteligência artificial, deixando de serem necessários exames de sangue ou verificações de pressão arterial.

Esses exames, realizados em cerca de um minuto, são baratos, eficazes, não invasivos e em breve estarão disponíveis para o uso da população, podendo ser realizados em consultórios e inclusive sinalizando a necessidade de atendimento urgente do paciente.

Outros professores, como Ify Mordi e Emanuele Trucco, da University of Dundee, que não estavam envolvidos no estudo, disseram que a ideia de exames como estes é atraente, e que os resultados fortalecem as evidências geradas por outros estudos no sentido de que a retina pode ser uma fonte de informações útil e disruptiva na área médica.