quinta-feira, 23 de junho de 2016

O USO DE ROBÔS SEGUE CRESCENDO: O ROBÔ-GIRAFA

A Boston Dynamics, uma das subsidiárias da Alphabet, empresa que controla o Google, mostrou neste 23 de junho sua nova criação, um robô-girafa.
A máquina  é, na verdade, uma versão reduzida de outro robô, o Spot. Menor, o SpotMini pesa 55 quilos (o original pesa 72 quilos). Elétrico e sem componentes hidráulicos, o robô funciona por até 90 minutos sem precisar ter sua bateria recarregada
O que faz  ele  parecer uma girafa é um braço robótico  eletrônico posicionado em seu dorso e que parece um longo pescoço. Na prática, o braço robótico é capaz de pegar, segurar, puxar ou manipular objetos.  
Outra novidade em relação ao Spot são os várias sensores espalhados pelo corpo do SpotMini para melhorar a navegação e a manipulação de objetos. São câmeras de profundidade para dar noção de espaço ao robô e um giroscópio para que o braço eletrônico permaneça imóvel mesmo que o robô se movimente.
Para mostrar como funciona essa segunda característica, a Boston Dynamics fez o robô executar uma espécie de dança no vídeo de apresentação. Além disso, o SpotMini também é capaz de se abaixar enquanto anda.
Criada em 1992 nos laboratórios do Instituto de Tecnologia Massachusetts (MIT, na sigla em inglês), a Boston Dynamics é fornecedora da Agência de Projetos de Pesquisas Avançadas para Defesa, braço do Exército dos EUA focado em criar novas tecnologias militares, área em que essas máquinas devem ser cada vez mais utilizadas, antes de chegar à nossa vida diária.

terça-feira, 14 de junho de 2016

FAZENDAS FLUTUANTES


A primeira fazenda flutuante está sendo construída em  Roterdã, na Holanda - o mais importante porto da Europa - e deve ser inaugurada em janeiro de 2017.
A iniciativa é da Universidade de Wageningen, junto com empresas como Philips e Beladon - construtora especializada em estruturas flutuantes que pretende, no futuro, erguer cidades inteiras sobre a água. 
A principal motivação para o projeto é dada pelo crescimento da população mundial, que não só gera necessidade de mais alimentos como também reduz a disponibilidade de terra para a produção dos mesmos. Além disso, a crescente urbanização desloca as áreas produtivas para cada vez mais longe dos grandes centros urbanos, tornando os alimentos mais caros, aumentando a poluição gerada pelos meios para o seu transporte, congestionando ruas e estradas etc.
O projeto de Roterdã visa permitir a criação de vacas leiteiras; serão sessenta animais inicialmente. A produção procura ser sustentável: parte da energia utilizada pela fazenda será gerada pela queima do estrume, que poderá ser usado também como adubo. A urina dos animais será tratada para evitar que as águas sejam poluídas
Cada animal disporá de  15 m² para pastar, um espaço muito maior do que os cubículos em que os criadores intensivos alojam seus animais.
A ideia de construir uma fazenda sustentável - e que fosse próxima da cidade - surgiu quando furacão Sandy bloqueou as estradas que ligam as fazendas produtoras a Nova York, em 2012.
Os estoques só duraram três dias antes de começar a faltar comida. Com a construção da primeira Fazenda Flutuante, o objetivo é que a cultura de não saber de onde a comida vem fique cada vez mais obsoleta - e que os habitantes das grandes cidades entendam o impacto que o plantio, a criação de animais e o transporte de alimentos têm no meio ambiente, aumentando as preocupações das pessoas com a sustentabilidade de forma ampla.

terça-feira, 7 de junho de 2016

VIAGENS DE AVIÃO ERAM REALMENTE ALGO MUITO ESPECIAL!

Atualmente, as viagens de avião, exceto para aqueles que podem adquirir as caríssimas passagens de primeira classe são um tormento: assentos pouco confortáveis, pouco espaço, comida horrível, tudo isso torna uma tortura algo que foi muito bom no passado. Isso sem contar os problemas com check-in, alfândega, imigração etc. 


Em 1950, a Pan American lançava o serviço Presidente, para a rota São Paulo-New York: luxo quase impensável para os dias de hoje; é verdade que a viagem demorava 18 horas, contra as 9 de hoje, mas valia a pena, conforme pode-se verificar no quadro ao lado, que fazia parte de um anúncio da empresa publicado quando do lançamento do voo.

A linha partia de Buenos Aires, com escalas no Rio de Janeiro e Port of Spain (Trinidad); mais tarde foi adicionada uma escala em Montevidéu.

As aeronaves também eram muito diferentes: a PanAm usava o Boeing 377 Stratocruiser (especificações abaixo) para o serviço Presidente; sua envergadura era de 43 metros, contra os 80 do Airbus A380, o maior avião de passageiros em uso na atualidade. Já em termos de comprimento, 35 metros para o Boeing contra os 73 do Airbus. Em termos de número de passageiros, 75 para o Boeing e 853 como capacidade máxima para o Airbus, o que explica as considerações sobre conforto que fizemos acima.



Em 1952, um desses voos terminou de forma trágica: o avião caiu no Maranhão, matando todos os seus 50 ocupantes. Alguns meses mais tarde, outro acidente: a aeronave sobrevoava o Rio de Janeiro quando sua porta se abriu e uma passageira foi sugada para fora da aeronave, desaparecendo nas águas da Baía de Guanabara. Esse acidente forçou a PanAm a substituir, nessa rota, os Stratocruisers (transferidos para rotas no hemisfério norte) pelos novos Douglas DC-6 e DC-7.

A PanAm iniciou a operação dos Stratocruisers em 1949, tendo adquirido 28 dessas aeronaves, das quais sete foram perdidas em acidentes - as 21 aeronaves remanescentes foram retiradas de serviço em 1961.

Para concluir, um cartão postal em que a Boeing mostrava uma concepção artística de seu avião: