terça-feira, 29 de janeiro de 2019

CHINA: PIONEIRA NO COMPARTILHAMENTO DE BIKES ESTÁ EM CRISE

Dai Wei  fundou a Ofo em 2014, quando estudava na Universidade de Pequim. Cidades como Nova York, Londres e Paris já tinham programas de aluguel de bicicletas por períodos curtos, mas os usuários desses programas tinham de devolver as bikes às plataformas fixas. A Ofo acreditou que, se equipasse bicicletas com GPS e cadeado digital, os usuários poderiam usar celulares para alugá-las e deixá-las em qualquer ponto da cidade, sem precisar dirigir-se a plataformas fixas, aumentando assim a comodidade e consequentemente, o número de clientes. 

A empresa cresceu de forma espetacular; choveram investimentos na Ofo. Gigantes, como Alibaba e Didi Chixing, investiram - a startup chegou a levantar US$ 2,2 bilhões, segundo o banco de dados Crunchbase mas dezenas de imitadores surgiram, cobrando preços menores.   Só que a pressão financeira também chegou: seu modelo de negócio, o mesmo adotado por muitas empresas de tecnologia chinesas – gastar furiosamente para conquistar clientes e só depois preocupar-se com o lucro –, começa a mostrar seus limites. 

Já há uma fila de 12 milhões de clientes usando o aplicativo da empresa para conseguir de volta os depósitos que fizeram para poderem usar as bikes;  são valores que geralmente oscilam entre US$ 15 e 30.   A empresa postou uma mensagem em rede social, dizendo “Tenham um pouco de paciência. Prometemos que os depósitos serão devolvidos segundo procedimentos apropriados. Pedimos a todos que não se preocupem” - a declaração parece que só fez aumentar as preocupações.

Dai Wei, admitiu que a empresa está em dificuldades financeiras. “Pensei inúmeras vezes em cortar investimentos para pagar dívidas com fornecedores e parte dos depósitos, e até em  pedir falência”, escreveu Dai em mensagem aos clientes;essa possibilidade ´parece cada vez mais real, pois a empresa está proibida de levantar empréstimos. 

O caso da Ofo leva-nos a perguntar se seu produto seria uma solução não poluente e brilhantemente simples para o problema do congestionamento urbano ou mais uma arrogante loucura tecnológica bancada por capitais de risco? A foto ao lado, mostrando milhares de bikes da Ofo abandonadas em um terreno baldio na província de Henan leva-nos a acreditar que a segunda hipótese é verdadeira...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

XIAOMI REVELA PROTÓTIPO DE CELULAR DOBRÁVEL

A fabricante chinesa Xiaomi acaba de mostrar seu novo protótipo de smartphone dobrável. Em um vídeo, o presidente da empresa Lin Bin mostra como transformar o celular do tamanho de um tablet em um aparelho compacto.
Nas imagens fica visível que o smartphone chinês é dobrável para trás em ambos os lados. A Xiaomi não forneceu muitos detalhes sobre o telefone, mas Bin disse que a companhia superou uma série de desafios técnicos para chegar ao protótipo.
O telefone dobrável será concorrente do modelo da Samsung, ainda não lançado, e da startup chinesa Royole. A expectativa é que fabricantes como a Huawei e a Lenovo também estejam desenvolvendo seus modelos flexíveis.

OS GIGANTES DA INTERNET: EVOLUÇÃO NOS ÚLTIMOS 20 ANOS


O quadro acima mostra os gigantes da internet desde 1998 até 2018.

Fica claro que essa área é extremamente volátil, com inúmeras empresas desaparecendo, outras surgindo e rapidamente ocupando posições de destaque, enquanto algumas, como a Disney por exemplo, que operavam em outras áreas tornaram-se grandes também na internet. 

Essa volatilidade deve ser levada em conta por todos: profissionais da área, investidores etc.   

domingo, 20 de janeiro de 2019

BeiDou, um rival do GPS


O Sistema de Navegação por Satélite BeiDou (BDS), da China, rival do amplamente usado GPS americano, começou operar em escala global, não mais apenas regional como vinha acontecendo até agora. A ilustração ao lado mostra as constelações de satélites do GPS e do BeiDou.


A precisão de posicionamento do sistema atingiu 10 metros em escala global e 5 metros na região Ásia-Pacífico. O BeiDou começou a servir a China em 2000 e a região Ásia-Pacífico em 2012; será o quarto sistema global de navegação por satélite, seguindo o GPS americano, o GLONASS da Rússia e o Galileo da União Europeia; a Índia também está construindo seu sistema de navegação, o NAVIC.

A ilustração ao lado mostra como o sistema vem evoluindo e os planos dos chineses até o final de 2020, especialmente em quantidade de satélites - quanto mais satélites, mais preciso e rápido se torna o sistema. 

Na China, cerca de 6,17 milhões de veículos de passageiros e cargas, dos quais 80 mil ônibus e quase 7 mil embarcações utilizam o BeiDou.