sábado, 21 de maio de 2016

GOOGLE PRETENDE LANÇAR SMARTPHONE MODULAR

O Google planeja lançar em 2017 um smartphone "modular", que vem sendo chamado pela empresa "Ara", e  que havia anunciado no início de 2015 durante o Mobile World Congress, realizado em Barcelona no início de 2015.  A imagem ao lado ilustra uma visão de 2015, quando se previa que o Ara custaria a partir de US$ 50.

Na data de ontem (20 de maio), o Google informou que o  Ara  estará disponível para os consumidores em 2017 - o anúncio foi feito no último dia do Google I/O, seu evento anual voltado a desenvolvedores, que terão, a partir de setembro, acesso a uma versão  do Ara que lhes permitirá construir aplicativos.

O Ara tem uma estrutura básica, um "esqueleto", sobre a qual o usuário pode acrescentar blocos com diferentes funções, como câmera, sensores, alto-falantes, dependendo de seus interesses.

Quando foi apresentado o protótipo, no evento de Barcelona em 2015, o Google disse esperar criar um verdadeiro ecossistema em torno deste novo modelo, que oferecerá um acesso mais fácil à Internet aos habitantes dos países emergentes.

O site do Ara permite a desenvolvedores juntarem-se à comunidade que vem trabalhando na criação de aplicativos para a nova máquina, que estará disponível em três tamanhos.

sexta-feira, 20 de maio de 2016

DIMINUINDO OS RISCOS DOS ATROPELAMENTOS


O Google vem desenvolvendo pesquisas objetivando lançar um veículo sem motorista (self-driving car).

Numa linha paralela de pesquisa, obteve nos Estados Unidos uma patente para uma substância adesiva que pretende aplicar sobre a carroceria dos seus veículos autônomos para que, em caso de atropelamento, o pedestre fique grudado no carro, a fim de evitar lesões.

O documento especifica que se trata de uma cobertura especial para o capô e o para-choque da frente do veículo - num caso de atropelamento, a cobertura seria rompida, revelando uma camada adesiva com efeito similar ao do papel "pega mosca", porém adaptada para colar um corpo humano.

"O adesivo adere o pedestre ao veículo, de modo que o pedestre permaneça sobre o veículo até que este pare, em vez de ser lançado para fora do carro, prevenindo um segundo impacto com a via ou outro objeto", diz a patente.

Na solicitação, o Google argumenta que em geral este segundo impacto é o que agrava as lesões do pedestre atropelado - a ilustração abaixo faz parte do pedido de patente:

 

terça-feira, 17 de maio de 2016

O MAIOR AVIÃO DO MUNDO

O Antonov An-225  é o maior avião do mundo: tem 84 metros de comprimento, 88 metros de envergadura (distância entre as pontas das asas) e pesa 175 toneladas sem carga e combustível. Há um único exemplar em atividade.
Não se trata, do ponto de vista de tecnologia, de algo ligado à vida diária, mas é tão espetacular que julgamos valer a pena falar um pouco sobre ele. 
Transportando o Buran
O Antonov foi originalmente construído para transportar o Buran, o malfadado ônibus espacial soviético que fez apenas um voo (não-tripulado), em 1988. O que ajuda a explicar também as proporções de seu compartimento de carga: 43 metros de comprimento, 6,4 metros de largura e 4,4 metros de altura - tem capacidade para 50 automóveis.
O An-225 e seus "concorrentes"
Com seis turbinas, o An-225 pode carregar até 250 toneladas, uma capacidade de carga muito maior que a de concorrentes como o Boeing 747-800 (140 toneladas) e o Airbus 320 (65).
O avião  fez seu primeiro voo em 1988 e começou a operar no ano seguinte. Os planos de construir mais unidades foram cancelados pelo fim da União Soviética e pelo colapso do programa Buran.
A aeronave foi aposentada em 1994, mas voltou a ser usada sete anos mais tarde, especialmente para transportar equipamentos de muito grande porte e peso. Não tem sido usada apenas para fins comerciais e já serviu em operações humanitárias auxiliando as vítimas do terremoto no Haiti em 2010 e do tsunami de 2011 em Fukuoka.
Mas em uma era marcada pelo aumento na capacidade de navios de carga, não seria mais simples enviar cargas de muito grande porte pelo mar? Os problemas são a relativamente baixa velocidade dos navios e as intervenções necessárias no trajeto entre o porto e o destino da carga, tais como remoção de rede elétrica, passagem sob e sobre pontes e viadutos etc; os custos poderiam ser muito maiores e as operações poderiam demorar muito.    
Quase 100%   dos tipos de carga aérea pode ser transportada por aviões como os Boeings 747, mas sempre existirão problemas que só o Antonov poderá resolver.
Como curiosidade, o  An-225 é chamado Mriya (Мрiя), que significa "sonho" (inspiração) em ucraniano - a fábrica da Antonov que o construiu fica nesse país. 
Ele perde em envergadura para o "Spruce Goose", o hidroavião desenhado pelo milionário americano Howard Hughes e que fez um único voo de teste, em 1947 - tinha quase 98 metros de envergadura. 

Formalmente chamado Hughes H4 Hercules, o Spruce Goose ainda pode ser visitado no museu de Aviação Evergreen, em McMinnville, Oregon, nos Estados Unidos. 

Encerrando, um gráfico comparando algumas dessa aeronaves de muito grande porte: 




segunda-feira, 9 de maio de 2016

PEQUIM TENTA MELHORAR SEU TRÂNSITO COM ESTACIONAMENTOS AUTOMATIZADOS

O trânsito em Pequim é simplesmente horrível: a cidade é imensa, as ruas não dão vazão ao enorme volume de veículos (inclusive motos e bicicletas), a sinalização é deficiente, a poluição muito forte e, principalmente, os motoristas simplesmente ignoram todas as regras.
Começam a proliferar por lá os estacionamentos robotizados, que podem contribuir para melhorar um pouco a situação. O motorista entra em um desses locais e deixa seu carro sobre uma plataforma, que levará o veículo até um local livre.
Mas não é um estacionamento convencional; trata-se de uma estrutura metálica, sem piso ou paredes, com aspecto de um andaime. Levados por plataformas de deslocamento vertical e horizontal, os veículos viajam pelo interior da estrutura até um lugar vago.
Essas estruturas, são fabricadas pela   Yeefung, que já produziu  estacionamentos automatizados suficientes para alojar 220 mil veículos em toda a China e está vendendo a tecnologia (originalmente italiana, mas que a empresa conseguiu baratear) a países como Irã, Rússia, Turquia, Índia e Tailândia, entre outros.
Em Pequim os estacionamentos estão sendo construídos próximos às estações do metrô, que é bastante razoável, com o objetivo de tirar automóveis da cidade.  
O tempo e a simplicidade para estacionar são dois dos atrativos desta nova infraestrutura - nova para a China, embora no Japão este tipo de estacionamento já seja popular -, mas para os motoristas chineses outra vantagem é o preço, pois com  dois iuanes (cerca de R$1,00) é possível estacionar em um deles o dia inteiro, enquanto no centro da cidade são cobrados cerca de 20 iuanes (R$ 20,00).  
Oferecer estacionamentos confortáveis, baratos e de uso rápido pode ser de grande ajuda para resolver os graves engarrafamentos de cidades chinesas como Pequim, que segundo análise feita periodicamente pela empresa holandesa de sistemas GPS TomTom é a 14ª cidade do mundo onde se perde mais tempo dirigindo.
Segundo a lista da empresa, andar de carro em Pequim consome 38% mais tempo do que deveria, uma porcentagem que pode subir para 60% ou 70% nos horários de pico.

Como curiosidade, pode-se afirmar que a situação, apesar de ruim, ainda está longe da Cidade do México, a pior cidade no ranking ode o desperdício de tempo está na casa dos 59%. 

terça-feira, 3 de maio de 2016

COMPUTADORES E CELULARES: PRESERVAR INVESTIMENTOS É A TENDÊNCIA

O New York Times publicou recentemente artigo afirmando que é importante prolongarmos a vida útil de equipamentos de TI e celulares através de manutenção adequada e upgrades, ao invés de pura e simplesmente trocarmos os equipamentos que ficam obsoletos ou apresentam problemas.

É um comportamento baseado na filosofia de anticonsumismo, que parece estar se espalhando: dados da indústria sugerem que os consumidores estão esperando mais para adquirir  novos celulares do que faziam no passado.

Quando os smartphones e os tablets eram muito lentos e limitados em comparação com os computadores, era válido investir em equipamentos novos com frequência.

Atualmente,  os aparelhos móveis se tornaram tão rápidos e potentes que é possível mantê-los por muito mais tempo – exemplo são os computadores, que quase sempre chegando aos  cinco anos ainda funcionam muito bem hoje; estamos agora começando a chegar a esse patamar com os celulares.

A atualização de smartphones e tablets é fácil. Há  dois aspectos importantes que precisam de atenção: armazenamento de dados e capacidade da bateria. Se um dispositivo está quase sem espaço de armazenamento, o sistema operacional fica lento. E se a bateria está quase no fim de seu ciclo de vida, o equipamento vai “morrer” mais rapidamente do que antes.

Como liberar espaço? Para celulares e tablets Android, recomenda-se guardar arquivos pessoais em um cartão de memória removível – isso é especialmente importante no caso de fotos. Isso vai abrir espaço para armazenamento no dispositivo, permitindo que o sistema Android seja executado mais rapidamente. Em iPhones e iPads, a que não se pode conectar cartões de memória, lidar com a gestão do armazenamento é mais complicado.

Outra opção é apagar aplicativos pouco usados ou fazer   backup dos arquivos pessoais, reinstalar o sistema operacional e instalar a menor quantidade de aplicativos possível.

Há a questão da bateria. Toda bateria tem um número de ciclos, ou de vezes que ela pode ser esgotada e recarregada. Em um iPhone ou iPad, é possível checar o número de ciclos usados ligando o equipamento em um Mac e executando o aplicativo gratuito coconutBattery, que mostra as estatísticas das baterias. O site da Apple diz que as baterias perdem cerca de 20% de sua capacidade original depois de 500 ciclos. Para equipamentos com sistema Android, o aplicativo gratuito Battery, da MacroPinch, pode revelar a saúde geral da bateria.

Segundo o NYT, a regra de ouro é trocar a bateria do celular a cada dois anos e a do tablet a cada quatro ou cinco anos. Uma bateria nova custa de US$ 20 a US$ 40, dependendo do aparelho. As baterias dos smartphones Android normalmente podem ser trocadas removendo a tampa traseira; os passos para trocar baterias de iPhone podem ser encontrados em sites como o iFixit.

Infelizmente, no Brasil isso não é tão fácil de fazer, face às características de nosso mercado.

Quanto aos computadores, seu upgrade e manutenção são mais fáceis. As sugestões são trocar os discos rígidos por dispositivos do tipo SSD (Solid State Device), que apesar de terem capacidade de armazenamento menor, carregam os aplicativos mais rapidamente e tendem a apresentar menos problemas mecânicos, por não terem partes móveis.

Também é importante, simples e relativamente barato, instalar a maior quantidade possível de memória, o que tende a deixar a máquina mais rápida.

Outro problema a ser atacado é o da poeira, que pode infiltrar-se no gabinete, afetando partes móveis  e gerando mais calor. A sugestão é tirar a poeira das saídas de ar e ventiladores a cada dois ou três meses.

Em tempos de crise, dólar, e preços altos, vale a pena preservar nossos investimentos. 

segunda-feira, 2 de maio de 2016

GOOGLE: ENTREGAS VIA DRONES

Uma patente recentemente concedida ao Google sugere como a empresa pode vir a fazer entregas de produtos em domicílio usando drones.
Segundo informações do portal Quartz, o método patenteado prevê que o drone terá um cabo acoplado, que baixará o pacote até o solo -  sensores permitirão ao drone identificar quando o pacote tocou o solo e a entrega foi finalizada.
O que  chama atenção é a forma de interação entre o drone e as pessoas. Segundo a patente, os drones devem emitir mensagens sonoras de alerta, como “Cuidado, afaste-se”, para que pedestres que circulam pela área não toque no cabo. Depois de fazer a entrega, o drone também deve anunciar “Entrega completa”.
Não há certeza  de que o Google irá desenvolver esse tipo de tecnologia nos formatos previstos pela patente. Falando ao portal Quartz, um porta-voz da empresa se limitou a dizer que o Google detém muitas patentes, com os mais diversos tipos de ideias, mas que nem todas elas amadurecem e se convertem em produtos ou serviços.
Como se sabe, o Google tem trabalhado no desenvolvimento de drones há anos, inclusive tendo executivos da organização afirmado que a empresa pode ter um programa de entregas em domicílio por drones em funcionamento até 2017.
O prazo mencionado depende, porém, de que as entidades que supervisionam e disciplinam a prestação de serviços por robôs nos Estados Unidos, consolidem a regulamentação que dispõe sobre as entregas por meio de drones.