sexta-feira, 29 de maio de 2015

TECNOLOGIA CRIANDO RECEITAS

O sistema IBM Watson tem como objetivo potencializar o uso do conhecimento humano, armazenando-o em computadores e, usando técnicas de inteligência artificial, fornecendo respostas a questões objetivas, propondo linhas de ação para a solução de problemas, etc. São exemplos clássicos de sua possível utilização o auxílio a médicos no processo de diagnóstico e a avaliação de riscos em processos de contratação de seguros.
A IBM tem procurado incentivar pesquisas para incentivar seu uso em inúmeros campos, bem como estimulado a comunidade acadêmica a explora-lo – a Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie está trabalhando nesse sentido.
Para darmos uma ideia das inúmeras possibilidades de uso dessa tecnologia, basta lembrar artigo recentemente publicado pelo Estadão, tratando de seu uso na culinária: foi lançado o livro “Cognitive Cooking with Chef Watson”, um livro com receitas criadas pelo Watson e vendido pela Amazon por US$ 20.25. Como ainda estamos em fase inicial do uso do sistema, as receitas geradas foram testadas pelo Institute of Culinary Education (NY). Algumas combinações são estranhas, como o burrito austríaco de carne e chocolate. E isso se explica pelas habilidades do chef Watson: ele tem enorme capacidade de compreender e relacionar informações. E geralmente surpreende.
O pessoal da IBM o alimentou com mais de 30 mil receitas, além de tabelas com a composição molecular dos ingredientes. Isso permite que ele consiga calcular o resultado da combinação de sabores. É a similaridade de compostos de sabor que determina a combinação dos ingredientes - quanto mais compostos de sabor em comum, melhor funcionam em receitas – por exemplo, morango e abacaxi têm compostos em comum e o abacaxi também divide um composto com os cogumelos. Assim o chef Watson vai montando suas receitas.
Além do livro, as receitas podem ser geradas por meio de um aplicativo gratuito. O funcionamento é semelhante, mas neste caso, o banco de dados básico é menor – são 10 mil receitas da revista americana “Bon Appétit”. O usuário digita o nome dos ingredientes que quer usar (e os que não quer). Escolhe também tipo de prato e a origem do mesmo – Itália, por exemplo. Um ícone indica o quanto os ingredientes possuem em comum. Além dos compostos de sabor, Watson leva em conta a frequência com que ingredientes aparecem juntos. Quanto mais incomum a combinação, maior será a “surpresa”. Um strudel pode levar cereja e nozes ou cranberry e gergelim, por exemplo.
Segundo a IBM, o Watson pode criar um quintilhão de receitas; um quintilhão é o número 1 seguido de 18 zeros – muito mais do que qualquer um de nós cozinhará na vida – poderíamos usar o aplicativo todos os dias sem nunca encontrar uma receita idêntica.
Mas as receitas criadas pelo chef Watson podem não dar certo. O próprio aplicativo adverte: “Lembre-se de que Chef Watson come informação, não comida de verdade”. Humanos podem se beneficiar de suas instruções para descobrir novas maneiras de usar ingredientes. Mas o veredito depende de nossas papilas gustativas.
O Chef Watson pode ser acessado através de conta do Facebook ou da IBM – a partir dai, basta seguir as instruções; por enquanto, o Watson não fala português.

É divertido usa-lo, mas há uma sugestão: salve as receitas geradas, pois em uma próxima rodada, a receita gerada poderá ser diferente, a menos que entremos com as informações exatamente da mesma maneira – por enquanto, Watson é apenas um sistema de computador...

quarta-feira, 27 de maio de 2015

PILÚLA ROBÓTICA – UMA NOVA ESPERANÇA?

Indústrias farmacêuticas estão apostando em tecnologias inteligentes, trabalhando em conjunto com a startup norte-americana Rani Therapeutics em uma "pílula robótica", pretendendo substituir a administração de drogas através de injeções.

A Rani está fazendo estudos de viabilidade para verificar se medicamentos  podem ser transferidos para a corrente sanguínea usando a nova tecnologia.
A cápsula da Rani, que é engolida como uma pílula normal, contém agulhas minúsculas feitas de açúcar que são empurradas contra a parede do intestino para liberar a droga.
A Rani, cujos apoiadores incluem a unidade de capital de risco do Google, acredita que sua tecnologia pode ser usada para a aplicação de insulina e outros medicamentos injetáveis, incluindo tratamentos para artrite reumatoide, psoríase e esclerose múltipla.
É uma esperança na busca de tratamentos mais eficazes e também para aqueles que têm medo de agulhas...


segunda-feira, 25 de maio de 2015

NOTAS E MOEDAS DEIXARÃO DE EXISTIR?

As primeiras moedas foram cunhadas na Ásia, há 2,6 mil anos, dando início a uma revolução no comércio em escala mundial – antes delas, havia a simples troca de mercadorias, o que tornava muito difícil fazer negócios, o que era um entrave ao progresso.
Hoje, com o avanço da tecnologia, especialmente as ligadas à telefonia celular e aos cartões, podemos perguntar: ainda faz sentido manter o dinheiro físico em circulação?
Aos poucos, esse questionamento leva a ações concretas; recentemente o governo da Dinamarca anunciou que pretende dar fim ao uso de moedas e cédulas de dinheiro em lojas, postos de gasolina e restaurantes até 2016.   Seu objetivo no longo prazo é tornar-se o primeiro país do mundo a eliminar a circulação de dinheiro físico. Vale lembrar que no início deste século, Cingapura já pretendia fazer isso até 2008, o que acabou não acontecendo.
A medida foi apresentada como parte de um pacote de propostas para fomentar a produtividade dos negócios, ao  cortar os consideráveis custos administrativos e financeiros envolvidos no uso de dinheiro físico.
Mas aqueles, que como nós, estão envolvidos com o tema, têm dúvidas: isso é possível? O governo dinamarquês acredita que sim, e parece estar em sintonia com os hábitos da população. Todos os adultos do país têm cartão de crédito e os pagamentos com dinheiro físico sofreram uma redução de 90% desde 1990; na atualidade,   apenas um quarto deles é feito desta forma.
Além disso, ali praticamente todos os pequenos negócios aceitam pagamentos com cartões; e os incentivos são cada vez maiores para que eles e os celulares sejam cada vez mais utilizados para pagamentos.
Mais perto do Brasil, temos o exemplo do  Equador, onde o governo  colocou em prática, em dezembro de 2014, um sistema de dinheiro eletrônico, que permite algumas transações básicas, como transferir dinheiro e pagar contas - a figura ao lado esquematiza o funcionamento do sistema. Um dos principais objetivos é lidar com a exclusão financeira da maior parte de sua população – custa caro manter contas em bancos e sua falta é um obstáculo sério aos negócios. Ali, cerca de 40% da população economicamente ativa não tem acesso a uma conta bancária, mas praticamente  100% dos domicílios tem um celular.
O sistema é administrado pelo Banco Central do Equador e permite realizar transferências entre usuários, compras e pagar passagens no transporte público. Em breve, também será possível pagar taxas públicas. Seu funcionamento é simples. Uma conta é aberta com o celular, sem uso da internet, teclando-se *153#. Ela pode ser recarregada em lojas, e as transações são feitas por meio de mensagens SMS – sistemas como esse já existem em países da África há alguns anos – há tecnologias mais avançadas para esse tipo de operações, mas muitas delas não estão disponíveis nos celulares mais simples.
O governo equatoriano acredita no sucesso da iniciativa, mas está ciente da existência de problemas: especialmente nas áreas pobres do país, há o problema de educação financeira que o governo pretende combater com um processo de formação, para que os cidadãos aprendam a usar o sistema e não sejam vítimas de golpes.
Mas além de remover obstáculos aos negócios, há outras vantagens trazidas pelo dinheiro eletrônico: moedas e cédulas têm custos elevados de produção, armazenamento, transporte, segurança etc., bancados por empresas, pessoas e governos.  
Mais vantagens:  um estudo da Universidade de Tufts, nos Estados Unidos, concluiu que cada americano passa 28 minutos por mês sacando dinheiro de caixas eletrônicos e que os mexicanos, em conjunto,   gastam 48 milhões de horas por ano desta forma – sua eliminação aumentaria a produtividade destas pessoas.
O dinheiro físico facilita também as operações ilícitas (negócios com armas e drogas por exemplo) e a  evasão fiscal: o governo americano perde US$ 100 milhões por ano com recebimentos em dinheiro não declarados.
Para encerrar:  o dinheiro físico é pouco higiênico. Em 2011, pesquisadores britânicos do Instituto BioCote chegaram à conclusão que tirar dinheiro em um caixa eletrônico deixa uma pessoa tão exposta a bactérias quanto usar  banheiros públicos muito sujos. 
Mais informações sobre o assunto, inclusive ligadas a privacidade e segurança, podem ser encontrados na tese que apresentamos à Universidade de São Paulo em 2009, “Contribuições ao processo de construção de estratégias para a bancarização da população de baixa renda com o uso de dispositivos móveis” , disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-06022010-221703/pt-br.php

quarta-feira, 20 de maio de 2015

YOUTUBE COMPLETA 10 ANOS


O YouTube está completando dez anos.  Trata-se de um dos cases de maior sucesso na história da Internet.

Com mais de 1 bilhão de usuários, é o 3º site mais visitado da internet, com versões para mais de 60 idiomas. Na atualidade, cerca de metade dos acessos ao site é feita via   dispositivos móveis; a   cada minuto  300 horas de vídeos são enviadas ao site, 75% das quais postadas fora dos Estados Unidos.  

No Brasil, é o 4º site mais visitado, atrás da versão brasileira do Google, do Facebook e da versão internacional do Google, que desde 2006 é proprietário do YouTube.

O Portal EXAME, traz a lista dos dez vídeos mais vistos da história do YouTube no Brasil; alguns ficaram célebres, como o Gangnan Style, do cantor coreano Psy e o Ai Se Eu Te Pego, do brasileiro Michel Teló - mas o mais popular mesmo foi o Pintinho Amarelinho, do DVD Galinha Pintadinha, com 219 milhões de visualizações. 

O YouTube busca evitar a divulgação de material pornográfico, que viole a legislação, os direitos autorais, incite ao ódio, critique governos e religiões etc.   Apesar dessas restrições, o  YouTube pode ser uma ferramenta muito importante em áreas como educação e jornalismo, podendo gerar fortes impactos na opinião pública, a ponto de frequentemente ocorrerem  episódios de censura, especialmente em países como China e Irã; mesmo no Brasil, ocorreram tentativas nesse sentido, felizmente sem maior sucesso. 

terça-feira, 19 de maio de 2015

AMBEV E WHIRLPOOL INICIAM VENDA DE MÁQUINA DE BEBIDAS EM CÁPSULAS


A fabricante de eletrodomésticos Whirlpool, que detém a marca Brastemp, e a de bebidas Ambev criaram uma joint venture para produção de uma máquina de bebidas por cápsulas, a B.blend Máquinas e Bebidas SA.

As empresas começam a vender a nova máquina, também chamada B.blend, inicialmente nas cidades de São Paulo e Campinas.  


O primeiro produto  a ser produzido em cápsulas será o Guaraná Antarctica, além de chá e café; outras bebidas podem passar a ser vendidas em cápsulas em breve, como outros refrigerantes, energéticos etc. A máquina funciona também como um purificador de água. 

As primeiras 500 máquinas serão vendidas a R$ 3.499, com os compradores tendo direito a um pacote que inclui cem cápsulas e participação em experiências de degustação de novos sabores. Os preços das cápsulas variam de R$ 1,49 a R$ 4,49.


A ideia é interessante – bastando ver o sucesso da Nespresso, da Nestlé. O preço, em nossa opinião deve assustar  os consumidores.

domingo, 10 de maio de 2015

MAIS TECNOLOGIA NA VIDA DIÁRIA: BAGAGEM INTELIGENTE

A Samsonite é uma das mais tradicionais fabricantes de malas e outros equipamentos de viagem. Fundada em 1910 nos Estados Unidos, seus produtos sempre foram famosos pela resistência – seu nome deriva do herói bíblico Sansão (Samson), famoso pela força. 
A Samsonite sempre manteve o foco no desenvolvimento de novas tecnologias e materiais para seus produtos: lançou a primeira mala fabricada em magnésio, a primeira mala com rodas etc.
Agora, trabalhando em conjunto com a Samsung, a empresa está criando uma geração de malas, a "smart luggage" (bagagem inteligente), que podem fornecer sua localização aos smartphones dos seus proprietários, e despacharem-se automaticamente nos aeroportos, segundo noticiou no início deste mês o jornal inglês Daily Mail.
Usando GPS, a mala poderá ir informando coisas como início do descarregamento do avião, chegada à esteira etc. Também poderão ser reportadas tentativas de abertura da mala.
Os viajantes não precisarão enfrentar filas para despachar a bagagem, como atualmente – bastará coloca-la em uma esteira, sendo as informações sobre peso e destino transmitidas diretamente à companhia aérea – companhias como Emirates e Lufthansa também estão envolvidas no projeto.
Ainda não há previsão de lançamento comercial do produto, que vem sendo desenvolvido em parceria com a Samsung.
A empresa vem também trabalhando em malas motorizadas, eliminando a necessidade de carregar ou puxar a bagagem, mas seu lançamento ainda está distante, face ao peso dos motores com capacidade para tracionar a mala. 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

CAEM AS VENDAS DO iPad

O iPad, um dos mais desejados gadgets dos últimos tempos, e que foi lançado pela Apple em 2010, deve ter suas vendas reduzidas em cerca 20% em 2015 (em relação a 2014), conforme prevê o portal Digitimes. 
Mesmo com a queda nas vendas, o iPad  segue líder no mercado de tablets, mas há uma dúvida:   por que as pessoas estão comprando menos o produto da Apple?
A primeira possível razão é que pelo fato de o iPad possuir  uma vida útil maior do que a dos smartphones, muitos dos usuários de máquinas mais antigas   não sentem a necessidade de trocá-lo, já que sua bateria e usabilidade continuam quase as mesmas.
O segundo ponto a ser considerado é o fato de que o iPad não é uma necessidade para todos: com o aumento do tamanho das telas dos smartphones   e a redução do peso e dimensão de  notebooks,  muitos usuários não sentem a necessidade de comprar tablets.
Tim Cook, o CEO da Apple, disse que a queda nas vendas não o preocupa. “Em algum momento isso (a diminuição das vendas) irá estabilizar. Eu não sei dizer quando, mas eu estou confiante que irá”, declarou Cook.
Apesar dessa aparente tranquilidade, parece que a companhia está  tomando providências a respeito. Em uma tentativa de aumentar o número de usuários do tablet, a Apple deve lançar  a campanha “Everything Changes With iPad” ou "Tudo Muda com o iPad" (em tradução livre) em seu site oficial. 
Vídeos da campanha apresentam aplicativos que auxiliam no cotidiano das pessoas. Dos cerca de 800 aplicativos que podem ser baixados para o iPad, o vídeo foca nos educacionais e nos de culinária, entretenimento e produtividade.
Além do marketing, existem rumores antigos de que a Apple está trabalhando em um novo modelo do iPad, visando aumentar as vendas; fala-se que   a empresa lançara um iPad Pro de 12,9 polegadas.
A esse iPad gigante poderia ser acoplado um teclado, como acontece com o Surface Pro, da Microsoft  – mas no mercado há dúvidas sobre isso, especialmente porque Apple lançou, recentemente, o MacBook Air de 12 polegadas, que já atende a quem busca um dispositivo com tela maior.
Como sempre, a recomendação é: vamos ver o que acontece...