terça-feira, 29 de maio de 2018

CHOQUES E INCÊNDIOS - PERIGO CONSTANTE!

Segundo a Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade, em 2016 foram registrados 448 casos de incêndio causados por curto-circuito em redes elétricas; além disso, 600 pessoas morreram em decorrência de choques elétricos. A recente tragédia em São Paulo, que levou um prédio na região central da cidade a desabar depois de pegar fogo, foi causado por um curto-circuito em uma tomada.
Esses e outros dados mostram a vulnerabilidade da nossa sociedade quando o assunto é instalação elétrica. Obrigatório por lei desde 1997, apenas 21% dos imóveis brasileiros possuem disjuntor na rede elétrica; este dispositivo de proteção desarma automaticamente sempre que detecta uma anomalia. Com um disjuntor instalado e uma rede elétrica bem projetada, a chance de problemas é pequena.
E como uma ligação mal feita pode causar um incêndio? Toda corrente elétrica transporta energia; parte dessa energia fica no condutor - neste caso, o fio - em forma de calor. Esquentar até certo ponto é normal; o problema é quando a corrente é muito maior do que o meio suporta - seja o fio, cabo, tomada, plugue - aí o resultado é… fogo!
Essa sobrecarga geralmente acontece quando diversos equipamentos são ligados em uma única tomada com o uso de benjamins; os populares “T’s”… A maioria dos incêndios por problemas elétricos é devido ao uso de vários aparelhos em um mesmo ponto. Cada tomada foi feita para ligar apenas um dispositivo, mas segundo a mesma pesquisa, 57% das residências utilizam   T’s diariamente sem qualquer cuidado.
Além de uma instalação bem feita, por um profissional - um filtro de linha pode ser mais interessante do que um simples “T”. Isso porque os filtros de linha normalmente têm fusível de proteção. Em caso de sobrecarga, o fusível queima e a ligação é cortada na hora para evitar um curto circuito. Mas ninguém precisa “abandonar" os benjamins de uma hora para outra. Com cuidado, é possível usá-los com segurança.

Todo equipamento elétrico traz uma etiqueta informando a corrente que consome. A medida está em amperes. Para usar um benjamin com segurança, basta somar a corrente dos dispositivos e nunca ultrapassar o limite do adaptador “T”.

Com eletricidade não se brinca. Todo cuidado é pouco! Em um choque elétrico, uma pequena corrente pode gerar uma parada cardíaca e matar uma pessoa. Em outros casos, como no do edifício que desabou em São Paulo, um incêndio de grandes proporções pode começar ali…na tomada!

sábado, 26 de maio de 2018

THE UNSTOPPABLE GAME BOY

O Game Boy era um pequeno console lançado no Japão pela Nintendo em 1989, que rapidamente  tornou-se muito popular: sua bateria era excelente, o hardware resistente e os jogos disponíveis muito atraentes. Os primeiros 300 mil fabricados foram vendidos no Japão em duas semanas, esgotando-se os estoques;  no primeiro dia de vendas nos Estados Unidos, foram vendidos 40 mil unidades. No mundo todo foram vendidos quase 120 milhões. 

A Guerra do Golfo alinhou os Estados Unidos e outros países contra o Iraque, que invadira e pretendia anexar o Kuwait; durou de agosto de 1990 a fevereiro de 1991, com a derrota dos iraquianos. 

Um acampamento  dos americanos foi bombardeado, e um Game Boy, levado por um dos soldados foi perdido, e reencontrado mais de dez anos depois, funcionando!!!

A máquina hoje está na loja da Nintendo do Rockfeller Center, em Nova Iorque. Essa loja tem uma espécie de museu Nintendo, e entre as peças está aquele que ficou conhecido como "Unstoppable Game Boy", rodando o Tetris, um de seus mais famosos jogos. 




terça-feira, 22 de maio de 2018

WILLYS - MARCA QUE DEIXOU A VIDA DIÁRIA...

O Willys Six
Embora tenha se consagrado durante a II Grande Guerra, através do mundialmente famoso Jeep, a marca Willys Overland surgiu em 1908 com a compra da Overland Automobile Company, sediada em Indianópolis, Indiana, por John North Willys, um comerciante proprietário da American Motor Car Sales, representante de diversas marcas de automóveis. 

Desde essa época, quando foi produzido seu primeiro carro, manteve-se entre as maiores indústrias automobilísticas americanas (chegou a ser a maior delas em 1911), tendo fabricado carros que marcaram época na história do automobilismo, como o Willys Six 1909, do qual foram vendidos nada menos de 4 mil exemplares em um só ano - um número muito expressivo para a época. Também existiram outros modelos famosos da Willys tais como os Willys-Knight e os conhecidos modelos 37, 38 e 77 da década da trinta. 

O Jeep
Em 1940 era apresentado o General Purpose Vehicle (Veículo de Uso Geral, destinado às forças armadas do exército norte-americano. O General Purpose ficou conhecido mais tarde como Jeep, transcrição fonética em inglês das iniciais da expressão GP. 

Cessada a guerra, a procura pelo Jeep decresceu - muitos milhares deles foram vendidos pelas forças armadas americans como excedentes, o que levou a Willys a iniciar o desenvolvimento do projeto de um carro de passeio prático e robusto, de linhas modernas e avançadas. O protótipo foi apresentado em 1951 e já no ano seguinte era lançada a série Aero. 

Anuncio do Aero brasileiro
No Brasil a empresa iniciou suas atividades por volta de 1954 inicialmente montando o Jeep; em 1956 lançou a Rural e em 1960 foi um carro maior, com espaço e conforto para seis pessoas - o Aero-Willys. Entre 1959 e 1968 fabricou aqui, sob licença da Renault francesa, o Dauphine e seu sucessor o Gordini, carros que gozavam de péssima fama o o Dauphine chegou a ser classificado pela revista Wired como um dos piores carros de todos os tempos

O Interlagos
Em 1961 veio a Pick-up e o esportivo Interlagos e em 1966 o luxuoso Itamaraty. Em 1968 a operação brasileira foi absorvida pela Ford, que  em 1984 lançou a pick-up F-75, último modelo fabricado por aqui. 

A ilustração que se segue mostra parte da linha Willys em 1965: mais acima a Pick-Up e o Jeep, ao centro o Dauphine e abaixo a Rural e o Itamaraty:


Em 1970 a American Motors Corporation comprou a Willys norte-americana, sendo adquirida, por sua vez, em 1987 pela Chrysler Corporation que mais tarde passou ao controle da Fiat, que inclusive é dona da marca Jeep.

sábado, 19 de maio de 2018

CONSUMO DE ENERGIA: MAIS UM PROBLEMA PARA AS MOEDAS VIRTUAIS

Além da oposição dos governos e descrença dos céticos, as moedas virtuais podem vir a  esbarar na demanda de energia elétrica.
Segundo um estudo publicado no portal Joule,  a mineração de bitcoins e outras criptomoedas pode consumir mais energia do que alguns países europeus. 
Na atualidade, esse consumo está ao redor de  2,55 GW e pode atingir 7,67 GW talvez já em 2018. Isso é quase duas vezes mais que o consumo da Irlanda (3,1 GW) e se aproxima da demanda energética da Áustria (8,2 GW) - esse número corresponde também a cerca de 0,5% do consumo mundial de energia elétrica.
Grande parte da energia consumida é gasta para refrigeração das máquinas.

domingo, 13 de maio de 2018

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL SEGUE ATINGINDO NOVAS FRONTEIRAS

A agência AFP noticiou que um programa de 
computador baseado em Inteligência Artificial (IA) aprendeu a navegar e a pegar atalhos em um labirinto virtual, superando  especialistas humanos.


Embora os programas de IA tenham feito grandes avanços recentemente na imitação do processamento do cérebro humano – desde reconhecer objetos até jogar jogos de tabuleiro complicados – a navegação espacial continuava sendo um desafio.

Isso ocorre porque esta exige recalcular a própria posição após cada passo dado, em relação ao ponto de partida e ao destino – mesmo quando se viaja por uma rota nunca antes utilizada.

A navegação é considerada uma tarefa comportamental complexa e, em animais (e em seres humanos), é parcialmente controlada por uma espécie de GPS a bordo acionado por “células de grade” na região do hipocampo no cérebro. Foi observado que essas células disparam um padrão regular à medida que os mamíferos exploram um novo ambiente.

Em um novo estudo, publicado na revista científica Nature, pesquisadores de IA disseram ter desenvolvido uma “rede neural profunda” que foi treinada para navegar em direção a um objetivo em um labirinto virtual.

Quando os atalhos eram introduzidos, ao abrir uma passagem bloqueada anteriormente, por exemplo, a IA pegava automaticamente a rota mais curta.

O programa “atuou em um nível sobre-humano, superando a capacidade de um jogador profissional”, disseram três dos autores do estudo em um comunicado de imprensa.

A maioria dos pesquisadores está ligada à DeepMind, a empresa britânica de inteligência artificial que também criou a AlphaGo, o computador autodidata que venceu campeões humanos no jogo de tabuleiro chinês “Go”, que exige intuição, e não apenas poder de processamento bruto.

A equipe disse que seu trabalho foi “um passo importante na compreensão do propósito computacional fundamental das células de grade no cérebro”.

Os descobridores das células da grade receberam o Prêmio Nobel de Medicina em 2014.

terça-feira, 8 de maio de 2018

EMBRAER APRESENTA CONCEITO DE VEÍCULO ELÉTRICO QUE DECOLA E POUSA VERTICALMENTE


A Embraer X é uma unidade da Embraer que pesquisa negócios disruptivos na área de transporte.

No último 8 de maio, a unidade mostrou o primeiro conceito do veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL, na sigla em inglês) que está desenvolvendo. A apresentação foi feita no evento Uber Elevate 2018, em Los Angeles - a Embraer trabalha no projeto em cooperação com a Uber.

A empresa afirma que mobilidade urbana está prestes a ser transformada e que está determinada a ter um papel fundamental nesse mercado e que conceito do eVTOL apresentado é uma aeronave com a missão de servir passageiros em um ambiente urbano, "com base em segurança, experiência do passageiro, boa relação custo/benefício e com baixo impacto em termos de emissões e ruído.

No mesmo evento, o Uber apresentou seu próprio conceito, cuja imagem está abaixo: 



 

 






 

quarta-feira, 2 de maio de 2018

INTERNET: “451” É O CÓDIGO QUE INFORMARÁ QUE O CONTEÚDO BUSCADO ESTÁ INACESSÍVEL POR ORDEM JUDICIAL

Demi Getschko (foto ao lado), cientista da computação  que é considerado um dos pioneiros da Internet no Brasil, publicou recentemente em O Estado de S. Paulo texto lembrando que em  1953 Ray Bradbury, um cultuado escritor de ficção científica, terminou Fahrenheit 451, seu livro mais conhecido
É a 451 graus Fahrenheit de temperatura que o papel pega fogo. Bradbury trata de uma sociedade em que a “felicidade” é conseguida pela proibição de leitura de livros. Sem a influência “nefasta” dos livros – que fazem pensar, sentir, chorar – os habitantes, idiotizados, se divertem participando de “famílias virtuais”, compostas por inúmeros “primos” que, a partir de monitores de TV, trazem diversão anódina e a sensação de pertencimento. Para completar o quadro há, é lógico, uso intenso de pílulas estimulantes e soporíferos. 
Montag, o personagem principal, é “bombeiro” numa época em que sua a função não é mais apagar chamas em casas incendiadas mas, ao contrário, de procurar (e queimar) livros dos que, desafiando a lei, continuam a guardar exemplares para leitura.
Mildred, mulher de Montag, está perfeitamente adaptada ao modo de vida, mas Montag começa a se interessar por aquilo que queima, e tem crescente inquietação e dúvidas sobre o que seria “ser feliz”. 
Anos antes, em “Admirável Mundo Novo” (Aldous Huxley) livros eram irrelevantes por “inúteis”, e em “1984” (George Orwell) são proibidos por serem “nocivos” - essa obra lançou a expressão "Big Brother", hoje também um programa de TV seguido por milhões de pessoas idiotizadas. Fahrenheit 451 consegue juntar essas duas visões e, de quebra, trazer uma dura sensação de profecia realizada.
Mas, voltando ao título do post: todos já recebemos alguma vez, ao consultar um sítio na web, o detestável "HTTP ERROR 404 NOT FOUND". É parte de uma família de mensagens de erro (de 400 a 499) associadas ao protocolo de transferência de hipertexto (http). 
Nem todos os números do segmento estão em uso e, recentemente, mais um foi definido: o 451, significando “conteúdo indisponível por razões legais”. Com o aumento de pedidos de remoção de conteúdo por órgãos de justiça de muitos países, achou-se que valia a pena discriminar o motivo da indisponibilidade. 
De forma inteligente e algo matreira, foi escolhido 451 - os responsáveis pela escolha agradecem a Bradbury pela inspiração...
Há certamente razões sólidas que justificariam a remoção de algo da rede. Mas sempre resta um travo, amargo, que associa eliminação de um conteúdo com a memória de ações indignas e deploráveis, como as que serviram de inspiração para Bradbury escrever sobre queima de livros. 
Se, por um lado, bits não pegam fogo mas podem ser facilmente apagados, buscando-se de boa fé eliminar conteúdo nocivo da rede e torná-la mais segura, por outro, e especialmente no caso de abusos em regimes menos abertos, pode-se estar pavimentando a estrada da censura e da discriminação. 
Em 1966 o celebrado diretor de cinema François Truffaut levou “Fahrenheit 451” às telas. Vale a pena reler e rever.