Acontece
nesta semana em Barcelona o Mobile World Congress, o maior evento de telefonia
móvel de todo o mundo.
Nele,
ficou claro que outros fabricantes de celulares pretendem lançar smartphones mais rápidos e
mais baratos para fazer frente ao domínio da Samsung e da Apple nesse mercado.
A Nokia apresentou
dois smartphones de "categoria média" destinados a clientes que
desejam inovações, mas não querem - ou não podem - gastar muito com um telefone;
os modelos Lumia 520 e 720, que têm funções até agora reservadas aos celulares
de alta categoria do grupo, como câmera fotográfica de alta resolução e sistema
de GPS, serão vendidos na Europa por € 139 e 249, respectivamente.
A Huawei, que ocupa o terceiro lugar na lista
dos maiores fornecedores smartphones, com 5,3% do mercado mundial, lançou um
aparelho que diz ser o mais rápido do planeta – é o Ascend P2, que promete uma
velocidade 50% maior do que a dos seus concorrentes diretos, e que será vendido
na Europa por € 399, quase a metade do
que custa um iPhone, vendido por € 679.
Também é bem mais barato que o Samsung Galaxy III, que custa € 649.
O One Touch Star da
Alcatel, que tem integrado um processador duplo de 1 GHz, tela de
quatro polegadas e uma câmera de cinco megapixels, será vendido por preços que variam de € 199 a
219, conforme o modelo.
A Sony levou ao
evento seu Xperia Z, lançado em janeiro no Japão e o mais vendido naquele país;
a Sony inicia agora suas vendas em mais 60 países.
A chinesa ZTE apresentou um
"phablet", aparelho metade telefone e metade tablet, com uma tela de
5,7 polegadas. Batizado de Gran Memo, ele permite fazer chamadas com uma só mão
e tem integrados GPS e uma câmera fotográfica de 13 megapixels.
A taiwanesa HTC
também lançou seu novo HTC One – especialistas dizem que o mesmo precisa ser
melhor que seus últimos lançamentos, que decepcionaram os usuários.
Mas
as donas do mercado não estão paradas: a líder Samsung, com 29% dos smartphones
vendidos no mundo, lançou seu mini tablet, o Galaxy Note 8.0. O novo
modelo de seu smartphone mais bem sucedido, o Galaxy S, será lançado em abril. Já a Apple,
segunda do mercado com 22,1% das vendas, não participa do evento, mas
certamente está muito atenta ao que vem acontecendo ali.
Aqui
no Brasil as coisas são um pouco mais complicadas, especialmente em função da
alta carga tributária. Apesar disso, espera-se que ao final de 2013 os
smartphones sejam 50% dos celulares vendidos no país. Talvez possam ser
adotadas estratégias como a que a Apple vem adotando na Índia, em parceria com
as operadoras de celeular: financiar a compra desses aparelhos, que já não são
uma tendência, mas uma realidade no mercado.
Outra
preocupação: e os usuários que desejarem um telefone apenas com funções ainda
mais básicas, tipo agenda, caixa postal e hora? Os fabricantes vão se
interessar em vender esses aparelhos ou pretendem “empurrar” equipamento mais
caro?
PS: Depois que o texto acima foi postado, tivemos a informação de que foi lançado o Nokia 105, com tela colorida, rádio FM e capacidade para fazer e receber chamadas e trocar mensagens de texto (torpedos) - custará na Europa € 15.
PS: Depois que o texto acima foi postado, tivemos a informação de que foi lançado o Nokia 105, com tela colorida, rádio FM e capacidade para fazer e receber chamadas e trocar mensagens de texto (torpedos) - custará na Europa € 15.