quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

ESTÔNIA APLICA TECNOLOGIA AO ENSINO DA MATEMÁTICA

Escolas e professores usualmente são conservadores. Quando se trata de matemática, mais ainda. Lembro-me bem quando havia forte oposição ao uso de calculadoras nas aulas dessa disciplina, sob a alegação que isso prejudicaria o aprendizado...
Mas algumas coisas vem mudando na área, ainda que lentamente. Um dos responsáveis por essa mudança é Computerbasedmath.org, uma organização voltada para a reforma radical do ensino da matemática buscando dar ao aluno conhecimentos dos princípios dessa ciência, com o uso de computadores.
A organização foi fundada por por Conrad Wolfram,  irmão de Stephen Wolfram, o criador da plataforma  Mathematica, ferramenta que que é usada em    em diversas áreas: ciência da computação,   engenharia, biologia, química, processamento de imagens, finanças, estatística, matemática e outras, e que também serve como um ambiente para desenvolvimento rápido de programas.
A ideia básica, como já disse, é estimular  os alunos a utilizar computadores para explorar conceitos matemáticos, proporcionando um entendimento  mais profundo desses conceitos, ao invés  de faze-los memorizar  passos necessários para resolver problemas.
A ideia começa a ser implementada na Estônia,  pequena (1,3 milhões de habitantes) ex-república soviética situada às margens do mar Báltico. O país não é   um centro de alta tecnologia, mas foi um dos locais onde foi criado o  Skype e está lançando uma ampla reforma de currículos, que prevê aulas de ciência da computação para estudantes a partir de sete anos – os professores já estão sendo treinados.
Com a crescente   demanda por desenvolvedores de software e  analistas de dados (estes necessários em função do advento de Big Data), a Estônia aposta que pode preparar seus jovens para esse mercado de trabalho; além disso, Wolfram acredita que cidadãos com esse tipo de formação podem  avaliar riscos de forma mais adequada, entender melhor o mundo das finanças e, até mesmo,  desenvolverem um “sexto sentido matemático”, que os ajudaria nas suas vidas pessoal e profissional.
Embora   otimista sobre o projeto na Estônia, Wolfram   reconhece que o mundo da educação tem um longo caminho a percorrer, afirmando que só em algumas décadas o ensino de matemática vá ser amplamente baseado em computadores