terça-feira, 31 de março de 2015

"IMPRESSÃO 3D" CHEGA AOS DRINKS

Barmen ou consumidores já podem preparar drinques em poucos segundos com um simples toque na tela de uma máquina. A Pernod Ricard Brasil, parte de um grupo que controla inúmeras marcas de prestígio no mercado mundial de bebidas, está tornando isso possível através de uma máquina, a Absolut Boozebox.
A ideia é disseminar a cultura de consumo de destilados e facilitar a produção de drinks – a empresa acredita que o consumidor brasileiro já viveu um momento parecido com esse quando as chopeiras domésticas chegaram ao mercado. 
A carta de drinks da máquina pode ser customizada de acordo com o operador e suporta mais de 200 drinks, que podem conter vodca, whisky, rum, cachaça e outros destilados do portfolio da Pernod Ricard Brasil.
Segundo a marca, o aparelho é fácil de manusear: em bares e restaurantes, a máquina deve ser abastecida   antes da casa abrir e, quando o drink é pedido pelo consumidor, basta um clique na tela touch para seleção da bebida desejada – a seguir a bebida é preparada em  alguns segundos e o barman pode finalizar o drink para servir o cliente.
Desenvolvida por engenheiros brasileiros, a Absolut Boozebox teve seu projeto iniciado no final de 2011, literalmente em uma conversa de bar: após uma longa espera por seus drinks em um bar de São Paulo, três amigos de infância   começaram a conceber o que chamaram de  "impressora de drinks", fazendo uma analogia com as impressoras 3D.
Nesse momento, em  fase  de projeto piloto, a Absolut Boozebox está em teste em alguns bares de São Paulo.

sábado, 28 de março de 2015

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: UM PERIGO PARA O MUNDO?

Assim como a energia atômica, outra tecnologia começa a aparecer como um sério risco para a humanidade: a inteligência artificial.
O mais recente figurão dessa área que afirma pensar assim
Steve Wozniak
é Steve Wozniak, cofundador da Apple e um dos responsáveis pela revolução do computador pessoal.
Wozniak, que anteriormente negava essa possibilidade, diz ter mudado de ideia sobre os riscos do desenvolvimento de máquinas “superinteligentes”, tendo dito recentemente ao jornal Australian Financial Review: "Como pessoas incluindo [o físico] Stephen Hawking e [o cofundador da Tesla Motors] Elon Musk previram, eu concordo que o futuro é assustador ".
A grande preocupação desse grupo de futuristas, que inclui ainda Bill Gates e um crescente número de acadêmicos, é que estejamos nos aproximando de um nível de crescimento da capacidade das máquinas que as permita fugirem de nosso controle.
Também faz parte desse grupo o  professor Stuart Armstrong, da Universidade de Oxford, autor do livro "Smarter Than Us", em que apresenta um cenário mostrando como a inteligência artificial (IA) pode sair de nosso controle e provocar danos irreversíveis à Terra e à sociedade. 
Armstrong é um dos autores do estudo "12 Riscos que Ameaçam a Civilização Humana", do grupo sueco Global Challenges Foundation, que calculou em até 10% as chances de, se o cenário se concretizar, o impacto sobre a sociedade ser irreversível. A probabilidade é maior do que as calculadas para mudança climatica (0,01%), e guerra nuclear (0,005%).
A IA e um risco "único" porque quando um computador domina uma atividade, nenhum ser humano consegue faze-la melhor, em função de suas capacidades em termos de armazenamento de dados  concentração, paciência, velocidade de processamento e memória, todas muito superiores às nossas.
A combinação dessas características com “habilidades” econômicas ou sociais permitiria à IA controlar o mundo; um computador com habilidades sociais, por exemplo, poderia processar milhares de discursos políticos, estatísticas e referencias culturais rapidamente, escolhendo qual o argumento mais convincente para fazer um eleitor votar em um candidato ou defender certa bandeira politica – consta que na campanha para reeleição de Barack Obama alguma coisa desse tipo, muito rudimentar ainda, já foi usada.
Raciocínio semelhante vale para o mercado financeiro: um sistema poderia cruzar informações sobre indicadores econômicos, decisões politicas e balanços de empresas de modo mais rápido e mais preciso, esmagando concorrentes, por exemplo – note-se que software com algumas dessas características já opera no mercado de ações.
Os defensores dessas tecnologias rebatem dizendo que esses problemas podem ser evitados por meio de uma “programação ética”, que fizesse a maquina sempre optar pela "escolha moral" - como salvar uma vida em vez de um carro, por exemplo.
Diversos especialistas acham também que tudo isso está mais próximo de ficção científica, afirmando que computadores sempre podem ser desligados, e que jogar xadrez, uma das habilidades mais avançadas da IA atualmente, nem se compara à capacidade de calculo e ao volume e diversidade de informações necessárias para analisar o mercado financeiro deforma mais ampla.
Só resta à sociedade permanecer vigilante e esperar que esses especialistas que não acreditam nas previsões catastróficas estejam certos...

sábado, 21 de março de 2015

AMAZON DÁ MAIS UM PASSO NO USO DE DRONES

Em post de 2 de dezembro de 2013, dizíamos que a Amazon estava iniciando testes com drones para entrega rápida de pequenas encomendas. 

Neste 20 de março de 2015, esses testes começaram a ser feitos "no mundo real": pacotes começaram a ser entregues após   autorização concedida no dia anterior pela Administração Federal de Aviação (FAA - Federal Aviation Administration) para que a empresa opere em algumas na região de Miami, no sul da Flórida.

A FAA autorizou essa operação desde que os drones operem  a menos de 122 metros de altitude e somente durante o dia. Além disso, o operador da pequena aeronave deve possuir um certificado de piloto particular, não deve perder de vista o drone durante o voo e as condições meteorológicas devem ser boas.

Preocupações com segurança devem nortear essa operação: lembremo-nos que um drone utilizado para filmagens caiu ferindo algumas pessoas durante as recentes manifestações na Avenida Paulista, sem São Paulo.

A Amazon também terá que prestar mensalmente informações sobre a atividade dos drones, como número e horas de voo, erros no sistema,   perda involuntária de comunicação operador-drone etc. 

Esse novo serviço, denominado Prime Air, tem como meta reduzir para 30 minutos a entrega de pacotes, inclusive em lugares de difícil acesso.

Se eu fosse motoboy começaria a pensar em mudar de profissão...

sexta-feira, 20 de março de 2015

BEACONS - UMA FERRAMENTA PARA AUMENTAR AS VENDAS

Quando alguém olha os produtos expostos na vitrine de uma loja qualquer, esse comportamento geralmente não é percebido pelo lojista ou pelos vendedores; quase sempre a pessoa olha e vai embora – e é uma oportunidade de venda que se vai.
Dispositivos pouco maiores que uma caixa de fósforos podem reverter essa situação, dando ao lojista a possibilidade de tentar fechar negócios; conhecidos como beacons (farol, em inglês), esses dispositivos usualmente são fixados em paredes ou prateleiras da loja e conseguem identificar em que ponto da loja o consumidor está.
O beacon faz isso ao emitir sinais via bluetooth – se o smartphone captar esses sinais, tiver o aplicativo da loja e estiver com bluetooth  pode receber uma mensagem  do tipo “se você gostou desse sapato, temos uma oferta especial para você” – pode ser possível também alertar um vendedor para que aborde o cliente.

A movimentação do cliente dentro da loja, se monitorada por beacons, fornece informações que podem alterar a distribuição do produtos nas prateleiras e o layout das lojas, sempre procurando induzir o cliente a gastar mais, evidentemente.
No final de 2013, a Apple desenvolveu tecnologia que permite que seus iPhones comuniquem-se com beacons, aumentando o interesse pelo assunto. A cadeia de lojas de departamentos  Macy's instalou beacons em 800 lojas em 2014, e a expectativa é de que 85% dos 100 maiores varejistas americanos usem beacons em 2016.
Também no Brasil, o assunto começa a ser discutido. A Dafiti, empresa de comércio eletrônico de calçados e roupas, instalou beacons em nove pontos de São Paulo, dentre eles a Rua Oscar Freire e a Vila Madalena – sua ideia é poder enviar mensagens personalizadas aos clientes que passem por esses pontos. Redes de supermercados e empresas dos setores de alimentação e beleza estariam pensando em testar os beacons.

Mas há algumas barreiras a serem vencidas: é necessário que o app  da loja esteja instalado e o bluetooth ativado – muitos usuários não o ativam por elevar o consumo da bateria de seus smartphones. No entanto, talvez a maior das barreiras seja enviar notificações relevantes, pois se elas não forem adequadas, isso pode irritar o consumidor e afasta-lo da loja.  

sexta-feira, 13 de março de 2015

MEIJS MOTORMAN: UMA BICICLETA 100% ELÉTRICA

Como mais da metade da população do mundo vive em cidades com graves problemas de congestionamento de trânsito, faz  todo o sentido tentar desenvolver veículos que permitam contornar ou diminuir esse problema.

Esse cenário levou o holandês Ronald Meijs a conceber a Motorman, uma bicicleta elétrica com desenho retrô  que está “bombando” na Europa. 

A máquina pesa 45 quilos e é oferecida em duas versões, uma que pode chegar a 45 km/h e outra vai apenas a 25 km/h – está última, pela legislação europeia, não exige o uso de capacete.

A Motorman, que diferentemente de outras máquinas parecidas não tem pedais, tem uma bateria com autonomia de 70 e 100 quilômetros, dependendo da versão. A bateria pode ser recarregada em qualquer tomada doméstica em 6 horas, estando o custo por quilometro rodado ao redor de um cêntimo de Euro. Seus freios são a disco.

O preço, com impostos, é de 5750 e 6350 Euros, dependendo do modelo.

Vale a pena assistir ao vídeo produzido pela empresa


sábado, 7 de março de 2015

PARA OS SAUDOSISTAS: POLAROID Z2300

Durante algum tempo as câmaras Polaroid foram um sucesso: era possível fazer uma foto e imediatamente imprimi-la, ao contrário das demais máquinas da época, em que era necessário enviar o filme para revelação.

As primeiras Polaroids foram lançadas em 1948, ficando em produção até o início de 2008, saindo de linha devido à forte concorrência da fotografia digital. 

Agora a empresa relança suas máquinas com capacidade de impressão: a Z2300, com impressora integrada, é capaz de fazer uma cópia colorida de 5 por 8 centímetros   em menos de 1 minuto.

A tecnologia de impressão não envolve tinta, mas sim uma reação química no papel disparada por calor - no lugar de tinta de impressão comum, a Polaroid usa papel Zink (Zero-ink printing), que traz minúsculos cristais transparentes, que quando aquecidos transformam-se em cores – é mesmo  sistema   usado pelas Polaroids antigas. 
Com visor LCD de 2,5 polegadas e zoom 6x, a Z2300 faz fotos com resolução de 10 megapixels e vídeos com resolução HD de 720p. A capacidade de armazenamento de 32 megabytes é expansível para até 32 gigabytes por meio de cartão microSD.

A máquina é vendida no Basil por cerca de 800 reais; cada pacote do papel Zink, com 40 unidades custa cerca de 130 reais. Saudosistas, divirtam-se, mas lembrem-se que o dólar está subindo! 

quarta-feira, 4 de março de 2015

FORD LANÇA PROTÓTIPO DE BICICLETA INTELIGENTE

Está ficando cada vez mais comum a indústria automobilística lançar produtos de outros tipos – talvez seja uma preocupação com uma eventual retração violenta na venda de carros causada por problemas de ordem ambiental.
Nessa linha, mais uma novidade: a Ford lançou  no Mobile World Congress um protótipo  de bicicleta elétrica inteligente. Batizada de MoDe, seu guidão  vibra para indicar o caminho ao ciclista.
Para isso, basta que o usuário conecte seu smartphone por Bluetooth à bicicleta e defina a rota por meio do app MoDe:Link. O aplicativo permite planejar viagens incluindo trechos em transportes coletivos,   entre outros recursos. 
A MoDe tem duas versões: a MoDe: Pro, voltada para o uso profissional e que conta até uma espécie de bagageiro na parte de trás. Já a MoDe: Me foi pensada para uso urbano  e apresenta um design compacto.
A MoDe é dobrável e tem motor de 200 Watts; com freio a disco hidráulico, a bicicleta alcança velocidades de até 25 quilômetros por hora. 
Como se trata de um protótipo, a MoDe não tem previsão de chegada ao mercado. Sua criação é fruto de uma iniciativa da Ford que envolveu o desenvolvimento de mais de 100 propostas.
Veja aqui o vídeo da Ford sobre a MoDe:

terça-feira, 3 de março de 2015

CRESCIMENTO DA INTERNET E DO NÚMERO DE CELULARES DESACELERA

No dia 5 de março termina o  Mobile World Congress, evento promovido pela GSMA, associação das operadoras de telefonia celular – é o  maior evento do setor e acontece em Barcelona.
Estudos divulgados durante o evento dão conta que a expansão da internet e de seu principal motor,  os celulares, desaceleram  –   antes de a rede chegar à maior parte da população do planeta. Segundo esses estudos,  nos últimos sete anos 1,3 bilhão de pessoas tornaram-se usuárias de telefonia celular – o  ritmo de crescimento do número de usuários no período foi de 7,6% ao ano. Dizem os mesmos  que essa taxa deve ser reduzida quase à metade, a 4%, de agora até 2020. Os usuários desses aparelhos passarão dos atuais 3,8 bilhões para 4,6 bilhões. 
  
A tendência de desaceleração aparece também em dados apresentados pelo Facebook; segundo eles, se em 2008 o número de pessoas on-line crescia a um ritmo de 12,8% ao ano, em 2014 ficou em 6,6%.
Pouco menos de 3 bilhões de pessoas, cerca de 38% da população mundial, acessam a rede ao menos uma vez por ano – o número de internautas é menor do que o das pessoas com celular porque nem todos os aparelhos têm a capacidade de se conectar à Internet.
Observa-se  uma diferença sensível ao se comparar   os países desenvolvidos,  onde 75% da população está na rede,  com os países em desenvolvimento, onde o número está ao redor de 30%.

O impacto econômico dessa diferença é grande: a revista britânica "The Economist", estima que, nos países em desenvolvimento, um aumento de 10% no número de celulares gera  um aumento de mais de um ponto percentual na taxa de crescimento do PIB per capita.
Presente ao congresso, o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg,  disse que "Conectar a outra metade do mundo vai ser diferente do que foi conectar as pessoas que já estão on-line”. Zuckerberg disse que para que o número de pessoas conectadas cresça, é preciso que as operadoras de telefonia celular   expandam-se de forma mais agressiva, mas estas  dizem  que a expansão exige muito investimento em infraestrutura e que esses investimento não deverá  trazer o retorno que julgam adequado.
Mas o problema principal talvez não seja esse, pois 75% da população do mundo vive em áreas onde há cobertura 3G, mas, como temos dito neste blog, o problema passa pelos custos dos serviços de telefonia e dos aparelhos e pela qualidade das conexões.
Há também problemas relativos à educação digital: há muitas pessoas que tem dificuldades em utilizar aparelhos e conectar-se à Internet, Algumas iniciativas nesse sentido ocorrem esporadicamente, como por exemplo o curso “Práticas com tablets e celulares”, oferecido gratuitamente pelo Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), da Universidade de São Paulo (USP) em São Carlos – apesar disso, concordamos com Zuckerberg no sentido de que o caminho será longo.