terça-feira, 18 de outubro de 2016

CADEIRAS AUTOMÁTICAS PODEM DIMINUIR O ESTRESSE GERADO POR FILAS

Ficar em filas cansa, aborrece. Aqui no Brasil, onde temos filas para tudo (restaurantes, bancos, embarque em aeroportos etc.) o problema é ainda maior. 

Mas a Nissan propõe uma solução que pode minorar o problema: desenvolveu uma cadeira automática, inspirada na tecnologia que vem desenvolvendo para carros sem motorista. 



A cadeira é chamada  “ProPilot Chair”, e é capaz de avançar e parar sem intervenção do usuário, com segurança. Vídeos recém divulgados mostram  clientes fazendo fila em diversas situações, confortavelmente sentados em cadeiras que, através de câmeras internas instaladas na parte inferior da estrutura, detectam a posição da cadeira anterior e movem-se no momento adequado. 

O dispositivo será testado em negócios do Japão no próximo ano, embora não sua comercialização ainda não esteja prevista, como disse à Agência Efe um porta-voz da companhia.

A Nissan está pedindo, via  Twitter, que restaurantes do Japão interessados enviem uma solicitação até 27 de dezembro para testar a cadeira em 2017. 


sexta-feira, 14 de outubro de 2016

TRÊS EM CADA DEZ BRASILEIROS QUE JOGAM POKÉMON GO JÁ GASTARAM DINHEIRO COM O GAME

31% dos jogadores brasileiros de Pokémon Go (Android, iOS) já compraram algum item virtual dentro do game, informa pesquisa da eCMetrics com 1 mil internautas que baixaram o jogo em seus smartphones. 

Entre os que gastaram dinheiro com Pokémon Go, o desembolso médio foi de R$ 59,4. Para ser mais exato: 27% gastaram até R$ 10; 39%, entre R$ 11 e R$ 50; 22%, entre R$ 51 e R$ 100; e 12%, mais de R$ 100.

A pesquisa analisou também onde os brasileiros caçam pokémons. O mais comum, apontado por 60% dos entrevistados, é caçar no caminho para casa, escola ou trabalho. Shopping centers (58%) e lugares públicos (58%) também estão entre os preferidos. 40% caçam dentro do trabalho ou da escola e 32%, em estabelecimentos comerciais.

Metade dos jogadores brasileiros declararam já ter ido a uma loja especificamente para caçar pokémons. E 75% aproveitaram para comprar algo no estabelecimento comercial. Além disso, 56% disseram que passam mais tempo dentro da loja quando estão caçando pokemons do que em uma visita regular.

A frequência de acesso ao jogo impressiona. Metade (51%) dos usuários de Pokémon Go joga diariamente. 16%, de cinco a seis dias por semana; 17%, três a quatro dias; 12%, um a dois dias; e 12% acessam com menos frequência que isso. 

A pesquisa mediu também a quantidade de horas por dia jogando Pokémon Go: 22% jogam menos de uma hora por dia; 34%, de uma a duas horas; 20%, de três a quatro horas; 24%, mais de quatro horas.

No entanto, de acordo com a pesquisa, 22% dos internautas brasileiros que baixaram Pokémon Go já pararam de jogá-lo. Os principais motivos apontados por eles para a desistência foram dificuldade do jogo (48%); não gostaram do jogo (33%); não encontram muitos pokemons (25%) e problemas de compatibilidade do jogo com seu modelo de celular (8%).

Essas desistências já eram esperadas: o Pokémon Go não é mais o aplicativo líder em receita na App Store norte-americana. Após 74 dias em primeiro lugar, o jogo  caiu para a segunda posição, sendo superado pelo Clash Royale.


Como sempre acontece, poucos ganharam muito dinheiro com o game e muitos perderam muito tempo e dinheiro... 


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

FAZENDA EM PLENO DESERTO CULTIVA TOMATES COM ÁGUA DO MAR

O deserto do sul da Austrália é um ambiente hostil para plantas. Contrariando qualquer expectativa, cerca de 17 mil toneladas de tomates são produzidas por lá a cada ano. O que mais impressiona é que são usados apenas dois ingredientes para que as plantas cresçam saudáveis: água do mar e sol.

Vista da fazenda
Os tomates são produzidos em uma fazenda comandada pela empresa inglesa Sundrop Farms. Na produção, não são usados pesticidas, combustíveis fósseis ou água subterrânea – comumente usada na agricultura  tradicional para irrigação. O objetivo por trás do empreendimento é desenvolver uma forma mais sustentável de produção de legumes e verduras.

A empresa transforma água do mar e luz solar em energia e água. Em seguida, usa dióxido de carbono de origem sustentável e nutrientes para maximizar o crescimento das culturas”, afirma a empresa em seu site

Com o aumento da demanda por energia e água doce, a Sundrop pode representar o futuro da agricultura.

O interior da estufa
Foram necessários seis anos de pesquisas e uma equipe internacional de cientistas para que a ideia fosse para frente. Uma estufa piloto foi construída em 2010 e, quatro anos depois, uma instalação em escala comercial com 20 hectares foi criada. Na semana passada aconteceu o lançamento oficial da fazenda no sul da Austrália, na região da cidade de Port Augusta.

O cultivo é feito com a água do mar, que fica a dois quilômetros da Sundrop Farm. A água é bombeada para uma usina de dessalinização, que é alimentada por energia solar. Lá, o sal é removido para que a água possa ser utilizada na irrigação de 180 mil plantas da estufa. 

Para que as plantas não sofram com o clima seco do deserto, os cientistas forraram a estufa com um tipo de papelão embebido de água do mar. Desse modo, o local fica com a temperatura perfeita para o cultivo. No inverno, um sistema de aquecimento (gerado a partir da energia solar) mantém a estufa quente. 

De acordo com o site da empresa, os tomates são cultivados em sistema hidropônico – ou seja, o solo do deserto não é utilizado. “Nossas plantas florescem em cascas de coco ricas em nutrientes”, dizem fontes da empresa. Isso significa que esse tipo de agricultura pode ser empregado em locais que antes eram considerados inóspitos – basta ter sol e água salgada por perto.

“A grande vantagem deste novo método de agricultura é o controle que ele nos dá em relação aos níveis de nutrição vegetal. Ele garante uma melhor produção e um sabor melhor", informa o site.

Toda a energia para fazer a fazenda funcionar é gerada por 23 mil espelhos que refletem a luz do sol para uma torre receptora de 115 metros de altura. Em um dia ensolarado, até 39 megawatts de energia podem ser produzidos, segundo dados obtidos pelo site New Scientist. A estufa ainda está conectada com a rede elétrica caso algo dê errado.

Apesar de inteligente, a inovação pode causar impacto negativo no deserto. Sistemas similares nos Estados Unidos estão incinerando mais de seis mil aves por ano, pois muitas delas voam na frente das placas solares para caçar insetos, segundo o site Science Alert.

Outra coisa a se pensar é no preço para o desenvolvimento dessas estufas. É preciso 200 milhões de dólares para construir uma delas do zero – sem contar o valor para mantê-las. A empresa, porém, acredita que isso não será um problema, pois os custos da Sundrop Farm são mais fáceis de prever do que os de uma fazenda tradicional; a escala pode também reduzir esses cursos.

A Sundrop planeja lançar em breve mais estufas sustentáveis em Portugal, nos Estados Unidos e mais uma na Austrália.

Veja o sistema em funcionamento no vídeo abaixo: