domingo, 16 de julho de 2017

Arquimedes, o polímata


Os romanos pretendiam conquistar a cidade de Siracusa, situada na costa leste da Sicilia, de forma a que pudessem ter o domínio completo daquela ilha.

Em 214 a. C. cercaram a cidade, cuja defesa era comandada por Arquimedes, inventor, matemático, filósofo – um polímata, enfim (polímata, que em grego significa "aquele que aprendeu muito"  é uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma única área).

Os romanos eram muito superiores em recursos, mas Arquimedes desenvolveu tecnologia que permitiu à resistência prolongar-se até 212 a.C.  Dentre outras coisas, Arquimedes criou um   guindaste   que era usado para agarrar e erguer os navios inimigos e  solta-los, ficando os mesmos destruídos na queda. Diz-se que ele criou também um sistema de espelhos, usado para concentrar os raios solares sobre as  velas dos navios romanos, incendiando-os, embora não haja prova de que tal arma tenha existido.

Mas a superioridade em  material e homens dos romanos, que eram comandados pelo general Marco Cláudio Marcelo, prevaleceu: Siracusa caiu. O general havia ordenado que a vida de Arquimedes, que tinha 78 anos (uma idade avançadíssima para a época) fosse poupada. O sábio, que continuou seus estudos em casa após a invasão da cidade, certo dia ao ser interpelado  por um soldado romano, protestou contra a interrupção de seu trabalho e grosseiramente mandou o soldado deixá-lo; este,  sem saber de quem se tratava, matou-o.

A história conta também que Arquimedes descobriu que o volume de qualquer corpo pode ser calculado medindo o volume de água movida quando o corpo é submerso – isso é conhecido como o Princípio de Arquimedes. Ele chegou a essa conclusão quando encontrava na banheira, tendo saído nu para as ruas de Siracusa gritando Eureka, que em grego  significa descobri.

Para encerrar uma curiosidade: na versão italiana dos quadrinhos de Disney, o inventor Prof. Pardal é conhecido como Archimede Pitagorico, o que pode ser encarado como uma homenagem a dois sábios, Arquimedes e Pitágoras, outro polímata.