domingo, 2 de julho de 2017

CELULAR POR PERTO EMBURRECE

Pesquisadores da Universidade do Texas fizeram uma  descoberta preocupante sobre o uso de smartphones: em experimentos feitos com mais de 800 usuários de, descobriram que a presença do aparelho  reduz significativamente a capacidade cerebral das pessoas. Detalhe: não importa se o celular está ligado ou não, basta que ele esteja à vista.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores pediram para os participantes responderem a um teste que exigia muita concentração e capacidade cognitiva elevada, ou seja, boa memória e raciocínio rápido. Antes de iniciar o experimento, alguns voluntários foram designados aleatoriamente para colocar seus smartphones no bolso, em outro quarto ou em cima de uma mesa com a tela para baixo.
No final desse teste, os cientistas notaram que os participantes que deixaram seus aparelhos móveis em outro quarto tiveram resultados melhores do que aqueles que deixaram os smartphones fisicamente próximos a eles.
experimento não acabou por aí. Os voluntários identificados como viciados em smartphones ainda foram divididos em dois grupos: extremamente dependentes e dependentes. Ambos precisaram realizar os mesmos testes cognitivos só que, dessa vez, os participantes do primeiro time (mais dependentes) precisaram desligar os celulares.
O que os pesquisadores notaram foi que os usuários extremamente viciados mostraram um desempenho muito pior nos testes do que seus pares menos dependentes, mas apenas quando mantiveram os dispositivos na mesa, no bolso ou em uma bolsa, próximos de si, portanto. 
A boa notícia é que quando o smartphone foi colocado em outra sala, todos os voluntários – independentemente de seus graus de dependência – tiveram bons resultados nos testes de capacidade cognitiva.
“Vemos uma tendência linear que sugere que à medida que o smartphone se torna mais visível, a capacidade cognitiva disponível dos participantes diminui”, explica Adrian Ward, um dos autores do estudo em uma publicação sobre o experimento.  Assim, uma das conclusões mais interessantes dessa pesquisa é que a mera presença do  smartphone é suficiente para reduzir a capacidade cognitiva.
Tudo fica mais grave se levarmos em conta um estudo de junho de 2016, realizado pela Nottingham Trent University, que revelou que usuário típico de smartphone interage com seu dispositivo 85 vezes por dia, em média. Segundo a pesquisa, cada uso de smartphones tem duração curta, inferior a 30 segundos. No entanto, ao reunir todo esse tempo de uso, os pesquisadores descobriram que as pessoas passam em média quase um terço do tempo que estão acordadas com o celular na mão - em 2016, esse tempo no Brasil era de 4 horas e 48 minutos. 
Vale lembrar que quando o uso de ferramentas tecnológicas como tablet ou smartphones se torna um vicio, prejudicando a realização das atividades cotidianas da pessoa, interferindo em suas relações sociais e familiares e trazendo prejuízo às atividades profissionais ou acadêmicas,  já fica caracterizado um transtorno e que tem nome: nomofobiaPreocupante..