segunda-feira, 24 de julho de 2017

EM 2007, O iPHONE COMEÇAVA A MUDAR O MUNDO

“De vez em quando surge um produto revolucionário que muda tudo.” Essas palavras foram usadas por Steve Jobs, fundador e então CEO da Apple, ao apresentar o iPhone, no início de 2007 (foto ao lado). No dia 29 de junho do mesmo ano, as vendas do iPhone começavam. Hoje, não é exagero dizer que Steve Jobs tinha razão: o iPhone mudou tudo e foi fundamental para que a Apple se tornasse a empresa mais valiosa do mundo, com valor de mercado ao redor de US$ 800 bilhões. Em meados de 2016, a Apple atingiu a marca de um bilhão de iPhones vendidos; em 2017, até o mês de maio, foram vendidas 40 milhões de unidades.   

O iPhone nasceu por conta de um medo da Apple, que previa que mais cedo ou mais tarde alguma outra empresa criaria um telefone celular com uma espécie de iPod, um reprodutor de mídia, embutido. O iPod havia trazido cerca de 45% das receitas da Apple em 2005, o que explica a preocupação da Apple. O plano era trabalhar em conjunto com outra fabricante para oferecer esse produto; a escolhida foi a Motorola, mas a ideia não prosperou, apesar de um modelo inicial ter sido lançado. 

O iPhone mudou a relação que as pessoas têm com a tecnologia: telefones serviam para basicamente para telefonar, computação era um assunto para um desktop ou notebook. Com o smartphone, essa noção mudou completamente, as pessoas passaram a ter um computador ao alcance dos dedos durante o dia todo e a construção de aplicativos deixou de ser um assunto restrito a nerds, e esses aplicativos, construídos por pessoas comuns passaram a ser distribuídos globalmente.

Além de se tornarem uma ferramenta central na vida das pessoas, que com eles se comunicam, se divertem e fazem negócios, os smartphones e os aplicativos deram origem a uma indústria bilionária que causou revoluções em diversos setores: Uber e 99, entre outras, mudaram a mobilidade urbana; WhatsApp se tornou uma ferramenta mundial de comunicação pela internet; Netflix popularizou vídeos sob demanda; inúmeras outras mudanças e aplicações surgiram e certamente continuarão a surgir. 

Mas dificuldades podem estar no horizonte da Apple, como já dissemos em post anterior: de acordo com o cenário traçado pelo analista Ming-Chi Kuo da KGI Securities, parece haver motivos para temer até pela continuidade da Apple no mercado. Quem viver, verá...