São muitas as histórias sobre navios fantasmas, sendo a mais famosa a do Holandês Voador, surgida no século XVII. Diz-se que o capitão do navio, teria insistido - ignorando os protestos de sua tripulação - em atravessar o Estreito de Magalhães, região famosa pelo seu clima instável e suas geleiras, os quais tornam a navegação na área extremamente perigosa.
O capitão teria conduzido seu navio pelo estreito, encarando terríveis tempestades, das quais teria conseguido escapar por ter vencido o Diabo em um jogo, mas utilizando dados viciados. Pela trapaça, o navio e seu capitão teriam sido amaldiçoados, condenados a navegar eternamente pelos oceanos, sempre contra ao vento, causando o naufrágio de outras embarcações que porventura o avistassem.
Várias empresas estão trabalhando na área. Navios autônomos não precisam de tripulação, cabines, comida ou água potável, o que lhes permite levar mais carga em cada viagem e ficar no mar por muito mais tempo. Segundo a revista Scientific American, o mercado de navegação autônoma vai crescer mais de 40% nos próximos 10 anos, chegando a US$ 130 bilhões anuais em 2030.
Uma empresa trabalhando na área é a Ocean Infinity, que está construindo uma frota chamada Armada. Serão 15 navios, com tamanho entre 69 e 120 pés, que deverão estar em operação no fim deste ano e serão usados para inspeção de infraestrutura submarina, como cabos de comunicação e oleodutos.
Para isso, os navios serão capazes de lançar ROVs (Remotely Operated Underwater Vehicle), pequenos submarinos operados remotamente, que podem captar dados acústicos e imagens a uma profundidade de até cerca de 6 km.
Mas os navios da Armada não são completamente autônomos: são controlados remotamente por marinheiros experientes, usando conexões via satélite. Além de proteger os navios contra invasões em seus sistemas, a Ocean Infinity também se preocupou com invasões locais, como ataques de piratas. Por isso os navios são programados para manter distância de quaisquer outras embarcações, e tem um deck projetado para tornar difícil uma abordagem.
Outra empresa no setor é a ProMare, que se aliou à IBM para desenvolver um trimarã (embarcação com três cascos: dois cascos mais finos situados aos lados de um casco central maior, muito estável) chamado MAS (Mayflower Autonomous Ship).
Movido a diesel e energia solar, o MAS (imagem ao lado) fará uma viagem de demonstração entre Plymouth, na Inglaterra, e Plymouth, em Massachusetts, repetindo a viagem do Mayflower original, o navio que levou os primeiros colonos ingleses para a América do Norte em 1620. Aqui podemos assistir a um vídeo acerca do projeto.
A viagem do MAS, prevista para o mês de setembro, deve levar de duas a três semanas.
Diferente da Armada, o MAS é equipado com uma inteligência artificial chamada AI Captain, desenvolvida em parceria com a IBM, capaz de analisar as condições marítimas e meteorológicas e tomar decisões de forma autônoma.
Usando radar, sonar, câmeras e satélites, o MAS pode comparar o que vê com um banco de dados de mais de um milhão de imagens marítimas, gerando um “mapa de risco” que ajuda o “capitão” a reagir a obstáculos, intempéries e tráfego marítimo.
Mais avanços nessa área - esperamos que gerando benefícios a todos e não apenas deixando marinheiros desempregados e empresários mais ricos...
Mas em breve navios autônomos, sem tripulantes, como o Holandês Voador, poderão estar reduzindo custos e aumentando a eficiência do transporte e de outras atividades marítimas.
Várias empresas estão trabalhando na área. Navios autônomos não precisam de tripulação, cabines, comida ou água potável, o que lhes permite levar mais carga em cada viagem e ficar no mar por muito mais tempo. Segundo a revista Scientific American, o mercado de navegação autônoma vai crescer mais de 40% nos próximos 10 anos, chegando a US$ 130 bilhões anuais em 2030.
Uma empresa trabalhando na área é a Ocean Infinity, que está construindo uma frota chamada Armada. Serão 15 navios, com tamanho entre 69 e 120 pés, que deverão estar em operação no fim deste ano e serão usados para inspeção de infraestrutura submarina, como cabos de comunicação e oleodutos.
Para isso, os navios serão capazes de lançar ROVs (Remotely Operated Underwater Vehicle), pequenos submarinos operados remotamente, que podem captar dados acústicos e imagens a uma profundidade de até cerca de 6 km.
Mas os navios da Armada não são completamente autônomos: são controlados remotamente por marinheiros experientes, usando conexões via satélite. Além de proteger os navios contra invasões em seus sistemas, a Ocean Infinity também se preocupou com invasões locais, como ataques de piratas. Por isso os navios são programados para manter distância de quaisquer outras embarcações, e tem um deck projetado para tornar difícil uma abordagem.
Outra empresa no setor é a ProMare, que se aliou à IBM para desenvolver um trimarã (embarcação com três cascos: dois cascos mais finos situados aos lados de um casco central maior, muito estável) chamado MAS (Mayflower Autonomous Ship).
Movido a diesel e energia solar, o MAS (imagem ao lado) fará uma viagem de demonstração entre Plymouth, na Inglaterra, e Plymouth, em Massachusetts, repetindo a viagem do Mayflower original, o navio que levou os primeiros colonos ingleses para a América do Norte em 1620. Aqui podemos assistir a um vídeo acerca do projeto.
A viagem do MAS, prevista para o mês de setembro, deve levar de duas a três semanas.
Diferente da Armada, o MAS é equipado com uma inteligência artificial chamada AI Captain, desenvolvida em parceria com a IBM, capaz de analisar as condições marítimas e meteorológicas e tomar decisões de forma autônoma.
Usando radar, sonar, câmeras e satélites, o MAS pode comparar o que vê com um banco de dados de mais de um milhão de imagens marítimas, gerando um “mapa de risco” que ajuda o “capitão” a reagir a obstáculos, intempéries e tráfego marítimo.
Mais avanços nessa área - esperamos que gerando benefícios a todos e não apenas deixando marinheiros desempregados e empresários mais ricos...