quarta-feira, 27 de maio de 2020

MEIAS DE NYLON COMPLETAM 80 ANOS


O filme A Primeira Noite de um Homem, de 1967, tem alguns elementos icônicos, como a trilha sonora de Simon & Garfunkel, com musicas como The Sound of Silence e Mrs. Robinson e uma cena na qual a sra. Robinson (Anne Bancroft), sentada à beira de sua cama, tira voluptuosamente suas meias de nylon tentando seduzir o jovem Benjamin Braddock (Dustin Hoffman)


Mas o tema deste post não é cinema, mas sim o nylon, um produto da tecnologia dos anos 1930 e que acabou gerando produtos como as meias usadas pela sra. Robinson, que chegaram ao mercado em maio de 1940.

O nylon é produto das pesquisas do químico Wallace Hume Carothers que trabalhava para a DuPont. Em 1935, quando a empresa convenceu-se de que o nylon teria aplicações comerciais, passou a buscar um nome com o qual comercializa-lo; 400 alternativas foram consideradas, chegando-se enfim a Nylon.

Em 1939, a título de teste, a DuPont disponibilizou um lote de 4 mil pares de meias femininas feitas com o produto, e em 15 de maio de 1940 começaram as vendas nos Estados Unidos, tendo sido vendidos 4 milhões de pares nos primeiros 4 dias de vendas, um sucesso estrondoso. 

Mas logo em seguida começou a guerra, e a fabricação de meias foi paralisada: toda a produção de nylon começou a ser utilizada para produção de material militar, como paraquedas, tendas e cordas. As poucas meias que restaram,  podiam ser compradas no mercado negro, a preços ao redor de 1,5 mil reais de hoje. 

Terminada a guerra, a volta ainda mais estrondosa: em 1945, apenas em nova Iorque, foram vendidos 50 mil pares em seis horas. Enormes filas e tumultos ocorreram nas portas das lojas, com mulheres disputando lugares a tapas e unhadas. 

Nos anos 1950 e 1960, o consumo de meias de nylon seguiu crescendo, tendo a evolução tecnológica permitido o lançamento de meias mais finas, sem costura e meias calça. Mais adiante, o nylon e seus derivados permitiram o surgimento de novas fibras e produtos, como a lycra e os collants.