quarta-feira, 25 de outubro de 2017

WEARABLES SAINDO DA MODA?

È interessante voltar, depois de algum tempo,  a certos assuntos acerca dos quais se escreveu: descobre-se freqüentemente que se errou totalmente ou que, na melhor das hipóteses,  as coisas evoluíram de forma diferente da que se pensava. Na área tecnológica isso é ainda mais comum, a ponto de Michael Eisner, que presidiu o grupo Disney,  ter dito que em função da velocidade com que a evolução ocorre, tentar prever o futuro na área de tecnologia é caminho certo para a humilhação.

No início de 2001, escrevíamos sobre os "wearable computers",  tecnologia, que poderia ter seu nome traduzido de forma quase literal, como "computadores vestíveis" - essa expressão, no entanto, soa tão mal que duvidávamos que fosse adotada (aqui acertamos). Por falta de algo melhor, propúnhamos (e ainda propomos) continuarmos com "wearable computers", até que alguém produza algo que ao menos soe melhor (e o que é pior, não se pode sequer utilizar apenas as iniciais...). Hoje os wearables não se restringem aos
O Google Glass
computadores propriamente ditos: relógios, óculos, pulseiras e outros estão disponíveis.

O assunto foi se aquecendo, com lançamentos que agitaram o mercado, como o do Google Glass em 2013, por exemplo. 

O Moto 360
Mas agora, nota-se um refluxo: a Lenovo, por exemplo,embora ainda mantenha alguns modelos nas prateleiras, como o relógio Moto 360, informa que não pretende lançar novos produtos na área, ao menos em curto prazo -  “É um mercado que se mostrou muito limitado para todos os fabricantes”, diz o  vice-presidente sênior da Lenovo, Aymar de Lencquesaing. “Se o mercado potencial se materializar, nós poderemos voltar a desenvolver produtos”, disse também o executivo.

Também sobre o Google Glass pouco se fala na atualidade; sua produção foi descontinuada em 2015 e atualmente há pesquisa para seu uso em nichos bastante específicos, na indústria, principalmente. Em meados desse ano, foi aberto na Suécia o "Museu dos Fracassos", e o Google Glass é exposto ali...

Como costumamos dizer, os executivos da área precisam  ao menos monitorar tecnologias e tendências, de forma a poderem definir estratégias eficientes!


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

RALPH BAER,UM PIONEIRO DOS VIDEOGAMES



Ralph Baer (1922-2014) criou, patenteou e lançou o primeiro console para videogames a ser conectado a televisores, lançando assim as bases para a moderna indústria de games.
Em 1966, enquant
Protótipo do Odissey, em exibição no Museu Smithsonian
o trabalhava para a Sanderes Associates, empresa voltada para 
a área de defesa, Baer escreveu um documento de quatro páginas detalhando sua ideia; nos anos seguintes,  liderando um time de profissionais da Sanders,  desenvolveu suas ideias, que foram patenteadas em 1969.
Em 1972, a Sanders licenciou a invenção para a fabricante de TVs Magnavox, que a lançou no mercado com a marca “Odyssey”, o primeiro console doméstico de videogame. O produto não foi um grande sucesso, mas um dos jogos que eram oferecidos, uma espécie de tênis, inspirou a Atari, que lançou o “Pong” naquele mesmo ano — esse sim, um grande sucesso; a Magnavox processou a Atari por pirataria e ganhou uma ação que obrigou essa última a pagar pelo uso da ideia.
Sanders, nascido na Alemanha, fugiu para os Estados Unidos aos 17 anos juntamente com sua família, fugindo do nazismo. Aprendeu a consertar rádios através de um curso por correspondência no início dos anos 1940 e abriu  uma pequena oficina nesse ramo; convocado pelo Exército, nele permaneceu por três anos, cursando em seguida o American Television Institute of Technology em Chicago, onde recebeu em 1947 um diploma em Engenharia de TV.
Trabalhou em diversas empresas até chegar à Sanders, tendo desenvolvido o  videogame a partir de ideias que vinha aplicando a projetos militares.

Depois do Odyssey, Baer desenvolveu vários outros games e brinquedos, sempre registrando cuidadosamente suas ideias e projetos, o que acabou sendo muito útil para a Magnavox em novos processos que a empresa moveu acusando outros concorrentes de plágio, como a Nintendo, por exemplo. Um de seus grandes sucessos foi o Simon, conhecido no Brasil como Genius, lançado no Brasil pela Estrela em 1980.

Em sua autobiografia de 2005,Videogames: In the Beginning, disse que os processos movidos pela Magnavox foram importantes para que seu trabalho fosse reconhecido; em 2006, recebeu do Presidente Bush a   National Medal of Technology.

domingo, 22 de outubro de 2017

GIF COMPLETA 30 ANOS


O GIF, Graphics Interchange Format, foi criado em 1987, e depois de passar por altos e baixos, tornou-se um ícone nesta era da internet móvel. De maneira simples, podem ser definidos como imagens animadas que podem ser incluídas em mensagens, textos e outros arquivos. 

Quando a internet ainda engatinhava, Steve Wilhite, da CompuServe, criou o GIF para ser um formato “universal”. Ele era leve, tinha resolução razoável e funcionava em quase todos os ambientes da época. Consta que o avião que está ao lado foi o primeiro GIF. 

A princípio, porém, não tinha duas características que o fizeram famoso, a animação – que apareceu em 1989, e o “loop infinito” (ficar rodando sempre), que nasceu em 1995, pelas mãos do desenvolvedor Marc Andreessen, na segunda versão do Netscape, um dos navegadores de internet mais populares dos anos 90.

Até o início dos anos 2000, o GIF era onipresente na internet, mas em meados da década foi substituído por outros formatos, como o Flash, que quase o matou, mas o mundo da tecnologia é cíclico: com a chegada dos smartphones ao mercado, em 2007, o Flash virou um problema, pois era muito complexo e pesado – a Apple, por exemplo, recusou-se a adotá-lo no iPhone e o GIF voltou a tornar-se popular. Hoje, o formato está mais vivo do que nunca: mais de 13 bilhões de GIFs foram compartilhados no Facebook Messenger em 2016. No Brasil, a busca por arquivos do tipo no Google está no nível mais alto desde 2007.

Outra característica que mantém os GIFs em alta é seu caráter universal: sendo apenas imagens, sem sons, podem ser entendidos por todos, como os emojis.

Muitos acreditam que o GIF ainda continuará sendo usado por muito tempo: “Ele vai existir até descobrirmos como transferir pensamentos de um cérebro para outro”, diz diz Jason Scott, historiador do Internet Archive, grupo dos EUA sem fins lucrativos dedicado a preservar a história da rede. “Ainda vai demorar para acontecer isso, completa Scott.” 

 

terça-feira, 17 de outubro de 2017

UM MEGA PROJETO UNE MICROSOFT E FACEBOOK

A invenção do telegrafo por Samuel Morse em 1843 levou à ideia de serem lançados cabos atravessando os oceanos para utilizar a nova tecnologia. No ano seguinte foram colocados no fundo do mar 4.630 km de cabo, ligando a Irlanda aos Estados Unidos - no ponto final do cabo, as mensagens seriam lançadas na rede telegráfica terrestre. Problemas impediram que essa ligação tivesse sucesso, após diversas tentativas - apenas em 1866  a ligação tornou-se confiável. 

O serviço foi se expandindo e na atualidade os cabos modernos têm geralmente 69 milímetros de diâmetro e pesam cerca de 10 quilos por metro, embora cabos mais finos e leves sejam usados para trechos em águas profundas.  Em 2010, os cabos submarinos já ligavam todos os continentes, exceto a Antartida - o mapa acima nos dá uma visão  do sistema.

Mais um cabo entrou em operação no mês passado: o Marea, que com 6,6 mil km de extensão é  a mais potente conexão transoceânica já instalada: liga a cidade de Virginia Beach, nos Estados Unidos, a Bilbao, na Espanha, com capacidade para transferir 160 terabits por segundo, o equivalente a mais de 5 mil filmes de alta resolução. Trata-se de propriedade conjunta do Facebook e da Microsoft.

Esse tipo de rede de fibras ultrarrápidas é necessário para dar conta do imenso volume de dados que circula atualmente pelo mundo. Em 2016, segundo a empresa de pesquisas de mercado TeleGeography, o tráfego chegou a 3.544 terabits por segundo, o dobro do volume registrado em 2014. 

Perto da costa, o cabo foi enterrado para evitar choques com peixes e embarcações. Em alto mar, repousa sobre o solo do oceano. Essa verdadeira obra prima da tecnologia e engenharia foi finalizada em menos de dois anos. A expectativa é de que o Marea esteja totalmente operacional logo no início de 2018.

A demanda por largura de banda internacional cresce a um ritmo de 45% ao ano. Boa parte do tráfego atualmente ainda é gerada pelos usuários de internet, mas é grande e crescente a participação das gigantes de internet e computação em nuvem, que precisam manter sincronizados os diversos centros de processamento de dados que têm espalhados pelo mundo.

Essas empresas costumavam alugar toda a largura de banda de que necessitavam junto a operadoras de telecomunicações. Agora, porém, precisam de tanta capacidade de rede que faz mais sentido instalar cabos próprios, em particular nos casos em que a distância entre os centros de processamento é grande. A associação setorial Submarine Telecoms Forum calcula que em 2016 foram instalados 100 mil km de cabos submarinos. Em 2015 tinham sido apenas 16 mil km. Segundo projeções da TeleGeography, entre 2016 e 2018 esses projetos de cabeamento devem consumir um total de US$ 9,2 bilhões, cinco vezes mais que o valor investido nos três anos anteriores.

Para as empresas, ter uma rede submarina de fibra óptica exclusiva oferece algumas vantagens, entre as quais se destacam a maior disponibilidade de largura de banda, os custos mais baixos e um delay (latência), menor. O acesso a diversos cabos, distribuídos por rotas diferentes, também garante segurança em casos de emergência. Se um cabo se rompe, em virtude da ação de redes de pesca, submarinos ou terremotos o tráfego pode ser remanejado para outra rota. 

Ainda mais importante que isso, porém, é o fato de que, com sua própria rede de cabos, as empresas têm maior controle sobre a administração do tráfego de dados e a atualização de equipamentos. Algumas pessoas receiam que, com a propriedade das redes de fibra óptica pelas quais são transportados os dados dos consumidores, as gigantes de tecnologia tenham ainda mais poder do que já possuem. É como se a Amazon fosse dona das rodovias e dos caminhões utilizados nas entregas das encomendas de seus clientes, comparam. 

Os cidadãos comuns podem esperar para ver - as grandes empresas precisam apostar...

sábado, 14 de outubro de 2017

REEMBOLSO DE DESPESAS: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL MELHORANDO O PROCESSO


O blog Link Estadão publicou um excelente texto, tratando da melhoria do processo de remmbolso de despesas feitas pelos funcionários das empresas. Em geral esses processos são burocráticos para os usuários (funcionários que fazem as despesas e pedem o reembolso) e trabalhosos para que se faça as conferências e processamento dos pagamentos. Invariavelmente, auditorias internas travam os pagamentos e provocam com isso reações de insatisfação nos funcionários. A startup Appzen pretende automatizar todo este processo utilizando Inteligência Artificial .

Funciona da seguinte forma: no momento em que o funcionário submete uma despesa, o sistema identifica e interpreta todos os seus detalhes, incluindo quem, como e porque foi feito aquele gasto. Em seguida, o sistema consulta centenas de bases de dados para garantir que não existe fraude, mau uso ou violação de leis ou regras internas. Por exemplo, para checar uma despesa com combustível, o sistema é capaz de cruzar dados de geo-localização do celular, o preço do litro do combustível naquele posto naquele momento e os clientes visitados no dia, para dizer se a quantidade de litros e o preço por litro estão corretos. Por último, cada relatório de despesas recebe uma classificação de risco e aqueles com alta pontuação são recomendados para revisão pela equipe de auditoria.

Com isso, o esforço de auditoria é imensamente reduzido, pois os especialistas passam a só atuar nas exceções. A Appzen afirma que, em média, estes custos são reduzidos em 80% e a experiência do funcionário melhora na mesma proporção, pois eles deixam de ser submetidos a questionamentos infundados, que tomam tempo, aborrecem aqueles que agem corretamente e tornam o processo de reembolso mais lento. 

O sistema já está integrado com algumas ferramentas de gestão desenvolvidas por grandes empresas, como Oracle, Concur e Netsuite, tornando a sua implantação bastante simples. 

Os fundadores, os indianos Anant Kale e Kunal Verme, são experientes profissionais, que trabalharam por anos, respectivamente, na Fujitsu e na Accenture, onde viveram de perto as dores do processo que hoje resolvem. E entre os investidores, nomes de peso como Mastercard, Bloomberg e 500 Startups.

Entre os prêmios que a startup já ganhou, está o de melhor empresa de Inteligência Artificial de 2017, pelo Artificial Intelligence Awards, uma premiação bastante reconhecida no meio.

É um belo exemplo de como a Inteligência Artificial pode ajudar (e não necessariamente substituir) o ser humano no seu dia a dia.


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Google lança fones de ouvido que traduzem 40 idiomas

A revista EXAME publicou recentemente artigo anunciando o lançamento, pelo Google, de fones de ouvido inteligentes, os Pixel Buds, que podem traduzir idiomas em tempo real, permitindo pessoas se comuniquem falando diferentes idiomas.

Na apresentação do Google, que foi realizada nos EUA e transmitida pela internet, os novos fones foram demonstrados em uma conversa entre pessoas falando inglês e sueco. Segundo o Google, o produto fará a tradução de 40 idiomas.

Os fones funcionam com conexão Bluetooth, e serão vendidos nos Estados Unidos por US$ 159. Não há informações sobre seu lançamento no Brasil. Os Pixel Buds são compatíveis com o novo smartphone do Google, o Pixel 2, e com celulares Android recentes.

O produto tem como tecnologia básica o Google Tradutor - o microfone do telefone capta o que foi dito, vai ao Google Tradutor e devolve o sinal de áudio com a tradução do que foi dito - há um delay, mas a demonstração feita no lançamento do produto mostra que esse é bastante pequeno.  

A duração de bateria estimada é de 5 horas de uso. A caixinha dos fones, onde eles ficam guardados enquanto não estiverem em uso, serve como um carregador portátil, como acontece nos AirPods da Apple.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Acesso à internet está presente em 54% das casas brasileiras

Apesar da crise, o acesso à internet teve um leve crescimento no Brasil entre os anos de 2015 e 2016, conforme mostra a pesquisa TIC Domicílios, divulgada hoje pelo Comitê Gestor da Internet (CGI). O levantamento mostra que 54% dos domicílios do País (36,7 milhões de lares) tinham alguma conexão à internet em 2016, o que representa um avanço frente aos 51% do ano anterior.

A banda larga fixa é o tipo de conexão mais popular, com um total de 23 milhões de residências conectadas. Em seguida vem a banda larga móvel, com 9,3 milhões, e o acesso apenas por meio de celulares, com 4,4 milhões.

O acesso por celulares tem mostrado o maior avanço, segundo a pesquisa. A proporção de domicílios com acesso à internet, mas sem computador, dobrou em dois anos, passando de 7% em 2014 para 14% em 2016.

Entre os usuários de internet pelo telefone celular, o Wi-Fi se mantém como o tipo de conexão mais mencionado: 86% dos usuários afirmam utilizar a rede sem fio, enquanto 70% utilizam a rede 3G ou 4G.

O estudo também revela desigualdade de acesso à internet entre as classes sociais. Apenas 23% dos domicílios das classes D e E estão conectados, enquanto em áreas rurais esta proporção é de 26%. O acesso está mais presente em domicílios de áreas urbanas (59%), e nas classes A (98%) e B (91%).

Segundo 26% dos moradores de domicílios desconectados, o motivo para a falta de acesso é o preço considerado elevado do serviço, enquanto apenas 18% mencionam falta de interesse.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

JAPÃO TRABALHA EM NOVO TREM BALA - ENQUANTO ISSO, POR AQUI...


A companhia ferroviária japonesa JR East começará a testar em 2019 um novo modelo de trem-bala, o Shinkansen, capaz de alcançar 360 km/h. 

O modelo, batizado Alfa-X, será a base para uma nova geração de trens-bala que a companhia pretende colocar em operação em 2030; seu primeiro protótipo contará com dez vagões. 

E5 Hayabusa
O Alfa-X superará a velocidade dos atuais Shinkansen, dentre os quais os mais rápidos são os da série E5 Hayabusa, empregados na linha que conecta Tóquio com a região de Tohoku (norte) e que alcançam 320 km/h. 

Chuo Shinkansen
Por outro lado, a JR Central, pertencente ao mesmo grupo que a JR East, está desenvolvendo um trem de levitação magnética (maglev), que iniciará seu serviço comercial em 2027, sendo chamado Chuo Shinkansen e circulará a mais de 500 quilômetros por hora, unindo inicialmente Tóquio com Nagoya (centro de Japão) e posteriormente será ampliada até Osaka (oeste).

E aqui na região, os 65 quilômetros que unem Jundiaí a São Paulo são percorridos em cerca de duas horas e meia, gastando-se na viagem o mesmo tempo que se gastava em 1867, quando o trecho foi inaugurado.


segunda-feira, 18 de setembro de 2017

NOVOS SMARTPHONES DA APPLE DISPÕEM DE CARREGADORES "SEM FIO"

Dentre os recursos de que dispõem os novos iPhones recentemente lançados, um deles chama a atenção:  a recarga sem fio. A função não é inédita,  vários aparelhos ao já contavam com ela, mas sua adoção pela Apple deve tronar praticamente obrigatória sua disponibilização para aparelhos de outras marcas

Vale notar que  a recarga sem fio não é 100% sem fio - o celular se conecta um carregador sem cabos, bastando ser colocado sobre ele, mas o carregador precisa estar ligado a uma tomada; de qualquer forma, isso simplifica o uso.

Existem vários padrões concorrentes para recarga sem fio, mas o  padrão Qi (pronuncia-se “tchí”) está predominando; sua adoção pela  Apple fortalece ainda mais o padrão, o que abre espaço para bases de recarga públicas; assim como o WiFi vem sendo fornecido por diversos estabelecimentos como forma de atrair clientes, se o cliente souber que  se for a um restaurante e deixar o celular na mesa, ele ficará carregando, isso certamente contará pontos para o estabelecimento. Se cada fabricante usasse um padrão diferente, isso não seria possível.
O modo mais comum de recarga sem fio é a indução magnética, que usa magnetismo para transmissão de energia - esse método requer o contato direto entre o celular e o carregador. O padrão Qi, originalmente, previa apenas esse método de recarga, mas recentemente também incluiu a função de ressonância magnética, que cria um campo um pouco mais distante, permitindo que os celulares sejam carregados a até 4,5 centímetros de distância da base. Isso possibilita, por exemplo, que a base seja posicionada abaixo de uma mesa, embora, quanto maior a distância entre dispositivo e carregador, menor a eficiência. O método também permite que vários aparelhos sejam carregados na mesma base ao mesmo tempo.
A Apple vende o carregador, que é chamado por ela Wireless Charging Pad por cerca de US$ 60.

domingo, 17 de setembro de 2017

52 ANOS DEPOIS, A LEI DE MOORE SEGUE EM VIGOR

Nascido em San Francisco, California, filho do xerife do condado, Gordon Moore graduou-se em química por Berkley e doutorou-se na mesma área por Caltech. Seu pós-doutorado foi feito no Applied Physics Laboratory da  Johns Hopkins University, que concluiu em 1956.

Em 1965, Moore, já um respeitado cientista e professor, escreveu um artigo a pedido da revista Electronics Magazine, buscando descrever como se desenvolveria a indústria de semicondutores nos dez anos seguintes.
Publicado em abril daquele ano, o artigo dizia que os transistores – partes fundamentais de um microprocessador e da era digital – diminuiriam exponencialmente em termos de custos e aumentariam em termos de desempenho – essa previsão ficou conhecida como “Lei de Moore”, e desde aquela época, essas previsões vem se confirmando e esses componentes estão por trás das incríveis inovações que transformaram nosso mundo e nossas vidas.


Moore é também um empresário de sucesso, sendo um dos fundadores da Intel, uma das maiores importantes empresas da área. Atualmente, aos 88 anos dedica-se à filantropia e a atividades recreativas como a pintura personalizada de automóveis e construção de modelos de aviões; atribui o fato de estar bem física e mentalmente ao seu interesse pela pesca.

Em 2015, comemorando os 50 anos da Lei de Moore, a Intel criou um interessante infográfico a respeito do tema, partes do qual ilustram este post. A Intel lançou o primeiro microprocessador do mundo, o 4004, em 1971; para ilustrar o poder da Lei de Moore, a Intel fez uma comparação entre esse primeiro chip e o processador Intel® Core™ i5, que era seu processador mais avnçado naquele ano.

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Nissan Leaf 2018 não tem pedal de freio

Lançado em 2010, o Nissan Leaf é atualmente o carro 100% elétrico mais vendido do mundo. Seu modelo 2018 traz alterações de design e algumas mudanças significativas em termos tecnológicos - a ideia é competir com o Chevy Bolt e o Tesla Model 3.
A principal novidade é o que a Nissan chama de e-Pedal; esse pedal é um acelerador, mas que também obedece a comandos para desacelerar, brecar e segurar o carro -  a empresa o define como “revolucionário”.
Outra novidade em termos de tecnologia é o ProPilot, que permite a condução autônoma (sem interferência do motorista) em estradas, mantendo o carro na faixa e acompanhando a velocidade do carro da frente;   o ProPilot não faz ultrapassagens e acessos a outras vias quando operando de modo autônomo - isso ainda será tarefa do motorista.
A bateria também mudou: agora tem   40 kWh, o que dá ao carro autonomia de quase 400km; em comparação com sua versão anterior, o Leaf 2018 tem 40% mais alcance e é 37% mais potente. Para recarregar a bateria são necessárias 16 horas em tomadas de 3kW e  8 horas em tomadas de 6kW.
Em outubro, as vendas do Leaf começam no Japão; até o fim de 2017  chega ao mercado americano e canadense e em 2018 à Europa.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Empresas começam a usar WhatsApp para atender clientes

O WhatsApp é o aplicativo de mensagens mais utilizado em todo o mundo. 

Criado em 2009 por Jan Koum e Brian Acton, foi vendido para o Facebook em fevereiro de 2014 por cerca de US$ 20 bilhões - tem hoje mais de um bilhão de usuários.  

Quando a Facebook pagou essa fortuna por uma empresa que não havia faturado absolutamente nada, o mundo se interrogava: por que o Face gastou tudo isso? Seria para impedir o avanço de outros potenciais concorrentes ou havia alguma estrategia oculta?

Agora parece que as coisas estão ficando claras: o Face pretende que o WhatsApp se torne uma ferramenta de comunicação entre empresas e seus clientes.

A ideia é permitir que consumidores conversem com empresas - sejam elas pequenas empresas locais ou gigantes multinacionais. Entre os primeiros a testar a ferramenta para esse fim, está o grupo  Itaú Unibanco, que será a primeira instituição financeira a participar do projeto. Em comunicado, o banco afirma que começará permitindo que clientes Personnalité Digital interajam com a instituição. Haverá expansão no uso do recurso para clientes de outras modalidades de forma gradual.

Diferentemente do próprio Facebook e de outros produtos do grupo, o WhatsApp não deve buscar dinheiro por meio de anúncios - em entrevista ao Wall Street Journal, executivo do Face afirma que alguns recursos do app para empresas devem ser pagos no futuro, começando a gerar receita. 

Esse início dos testes acontece, além de no Brasil, em países europeus, na Índia e na Indonésia. A companhia aérea holandesa KLM, por exemplo, é outro parceiro nesse momento. Usuários terão que permitir que sejam contatados pelos perfis de empresas, avisa o WhatsApp. O passo é importante para não afugentar usuários ao se criar uma plataforma de spams.

Para que a comunicação entre empresas e clientes funcione bem, o WhatsApp lançou o selo de conta verificada. O princípio é bem parecido ao aplicado em redes sociais: a verificação garante que o perfil pertence à empresa - uma medida importante contra fraudes no app.

É ainda mais tecnologia aplicada à nossa vida diária.

domingo, 3 de setembro de 2017

SUÉCIA TESTA "ESTRADA ELÉTRICA"

A Siemens  construiu a primeira “estrada elétrica” na Suécia, país que pretende que o setor de transportes deixe de usar combustíveis fósseis até o ano de 2030.
Trata-se de um projeto piloto, desenvolvido em parceria com a Scania. A ideia básica, é que se instale nas estradas um sistema aéreo de cabos elétricos, que servem para mover caminhões híbridos, movidos a diesel e/ou energia elétrica, fabricados pela Scania – testes na fábrica alemã da Siemens vem acontecendo desde 2013.
Foi eletrificado um trecho de dois quilômetros da estrada E16, ao norte de Estocolmo. Os testes tiveram início em 2016, durarão dois anos e pretendem verificar a viabilidade de uso comercial dessa tecnologia; acredita-se que além da economia de energia, haverá sensível redução da poluição, pretendendo-se chegar no futuro a veículos totalmente elétricos.  
Face às limitações das baterias hoje disponíveis, não é viável a utilização de veículos totalmente elétricos fora de ambientes urbanos, onde é possível encontrar com facilidade estações para recarregar baterias.
Pretende-se instalar no teto dos caminhões pantógrafos semelhantes aos utilizados por trens; os pantógrafos se conectarão à rede elétrica e os veículos serão movidos  a eletricidade; nas   estradas que não disponham desta infraestrutura de cabos, os veículos poderão usar   diesel.
Na Califórnia, a Siemens trabalha com outro parceiro sueco, a Volvo,  em um projeto similar na área de Los Angeles.
A Scania parece muito interessada nesse tipo de tecnologia: em meados de 2016 colocou em operação experimental na cidade de Södertälje um ônibus urbano elétrico, mas sem uso de cabos: nos pontos iniciais da linha há uma estação que permite que em sete minutos as baterias do ônibus recebam carga para toda a viagem - a ilustração mostra um esquema do veículo. 

Esses projetos visam viabilizar o objetivo sueco de, até 2030, eliminar todos os veículos movidos por combustíveis fósseis. 

  

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Internet das Coisas: nova máquina da Nespresso deixa usuário 'pedir café' pelo celular

A Internet das Coisas está chegando à nossa vida diária: a Nespresso está lançando uma máquina que pode ser acionada pelo celular - você pode fazer seu café sem nem sair da cama!

Batizada como  Nespresso Expert, a máquina está chegando ao Brasil nos próximos dias; custa cerca de mil reais e tem conexão direta com smartphones Android e iOS. 
Com apoio de Bluetooth, a cafeteira tem ainda um aplicativo,  com o qual o usuário pode preparar cafés à distância, gerenciar o estoque de cápsulas e até mesmo agendar um cafezinho para determinados horários. 
Além da comodidade tecnológica, a Nespresso Expert tem mais funcionalidades: permite o ajuste de temperatura da bebida (morna, quente ou extra quente), o tamanho do café e tem uma quarta forma de preparo de café, no estilo americano, mais suave. A máquina pode ser vista neste vídeo, que a empresa preparou para seu lançamento.

terça-feira, 29 de agosto de 2017

Robô limpa janelas e azulejos

Em um momento que se fala de robôs com medo, surge uma aplicação interessante para essas máquinas: fazer a limpeza de vidros e azulejos, deixando a vida mais fácil. 

O Housekeeper Window usa um sistema de ventosas para se prender a paredes e janelas para realizar a limpeza. Com isso, ele é capaz de cuidar da sujeira, seja na parte interna ou externa de casas e apartamentos. é a Rosie dos Jetsons chegando às nossas casas

A máquina é capaz de fazer a limpeza sozinha, mas um controle remoto, permite que a pessoa controle o robô vai enquanto ele faz a limpeza. O robô vem acompanhado de 3 panos para limpeza—que podem ser colocados diretamente na máquina de lavar. O Housekeeper Window é vendido pela Polishop, empresa presente entre nós por 1.800 reais.

Aqui há um vídeo que mostra um pouco mais da máquina.


terça-feira, 22 de agosto de 2017

Cisco: tudo começou com um caso de amor

Se você não é um profissional de Tecnologia da Informação, provavelmente nunca ouviu falar da Cisco. Mas é ela uma   das principais responsáveis por permitir que pessoas comuns e organizações comuniquem-se eficientemente,   mudando a maneira como as pessoas trabalham, vivem, divertem-se e aprendem – ao ler este blog, há quase 100% de certeza que você está utilizando um produto Cisco.
A empresa, hoje uma das maiores do mundo na área tecnológica, teve origem em um caso de amor:   Leonard Bosak e Sandra Lerner, funcionários da área de computação da Universidade de Stanford, trabalhavam em departamentos diferentes. Para ficar  em contato com ela, Bosak teve a   ideia de criar um aparelho -  que chamou de “Router” (roteador)  - que permitia mandar emails de um computador para outro ligado a uma rede diferente, facilitando  a comunicação com a namorada.
A evolução do logotipo
Baseado nessa  inovação o casal viria a criar em 1984, na cidade de Menlo Park, a  Cisco Systems,  cujo nome tem origem nas letras finais da cidade californiana de San Francisco. Diz a lenda que o casal chegou ao nome e ao logotipo inicial  da empresa ao ver a ponte Golden Gate, principal símbolo da cidade de San Francisco, emoldurada pela luz do sol. Por isso o logotipo original era uma representação da famosa ponte.
No início, a Cisco fabricava apenas roteadores de grande porte para empresas, mas gradualmente diversificou o seu negócio passando a atender também ao consumidor final com tecnologias como  VoIP e fornecendo tecnologias para roteamento e comutação avançada,   redes óticas, wireless, redes de armazenamento, segurança, banda larga etc., chegando, em 2000, em pleno pico do boom das empresas ponto-com, a tornar-se a empresa mais valorizada do mundo, com valor  de mercado de mais de US$ 500 bilhões e a ser considerada   pela revista Forbes como a empresa de alta tecnologia mais dinâmica dos Estados Unidos.
Na atualidade, a Cisco parece estar focando suas ações no segmento de arquitetura das redes para a transformação dos negócios, apostando no que vem sendo chamado “Internet das Coisas” (Internet of Things). Seus equipamentos controlam cerca de 85% do tráfego da Internet e seu lucro em 2016 foi de  US$ 10,7 bilhões.
No Brasil, a Cisco esteve em 2007 no centro de um grande escândalo: foi acusada de envolvimento com fraudes em importações, ocultação de patrimônio, falsidade ideológica, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal e evasão de divisas, trazendo grandes prejuízos ao país. A direção geral da empresa alegou ignorância nesses fatos, responsabilizando seu presidente no Brasil,   Carlos Carnevalli pelos fatos criminosos, que teriam dado um prejuízo de cerca de R$ 2 bilhões aos cofres do governo.
Uma de suas iniciativas mais interessantes é o Programa Cisco Networking Academy, criado em 1997, que proporciona a estudantes a capacitação e recursos   para desenvolver, construir e administrar redes de TI.
Do ponto de vista afetivo, a história não terminou bem: o casal saiu da empresa vendendo suas ações por US$ 170 milhões, mas se divorciou pouco depois...

domingo, 20 de agosto de 2017

Pai do Macintosh, computador Lisa vai completar 35 anos

O Lisa
A jornalista Mariana Congo publicou em seu blog um excelente post que faz referência ao lançamento, em 19 de janeiro de 1983, do Lisa – da Apple – que foi o primeiro computador pessoal com interface gráfica e mouse e que deu origem ao Macintosh no ano seguinte.
A ideia por trás do Lisa era tornar os computadores mais fáceis de usar, aumentando assim a produtividade; o projeto Lisa começou em 1978. Steve Jobs, co-fundador da Apple, participou de seu desenvolvimento; a  origem do nome Lisa vem do nome da filha de Jobs e o acrônimo “Local Integrated Software Architecture” foi inventado mais tarde para justificar o nome.
Pela primeira vez pessoas comuns puderam usar um computador. Antes, era preciso ter conhecimentos técnicos e habilidade para digitar uma série de códigos que faziam os computadores trabalhar. A partir do Lisa, a presença de uma interface gráfica tornou o uso do computador intuitivo.
Na TV, um vídeo destacava, como em um tutorial, as qualidades do Lisa e explicava a lógica do mouse e dos ícones - o aumento da produtividade no trabalho, pelo uso da tecnologia, era ressaltado - era uma forma pioneira de treinar os usuários da máquina.
O preço de lançamento do Lisa foi de US$ 9.995 (em 2017, cerca de US$ 25 mil). Tinha 1 MB de RAM, um disco rígido externo de 5 MB e dois leitores de disquetes 5,25" de 871 KB.  
Apesar de seu caráter revolucionário para a época, o Lisa foi um enorme fracasso comercial - gastou US$ 150 milhões para desenvolver o Lisa, mas vendeu somente 10 mil unidades.
Um Macintosh de 1984
Em uma época em que 96 KB de RAM eram considerados uma extravagância, parte importante do preço do Lisa (e do seu fracasso) pode ser atribuída ao seu excesso de memória. A título de comparação, em 1990 ainda se vendiam computadores com menos memória que o Lisa trazia 7 anos antes - o folclore da computação conta que a Apple mantém um número significativo de Lisas não vendidos em um estoque em Utah.
O ator norte-americano Kevin Costner protagonizou um comercial de TV do Lisa em agosto de 1983. A máquina era descrita como o “mais avançado computador pessoal do mundo”. O comercial terminava com a mensagem: em breve, o mundo será dividido entre dois tipos de pessoas, aquelas que usam computadores e aquelas que usam Apple.
Será verdade?

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Montadoras formam alianças para dividir riscos de produzir carros autônomos

Já publicamos neste blog artigos sobre os riscos trazidos pelos carros autônomos; um deles está neste link e o outro neste

Agora, a  BMW e a Daimler (Mercedes), as maiores montadoras de carros de luxo do mundo, anunciaram novas alianças com alguns de seus fornecedores para investimentos em carros sem motorista; segundo a agência de notícias Reuters, há outra motivação por trás do acordo: as montadoras estão com medo de os carros sem motorista não gerarem o lucro esperado. Assim, as novas alianças seriam uma forma de dividir os riscos de investimento entre mais empresas. 

Trata-se de uma significativa mudança de estratégia, já que antes as montadoras estavam preocupadas em trabalhar sozinhas no desenvolvimento desse tipo de veículo. “Apesar de ser um mercado substancial, ele pode não corresponder ao valor dos investimentos que tem recebido”, disse à Reuters um membro do conselho de uma das montadoras alemãs.

Dezenas de empresas —  incluindo fabricantes de automóveis e empresas de tecnologia como o Google e Uber —  estão competindo por um mercado que, de acordo com a empresa de consultoria Frost & Sullivan, representará apenas 10 ou 15% dos veículos da Europa até 2030. "Para mim, é impossível acreditar que haverá 50 produtores de software de veículos autônomos bem-sucedidos", disse John Hoffecker, vice-presidente mundial da empresa de consultoria AlixPartners.

Em julho do ano passado, a BMW tornou-se a primeira grande montadora a abandonar o desenvolvimento individual de carros de autônomos para se juntar a outras empresas. Na época, a empresa se associou com a fabricante de processadores Intel e com a startup israelense que desenvolveu um software para controlar carros autônomos, a Mobileye. Juntas, as companhias esperam desenvolver a tecnologia necessária para os veículos até 2021.