quarta-feira, 25 de outubro de 2017

WEARABLES SAINDO DA MODA?

È interessante voltar, depois de algum tempo,  a certos assuntos acerca dos quais se escreveu: descobre-se freqüentemente que se errou totalmente ou que, na melhor das hipóteses,  as coisas evoluíram de forma diferente da que se pensava. Na área tecnológica isso é ainda mais comum, a ponto de Michael Eisner, que presidiu o grupo Disney,  ter dito que em função da velocidade com que a evolução ocorre, tentar prever o futuro na área de tecnologia é caminho certo para a humilhação.

No início de 2001, escrevíamos sobre os "wearable computers",  tecnologia, que poderia ter seu nome traduzido de forma quase literal, como "computadores vestíveis" - essa expressão, no entanto, soa tão mal que duvidávamos que fosse adotada (aqui acertamos). Por falta de algo melhor, propúnhamos (e ainda propomos) continuarmos com "wearable computers", até que alguém produza algo que ao menos soe melhor (e o que é pior, não se pode sequer utilizar apenas as iniciais...). Hoje os wearables não se restringem aos
O Google Glass
computadores propriamente ditos: relógios, óculos, pulseiras e outros estão disponíveis.

O assunto foi se aquecendo, com lançamentos que agitaram o mercado, como o do Google Glass em 2013, por exemplo. 

O Moto 360
Mas agora, nota-se um refluxo: a Lenovo, por exemplo,embora ainda mantenha alguns modelos nas prateleiras, como o relógio Moto 360, informa que não pretende lançar novos produtos na área, ao menos em curto prazo -  “É um mercado que se mostrou muito limitado para todos os fabricantes”, diz o  vice-presidente sênior da Lenovo, Aymar de Lencquesaing. “Se o mercado potencial se materializar, nós poderemos voltar a desenvolver produtos”, disse também o executivo.

Também sobre o Google Glass pouco se fala na atualidade; sua produção foi descontinuada em 2015 e atualmente há pesquisa para seu uso em nichos bastante específicos, na indústria, principalmente. Em meados desse ano, foi aberto na Suécia o "Museu dos Fracassos", e o Google Glass é exposto ali...

Como costumamos dizer, os executivos da área precisam  ao menos monitorar tecnologias e tendências, de forma a poderem definir estratégias eficientes!