Apesar da crise, o acesso à internet teve um leve crescimento no Brasil entre os anos de 2015 e 2016, conforme mostra a pesquisa TIC Domicílios, divulgada hoje pelo Comitê Gestor da Internet (CGI). O levantamento mostra que 54% dos domicílios do País (36,7 milhões de lares) tinham alguma conexão à internet em 2016, o que representa um avanço frente aos 51% do ano anterior.
A banda larga fixa é o tipo de conexão mais popular, com um total de 23 milhões de residências conectadas. Em seguida vem a banda larga móvel, com 9,3 milhões, e o acesso apenas por meio de celulares, com 4,4 milhões.
O acesso por celulares tem mostrado o maior avanço, segundo a pesquisa. A proporção de domicílios com acesso à internet, mas sem computador, dobrou em dois anos, passando de 7% em 2014 para 14% em 2016.
Entre os usuários de internet pelo telefone celular, o Wi-Fi se mantém como o tipo de conexão mais mencionado: 86% dos usuários afirmam utilizar a rede sem fio, enquanto 70% utilizam a rede 3G ou 4G.
O estudo também revela desigualdade de acesso à internet entre as classes sociais. Apenas 23% dos domicílios das classes D e E estão conectados, enquanto em áreas rurais esta proporção é de 26%. O acesso está mais presente em domicílios de áreas urbanas (59%), e nas classes A (98%) e B (91%).
Segundo 26% dos moradores de domicílios desconectados, o motivo para a falta de acesso é o preço considerado elevado do serviço, enquanto apenas 18% mencionam falta de interesse.