domingo, 26 de abril de 2020

APPLE WATCH COMPLETA 5 ANOS

No último dia 24 completou-se o quinto  aniversário do Apple Watch. 
Foi o primeiro produto totalmente novo da "era Cook" na Apple - Tim Cook assumiu o comando da empresa no lugar de Steve Jobs em 2011, e esse novo produto teve uma estréia promissora: antes do lançamento, já havia 1,7 milhões de encomendas, um número muito maior que estava previsto, o que contribuiu para aumentar ainda mais o appeal do novo gadget.
O Apple Watch chegou a um mercado em que já estavam presentes produtos similares dos grandes concorrentes -   Samsung Sony, Lg, Asus e Motorola. Mas esse tipo de produto ainda não havia decolado:   em 2014 foram vendidos 29 milhões de wearables, principalmente relógios; a chegada do Apple Watch levou esse número a 82 milhões em 2015.  
A partir dai as vendas continuaram crescendo: em 2019 foram vendidos 336 milhões de unidades de wearables, das quais cerca de metade são fones de ouvido e similares e 92 milhões são smartwatches. A Apple reina: vendeu 106 milhões de unidades entre Apple Watches, AirPods e  Beats.
Como já dissemos em outro post, apenas os 30,7 milhões de Apple Watchs vendidos em 2019 superaram toda a indústria relojoeira suiça, que não passou de 21 milhões.  
O produto vem evoluindo constantemente, novas funções vem sendo adicionadas - no final de 2019 foi lançado o Series 5. Ao que consta, o objetivo da Apple é que o relógio chegue a um ponto em que as pessoas não mais precisem carregar telefones. 


   

sexta-feira, 24 de abril de 2020

APESAR DE TUDO, ZOOM SEGUE CRESCENDO

A empresa informa que já conta com 300 milhões de usuários, depois de ter encerrado março com 200 milhões - um crescimento realmente impressionante!

Contribuíram as medidas tomadas pelas empresa para resolver os problemas ligados à segurança e privacidade  que foram observados nas primeiras semanas da pandemia - alguns desses problemas parecem ter sido divulgados de forma exagerada por concorrentes, preocupados com o crescimento explosivo do Zoom.

Observe-se que alguns desses concorrentes copiaram algumas das funcionalidades do Zoom: o  modo mosaico foi adotado pelo Google Meet e os fundos de tela personalizado foram incorporados pelo Microsoft Teams. 

Nessa área observa-se também que os usuários aumentaram seu grau de conscientização em relação a regras de etiqueta, como por exemplo não deixar microfone aberto quando não estiver  falando, evitar fazer coisas em paralelo durante a reunião, dress code, iluminação, fundo etc; essas regras evidentemente valem para qualquer  ferramenta similar. 

Em relação ao passado recente, pode-se afirmar que tecnologias como essa certamente continuarão a ser muito mais usadas após o final da pandemia. 


quinta-feira, 23 de abril de 2020

5G CHEGA AO EVEREST

Uma parceria entre a Huawei e as principais operadoras de telefonia celular da China, permitiu a instalação de antenas 5G nas encostas do monte Everest.

Essas antenas, situadas entre 5.300 e 5.800 metros de altitude, aumentam a conectividade na área, que desde 20210 contava com cobertura 3G. 

Na instalação trabalharam cerca de 150 técnicos, que lançaram cerca de 25 km de fibra ótica.

Segundo a parceria, o próximo objetivo é instalar antenas a 6.500 metros, o que permitiria o uso de 5G por alpinistas que atingirem o cume da montanha, a 8.848 metros de altitude.

Essa instalação é feita muito mais por questões ligadas à propaganda do que a interesses comerciais,   e certamente será utilizada pela China na luta pela liderança na área de 5G.   

segunda-feira, 20 de abril de 2020

CELULARES MAIS SIMPLES E BARATOS PARECEM SER UMA TENDÊNCIA

Os principais fabricantes de celulares parece que estão se voltando para smartphones mais simples e baratos - os equipamentos topo de linha já custam cerca de US$ 1.000 ou mais (todos os preços aqui mencionados são os praticados nos Estados Unidos). 

Exemplo dessa nova estratégia parece ser o recente lançamento, pela Apple,  da nova versão do modelo SE, que tem praticamente tudo que os equipamentos topo de linha tem, com exceção de slicker screen, câmeras super sofisticadas e altíssima resolução, tudo isso por US$ 399, enquanto o iPhone 11  tem preço mínimo de US$ 999, podendo praticamente dobrar se o usuário quiser mais espaço para armazenamento, case original e contratar  Apple Care.

A Samsung, cujo Galaxy S20 Ultra 5G, em sua versão básica custa US$ 1.399, com tela de  6.9 polegadas, 128 GB e três câmeras lança o novo   A51, com tela de 6.5 polegadas, 64 GB  e quatro câmeras, por US$ 399. Também lançou lançou uma linha econômica, com preço base de US$ 110. 

A Motorola também anunciou dois novos modelos, com preço de US$ 249 para o Moto G Stylus e US$ 299 para o Moto G Power. 

Ao que parece, essas empresas estão considerando que a imensa maioria dos consumidores precisa e pode comprar apenas equipamentos mais simples e baratos, apesar de todo barulho feito pela imprensa a respeito dos modelos mais sofisticados, que devem continuar disponíveis para os poucos que puderem compra-los. 

 

terça-feira, 14 de abril de 2020

CUIDADO: AUMENTA O NÚMERO DE GOLPES USANDO TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Durante situações como a que estamos vivendo, aumenta o número de criminosos tentando tirar vantagens dos esforços das empresas e pessoas para manterem-se trabalhando. 

Nos Estados Unidos a situação chegou a tal ponto que o Serviço Secreto alertou as forças policiais e autoridades controladoras das atividades bancárias e empresariais acerca do assunto. Pode-se acreditar que a situação em nosso país é a mesma. 

Empresas tem entrado em contato com seus clientes, fornecedores e empregados via email, transmitindo informações acerca de como suas operações serão conduzidas durante a pandemia. 

A frequência desses emails tem aumentado, à medida em que novas situações surgem e as pessoas que os recebem acabam tendendo a acreditar que os remetentes são realmente as empresas com que trabalham e acabam relaxando com relação à segurança, especialmente abrindo anexos sem maiores preocupações. 

Acontece que os anexos enviados por criminosos normalmente acabam permitindo a instalação de software malicioso nas máquinas dos usuários, tornando-os vulneráveis a roubo de senhas, monitoramento de teclados e até mesmo travando máquinas gerando pedidos de resgate para seu destravamento. Esses anexos normalmente são arquivos do Microsoft Office ou do WordPad, que chamam menos a atenção de quem os recebe. 

Evidentemente outros tipos de ataque devem estar ocorrendo, cada vez mais frequentemente. Cabe às empresas e às pessoas tomarem cuidados cada vez maiores. 

segunda-feira, 13 de abril de 2020

APPLE VENDE MAIS RELÓGIOS QUE TODA A SUIÇA

No passado a indústria relojoeira suíça dominava o mercado, sem nunca ter prestado muita atenção à concorrência. Não prestou atenção, por exemplo, ao surgimento dos relógios movidos a bateria, o que quase a levou à extinção. 

Mudanças profundas, que implicaram em fusão de empresas, demissões e mudança de foco, salvaram-na: a indústria concentrou-se em marcas de luxo e na linha Swatch, com os relógios tornando-se acessórios e não mais ferramentas para marcar o tempo - houve uma massiva campanha publicitária para lançar essa linha, como exemplo, o relógio de 13 toneladas colocado em um prédio de Frankfurt, Alemanha. 

Agora, a história se repete com os smartwatches. Em 2004, o grupo Swatch e a Microsoft lançaram o que era um novo relógio de pulso, o Paparazzi (foto ao lado), apresentado como o primeiro smartwatch, que dava ao usuário acesso a notícias, cotações da bolsa e a outros dados por meio do serviço MSN da Microsoft. Mas o Paparazzi foi um fracasso e a parceria entre o então maior fabricante de relógios do mundo e a gigante do software foi desfeita e os suíços voltaram à sua zona de conforto. 

Ultimamente os suíços tem lançado alguns smartwatches, mas sem sucesso, enquanto esse mercado cresce exponencialmente: foram vendidos 300 mil em 2012 e 1,9 milhões em 2013; no ano passado, apenas a Apple vendeu 30,7 milhões de unidades, enquanto toda a indústria relojoeira vendeu 21 milhões. A Apple cresceu 36% em 2019, enquanto os suíços caíram 13%. 

Esses números podem ser explicados pela preferência dos jovens pelos smartwatches e pela capilaridade - esses produtos estão disponíveis através de um número cada vez maior de canais de venda. 

E a Apple está se dando tão bem com seus relógios e outros dispositivos wearables, que no primeiro trimestre de 2020 teve vendas da ordem de US$ 10 bilhões; essa linha pela primeira vez vendeu mais do que a linha Mac. 

Será que os suíços conseguirão se manter relevantes? Acreditamos que não; conseguirão manter apenas linhas de altíssimo luxo, mais joias do que relógios.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

IMPACTOS DA PANDEMIA NAS GRANDES EMPRESAS DE TECNOLOGIA

http://www.radiocidadejundiai.com.br/2020/04/09/cronicas-da-cidade-impacto-da-pandemia-nas-grandes-empresas-com-prof-vivaldo-breternitz/ 

quinta-feira, 9 de abril de 2020

CORONAVIRUS E POLUIÇÃO DO AR


No dia 4 de abril o jornal Estado de Minas publicou um artigo de nossa autoria, conforme imagem ao lado.

O artigo despertou a atenção, e fomos entrevistados pela Radio Nacional (Brasília e Rio de Janeiro), tendo falado do mesmo assunto na data de ontem.

Fica o convite para ouvirem a entrevista neste link

sexta-feira, 3 de abril de 2020

OS NAVIOS FANTASMAS PODEM ESTAR DE VOLTA

São muitas as histórias sobre navios fantasmas, sendo a mais famosa a do Holandês Voador, surgida no século XVII. Diz-se que o capitão do navio, teria insistido - ignorando os protestos de sua tripulação - em atravessar o Estreito de Magalhãesregião  famosa pelo seu clima instável e suas geleiras, os quais tornam a navegação na área extremamente perigosa. 

O capitão teria conduzido seu navio pelo estreito, encarando terríveis tempestades, das quais  teria conseguido escapar por ter vencido o Diabo em um   jogo, mas  utilizando dados viciados. Pela trapaça, o navio e seu capitão teriam sido amaldiçoados, condenados a navegar eternamente pelos oceanos, sempre contra ao vento, causando o naufrágio de outras embarcações que porventura o avistassem.


Mas em breve navios autônomos, sem tripulantes, como o Holandês Voador, poderão estar reduzindo custos e aumentando a eficiência do transporte e de outras atividades marítimas.

Várias empresas estão trabalhando na área. Navios autônomos não precisam de tripulação, cabines, comida ou água potável, o que lhes permite levar mais carga em cada viagem e ficar no mar por muito mais tempo. Segundo a revista Scientific American, o mercado de navegação autônoma vai crescer mais de 40% nos próximos 10 anos, chegando a US$ 130 bilhões anuais em 2030.

Uma empresa trabalhando na área é a Ocean Infinity, que está construindo uma frota chamada Armada. Serão 15 navios, com tamanho entre 69 e 120 pés, que deverão estar em operação no fim deste ano e serão usados para inspeção de infraestrutura submarina, como cabos de comunicação e oleodutos.

Para isso, os navios serão capazes de lançar ROVs (Remotely Operated Underwater Vehicle), pequenos submarinos operados remotamente, que podem captar dados acústicos e imagens a uma profundidade de até  cerca de 6 km.

Mas os navios da Armada não são completamente autônomos: são controlados remotamente por marinheiros experientes, usando conexões via satélite. Além de proteger os navios contra invasões em seus sistemas, a Ocean Infinity também se preocupou com invasões locais, como ataques de piratas. Por isso os navios são programados para manter distância de quaisquer outras embarcações, e tem um deck projetado para tornar difícil uma abordagem.

Outra empresa no setor é a ProMare, que se aliou à IBM para desenvolver um trimarã (embarcação com três cascos: dois cascos mais finos situados aos lados de um casco central maior, muito estável) chamado MAS (Mayflower Autonomous Ship). 

Movido a diesel e energia solar, o MAS  (imagem ao lado) fará uma viagem de demonstração entre Plymouth, na Inglaterra, e Plymouth, em Massachusetts, repetindo a viagem do Mayflower original, o navio que levou os primeiros colonos ingleses para a América do Norte em 1620. Aqui podemos assistir a um vídeo acerca do projeto

A viagem do MAS, prevista para o mês de setembro, deve levar de duas a três semanas.

Diferente da Armada, o MAS é equipado com uma inteligência artificial chamada AI Captain, desenvolvida em parceria com a IBM, capaz de analisar as condições marítimas e meteorológicas e tomar decisões de forma autônoma.

Usando radar, sonar, câmeras e satélites, o MAS pode comparar o que vê com um banco de dados de mais de um milhão de imagens marítimas, gerando um “mapa de risco” que ajuda o “capitão” a reagir a obstáculos, intempéries e tráfego marítimo.

Mais avanços nessa área - esperamos que gerando benefícios a todos e não apenas deixando marinheiros desempregados e empresários mais ricos...



quinta-feira, 26 de março de 2020

SCHWARZER VOGEL - AQUELE QUE SERIA O CARRO MAIS VELOZ DO MUNDO

Hitler, como todos os ditadores, era um megalomaníaco.

Como forma de demonstrar superioridade, decidiu garantir para a Alemanha o record de velocidade para veículos terrestres - esse era um tema muito popular na época.

Assim, lançou um projeto que pretendia construir a Mercedes T80, que seria chamada Schwarzer Vogel (Pássaro Negro) e que deveria chegar a 725 km/h.

O projetista da máquina foi Ferdinand Porsche, o mesmo que desenhou o Fusca - os trabalhos iniciaram-se em 1937.

O T80 teria um gigantesco chassi tubular, para suportar o motor que era usado pelos caças   Messerschmitt Bf-109: um V12 , com 44,5 litros de cilindrada, mas superalimentado por um enorme compressor - tudo isso aumentou a potência original do motor, que saiu de 1.750 CV para  3000 CV. Como apenas o motor pesava cerca de uma tonelada, foi necessário dotar o veículo de três eixos - o comprimento total estava ao redor de 8 metros.

A carroceria foi pensada levando em conta fatores aerodinâmicos, com duas pequenas asas para estabilizar a máquina e o cockpit totalmente carenado - seu peso total chegava a   2898 quilos. 

Os alemães pretendiam quebrar o record de velocidade com o T80 em janeiro de 1940, mas com a chegada da 2ª Guerra Mundial, o projeto foi suspenso. O Schwarzer Vogel foi armazenado na Áustria e após o conflito trazido para o museu da Mercedes em Stuttgart. Curiosamente, nunca chegou a ser pintado de preto, tem uma cor cinza/metálico; a foto abaixo, mostra a máquina no museu:


 
Apenas em 2001 um veículo terrestre superou a velocidade projetada para o T80; naquele ano, o  "Turbinator" chegou a 737,788 km/h, em Boneville, pilotado por Don Vesco, cuja foto aparece abaixo:

 
 

 

segunda-feira, 23 de março de 2020

ANOS 1960: A PUC-RJ SE INFORMATIZAVA

Em sua edição de 24 de janeiro de 1965, O Estado de S. Paulo publicava um anúncio dando conta da instalação do segundo computador na PUC-RJ, um B-200. 

Tratava-se de um anúncio, ao que parece sem muito compromisso com a verdade: dava a entender que a PUC instalara em 1960 o primeiro computador no Brasil, o que não é correto. 

De qualquer forma, era um grande passo; hoje, em tempos de pandemia, as universidades estariam totalmente paradas sem computadores. 

Quanto à Burroughs, transformou-se na Unisys, após absorver outras empresas. 


segunda-feira, 16 de março de 2020

LAVAR AS MÃOS PODE NÃO TER MUITA COISA A VER COM TECNOLOGIA, MAS...

O jornal O Estado de S. Paulo publicou uma interessante matéria da jornalista Roberta Jansen, mostrando como o hábito de lavar as mãos revolucionou a medicina.

Segundo a matéria, até o século XIX, a  ideia dominante era que a lavagem das mãos tirava a proteção da pele; o primeiro médico a perceber que a lavagem das mãos poderia ter um impacto respeitável nas taxas de letalidade foi o húngaro Ignaz Semmelweis (1818-1865) que em 1847 trabalhava no Hospital Geral de Viena. 

O hospital tinha duas clínicas para a realização de partos: uma que era usada no ensino de jovens médicos e outra para o treinamento de parteiras.

A morte de mulheres pela chamada febre puerperal, pós-parto, era muito comum. Mas o médico começou a observar uma diferença de mortalidade muito grande entre as parturientes atendidas por estudantes de medicina e as que eram cuidadas por parteiras. Entre essas últimas, a taxa de letalidade era de menos de 4% contra porcentuais que chegavam a 16% dentre as atendidas pelos estudantes.

Nesta mesma época, um médico amigo de Semmelweis morreu depois de ter sido ferido acidentalmente pelo bisturi de um dos estudantes da clínica durante uma necropsia. Ao fazer a autopsia do amigo, Semmelweis notou que ele morrera de uma enfermidade muito parecida à que acometia as parturientes.

A teoria dos germes não havia ainda sido lançada. Semmelweis, tendo excluído todas as outras diferenças entre as duas clínicas, concluiu que os médicos e estudantes que manipulavam cadáveres estariam levando para as novas mães “partículas cadavéricas” nas mãos. Isso explicava por que as parteiras tinham porcentuais mais baixos: elas não participavam das autópsias.

Diante disso, o médico estabeleceu uma nova política no hospital: todos os médicos e estudantes deveriam lavar as mãos  antes de atenderem as parturientes. O resultado foi imediato e espantoso. Em apenas um mês, o porcentual de mortes caiu para menos de 1%.

Semmelweis chegou a publicar um livro, “Etiologia, Conceito e Profilaxia da Febre Puerperal”. Suas descobertas, porém, não foram bem recebidas entre os médicos. Pelo contrário, muitos zombavam dele. Suas ideias eram o oposto do preconizado e foram rejeitadas pela comunidade científica. Ele morreu aos 47 anos depois de ter tido um colapso nervoso e 14 dias depois de ser internado em um hospital psiquiátrico, onde foi espancado pelos guardas. 

Foram necessários ainda alguns anos até que o francês Louis Pasteur (foto ao lado) confirmasse a teoria dos germes e o britânico Joseph Lister começasse a colocá-la em prática com medidas de higiene durante procedimentos cirúrgicos.

E ainda hoje vemos médicos e estudantes de medicina desfilando pelas ruas usando jalecos - como diz um cartaz em um restaurante de São Paulo que proíbe a entrada de pessoas vestindo jalecos: "Jaleco não é sinal de status - é sinal de falta de educação e higiene"...

domingo, 15 de março de 2020

TECNOLOGIA AMAZON GO À DISPOSIÇÃO DOS SUPERMERCADISTAS - MAIS DESEMPREGO À VISTA



A Amazon vai vender a tecnologia que suporta as Amazon Go, suas lojas que não tem caixa nem atendentes e que começaram a operar nos Estados Unidos em 2018. A informação é da agência de notícias Reuters, que disse que a varejista americana pretende criar um novo negócio vendendo o sistema para terceiros. 

A tecnologia da Amazon usa uma combinação de câmeras e sensores para identificar automaticamente clientes e produtos conforme eles andam pela loja. De acordo com a Reuters, a Amazon tem vários contratos assinados com clientes, mas não revelou os nomes das empresas. A tecnologia será vendida pelo nome Just Walk Out (“apenas saia”, numa tradução livre do inglês). 

O negócio evidencia a estratégia da Amazon de desenvolver tecnologias para uso próprio para depois transformá-las em serviços lucrativos, oferecendo-as a terceiros. A varejista fez isso com armazéns para ajudar na entrega de pacotes e com tecnologia em nuvem para dar suporte a sites.

A tecnologia que a Amazon vai vender para terceiros não será exatamente a mesma usada nas lojas Amazon Go - em vez de usar um aplicativo, os clientes precisarão usar um cartão de crédito para destravar a catraca na entrada da loja.

Os produtos selecionados pelo cliente serão adicionados a um carrinho virtual. Depois disso, a loja cobrará a compra do cartão de crédito assim que o cliente deixar o estabelecimento – o recibo da compra chegará por email. 

Segundo a Amazon, a implantação demora algumas semanas, em função de instalação de hardware e software, criação de bases de dados e  mudança de layout das lojas. 

Surge uma dúvida: como a Amazon usará os dados dos clientes? A empresa, como era de se esperar, diz que só os usará para processar as vendas. A ver...

Outro problema é o aumento do desemprego: apenas uma grande rede varejista no Brasil tem cerca de 90 mil funcionários operadores de caixa; para essas pessoas, o cenário, em futuro próximo é muito ruim.  




domingo, 8 de março de 2020

MESMO COM O FIM DO SUPORTE, NÚMERO DE USUÁRIOS DO WINDOWS 7 CAI POUCO

O Windows 7 foi lançado em 2009, menos de três anos depois do lançamento de seu predecessor, o Windows Vista, que não foi uma das mais felizes ideias da Microsoft. Pouco mais de três anos depois, o seu sucessor, Windows 8, foi lançado, também sem muito sucesso.

O Windows 7 foi um grande sucesso: em 2014 tinha pouco mais da metade do mercado de sistemas operacionais, era o  mais usado do mundo.

A versão atual do sistema operacional da Microsoft é o Windows 10, lançado em meados de 2015. 

Em janeiro deste ano a Microsoft anunciou que não forneceria mais suporte ou atualizações para o Windows 7. Obviamente, o sistema operacional não deixou de funcionar, mas dispositivos com Windows 7 não têm mais proteção da fabricante, nem atualizações de possíveis vulnerabilidades. Ou seja, usar o sistema pode ser um risco, especialmente porque  sem essas atualizações, ciberataques e infecções digitais  podem mais facilmente atingir as máquinas que rodam o Windows 7. 

Em janeiro deste ano, um quarto dos computadores do mundo ainda usavam o sistema operacional defasado, e o mais curioso é que o número se manteve estável em fevereiro, após o anúncio do fim do suporte; nesse mês, 25,2% dos computadores ainda rodavam o Windows 7, apesar das campanhas de atualização promovidas pela Microsoft. 

Ás vezes é muito difícil entender o mercado. 



sábado, 7 de março de 2020

UM POUCO DOS PRIMÓRDIOS DA COMPUTAÇÃO NO BRASIL

O  primeiro computador instalado no Brasil foi adquirido em fins da década de 1950 pela Prefeitura de São Paulo e tinha como função primária modernizar o serviço de emissão de contas do Departamento de Águas e Esgotos (DAE).

Era um Univac 120 (UNIVersal Automatic Computer - Computador Automático Universal), fabricado pelo grupo Remington Rand, naquela época uma das maiores empresas do mundo na área de equipamentos para escritórios.

O que parece ser uma bandeja carregada por uma mulher na foto ao lado, na verdade é um programa - os programas eram "montados" em painéis, usando cabos que transmitiam impulsos elétricos. Essa forma de programar nasceu das ideias de Jacquard, tornadas públicas ao redor de 1801, e era utilizada nas tabuladoras que antecederam os computadores e também pelos primeiros computadores.   

Algumas industrias vislumbraram a possibilidade para utilizar essa máquina, então chamada "cérebro eletrônico", para aumentar a eficiência de suas operações. A primeira delas foi a fábrica de brinquedos Estrela, cujo computador foi instalado em meados de 1958, conforme noticiou  O Estado de S. Paulo em sua edição de 4 de maio de 1958.

A Univac dominou o mercado mundial de computadores até o início dos anos 1960, quando a IBM, com seu 1401 revolucionou o mercado. Ficou célebre o uso de computador Univac nas eleições americanas de 1952, quando a rede de noticias CBS, utilizando máquina Univac, afirmou que Eisenhower bateria o franco favorito Adlai Stevenson, o que realmente aconteceu, para surpresa geral

Também o mercado brasileiro era quase todo da Univac, inclusive grandes bancos utilizavam suas máquinas intensivamente. Com graves problemas administrativos a Univac foi perdendo mercado e deixou de fabricar equipamentos, tornando-se uma empresa "fornecedora de soluções" que acabou se tornando parte de Unisys nos anos 1980.  

sexta-feira, 6 de março de 2020

XIAOMI LANÇA "CHOPEIRA" PORTÁTIL

O portal Canaltech lembra que a Xiaomi cada vez mais vem desenvolvendo produtos voltados a diferentes públicos. 

A companhia chinesa já lançou dispositivo repelente de mosquitos, bicicletas elétricas e escovas de dentes, entre vários outros itens. Agora, um deles chega ao Brasil e promete conquistar os amantes de uma boa cerveja: a chopeira portátil.

Com o produto, o usuário consegue, em poucos segundos, transformar cervejas de latas ou garrafas em um chope cremoso e mais saboroso, com menos amargor. Para usar o dispositivo, basta encaixá-lo na parte superior da garrafa ou lata e apertar um botão.

A espuma é produzida graças a uma frequência ultrassônica de vibração de 40000/s, prevenindo que a cerveja seja oxidada quando entrar em contato com o ar. A bebida fica menos amarga com a acentuação das bolhas de gás e ativação do fermento.

A chopeira precisa de duas pilhas AAA e pode ser encontrada em duas versões: para latas, pensando 75 gramas, e para garrafas, que pesa 88 gramas. Ela é fabricada com material ABS de alta resistência e silicone, sendo compatível com quase todas as latas e garrafas das fabricantes de cerveja do mercado.

O produto poderá ser encontrado em breve no e-commerce oficial da Xiaomi, além de outros sites do varejo e lojas físicas, custando entre R$ 120,00 e 170,00. Nas lojas dos shopping Ibirapuera e Center Norte a chopeira portátil já está à venda.

Vale lembrar que outros produtos similares foram lançados no passado e acabaram não fazendo sucesso. 

quarta-feira, 4 de março de 2020

FIAT LANÇARÁ CINQUECENTO TOTALMENTE ELÉTRICO

Falamos recentemente do lançamento do Citroen Ami, um carrinho totalmente elétrico que está chegando ao mercado na França.

Os pequenos carros elétricos parecem ser uma tendência: a Fiat está anunciando o lançamento de seu 500e, uma alternativa para o Fiat 500 (Cinquecento) híbrido, que continuará sendo fabricado.

O desenho clássico da linha 500 será mantido pelo novo modelo, mas existem diferenças notáveis, como os novos faróis de LED e a presença do logo com o nome do carro na parte frontal, lugar em que geralmente fica a grade do veículo - desnecessária em modelos elétricos.

ReproduçãoNa parte interna, o visual é futurista, com o painel central sendo substituído por uma tela de 7 polegadas. O sistema multimídia é composto por um display de 10,25 polegadas e o novo sistema Uconnect 5, que se conecta à internet e pode ser acessado via smartphone.

O 500e foi projetado com alguns recursos para melhorar a experiência do motorista, como sistema de frenagem automática, monitoramento de ponto cego e assistência para troca de faixa.

O carro tem um motor elétrico com bateria de 42 kWh. Com potência de 118 cavalos, o motor é suficiente para fazer o carro ir de 0-100 km/h em nove segundos. Limitado a uma velocidade máxima de 150 km/h, o 500e possui autonomia de 320 quilômetros.

O carregamento da bateria pode ser bastante rápido: usando um carregador de 85 kW, o 500e pode acumular 80% de sua carga em apenas 35 minutos. Já o carregamento comum, realizado em casa, leva cerca de 14 horas.

Por enquanto, o novo Fiat será vendido apenas na Europa, com uma edição especial disponível com preço básico de € 37.500 (cerca de R$ 190 mil), mas a montadora pretende lançar o modelo no Brasil ainda neste ano, embora ainda não existam previsões quanto ao seu preço por aqui - dá para apostar que será maior do que na Europa...

terça-feira, 3 de março de 2020

CITROEN AMI - UM CARRO QUE NÃO EXIGE CARTEIRA DE HABILITAÇÃO

A Citroen acaba de apresentar em Paris seu novo modelo Ami, um carro elétrico com autonomia de 70 quilômetros e que, em função de seu tamanho, não necessita de carteira de habilitação para ser dirigido na Europa, com jovens entre 14 e 16 anos (dependendo do país) podendo conduzi-lo. 

Segundo a Citroen, são necessários cerca de 1.800 euros para se conseguir esse documento na França, razão pela qual a empresa acredita que muitos jovens não se interessam por carros. 

As baterias do Ami podem ser carregadas em tomadas domésticas, sendo necessárias três horas para o carregamento completo. O carrinho, que mede 2,41 x 1,39, pode conduzir duas pessoas e é tracionado por um motor de 8 cavalos, com velocidade máxima de  45 km/h.

O Ami poderá ser adquirido na França por 6.900 euros e alugado a um custo de cerca de 20 euros/mês (em relação ao preço do carro, esse número é "meio estranho" - seriam necessários quase 350 alugueis para cobrir o preço do carro). A fabricante também celebrou acordos com empresas como   Free2Move   Fnac e Darty, permitindo que o carrinho seja alugado a 26 centavos de euro por minuto. 

A partir deste mês de março o Ami estará disponível na França, devendo no segundo semestre chegar a Espanha, Itália, Bélgica e Portugal - um pouco mais tarde chegará à Alemanha.

Resta saber se o produto decolará ou se será como os patinetes elétricos, que ao que parece, são apenas uma moda. 

Um vídeo da Citroen sobre o Ami pode ser visto aqui

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

AS ESTEIRAS NÃO NASCERAM PARA "FITNESS"

Sir William Cubitt (1785-1861) foi um notável engenheiro inglês: construiu canais, portos, aperfeiçoou os moinhos de vento então existentes e em 1807 inventou as esteiras, hoje tão populares em nossas academias.  

Mas ao inventar as esteiras, não estava pensando em um instrumento voltado ao "fitness", mas sim fazer os prisioneiros ingleses  trabalharem duramente. 

Elas eram chamadas "penal treadmills" ou "penal wheels" e não se pareciam com as esteiras atuais, como  a ilustração abaixo nos mostra:


Os prisioneiros condenados a trabalhos forçados tinham que subir  degraus, fazendo girar todo o conjunto; além disso, algumas, como a da prisão de   Vagrants, em Coldbath Fields,  tinham anteparos, para que os prisioneiros não pudessem comunicar-se com os colegas que estivessem ao seu lado. A ilustração à direita mostra ao alto os presos na "penal wheel" e em primeiro plano outros presos exercitando-se no pátio dessa prisão.

A ideia era castigar os prisioneiros, dando-lhes um trabalho sem sentido, e que os esgotasse fisicamente - isso ajustava-se às crenças vitorianas no sentido de que  crimes deviam ser expiados através de trabalho duro - quase sempre eram jornadas de pelo menos 6 horas ao dia, o que equivalia a subir degraus numa extensão de 3 a 4 mil metros, embora em alguns lugares, como na prisão de  Warwick  fossem exigidas 10 horas, equivalente a uma subida de 5 quilômetros. 

Uma publicação de 1875 disse que essas máquinas foram responsáveis por uma grande melhora na disciplina das prisões - elas seriam "um castigo preventivo".  

Alguns funcionários das prisões tiveram a ideia de conectar as "penal treadmills" a moinhos de milho, de forma a que os esforços dos presos tivesse alguma utilidade; Cubitt desenvolveu um projeto nesse sentido, implantado na prisão de Brixton: 24 prisioneiros trabalhando em silêncio, iam se deslocando da esquerda para a direita, dando a cada um o direito de descansar 12 minutos a cada hora de trabalho.

Era um trabalho extremamente árduo; os prisioneiros queimavam facilmente mais de 2  mil calorias/dia, que a comida da prisão não conseguia repor adequadamente, levando muitos à morte. 

O escritor Oscar Wilde (foto ao lado), foi empregado em uma dessas máquinas na prisão de  Pentonville, por ter sido condenado em 1895 a trabalhos forçados por homossexualidade,  que naquela época era crime; deixou a prisão em 1897 e morreu dois anos depois, aos 46 anos de idade.

Apenas em 1902, as "penal treadmills" deixaram de ser utilizadas na Inglaterra.