segunda-feira, 3 de março de 2014

VENDA DE TABLETS ANDROID SUPERA VENDA DE IPADS


A consultoria Gartner divulgou informações dando conta que em 2013 a venda de tablets que rodam o sistema operacional Android superou a de iPads, saltando de 45,8% das vendas para 61,9%.
Como muitos fabricantes adotam Android, se tomarmos os fabricantes separadamente, a Apple continua líder, mas será difícil que essa liderança seja mantida por muito tempo:  foram vendidos mais de 70 milhões de iPads em 2013, mas a  segunda colocada, a Samsung, vendeu 37 milhões de tablets, tendo crescido muito mais que a Apple.
Parece estar se repetindo o que aconteceu com os smartphones: nem mesmo o lançamento de diferentes versões de aparelhos (como iPhone 5c e o iPad mini) parecem ajudar a Apple nos dois mercados.   

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Blackphone: tentando aumentar a segurança e a privacidade dos smartphones

A SPG Technologies apresentou nesta semana no Mobile World Congress, em Barcelona, seu novo produto, o Blackphone. Diz a SPG que é  o primeiro smartphone comercial do mundo que foi desenhado para proteger a privacidade dos usuários e dar-lhes ferramentas de controle e segurança, tudo isso graças a um sistema operacional próprio, o PrivatOS, derivado do Android que incorpora técnicas avançadas de criptografia, firewall e de limpeza remota para casos de perda, furto ou roubo.
Procurando fechar todas as portas, a empresa também anunciou uma parceria com a operadora holandesa KPN, que fornecerá uma rede segura, sem intermediários que capturem  hábitos de consumo e navegação dos usuários.
Em nossa opinião,  o Blackphone é um passo adiante na busca de privacidade e segurança, que estão em cheque no mundo digital, especialmente ao protegerem seus usuários dos bisbilhoteiros não muito sofisticados.
No entanto, é preciso lembrar que os governos, especialmente o americano, possuem ferramentas muito poderosas para interceptar e decodificar conversações telefônicas e na forma de texto, que certamente podem ser utilizadas para quebrar o sigilo prometido pelo Blackphone – além disso, fica sempre a dúvida: será que as empresas que fornecem essa tecnologia não colaboram com esses governos?
Deve-se lembrar também que a maior parte das invasões e quebras de sigilo decorrem de posturas dos usuários, desde aquele que revelam suas senhas a terceiros até aqueles que ignoram o fato de que, ao utilizarem ferramentas Google estão fornecendo a este dados que serão vendidos a outras empresas; poucos sabem também que fotos  feitas com celulares quase sempre contém as coordenadas do local onde foram feitas, informação essa  que pode ser útil a terceiros.
Em resumo: acreditamos que os Blackphones podem ser vistos como uma evolução, não como uma revolução. 

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Porque o Facebook comprou o WhatsApp

As empresas de tecnologia vivem em constante insegurança, temerosas de serem tragadas pela próxima  “nova onda”. O Facebook não é exceção, especialmente quando se ouvia falar que modelos matemáticos previam que  em 2017 o Facebook estaria em plena decadência, com apenas 20% do número atual de usuários; isso ocorreria especialmente em função da migração dos usuários mais jovens para o WhatsApp.
Esse cenário explicaria as  razões pelas quais o Face teria gasto recentemente US$ 19 bilhões no negócio,  o equivalente a 10% de seu próprio valor de mercado e quase o dobro do valor oferecido pelo Google para compra do WhatsApp: um provável grande concorrente foi adquirido e outro grande adversário, o Google, foi deixado para tras, o que é muito importante em um mercado que disputa os mesmos clientes  (e as mesmas carteiras) e que até o momento vem dando mais importância ao número de clientes que ao valor das vendas.
Felizes mesmo devem estar alguns investidores, como a Sequoia Capital, que viu seu investimento de US$ 60 milhões no WhatsApp ser multiplicado por 50, devendo receber agora  3 bilhões.
Não dá para terminar sem lembrar a piadinha: dizem que a mulher do Zuckerberg pediu a ele que comprasse wasabi, e ele entendeu mal...

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

USE SEU CELULAR PARA APOIAR A PESQUISA CIENTÍFICA

Os mais de um bilhão de celulares que utilizam tecnologia Android podem contribuir para o desenvolvimento de projetos de pesquisa, tais como os que buscam a cura de certas doenças, produzir modelos que explicam o comportamento clima  ou procuram identificar novas estrelas.

O aplicativo que permite a prática desse tipo de voluntariado digital, pelo qual os aparelhos podem processar  dados das pesquisas enquanto ociosos, foi criado pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos, como parte do projeto Berkeley Open Infrastructure for Network Computing (BOINC). A capacidade de processamento desses mais de um bilhão de celulares  supera a dos supercomputadores convencionais.

O usuário que quiser participar pode baixar o programa BOINC na Google Play Store do próprio aparelho; a seguir, escolhe o projeto de pesquisa científica com o qual quer colaborar.

O BOINC então passa a utilizar o aparelho para processar informações – mas isso ocorre apenas quando  quando o aparelho está conectado à rede elétrica para recarga, o que não gasta bateria. A transferência de dados só ocorre quando  há wi-fi disponível,  custos de conexão para o usuário.

O aplicativo foi financiado pelo Instituto Max Planck, da Alemanha, pelo Google e pela Fundação Nacional de Ciência (NSF, na sigla em inglês), dos Estados Unidos e é mais uma tentativa de usar recursos de processamento ociosos, como já ocorria com um projeto da NASA que usava computadores pessoais ociosos para tentar encontrar sinais de vida extraterrestre.  

domingo, 16 de fevereiro de 2014

GADGETS QUE MUDARAM O MUNDO DAS COZINHAS

Neste post vamos relembrar a história de alguns desenvolvimentos tecnológicos que tornaram o trabalho em nossas cozinhas mais suave; as fotos são das versões mais antigas desses aparelhos.
O liquidificador
Foi inventado em 1922 por Stephen Poplawski, mas o responsável por sua popularização foi  Fred Waring, maestro de uma orquestra da  Pennsylvania que, em 1936, deu apoio financeiro a   Frederick Osius, um inventor que estava trabalhando em um equipamento similar ao proposto por Poplawski. A principal razão do interesse do maestro Waring pelo assunto era obter  um equipamento que pudesse fazer purês a partir de vegetais crus, que eram a base de sua alimentação em função da úlcera que o afligia. A máquina de Waring, vendida por uma companhia que ele criou e que hoje é parte da Conair, começou a ser vendida em 1937 por US$ 29,75 (um preço altíssimo para a época) – em 1954, um milhão de aparelhos já haviam sido vendidos. No Brasil, Waldemar Clemente, um ex-funcionário da GE e que desde 1939 era dono da Walita lançou em 1944  Walita Neutron, o primeiro liquidificador brasileiro. Clemente também é tido como o criador da palavra “liquidificador” – em inglês “ blender” significa algo como “misturador”.  


A panela de Teflon
Em 1938,   Roy Plunkett, funcionário dos laboratórios da DuPont descobriu o  PTFE, ou polytetrafluoroetileno, enquanto realizava pesquisas ligadas ao gás Freon, usado na época para refrigeração.  Plunkett, acidentalmente congelou e comprimiu uma amostra  do gás  tetrafluoroetileno, criando um polímero branco extremamente liso, ao qual praticamente nada poderia aderir, resistente ao calor e que também não absorvia praticamente nada. Mais tarde foram desenvolvidas técnicas que, partindo do tratamento das panelas por jatos de areia permitiram aplicar o Teflon a elas – o responsável por isso foi Marion A. Trozzolo, que 1961 lançou   "Happy Pan”, primeira panela de Teflon a ser comercializada.

As facas Ginsu
Eram originalmente fabricadas com a marca "Eversharp", pela Scott Fetzer Co., de Freemont, Ohio. Dizem que as Ginsu, mesmo após terem sido utilizadas para cortar materiais como pregos e latas, podem ser utilizadas para cortar tomates em fatias tão finas quanto uma folha de papel. O imenso sucesso da empresa deve-se mais à habilidade da empresa em termos de marketing do que ao produto propriamente dito. Suas massivas campanhas publicitarias na TV, iniciadas em 1978, criaram a era do “infomercial”: os anúncios, agressivos, perguntavam “Quanto você quer pagar” e ordenavam “Ligue agora! Estamos esperando você!  Mas espere - temos mais”. Campanhas desse tipo ainda estão no ar no Brasil, vendendo outros produtos.

O abridor de latas 
A comida enlatada começou a ser utilizada pela marinha britânica no início do século XIX – mas não existiam abridores para as latas – as instruções para os marinheiros ingleses diziam: corte o alto da lata usando formão e martelo... Em 1870, o americano William Lyman inventou o primeiro abridor que se assemelha aos atuais, em que uma lâmina em forma de roda corta a tampa da lata. O mostrado na imagem é um anúncio de 1903.

Em breve traremos mais gadgets como estes.
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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

O Human Brain Project e a Neuromorphic Computing Platform

O Human Brain Project (HBP)  vem sendo desenvolvido no âmbito da União Européia e tem como objetivo central entender como o cérebro humano funciona, de forma a desenvolver soluções na área de saúde e ferramentas tecnológicas que possam auxiliar nessa área.
Um dos produtos desse projeto é a Neuromorphic Computing Platform (NCP), que pode ser apresentada, de forma simplista, como  um supercomputador que imita as sinapses do sistema nervoso central dos seres humanos, podendo, dessa forma,  "pensar", tomar decisões e corrigir seus próprios erros.  
Esse computador é totalmente diferente das máquinas convencionais, que são programadas para executar tarefas específicas, utilizando lógica rígida. O NCP, ao operar como um cérebro humano, pode ir mudando o curso de suas ações de acordo com mudanças no ambiente externo e mesmo “corrigir” eventuais erros que tenha cometido.
Recentemente,  o Prof. José Pastore, da FEA/USP, uma das maiores autoridades em temas ligados ao trabalho, publicou artigo discutindo possíveis impactos da NCP no mundo do trabalho.
Segundo o Prof. Pastore,  acopladas aos robôs industriais, as NCP darão ordens e contraordens, permitindo fazer ajustes sem a necessidade de parar o processo produtivo e sem a necessidade da intervenção de chefes e supervisores. Ligadas aos drones, elas poderão orientar  a logística de entrega de mercadorias. No trânsito, viabilizarão o uso de veículos sem motoristas (dos quais já temos tratado neste blog), reduzindo congestionamentos e acidentes, pois têm capacidade para antecipar e evitar riscos. As possibilidades são imensas, e como sempre gerarão ameaças e oportunidades.
Não é prematuro falar em aplicações, porque essas máquinas entrarão em produção comercial em 2015. Completado o trabalho dos cientistas que estão desenvolvendo a tecnologia NCP,  países desenvolvidos já preparam os técnicos para lidar com elas. Só na Universidade de Stanford, 760 estudantes estão sendo capacitados para atuar na área.
Segundo o Prof. Pastore, em menos de dez anos, os computadores neuromórficos (como também estão sendo chamadas as NCP), farão parte da rotina da produção do Primeiro Mundo. E como a economia está globalizada, o Brasil terá de entrar nessa onda. Para tanto, não basta comprar os computadores - será preciso ter gente preparada para trabalhar com eles e, com os seus desdobramentos,  o que depende em grande parte de uma boa educação.
Para essas pessoas participarem do processo como adultos daqui a dez anos, é preciso que as crianças de agora comecem a ser preparadas, o que infelizmente parece que não vai acontecer -  no teste  PISA as nossas crianças estão na “rabeira” mundial: em Matemática, 67% ficam no nível mais baixo daquela prova, enquanto 80% dos estudantes dos países concorrentes do Brasil ficam no nível mais alto. O crônico descaso no campo da educação perdura – o Prof. Pastore declara-se   espantado ao saber que os investimentos do Ministério da Educação diminuíram 13% em 2013, sem falar na baixíssima eficiência dos recursos investidos.
Sem uma boa educação, não temos a menor chance de participar dos benefícios trazidos pelas novas tecnologias. E, sem isso, será difícil sobreviver e vencer num mundo em que a concorrência se acirra cada vez mais.
O Prof. Pastore ainda nos deixa “mais para baixo”, pois diz que muitos ainda alimentam a ideia de combater as inovações. São os adeptos do ludismo (movimento que ia contra a mecanização do trabalho proporcionado pelo advento da Revolução Industrial) do século XXI. Nossa Constituição, em seu artigo 7º, inciso XVII, trata da "proteção em face da automação, na forma da lei". O Prof. Pastore não duvida  que nas próximas eleições algum demagogo, em lugar de apresentar um programa de melhoria efetiva da qualidade do nosso ensino, venha a propor uma lei para banir robôs, drones e computadores  da economia nacional. Será o fim do nosso futuro - precisamos ficar atentos e votar bem.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

COCA-COLA: CADA VEZ MAIS TECNOLOGIA

Desde sua fundação em 1886, a Coca-Cola sempre foi inovadora, tendo sido uma das pioneiras na venda de seu produto em garrafas próprias, latas, máquinas de venda automática (vending machines), garrafas descartáveis etc. Suas campanhas publicitárias sempre foram muito boas.
Certamente, essa postura ajudou-a a chegar onde está hoje, operando em mais de 200 países, faturando bilhões de dólares ao ano – só  nos Estados Unidos são vendidas cerca de 40 mil latinhas e garrafas  por segundo. O  Brasil é o terceiro maior consumidor, atrás somente dos Estados Unidos e do México – aqui, a bebida é vendida desde 1942 e fabricada desde 1943.
Sempre atenta à evolução da tecnologia e dos mercados, a empresa não descansa: depois  de cinco anos de desenvolvimento e pesquisas, em 2009 a empresa lançou   a Coca-Cola Freestyle, uma   máquina de venda automática que permite ao consumidor misturar 126 tipos de refrigerantes para criar sua própria bebida.
Imaginemos que alguém deseja um refrigerante que seja uma mistura de Coca-Cola Diet, suco de maça, chá verde,   Cherry Coke, com um toque de Sprite e uma pitada de Fanta (até alguns refrigerantes não pertencentes à Coca, como Dr. Pepper podem ser incluídos na beberagem). Para fazer o pedido, basta escolher os sabores em uma tela sensível ao toque e a máquina prepara a bebida. Ela é conectada a Internet, permitindo assim que informações como as preferências do consumidor em determinados horários e locais e a necessidade de novos carregamentos de ingredientes sejam enviadas mais facilmente à empresa.
Agora, mais um passo: a empresa anunciou que a partir de 2015 pretende vender máquinas que permitirão às pessoas prepararem seu refrigerante em casa, de forma similar à já oferecida pela israelense SodaStream, empresa muito menor mas que cresce muito rapidamente.
A novidade segue uma tendência, a possibilidade de produzirmos coisas em casa, de forma análoga à popularizada pelas impressoras 3D e pelos cafés Nespresso, cujas vendas tem crescido 30% ao ano.
A ideia faz todo sentido, pois permitirá à Coca reduzir seus custos, principalmente com fabricação, embalagens, armazenagem e transporte, que são os que pesam mais no custo total do produto –  afinal não faz sentido embalar, armazenar e transportar água, que é o maior componente da bebida; o consumo de energia para refrigeração em residências, supermercados, bares e restaurantes também seria menor. Fazer tudo isso com as pequenas capsulas de xarope, que é o núcleo do produto, seria muito mais fácil e barato.
Os custos para o consumidor quase que certamente não diminuirão, mas diversos componentes da cadeia de produção serão prejudicados:   funcionários das fábricas e distribuidores, transportadores, supermercados etc. devem acompanhar o assunto com atenção.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Linkedin: não apenas uma ferramenta para busca de emprego


O portal IDG divulgou os resultados de uma pesquisa realizada no final de 2013 acerca da utilização do Linkedin pelos profissionais brasileiros.
A pesquisa trouxe uma supresa: ao contrário do que muitos  acreditam, procurar emprego não é a principal razão pela qual os brasileiros fazem parte dessa rede social. Conectar-se com outros profissionais, manter-se atualizado  e aprender mais sobre determinadas empresas são as razões que levam mais de 15 milhões de brasileiros a usarem o LinkedIn.

A pesquisa ouviu 1.120 pessoas, e concluiu que conteúdo tem sido o fator determinante para o engajamento do usuário brasileiro e para que as empresas se destaquem nessa rede.

Três em cada 5 pessoas entendem que empresas inovadoras e com visão de futuro estão presentes no LinkedIn e 35% usam suas conexões como fonte confiável de informação e recomendação ao considerar uma compra ou a contratação de um serviço. Além disso, 60% dos  entrevistados acreditam que investir tempo no LinkedIn os tornará mais bem-sucedidos e produtivos e 76% dizem que passarão a usar mais a ferramenta à medida que crescerem em suas carreiras.
O infográfico abaixo traz mais informações sobre a pesquisa:

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

WhatsApp: crescimento espetacular

O  WhatsApp anunciou nesta semana que seu aplicativo de mensagens agora tem 430 milhões de usuários ativos, mais do que o dobro do número  anunciado em abril do ano passado, 200 milhões de usuários.

Com esse crescimento de mais de 100% em menos de um ano, o WhatsApp também passou a lidar com mais mensagens: nesse período, o número de mensagens subiu de 20 bilhões   para 50 bilhões por dia.
Vale lembrar que em agosto de 2013, há cerca de seis meses, o WhatsApp tinha 300 milhões de usuários ativos e uma média de 31 bilhões de mensagens enviadas diariamente.
Esses números só servem para comprovar o ótimo momento do WhatsApp e outros serviços como Snapchat, enquanto o Facebook sofre com a perda de usuários jovens, apesar de ainda continuar como a maior rede social do mundo.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Lentes de contacto que medem os níveis de glicose

A Google anunciou nesta semana  que começou a testar um protótipo de lente de contato inteligente,  projetada para ajudar pacientes com diabetes.
O objetivo é medir os níveis de glicose nas lágrimas por meio de um mini sensor que transmite esses dados para um telefone via um minúsculo chip dotado de antena, wireless. Tanto o chip quanto o sensor estão incorporados às duas camadas de material que compõem a lente, que fazem a   leitura de glicose uma vez por segundo.
Embora estudos clínicos já tenham sido concluídos, o Google ainda está discutindo com a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos) a possibilidade de comercializar a tecnologia. A empresa também está à procura de parceiros para ajudar levar a  lente ao  mercado; em seu blog oficial, a companhia disse que "ainda há muito trabalho pela frente para transformar essa tecnologia em um produto”.
A empresa já pesquisa novos desenvolvimentos, dentre eles,   integrar às lentes luzes LED que acendem para indicar vários níveis de glicose. Os documentos publicados no blog da empresa apontam que uma em cada 19 pessoas no planeta sofre de diabetes - e muitas  não testam seus níveis de glicose com frequência suficiente, porque os métodos para fazer isso são incômodos, caros ou dolorosos. Em 2035, 10% da população do mundo deverá estar sofrendo desse mal.
Esperamos que o produto esteja logo disponível.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A TECNOLOGIA AMEAÇANDO OS CORREIOS

Algumas instituições seculares estão sendo ameaçadas pela evolução da tecnologia: no último dia 11, os correios do Canadá anunciaram que, até 2020,  vão acabar com a entrega de cartas nas casas -  8 mil carteiros perderão seus empregos e o cidadão deverá  retirar suas cartas nos postos de correio. É  o primeiro país em que isso acontece.
A decisão foi tomada depois que o volume de cartas naquele país caiu 25% em  cinco anos. Diante dessa realidade e vendo seu déficit chegar a   um bilhão de dólares em 2020, a empresa tomou essa decisão – o uso da Internet foi a principal causa da queda de movimento; além disso, em países como esses, a entrega de encomendas ocorre através de empresas como a DHL e a UPS.
Obviamente, essa é uma realidade que atinge apenas países ricos, onde a taxa de penetração da Internet chega a mais de 80% da população; em países emergentes,  a Internet ainda não chega a 30% das casas. No Brasil, os Correios são os responsáveis pela entrega da maior parte das encomendas, graças a medidas protecionistas que o governo adota (e que a população como um todo paga...).
Segundo  dados da União Postal Universal, com sede na Suíça, o número de cartas entregues pelo mundo caiu em 16% nos últimos cinco anos, algo inédito na história do setor, mesmo durante guerras. Cerca de 40 bilhões de cartas deixaram de ser entregues desde 2008 no mundo e outras empresas começam a pensar em soluções para rever a forma de atuação e a importância dos carteiros.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Publicidade: Internet ganha cada vez mais espaço

A ZenithOptimedia publicou recentemente estudo acerca da distribuição dos investimentos globais em publicidade.
É impressionante o crescimento da Internet no período 2005-2013: ela agora é a segunda colocada, perdendo apenas para a TV – a Internet termina 2013 com   uma fatia de 20,26%  dos investimentos, contra 40,2% da TV.
A pesquisa  diz ainda que a Internet, que roubou participação dos jornais, revistas e rádio, como mostra o gráfico abaixo, passará a atacar agora a TV, devendo em 2016 deter  26,6% do bolo publicitário mundial.  Uma curiosidade é que os outdoors, talvez a forma de publicidade mais “tosca”,  tiveram sua participação ligeiramente aumentada.

São dados que precisam ser avaliados cuidadosamente pelos publicitários e marqueteiros. 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Drones na vida diária


Os drones, veículos aéreos não tripulados, estão chegando à nossa vida diária.
A Amazon está fazendo testes com drones para fazer entregas de encomendas em até 30 minutos. A informação foi dada na noite de domingo, 01/12, pelo CEO da empresa, Jeff Bezos, em entrevista dada ao jornalista Charlie Rose no programa "60 Minutes" da rede CBS.
O novo serviço está sendo chamado "Prime Air". Ao que parece, a ideia é que um consumidor poderá fazer pedidos solicitando a entrega expressa e terá o produto em casa em 30 minutos. A encomenda é colocada em uma caixa plástica acoplada ao "octóptero" (como está sendo chamado o drone), que levanta vôo direto para a casa do cliente.
Bezos acredita que terá drones em operação dentro de quatro a cinco anos. Segundo o empreendedor, há questões regulatórias a serem resolvidas, tais como regras para tráfego aéreo, bem  como necessidade de testes intensivos.

O executivo tinha avisado antes da abertura do programa que teria "uma surpresa" para os telespectadores  e já tinha pronta uma página na qual mostra um vídeo mostrando testes e fotos do drone, que pode ser visto clicando-se na imagem abaixo:




quarta-feira, 20 de novembro de 2013

ROUBO DE CELULARES: OPERADORAS SÃO CONTRÁRIAS AO USO DE KILL SWITCHES PARA PREVENÇÃO

Kill Switches (KS) são dispositivos de software que permitem ao usuário desativar definitivamente  um celular; a ideia é utiliza-los para inutilizar celulares roubados, desestimulando assim esses roubos.
Organizações que representam os usuários, o poder público e fabricantes , entre eles a Samsung, vem discutindo a incorporação desses dispositivos aos celulares, mas as operadoras americanas (AT&T, Verizon Wireless, T-Mobile, Sprint e outras) são contrárias à ideia.
George Gascón, District Attorney de San Francisco, disse ter e-mails comprovando que a posição das operadoras decorre de sua preocupação com a queda de lucros, já que em seus planos quase sempre estão embutidos seguros (muito rentáveis para as operadoras ) contra perda e roubo dos aparelhos, que não seriam contratados por boa parte dos usuários caso a instalação dos KS desestimulasse os roubos e furtos.   
O problema tende a ganhar novas dimensões, já que o mercado segue crescendo: em 2012 o valor dos celulares vendidos nos Estados Unidos atingiu US$ 69 bilhões -  os roubos e furtos desses equipamentos segue no mesmo sentido: 1,6 milhões de celulares em 2012, representando entre 20 e 40% dos crimes nas grandes cidades. A situação chegou a tal ponto que a polícia de Nova Iorque  criou a expressão  “Apple picking”   para designar esse tipo de crime -  algo como “colheita de maçãs”, brincando com a marca Apple.  Muitas dessas máquinas roubadas acabam por ser vendidas no exterior; cabe lembrar que esses roubos podem gerar ferimentos e mesmo mortes.

Ao se posicionar contra os KS, as operadoras invocam razões de segurança, afirmando que hackers poderiam acessar  os celulares usados por policiais e por funcionários do Departamento de Defesa, embora muito provavelmente as causas desse posicionamento sejam mesmo de natureza econômica.  

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

DESENVOLVENDO E DEFENDENDO AS FRONTEIRAS DO BRASIL – COM QUASE NENHUMA TECNOLOGIA

Para quem vive nas cidades, a presença da tecnologia na vida diária parece muito natural: energia elétrica, água, telefone, internet, transporte, hospitais – tudo está disponível e parece existir desde sempre.
Roraima
Mas existem brasileiros que vivem realidades muito diferentes. Convivemos recentemente com alguns desses brasileiros, os militares que servem nos PEF - Pelotões Especiais de Fronteira, na Amazônia – mais especificamente, o 1º PEF, sediado em Bonfim, Roraima, na fronteira com a Guiana, que é separada do Brasil pelo rio Takatu.
O 1º PEF faz parte da 1ª Brigada de Infantaria de Selva, com sede em Boa Vista, a capital de Roraima –  a missão da Brigada é, além das que são inerentes ao Exército como um todo, participar do desenvolvimento e da vivificação da fronteira setentrional do Brasil, o que faz através de suas unidades, dentre as quais, seis PEF.
O espírito do Exército na Amazônia
O trabalho desses PEF é basicamente patrulhar as fronteiras, desenvolvendo operações destinadas ao combate ao tráfico de armas e drogas, contrabando, garimpo e desmatamento ilegais etc. Além disso, o Exército executa atividades subsidiárias, com ênfase no apoio à população civil tanto em situações de emergência, e catástrofes naturais como no dia-a-dia de uma região marcada pela fraca presença do Estado – aliás, a integração dos militares e suas famílias com a comunidade local está entre as prioridades do Exército, como forma de alavancar o desenvolvimento dessas comunidades.
Tropa do 1º PEF
Os militares de carreira que servem nos PEF são em sua maioria, casados, tem filhos e vem de outras regiões do país (os soldados são da área). 
A vida na selva é dura

Sua vida é árdua: o fornecimento de energia elétrica não é constante, os médicos militares, quando existem, usualmente são recém-formados que não dispõem de recursos sofisticados, é constante a presença de animais como cobras e escorpiões, alguns PEF só podem ser acessados por avião ou barco, o clima é muito quente, as comunicações (telefones, internet) não estão disponíveis em muitos deles e são irregulares em outros etc.
Família: apoio e preocupação do soldado
Nos PEF isolados, os aviões chegam a cada trinta dias aproximadamente. Quando as condições meteorológicas, problemas na pista ou falta de equipamento não permitem a entrega de suprimentos, a comida passa a ser controlada, e os animais criados nos PEF acabam sendo servindo para mitigar a fome – em casos extremos, a caça e a pesca são as alternativas.  
Como se pode ver, a vida nesses locais é muito dura, mas podemos observar nos que ali vivem e trabalham uma grande disposição em servir e um grande amor pelo Brasil. Devemos procurar conhece-los melhor, apoia-los e manifestar nossa gratidão a eles;  cumprimentemo-los empregando a expressão que normalmente usam: Selva!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O uso de celulares e tablets em sala de aula

O uso de celulares e tablets em sala de aula ainda é assunto polêmico, para alguns (o que não é nosso caso).

Para dar mais subsídios aos interessados no assunto, já que, para o bem ou para o mal essas tecnologias já chegaram às nossas escolas, quase sempre de forma muito pouco organizada, sugerimos o texto "10 dicas e 13 motivos para usar celular na aula", publicado no blog Porvir, em 

A partir do texto, pode-se acessar um documento acerca do assunto produzido pela UNESCO e um infográfico, que reproduzimos abaixo:


domingo, 27 de outubro de 2013

Janelas inteligentes: racionalizando o uso de eletricidade

A revista Nature, um dos periódicos científicos mais importantes do mundo, publicou em 24 de outubro um artigo relatando que pesquisadores chineses desenvolveram uma janela inteligente (smart window), capaz de se adaptar às condições climáticas e poupar ou gerar energia elétrica, racionalizando o uso de eletricidade com sistemas de iluminação, aquecimento e resfriamento do ambiente – isso pode ser muito importante na China, onde as temperaturas oscilam muito e prédios extremamente altos são cada vez mais comuns.
Segundo os responsáveis pelo projeto, o grande diferencial dessa janela  para os modelos já existentes é o uso do óxido de vanádio (VO2) como meio para a incorporação de células fotovoltaicas capazes de gerar energia.
Esse componente possibilita que a janela consiga gerar energia a partir dos raios solares sem perder sua transparência, tendo suas propriedades reguladas com base na temperatura: quando o ambiente externo está abaixo de uma temperatura específica, o VO2 atua como isolante térmico e permite a entrada da luz infravermelha. Ao ultrapassar esse determinado valor, o material passa a ser reflexivo.
Assim, a janela consegue manter uma temperatura agradável no interior do edifício; além disso, ela possui painéis que captam os raios solares e os transformam em energia, que pode ser usada para iluminação

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Melhorando o acesso à Internet onde não chega a banda larga

A Telefônica Vivo está lançando, em todo o estado de São Paulo, o Vivo Internet Box, solução que utiliza as redes 3GPlus ou 4G para conectar  nossas casas à internet. O serviço tem como principal vantagem chegar aonde a banda larga fixa tradicional – que usa a rede telefônica ou cabo – não chega, principalmente na zona rural, litoral e áreas mais periféricas das cidades paulistas.
Para acessar o serviço, precisamos apenas plugar o Vivo Internet Box em qualquer tomada elétrica da residência para que o sinal Wi-Fi esteja disponível simultaneamente para até cinco aparelhos, como tablets, laptops e desktops. Além do uso simultâneo, o serviço tem a vantagem de proporcionar melhor  estabilidade na conexão e poder ser levado para qualquer outra casa em que haja cobertura 3GPlus ou 4G (ou seja, onde há sinal de celular).
Há diversas opções de preço para o serviço, dependendo de sua capacidade – a título de exemplo, a franquia de   10GB  custa  R$ 49,95 por mês – é um preço promocional, com 50% de desconto que não se sabe até quando será mantido. 

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Estão chegando os medidores digitais de energia elétrica

À medida em que mais tecnologia é incorporada à nossa vida diária, mais cresce o consumo de energia elétrica. Para dar conta desse aumento de consumo, inúmeras medidas vem sendo tomadas, principalmente envolvendo a construção de novas usinas hidrelétricas,  linhas de transmissão, parques eólicos etc.  
Mas é preciso dotar toda essa estrutura de inteligência, de forma a que ela seja mais eficiente, passando a  constituir o que os técnicos chamam de smart grid, ou rede inteligente. Há um componente da estrutura que será visível em nossas casas: teremos novos medidores de consumo, digitais, que substituirão o que chamamos hoje de “relógio de luz”.
Esses novos medidores permitirão que as empresas que fazem a energia chegar às nossas casas, estabelecimentos comerciais, fábricas etc., leiam o consumo, cortem e restabeleçam o fornecimento automaticamente, sem a necessidade de funcionários se deslocarem até os locais. Além disso, conhecendo o perfil de consumo, poderão, por exemplo, estabelecer tarifas mais baratas fora dos horários de pico, remanejar o fluxo de energia entre diversas linhas etc.
Para o consumidor, será possível observar com mais clareza o quanto está sendo consumido e em que horários. Isso é importante não apenas para residências, mas principalmente para indústrias que precisam otimizar o consumo e  reduzir o desperdício.
Os novos medidores poderão ser conectados à Internet, criando uma vasta gama de novas oportunidades: nos Estados Unidos, a empresa  Simple Energy desenvolveu  um game  para conscientizar os consumidores para a necessidade do uso consciente de energia. Como nos jogos do Facebook, há metas, medalhas e a chance de competir com os amigos para ver quem atinge mais metas de consumo. A experiência está sendo testada com 15.000 usuários de Worcester, no estado de Massachusetts, com bons resultados.
Essas mudanças podem acontecer  rapidamente. Técnicos esperam que até 2018 um bilhão desses medidores inteligentes estejam ligados à rede elétrica. Países como a Itália conseguiram substituir todos os seus 30 milhões de medidores em apenas cinco anos, a partir de 2000.
No Brasil, algumas distribuidoras de energia já estão preparadas para operar nesse sistema. O problema é que, no país, os novos medidores  custam pelo menos o dobro dos tradicionais. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) subsidia a instalação dos aparelhos em alguns mercados, especialmente em pequenas e médias indústrias, mas é necessária uma escala maior para o preço ficar mais atrativo. O cenário deve mudar a partir de 1° de fevereiro de 2014, quando todas as novas construções deverão, por lei, ter medidores do novo tipo.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

As empresas que atraem os jovens

Sabemos que determinadas empresas são muito atraentes para jovens que estão indo para o mercado de trabalho. Neste momento, em que em muitos países (como no Brasil) há uma falta de profissionais bem formados, as empresas esforçam-se por passarem a esses jovens bem formados uma imagem positiva. 

Nessa linha, a Universum Global, empresa de pesquisa e consultoria, entrevistou cerca de 200 mil estudantes das doze maiores economias do mundo (inclusive do Brasil), tentando descobrir quais são as empresas mais "cobiçadas" pelos jovens - estabeleceu dois rankings, um com os alunos dos cursos da área de Negócios (Administração, Economia) e outro com os alunos de cursos da área de Exatas, genericamente chamados "Engenharias".

Vale a pena examinar esses rankings: