quarta-feira, 20 de novembro de 2013

ROUBO DE CELULARES: OPERADORAS SÃO CONTRÁRIAS AO USO DE KILL SWITCHES PARA PREVENÇÃO

Kill Switches (KS) são dispositivos de software que permitem ao usuário desativar definitivamente  um celular; a ideia é utiliza-los para inutilizar celulares roubados, desestimulando assim esses roubos.
Organizações que representam os usuários, o poder público e fabricantes , entre eles a Samsung, vem discutindo a incorporação desses dispositivos aos celulares, mas as operadoras americanas (AT&T, Verizon Wireless, T-Mobile, Sprint e outras) são contrárias à ideia.
George Gascón, District Attorney de San Francisco, disse ter e-mails comprovando que a posição das operadoras decorre de sua preocupação com a queda de lucros, já que em seus planos quase sempre estão embutidos seguros (muito rentáveis para as operadoras ) contra perda e roubo dos aparelhos, que não seriam contratados por boa parte dos usuários caso a instalação dos KS desestimulasse os roubos e furtos.   
O problema tende a ganhar novas dimensões, já que o mercado segue crescendo: em 2012 o valor dos celulares vendidos nos Estados Unidos atingiu US$ 69 bilhões -  os roubos e furtos desses equipamentos segue no mesmo sentido: 1,6 milhões de celulares em 2012, representando entre 20 e 40% dos crimes nas grandes cidades. A situação chegou a tal ponto que a polícia de Nova Iorque  criou a expressão  “Apple picking”   para designar esse tipo de crime -  algo como “colheita de maçãs”, brincando com a marca Apple.  Muitas dessas máquinas roubadas acabam por ser vendidas no exterior; cabe lembrar que esses roubos podem gerar ferimentos e mesmo mortes.

Ao se posicionar contra os KS, as operadoras invocam razões de segurança, afirmando que hackers poderiam acessar  os celulares usados por policiais e por funcionários do Departamento de Defesa, embora muito provavelmente as causas desse posicionamento sejam mesmo de natureza econômica.