sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Blackphone: tentando aumentar a segurança e a privacidade dos smartphones

A SPG Technologies apresentou nesta semana no Mobile World Congress, em Barcelona, seu novo produto, o Blackphone. Diz a SPG que é  o primeiro smartphone comercial do mundo que foi desenhado para proteger a privacidade dos usuários e dar-lhes ferramentas de controle e segurança, tudo isso graças a um sistema operacional próprio, o PrivatOS, derivado do Android que incorpora técnicas avançadas de criptografia, firewall e de limpeza remota para casos de perda, furto ou roubo.
Procurando fechar todas as portas, a empresa também anunciou uma parceria com a operadora holandesa KPN, que fornecerá uma rede segura, sem intermediários que capturem  hábitos de consumo e navegação dos usuários.
Em nossa opinião,  o Blackphone é um passo adiante na busca de privacidade e segurança, que estão em cheque no mundo digital, especialmente ao protegerem seus usuários dos bisbilhoteiros não muito sofisticados.
No entanto, é preciso lembrar que os governos, especialmente o americano, possuem ferramentas muito poderosas para interceptar e decodificar conversações telefônicas e na forma de texto, que certamente podem ser utilizadas para quebrar o sigilo prometido pelo Blackphone – além disso, fica sempre a dúvida: será que as empresas que fornecem essa tecnologia não colaboram com esses governos?
Deve-se lembrar também que a maior parte das invasões e quebras de sigilo decorrem de posturas dos usuários, desde aquele que revelam suas senhas a terceiros até aqueles que ignoram o fato de que, ao utilizarem ferramentas Google estão fornecendo a este dados que serão vendidos a outras empresas; poucos sabem também que fotos  feitas com celulares quase sempre contém as coordenadas do local onde foram feitas, informação essa  que pode ser útil a terceiros.
Em resumo: acreditamos que os Blackphones podem ser vistos como uma evolução, não como uma revolução.