Saiu mais uma lista TOP500, que relaciona os 500 mais rápidos supercomputadores do mundo. A China domina a lista, não só com o primeiro colocado mas com 202 entre os 500, seguida pelos Estados Unidos com 143. Esses países obtiveram nesta lista, respectivamente, a melhor e a pior colocação no ranking desde que este foi criado há 25 anos.
O campeão é o TaihuLight (foto ao lado), que tem cerca de 41 mil processadores, cada um com 260 núcleos de processamento (totalizando 10,6 milhões de núcleos). Ele também possui 1,3 petabytes (cerca de 1,4 milhões de gigabytes) de RAM, e consome aproximadamente 15,3 megawatts de energia. Com tudo isso, alcança um desempenho de 93 petaflops (93 quatrilhões de operações por segundo). Algumas de suas aplicações estão nas áreas de defesa, meteorologia, energia atômica, cibersegurança e outras, que os chineses evidentemente não revelam.
Já o Brasil, que nunca foi uma potência científica, está ficando ainda mais defasado em relação aos outros. O supercomputador brasileiro Santos Dumont, maior da América Latina, deixou o Top 500.
Não chega a ser surpresa a saída do Santos Dumont do ranking. Em setembro deste ano, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) que opera a máquina, afirmou que a mesma poderia ser desativada no mês seguinte, devido a um corte de 44% no orçamento da instituição - a foto mostra o prédio onde está instalado o Santos Dumont.
No entanto, ainda que esses problemas não existissem, o Santos Dumont sairia do ranking de qualquer forma. A lista de junho colocava o Santos Dumont na 472ª colocação, alcançando um desempenho de 456,8 teraflops (456,8 trilhões de operações por segundo). Já no último ranking, o 500º colocado, Discover SCU11, operado pela NASA nos EUA, alcança um desempenho de 548,7 teraflops.
Inaugurado em janeiro de 2016, o supercomputador brasileiro custou R$ 60 milhões e atualmente é usado por 350 pesquisadores em cerca de 100 pesquisas científicas, inclusive envolvendo doenças como zika, alzheimer e câncer. Na época em que foi ameaçado de desligamento, seu custo operacional era da ordem de R$ 6 milhões por ano, e o orçamento do LNCC para 2017 é de apenas R$ 9 milhões após os cortes.
Pobre ciência brasileira...
Pobre ciência brasileira...