O iPhone X, smartphone mais avançado da Apple, vai custar a partir de R$ 7 mil no Brasil e, com isso, voltamos a liderar o ranking do maior preço cobrado pelo aparelho no mundo.
O ranking, feito pelo site "Quartz" no final de outubro, colocava a Hungria como o país com o iPhone X mais caro, quando o preço local é convertido para dólar. Agora, com a divulgação dos preços cobrados no Brasil, o país europeu caiu para a segunda posição.
Ao converter o preço do iPhone X no Brasil para dólar, o valor chega a US$ 2.129 ou US$ 1.130 a mais do que o valor cobrado para a versão do aparelho com 64 GB de memória nos Estados Unidos. O iPhone X é vendido na Hungria pelo equivalente a US$ 1.455, o que representa um preço US$ 456 superior ao preço do aparelho nos EUA.
O preço altíssimo no Brasil explica por que a Apple tem uma fatia tão pequena do mercado de smartphones por aqui. De acordo com levantamento da consultoria Gartner, a empresa responde por somente 5,3% das vendas de smartphones no País. A participação de mercado da companhia caiu quase cinco pontos porcentuais desde 2011, quando a Apple vendia o iPhone 4S.
"Os impostos sobre os produtos da Apple os tornam ainda mais caros do que em outros países desenvolvidos, como os EUA", diz ao jornal O Estado de S. Paulo o analista de pesquisas do Gartner, Tuong Nguyen. "Os produtos da Apple só podem ser oferecidos para as classes A e B no Brasil, portanto, a participação da empresa permanecerá limitada quando comparada a outros fabricantes, como Samsung, que têm um portfólio mais amplo de dispositivos e atendem também o mercado de massa." O aparelho custa US$ 999 nos Estados Unidos e, curiosamente, tem o preço um pouco mais baixo no Japão: US$ 994,67.
Fica a pergunta: vale tudo isso? Ou como dizem por ai, "compramos o que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas de quem não gostamos... Talvez valha a pena refletir sobre nossas respostas ao teste que a revista "Planeta" sugeriu em 2016.