No jargão naval, a expressão "monitor" designa um navio de bordo muito baixo (para oferecer alvo pequeno ao inimigo), encouraçado e fortemente artilhado.
Em função do bordo baixo, são pouco utilizados em alto mar, atuando normalmente próximos à costa e em rios.
O monitor Parnaíba, foi construído no Arsenal de Marinha da Ilha das Cobras, Rio de Janeiro, e lançado em novembro de 1937. Aos 85 anos, é o mais antigo navio da Marinha de Guerra brasileira ainda em operação. É conhecido como Jaú do Pantanal, pois, como esse peixe, é feio, robusto, feroz e parece ter largura desproporcional ao comprimento.
Está sediado na Base de Ladário, no Rio Paraguai, desde que entrou em operação; durante a 2ª Guerra Mundial serviu no Atlântico, escoltando comboios.
Atualmente patrulha nossos rios, realizando com frequência operações conjuntas com outros navios de nossa Marinha e de nações amigas, como Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
A foto ao lado mostra-o saindo do estaleiro pela primeira vez, ainda em sua configuração original.
No final da década de 1990, passou por grande remodelação, passando a ter mais mobilidade, flexibilidade, autonomia e eficácia, graças à modificação de suas plantas propulsora, de governo e de geração de energia, à modernização de seus sensores e equipamentos de comunicações, à substituição dos antigos canhões por armas mais modernas e pela instalação de um convés de voo, passando a operar um helicóptero.
Suas principais características são:
- Deslocamento: 620 toneladas - padrão / 720 toneladas - plena carga
- Dimensões: 55 m x 10,1 m x 1,6 m
- Velocidade: 12 nós (22 km/h)
- Raio de Ação: 1.350 milhas (2.500 km)
- Autonomia: 16 dias
- Tripulação: 74 homens
- Armamento: 1 reparo singelo de canhão 76mm; 2 canhões Bofors 40 mm/70 e 6 metralhadoras Oerlikon 20 mm
É mais um caso de tecnologia muito antiga ainda em serviço ativo - a foto abaixo mostra o Parnaíba em sua configuração atual.