terça-feira, 29 de janeiro de 2013


Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013
 
 

sábado, 26 de janeiro de 2013

Uma rápida visão das oportunidades e riscos trazidos pelas redes sociais

Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013




quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

LANÇADO O MAIOR PORTA CONTAINERS DO MUNDO (POR POUCO TEMPO)

O Marco Polo
Foi lançado recentemente o Marco Polo, o maior navio porta containers do mundo. Construído para transportar cargas entre a Europa e a China, o navio pode carregar 16.000 containers, medindo cerca de 400 metros de comprimento. É o primeiro de um grupo de três navios similares encomendado pela companhia de navegação francesa CMA CGM.
16.000 containers são carga equivalente a 2,1 milhões de refrigeradores, ou 13,4 milhões televisores de 42 polegadas. Em termos de volume, o navio equivale a um prédio com 2.300 apartamentos de um dormitório.
Mas o Marco Polo em breve será superado: a dinamarquesa Maersk vai receber em junho desse ano um navio capaz de transportar 18.000 containers; apenas um  de seus hélices pesará cerca de 70 toneladas – há preocupações ecológicas: a Maersk disse que seu navio emitirá, por container,  apenas a metade do CO2   emitido por um navio convencional.
Será o primeiro de uma serie de dez navios, chamada Triple E – em http://www.worldslargestship.com/ podemos obter mais informações acerca desses navios, que serão construídos, como foi o Marco Polo, pela  Daewoo Shipbuilding, na Coréia do Sul - abaixo, uma visão do navio.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Um terço dos brasileiros está no Facebook


A Socialbakers, empresa que faz pesquisa na área de  mídias sociais apoontou recentemente o Brasil como   2º país em número de usuários do Facebook, atrás apenas dos EUA; somos  64,8 milhões de brasileiros usando a rede social; em terceiro lugar está a Índia.  Em termos de  Internet, 82,3% dos brasileiros são usuários
Em 2012, o   Brasil foi o país que mais cresceu em número de usuários do Facebook, foram  29,7 milhões de novos usuários. No fim de 2011, o Brasil tinha 35,1 milhões de usuários. Um ano depois, o número chegou perto de dobrar. Isso significa que hoje um terço dos brasileiros tem perfil no Facebook (32,4%).
O número continua a crescer. Mais 4 milhões de brasileiros se cadastraram na rede nas primeiras semanas de 2013; a Socialbakers diz que o Facebook ainda tem muito potencial para crescer por aqui.
No resto do mundo a pesquisa indicou que os  Estados Unidos têm mais da metade da população conectada à rede social (53,9%), com 167,4 milhões de pessoas. Mas, em 2012, a América do Norte passou de primeira para terceira região com maior número de internautas,   atrás de Europa, em segundo, e Ásia, em primeiro.
Seis nações asiáticas estão entre os 10 de países que mais cresceram em número de usuários em 2012. Foi isso que ajudou a Ásia e figurar, pela primeira vez, como o continente com mais pessoas conectadas ao Facebook.
No entanto, quando se considera o número de habitantes, o ranking de usuários do Facebook se modifica: ele   atinge 6,8% dos asiáticos (na China é praticamente impossível utiliza-lo),   30,3% dos europeus, 44,6% dos americanos do norte, 36% dos americanos do sul, 5,1% dos africanos e   41% dos habitantes da Oceania.
O relatório traz algumas curiosidades sobre o Facebook no Brasil:
Marcas: o Guaraná Antártica é a marca mais curtida por brasileiros, com 9,6 milhões de fãs. É seguida pela Skol, com 9,1 milhões, e Coca-Cola, com 6,7 milhões.
Celebridades:   Luciano Huck é a personalidade com mais fãs brasileiros: 7,8 milhões. Depois estão a cantora Adele: 4,2 milhões e Bruno Mars, com 2,7 milhões.
Futebol: o Corinthians é o time com mais fãs na rede social, 3 milhões, seguido pelo . Flamengo, com 2,8 milhões. A página do jogador Cristiano Ronaldo é a mais curtida, com 2,4 milhões, quase empatada com a de Neymar.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

O Consumer Electronics Show (CES) 2013


Aconteceu no início deste mês de janeiro de 2013, em Las Vegas, mais uma edição do Consumer Electronics Show (CES), um dos maiores (se não o maior) evento   de eletrônica de entretenimento do mundo.
Terra de cassinos, muito além do jogo, no entanto, Las Vegas tem coisas extraordinárias e surpreendentes, como os espetáculos do Cirque du Soleil, os concertos e shows de artistas famosos, a infraestrutura incomparável de seu imenso centro de convenções, de seus luxuosos hotéis e finos restaurantes. Tudo isso fez de Las Vegas um dos centros mundiais da indústria de feiras e eventos de grande porte, superando Hannover e Frankfurt, na Alemanha.
A feira mostrou  centenas de inovações: telas flexíveis, os tabets multiformatos, os novos televisores de ultradefinição (UD, 4K) com 8 milhões de pixels, em lugar dos 2 milhões da HD normal, a tecnologia vestível (wearable technology, como os óculos do Google que mostram nossos e-mails), os jogos na nuvem (cloud gaming), os equipamentos quase indestrutíveis, o comando vocal no carro, as supertelas HD nos smartphones, a queda de preços dos televisores de LED orgânico (OLED) e toda a parafernália eletrônica para saúde e boa forma física.
Durante uma semana do CES 2013, cerca de 120 mil pessoas visitaram seus 3 mil estandes (450 dos quais de empresas chinesas), numa área total de 140 mil metros quadrados.  
É impressionante o   número de inovações e de mudanças tecnológicas ocorridas ao longo de quatro décadas - a maioria dessas tecnologias e produtos foi lançada no CES nos últimos 40 anos.
Vejamos alguns deles: em 1970, o gravador de videocassete (VCR). Em 1974, o disc laser, o bolachão com som digital e imagem analógica. Em 1975, o Pong, videogame pioneiro da Atari. Em 1979, o primeiro Walkman, reprodutor de fita cassete da Sony, com fones de ouvido de maior eficiência.
Na década de 80, em 1981, câmeras gravadoras (camcorders) do formato VHS para videocassete. Em 1982, o pré-lançamento do compact disc (CD) e de seu toca-discos (CD player); o microcomputador Commodore 64. Em 1984, o Amiga, microcomputador. Em 1985, o videogame Nintendo Entertainment System (NES), apelidado de Nintendinho no Brasil. Em 1988, o jogo eletrônico Tetris.
Nos anos 90, em 1991, CD-i ou CD interativo. Em 1993, minidisc digital de áudio. Em 1994, receptor de televisão via satélite. Em 1995, jogo eletrônico Virtual Boy. Em 1996, o DVD. Em 1998, a TV digital de alta definição (HDTV). Em 1999, gravador pessoal de vídeo ou PVRs (personal video recorder, ou PDR, de personal digital recorder).
Já nos anos 2000, em 2001, primeiro televisor de plasma e o Xbox, da Microsoft. Em 2004, blu-ray disc e HD-DVD, os DVDs de alta definição. Em 2005, primeira demonstração de IPTV com imagens de alta qualidade. Em 2006, Ultra High Definition TV (U-HDTV), da japonesa NHK, com 32 milhões de pixels em telões de 11 metros de diagonal. Em 2008, protótipos de TV a laser e TV tridimensional. Em 2009, protótipos de TV a LED e OLED. Em 2010 e 2011, os televisores de ultradefinição, ainda como protótipos.
Relembrando tudo isso, vem a curiosidade: o que vem por ai???? Quantas dessas tecnologias já não desapareceram? O mundo da tecnologia é fascinante!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

GURGEL: TECNOLOGIA AUTOMOTIVA BRASILEIRA


A Gurgel, mais importante indústria nacional de automóveis, foi fundada em   setembro de 1969 em Rio Claro, interior paulista,  com capital de cerca de US$ 50 mil, pelo engenheiro  João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, que sonhava com um carro genuinamente brasileiro.
O primeiro modelo foi o Ipanema, um bug de   linhas  modernas, com chassi, motor e suspensão Volkswagen.   Com  seis funcionários, produzia  quatro unidades por mês. Gurgel batizava seus carros com nomes  brasileiros, homenageando   nossas tribos. Em 1973 lançou o Xavante, que seria seu principal produto – chamava-se no início   X10,   era um jipe. Sobre o capô dianteiro chamava atenção a presença do estepe.  
A Gurgel foi o primeiro exportador na categoria carros especiais em 1977 e 1978 e o segundo em produção e faturamento nestes dois anos - 25% da produção seguia para fora do Brasil. Eram fabricados 10 carros por dia, sendo o X12 o principal produto. Em 1980 a linha era composta de 10 modelos - todos podiam ser fornecidos com motores a gasolina ou álcool.
O X12
Faziam parte da linha, entre outros,  o X12 TR com teto rígido, o jipe comum com capota de lona (que era a versão mais barata do X12),  o X12 RM (teto rígido e meia capota) e a versão X12 M, militar. Este, exclusivo das Forças Armadas, já vinha na cor-padrão do Exército, com  acessórios específicos. No ano de 1984, a Gurgel lançava o jipe Carajás; as versões eram TL (teto de lona), TR (teto rígido) e MM (militar). Versões especiais ambulância e furgão também existiram.
Além dos utilitários, Gurgel sonhava com um minicarro econômico, barato e 100% brasileiro para os centros urbanos. Em 1985  apresentou à FINEP - Financiadora de Estudos e Projetos a idéia do CENA, ou Carro Econômico Nacional. A empresa recebeu um financiamento  para o desenvolvimento e fabricação de protótipos e da cabeça de série para duas mil unidades/ano. E em 1987, após completar seu desenvolvimento, o novo carrinho urbano, denominado BR-800 (BR de Brasil e 800 representando o volume de deslocamento em seu motor de dois cilindros horizontais contrapostos) foi apresentado ao público oficialmente no desfile de 7 de setembro em Brasília.
O BR-800
Em dezembro de 1989 foi entregue a milésima unidade do  BR-800, que inicialmente, de acordo com a estratégia da empresa, foi vendido apenas para os acionistas da empresa, que eram instados a fornecer sugestões e críticas. Com isso, a Gurgel criou a maior frota de testes do mundo, com mais de 5.000 veículos rodando nas mãos de seus sócios.
Apesar de beneficiado por uma redução de impostos,  o BR-800 não fez sucesso por muito tempo. No início dos anos 90 a empresa já não ia tão bem; precisava de empréstimos  para investimentos e projetos. Em 1990, o surgimento do Uno Mille, seguido por outros modelos da mesma faixa,  maiores e mais rápidos que o  Gurgel, criou incômoda concorrência, pois tinham quase o mesmo preço. Uma evolução, o Supermíni, veio em 1992 - tinha um estilo  moderno, medindo 3,19 m de comprimento, era ainda o menor carro fabricado aqui, mas não consegui reverter a situação da empresa. Atolada em dívidas e enfraquecida pela concorrência das multinacionais, a Gurgel pediu concordata em junho de 1993 e acabou fechando as portas no final de 1994.  

domingo, 16 de dezembro de 2012

Tecnologia e viagens - o caso da decolar.com

Um dos ramos que mais se modificou com a aplicação da Tecnologia da Informação foi o das agências de viagens.
Muitos novos negócios surgiram aproveitando o potencial de TI; um desses casos é  o da DECOLAR.COM (www.decolar.com), que  começou a ser idealizada quando o argentino Roberto Souviron fazia seu mestrado em Administração na Duke University, nos Estados Unidos. Nesse período, Souviron viajou várias vezes entre os Estados Unidos e seu país, percebendo as vantagens de utilizar  a Internet para comprar suas passagens e fazer reservas de hotéis.
Percebendo que faltava  um serviço eficiente de viagens online para a América Latina, juntou-se a quatro colegas de curso e  começou a planejar uma empresa, pensada com a proposta de proporcionar serviços típicos de  agências de viagens, porém   através de acesso direto do cliente final ao seu site, oferecendo no instante da consulta as informações necessárias para que este pudesse planejar sua viagem e tomar  as providências relativas às reservas necessárias, sem sair de sua casa ou  escritório.
A viabilização do empreendimento dependia de grandes aportes financeiro. Depois de muito trabalhar para convencer investidores de que o projeto era uma grande ideia, eles conseguiram que a HTMF e o banco Merril Lynch investissem o necessário para começar a operação. Em agosto de 1999, em Miami, os jovens empreendedores fundaram a DESPEGAR.COM, que tinha como ambição reinventar a indústria turística da América Latina.
A empresa começou a operar em dezembro daquele ano; cerca de dois meses depois,  iniciou suas atividades  no Brasil com o nome de DECOLAR.COM, tendo se associado para isso a investidores brasileiros. Logo depois já operava em oito países latino americanos, e em  comprou sua maior rival, a mexicana  Viajo (www.viajo.com).   
Nos anos seguintes, seguiu crescendo, não se deixando porém seduzir pelo uso exclusivo da Internet: percebeu que muitos clientes pesquisavam preços e pacotes pela Internet, mas preferiam fechar negócio por telefone, e por essa razão instalou centrais  de atendimento em todos os países em que atua – essas centrais recebem quase 4 milhões de ligações por ano.
Essa e outras posturas, como garantir a devolução da diferença caso o cliente adquira um de seus produtos e depois encontre preços melhores, fazem com que  a empresa seja  a agência de viagens online líder absoluta na América Latina, operando em 20 países. Por meio de seu portal é possível reservar e comprar viagens em tempo real, a partir de uma  rede formada por mais de 750 companhias aéreas, 200 cruzeiros marítimos, 150 mil hotéis, 70 locadoras de veículos e milhares de pacotes turísticos nacionais e internacionais.  
A cada ano,   são realizadas mais de 20 milhões de consultas em toda a rede, cujo faturamento em 2010 foi de aproximadamente US$ 280 milhões, empregando cerca de mil pessoas.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

PARKER 51 - UM OBJETO DE DESEJO




Na atualidade quase tudo o que escrevemos é escrito com a ajuda de um computador, tablet ou smartphone. Mas no passado, o mais sofisticado instrumento de escrita disponível era a   Parker 51 – muitos especialistas consideram-na a melhor caneta tinteiro de todos os tempos.

Lançada nos Estados Unidos em 1941, após um longo período de pesquisa e desenvolvimento, teve sua produção praticamente paralisada em função da entrada do país na guerra. Apesar disso, a Parker continuou anunciando-a, o que criou uma demanda imensa que demorou anos a ser atendida após a fábrica voltar a produzi-la normalmente no final da guerra. 

Aqui no Brasil, a empresa anunciava na revista “O Cruzeiro”, dizendo que em breve a caneta passaria a ser vendida em nosso país. Meu pai ganhou uma de minha mãe como presente de formatura no final dos anos 1940 – ninguém podia usa-la além dele, até que um de seus funcionários roubou-a nos anos 1970. Para consola-lo, dei a ele uma  51 Mark II, fabricada no Brasil, mas que nem de longe se aproximava da original – a Parker teve uma fábrica em São Paulo que operou de 1959 até o início dos anos 1990.

A caneta recebeu o nome “51” como referência ao 51º aniversário da empresa, que aconteceu em 1939, ano em que o produto teve seu desenvolvimento concluído – dar esse nome à caneta inclusive resolveu um problema de marketing, que seria traduzir o nome em outros idiomas. 

De perfil, a caneta tinha alguma semelhança com o caça americano Mustang P-51, o mais avançado caça americano utilizado extensivamente na guerra. O nome “51” nada tinha a ver com o avião, mas a Parker explorou a semelhança em suas campanhas publicitárias.

Além de meu pai, inúmeras celebridades foram usuárias da “51”: Einstein, Churchill, Nelson Rockfeller, Margaret Thatcher, Lyndon Johnson, John   Kennedy,   Lee Iacocca.  Ernest Hemingway, o General Eisenhower (que usou a sua para aceitar a rendição dos alemães)   e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que utilizou uma “51”  de ouro, que pertencera a  Getúlio Vargas, para assinar o termo de posse de seu segundo mandato em janeiro de 1999. Com pequenas alterações a caneta permaneceu em linha até 1972, tendo em 2002 a Parker lançado uma edição comemorativa destinada a colecionadores. 

Aqui no Brasil,  joalheiros do Rio de Janeiro produziam corpos e tampas em ouro maciço, destinadas aos usuários mais abastados – essas versões, chamadas “carioquinhas”, são muito disputadas por colecionadores; abaixo, uma delas. 

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DRONES & RAPID PROTOTYPING


Drones são aeronaves  não tripuladas, controladas à distância através de rádio. Eles vem sendo utilizados cada vez mais intensivamente em atividades de reconhecimento (civil e militar) e ataque, principalmente.  São cada vez mais frequentes as notícias acerca de sua utilização na guerra do Afeganistão.
Sua principail vantagem em relação  às aeronaves convencionais está na ausência do piloto, o que permite menor tamanho, maior capacidade relativa de carga  e menores prejuízos em termos de vidas caso se acidentem ou sejam abatidos; além disso, seu custo geralemnte é menor que o de uma aeronave convencional.
Impressora 3D Stratasys

Outra tecnologia que vem crescendo significativamente é a  Rapid Prototyping  (Prototipagem Rápida), que permite que objetos sejam construidos a partir de projetos desenvolvidos  com o uso de software. Conhecidas como “impressoras 3D”, as  máquinas que constroem esses objetos operam depositando sucessivas camadas de material, geralmente plástico. São de grande utilidade para a construção de modelos de objetos que posteriormente serão produzidos com o uso de tecnologias convencionais, mas num futuro remoto poderão revolucionar o ambiente de negócios, pois poderemos chegar a um estágio em que, ao invés de comprarmos um dado objeto, compraremos seu projeto e o construiremos em casa, utilizando uma dessas máquinas. Um vídeo que trata do assunto está em http://www.youtube.com/watch?v=mWHAKrIHPFU.  

Prof. Sheffler, Easter, Turman e o Wendy

Essas tecnologias começam a se unir:  em agosto passado, os estudantes de engenharia da University of Virginia,  Steven Easter e Jonathan Turman  fizeram voar seu drone de aproximadamente dois metros de envergadura, chamado “Wendy” , em homenagem à sua mãe ( Easter e Turman são irmãos). As partes que compõem o  Wendy foram inteiramente construidas em plástico, com o uso de uma impressora Stratasys 3D. Elas foram projetadas de forma a que a aeronave pudesse ser rapidamente desmontada e partes dela reprojetadas e reconstruidas se necessário – isso foi necessário ao final do primeiro voo, quando um dos componentes do trem de pouso se partiu – logo em seguida, outros voos foram realizados, com sucesso.
David Sheffler, professor da área de engenharia aeroespacial havia dado um curso de um semestre que teve como objetivo a construção de uma replica de uma turbina a jato   Rolls-Royce AE3007  -  a máquina também foi construida com o uso de impressoras 3D Stratasys  e foi utilizada no Wendy.  
O experimento como um todo foi um sucesso, a ponto de atrair a atenção de órgãos do governo americano, que estão bancando novas pesquisa na área, envolvendo não apenas a aeronave e turbina, mas também seu sistema de guiagem, baseado na plataforma Android. Há também empresas interessadas no assunto, pois a partir de 2015, será autorizado o voo regular de drones no espaço aéreo americano, o que deve gerar grandes oportunidades de negócio – algo similar deve ocorrer no Brasil e merece a atenção de nossos empreendedores.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Aspirina - um produto da tecnologia


Serve para dores de cabeça, nas costas, no estômago. Febre e dores musculares. Dizem que reduz  em 20% a probabilidade de um segundo ataque cardíaco e que até mesmo pode prevenir algumas  formas de câncer. Nada mau para um comprimido que nasceu apenas com a missão de combater as dores do reumatismo e que, quase 120 anos depois ainda é um sucesso.
A Aspirina tem muito a ver com tecnologia:   foi o primeiro fármaco a ser sintetizado na história da farmácia e não recolhido na sua forma final da natureza. Foi a primeira criação da indústria farmacêutica.

Sua história teve início quando o francês Charles Frédéric Gerhardt e o alemão Karl Kraut começaram a estudar   o princípio ativo da planta Spiraea ulmari. Mas foi em 1897 que Felix Hoffman, um jovem farmacêutico da companhia alemã Bayer, que procurava um jeito de ajudar o pai a combater o mal-estar crônico provocado pelo reumatismo, com a ajuda do professor Heinrich Dreser  sintetizou o ácido acetilsalicílico, criando a fórmula de uma droga capaz de aliviar a dor sem muitos efeitos colaterais. No ano seguinte a Bayer testou a nova droga com 50 pacientes, provando ser a mesma extremamente eficaz; mandou o produto para testes médicos e os resultados foram impressionantes. Além disso, a Bayer enviou um livro de 200 páginas sobre o medicamento para 30.000 médicos, mostrando as vantagens da nova droga - foi a primeira grande mala-direta da história.
Em 1899, o ácido acetilsalicílico foi lançado comercialmente na Alemanha sob a marca  ASPIRIN; era inicialmente entregue às farmácias na forma de pó, em frascos de 250 gramas; estas o revendiam  em embalagens de papel de uma  grama.

O nome ASPIRIN vem dos compostos usados na fabricação do remédio: “A” de Acetil, “SPIR” da planta Spiraea ulmaria (de onde era retirada a Salicin) e “IN” um sufixo comum para medicamentos. Porém, uma lenda conta que o nome vem do santo Aspirinus, que era o bispo de Nápoles e padroeiro dos que sofriam de dores de cabeça.   
O produto fez sucesso rapidamente, mas tinha uma desvantagem - era pouco solúvel em água. Mais uma inovação da Bayer: para resolver o problema, o produto passou a ser comercializado, em 1901, na forma de comprimidos, sendo,   um dos primeiros medicamentos do mundo a estar disponível em uma dosagem padronizada. A formulação em comprimido tinha três vantagens principais: assegurar que cada comprimido tivesse uma dosagem exata do ingrediente ativo,  acabar com a falsificação do produto,  e reduzir os custos de produção. Nesta época, o novo medicamento tinha sido objeto de mais de 160 artigos científicos, todos ressaltando seus efeitos benéficos, que iam muito além do tratamento do reumatismo. Era considerado um poderoso remédio que tratava uma gama maior de outras condições, como por exemplo, dores, nevralgia, gripe, indisposição alcoólica, artrite, amidalite e até febre e diabetes.  

Os primeiros registros de venda da Aspirina no Brasil datam de 1901. O sucesso do novo medicamento foi tanto, que já em 1906, ano em que a marca foi registrada internacionalmente, a imprensa da época chamava a Aspirina de “The Wonder drug” (A droga maravilhosa). A propaganda boca a boca  garantiu fantásticos rendimentos à Bayer. Não só na Alemanha, como nos outros países da Europa e do resto do mundo, ela dominava o mercado. Há até quem diga que foi ela a verdadeira impulsionadora (ou criadora) da indústria farmacêutica. Produtos derivados foram sendo lançados, como a  CafiAspirina, indicada para a enxaqueca, pois combinava a ação analgésica e anti-inflamatória do ácido acetilsalicílico com um agente potencializador (cafeína).
A Bayer perdeu a posse da marca Aspirina em muitos países após a Primeira Guerra Mundial, como reparação de guerra aos países aliados. Outros problemas, como falsificações, afetavam a Bayer, mas a percepção de que o remédio ajudava a prevenir enfartes deram nova vida ao produto, no início da década de 1950 – em 1952, o   Livro Guinness dos Recordes apontava a Aspirina como o analgésico mais consumido do mundo. Na década de 1960, a Aspirina foi ameaçada pelos medicamentos à base de acetaminofeno e suas vendas caíram seriamente - mesmo assim, em 1969 as pílulas brancas chegavam à Lua, a bordo da nave Apollo 11, prontas para livrar os astronautas norte-americanos de eventuais dores de cabeça.  

Hoje, Aspirina é marca registrada da Bayer AG na Alemanha e em mais de 60 países. Calcula-se que o mundo consome atualmente 216 milhões de comprimidos   por dia (uma média de 2.500 unidades por segundo), o que representa para a Bayer um faturamento de €750 milhões por ano. De todas as drogas vendidas legalmente e sem receita, calcula-se que a Aspirina responda por 35.8%, o que faz dela um ícone, uma espécie de Coca-Cola das farmácias. Para a revista americana Newsweek há 5 inventos do século XX sem os quais não seria possível viver: automóvel, lâmpada, telefone, TV e... Aspirina.
Curiosamente, a Argentina consome um quarto de todas as Aspirinas tomadas no mundo - os argentinos  são os que mais utilizam o medicamento: cada habitante toma uma média de 80 comprimidos por ano! No Brasil, são mais de 92 milhões de comprimidos consumidos todos os anos. Nos países onde Aspirina não é protegida por marca registrada, como nos Estados Unidos, o nome pode ser utilizado genericamente para todos os produtos que contenham como substância ativa o acido acetilsalicílico.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Cloud Computing amplia horizonte de negócios


Com o título acima, o “Estadão” publicou recentemente  texto dando conta de que o mercado de tecnologia da informação (TI)  continua em plena expansão e atraindo recursos: em 2012, o investimento no setor deve subir 12% na América Latina, segundo estudo do IDC, uma instituição de pesquisa na área; isso significa uma movimentação de mais de US$ 97 bilhões. Com uma vantagem adicional - os benefícios desse movimento são transversais, pois afetam praticamente todos os segmentos empresariais.
Um exemplo marcante de como essa influência ocorre está no ciclo virtuoso criado pelo fenômeno Cloud Computing (computação em nuvem),  onde é possível armazenar e compartilhar dados de forma remota, ciclo esse que transformou as relações de consumo da informática e está estimulando o crescimento de empresas menores e, mais do que isso, abrindo espaço para novos negócios antes totalmente inviáveis.
Até pouco tempo atrás, a capacidade da TI de uma empresa era ditada pelo poder do equipamento que ela tinha em suas instalações. Aumentar a capacidade significava comprar servidores e sistemas de storage mais poderosos, e cada compra precisava contemplar uma margem de crescimento - já antevendo um aumento da demanda, pagava-se antecipadamente por ela.
Esse modelo excluía algo que atualmente é fundamental: a demanda é flutuante e pode subir ou descer muito em um curto espaço de tempo, principalmente no caso de setores que lidam com o grande público. O sistema de uma empresa varejista, por exemplo, pode ter seu número de acessos multiplicado repentinamente caso a empresa anuncie uma promoção relâmpago, voltando aos seus níveis normais logo em seguida.  Nessa situação, ou a empresa superdimensionava seu parque de TI para atender adequadamente ou atendia mal, com quedas de sistemas, tempos de resposta muito altos etc. – qualquer alternativa não era boa para os negócios.  
Além disso, o acesso das pessoas à internet, a presença massiva nas redes sociais e a popularização dos dispositivos móveis (tablets, smartphones) está fazendo com que a demanda por procesamento e  espaço para armazenagem de dados aumente muito. Tanta gente acessando dados de diversos lugares de forma ininterrupta e os sincronizando entre diferentes dispositivos gera uma demanda imprevisível.
Ao mesmo tempo em que ajudou a estimular esses fenômenos, a computação em nuvem surgiu como resposta para essa nova realidade. Os usuários de Cloud Computing não precisam mais comprar grandes servidores nem aumentar suas capacidades de armazenamento de forma radical - pagam pelo uso mensal, assim como fazem com    luz, água ou gás.
Apesar de ser algo novo, Cloud Computing é a materialização de um sonho antigo das empresas de tecnologia. Na década de 1960, o projeto Multics (Multiplexed Information and Computing Service) era liderado pelo MIT em conjunto com o Bell Labs e a GE, organizações que detinham alguns dos principais centros privados de pesquisa do mundo. Seu objetivo era criar alta acessibilidade, transformando a computação em facility: assim como serviços telefônicos e elétricos, seria possível ter acesso a espaços e recursos computacionais flexíveis.
O que há 50 anos parecia revolucionário - e até hoje nos surpreende -   é o propulsor de um ciclo de crescimento. À medida em que migrar para a nuvem se mostrou interessante para as grandes empresas, os data centers (que compõem a nuvem) começaram a crescer e a oferecer serviços menos caros – há ganhos de escala, pela otimização do uso dos recursos e por isso Cloud Computing vem se tornando   acessível para empresas de todos os portes.
Mesmo sendo um movimento positivo, diversas empresas têm se visto em uma posição não muito confortável: sabem das oportunidades de negócio que a nuvem traz, mas veem na mudança uma migração complexa. Elas podem ter razão. Chegar até a nuvem não significa fazer uma mera cópia e transposição dos sistemas. Trata-se de repensar toda a sua arquitetura e lógica, o que pode ou não acarretar mudanças radicais no ambiente da empresa.
Para uma ilustração  do que isso significa, basta pensar, por exemplo, que na estrutura fixa a ordem é evitar a redundância de dados para economizar espaço de armazenagem de dados  e processamento. Na nuvem, ao contrário, a redundância  pode ser bem vinda, já que pode resultar em um ganho de agilidade e velocidade de processamento, pois a disponibilidade de espaço para armazenagem não é mais um limitador. São questões operacionais, mas que influenciam diretamente na eficiência da empresa e na arquitetura das aplicações que rodarão na nuvem.
A migração realmente exige cuidados, mas é possível fazer essa transição de forma segura. Migrar para a nuvem implica em uma mudança de paradigma, e essa mudança já está acontecendo independentemente da vontade das empresas. O conjunto de novas possibilidades que essa nova tendência abre para o mundo dos negócios é proporcional à amplitude da transformação por que passa a tecnologia da informação.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Mercado brasileiro de games já é o quarto maior do mundo e deve continuar a crescer


O colega Marcos Roberto Andreasi  postou recentemente  em www.mbit2012.blogspot.com um interessante texto sobre o mercado brasileiro de games, tema que a maioria dos adultos simplesmente ignora.

Há 71 anos, quando escreveu "Brasil, País do Futuro", o austríaco Stephan Zweig registrou o fascínio do brasileiro por jogos em geral. No livro, ele se diz impressionado pela multidão que, todos os dias, lotava cassinos e se aglomerava para jogar baralho, bingo ou roleta.

O nome do obra, que virou um bordão conhecido por qualquer par de ouvidos brasileiros, parece ter tomado contornos de verdade -ao menos no mundo dos games.

De acordo com o IBOPE, 23% dos brasileiros são jogadores assíduos ou eventuais - ou seja, 45,2 milhões de pessoas; a figura abaixo traz mais informações do Ibope sobre o tema . Segundo a consultoria PWC (PricewaterhouseCoopers), o mercado, que em 2011 movimentou R$ 840 milhões e é quarto maior do mundo, crescerá em média 7,1% por ano até 2016, quando atingirá R$ 4 bilhões.

O Brasil tem 3,1 milhões de videogames da última geração (Xbox 360, PlayStation 3 e Wii), mas o mercado ainda tem como líder o PlayStation 2, lançado há 12 anos - somos o quarto mercado do mundo em games.

Lá fora o panorama é bem distinto: só nos EUA há 95 milhões de videogames, segundo o NPD Group o que sinaliza a possibilidade de confirmação das expectativas de crescimento do mercado – essa possibilidade é reforçada pelo anunciado lançamento de uma nova geração de games, cujos expoentes, Xbox 720 e PlayStation 4 devem ser lançados até 2014. 


Além da paixão pelo jogo, esse mercado pode ser ainda mais fortalecido pelo incremento do processo de gamification, conforme  discutimos em nosso post de 15 de agosto passado