segunda-feira, 25 de março de 2013
domingo, 17 de março de 2013
Cai a performance das redes sociais
Pesquisas realizadas
recentemente com o uso da ferramenta Gomez, da Compuware, mostram que o tempo
de resposta das 24 redes sociais mais utilizadas no mundo aumentou três vezes
no último semestre, ou seja: os usuários demoram mais tempo para conseguirem
acessar as redes.
As principais causas dessa
queda de performance deve-se ao aumento do número de usuários das redes e ao
maior tempo de utilização das mesmas; para manter a qualidade do serviço,
Facebook, Twitter, Linkedin e outros deveriam ter aumentado a capacidade de
seus data centers, o que não ocorreu em nível compatível com o aumento do
número de usuários e tempo de utilização.
A pesquisa mostra que o tempo
médio de acesso passou de 2,8 segundos
em julho de 2012 para cerca de 7,1 segundos em fevereiro de 2013: 2,92 vezes
mais. 7,1 segundos pode parecer pouco tempo, mas se esse número continuar
crescendo, os usuários podem ser fortemente desestimulados a acessarem as
redes. O teste foi realizado com 150.000 computadores em cerca de 170 países.
Das
24 redes sociais analisadas não se “salvaram” nem as três principais: Twitter, Facebook e LinkedIn. O tempo de acesso do
Linkedin passou de 0,78 segundos para 2,17 (2,7 vezes maior), o do Facebook de 0,80 segundos para 2,47 (três vezes maior)
e o Twitter passou para 2,44 segundos contra 1,42 e julho (aumento de 1,7 vezes).
O estudo considerou também a
disponibilidade das redes (tempo em que a rede está disponível para seus
usuários), constatando que houve queda também nesse indicador: a média era de
99,42% em julho e caiu para 97,71%.
Dentre
as grandes redes, o Linkedin sofreu a menor queda de 99,9% para 99%. Twitter e
Facebook caíram dois pontos, para 97,8%
e 97,2%, respectivamente. Como curiosidade, a pior rede nesse quesito foi MySpace que esteve disponível durante 94,7% do tempo.
Essa queda pode parecer
irrelevante, mas se continuar aumentando pode desestimular os usuários e gerar
grandes prejuízos às redes e àqueles que as utilizam comercialmente.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
SMARTPHONES: APPLE E SAMSUNG ENFRENTAM ATAQUE DE MODELOS MAIS BARATOS
Acontece
nesta semana em Barcelona o Mobile World Congress, o maior evento de telefonia
móvel de todo o mundo.
Nele,
ficou claro que outros fabricantes de celulares pretendem lançar smartphones mais rápidos e
mais baratos para fazer frente ao domínio da Samsung e da Apple nesse mercado.
A Nokia apresentou
dois smartphones de "categoria média" destinados a clientes que
desejam inovações, mas não querem - ou não podem - gastar muito com um telefone;
os modelos Lumia 520 e 720, que têm funções até agora reservadas aos celulares
de alta categoria do grupo, como câmera fotográfica de alta resolução e sistema
de GPS, serão vendidos na Europa por € 139 e 249, respectivamente.
A Huawei, que ocupa o terceiro lugar na lista
dos maiores fornecedores smartphones, com 5,3% do mercado mundial, lançou um
aparelho que diz ser o mais rápido do planeta – é o Ascend P2, que promete uma
velocidade 50% maior do que a dos seus concorrentes diretos, e que será vendido
na Europa por € 399, quase a metade do
que custa um iPhone, vendido por € 679.
Também é bem mais barato que o Samsung Galaxy III, que custa € 649.
O One Touch Star da
Alcatel, que tem integrado um processador duplo de 1 GHz, tela de
quatro polegadas e uma câmera de cinco megapixels, será vendido por preços que variam de € 199 a
219, conforme o modelo.
A Sony levou ao
evento seu Xperia Z, lançado em janeiro no Japão e o mais vendido naquele país;
a Sony inicia agora suas vendas em mais 60 países.
A chinesa ZTE apresentou um
"phablet", aparelho metade telefone e metade tablet, com uma tela de
5,7 polegadas. Batizado de Gran Memo, ele permite fazer chamadas com uma só mão
e tem integrados GPS e uma câmera fotográfica de 13 megapixels.
A taiwanesa HTC
também lançou seu novo HTC One – especialistas dizem que o mesmo precisa ser
melhor que seus últimos lançamentos, que decepcionaram os usuários.
Mas
as donas do mercado não estão paradas: a líder Samsung, com 29% dos smartphones
vendidos no mundo, lançou seu mini tablet, o Galaxy Note 8.0. O novo
modelo de seu smartphone mais bem sucedido, o Galaxy S, será lançado em abril. Já a Apple,
segunda do mercado com 22,1% das vendas, não participa do evento, mas
certamente está muito atenta ao que vem acontecendo ali.
Aqui
no Brasil as coisas são um pouco mais complicadas, especialmente em função da
alta carga tributária. Apesar disso, espera-se que ao final de 2013 os
smartphones sejam 50% dos celulares vendidos no país. Talvez possam ser
adotadas estratégias como a que a Apple vem adotando na Índia, em parceria com
as operadoras de celeular: financiar a compra desses aparelhos, que já não são
uma tendência, mas uma realidade no mercado.
Outra
preocupação: e os usuários que desejarem um telefone apenas com funções ainda
mais básicas, tipo agenda, caixa postal e hora? Os fabricantes vão se
interessar em vender esses aparelhos ou pretendem “empurrar” equipamento mais
caro?
PS: Depois que o texto acima foi postado, tivemos a informação de que foi lançado o Nokia 105, com tela colorida, rádio FM e capacidade para fazer e receber chamadas e trocar mensagens de texto (torpedos) - custará na Europa € 15.
PS: Depois que o texto acima foi postado, tivemos a informação de que foi lançado o Nokia 105, com tela colorida, rádio FM e capacidade para fazer e receber chamadas e trocar mensagens de texto (torpedos) - custará na Europa € 15.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Jovens da geração Z do Brasil são dependentes de tecnologia
Um estudo feito pela Ericsson mostra que os brasileiros nascidos a
partir de 1990, componentes da chamada geração Z, são extremamente dependentes da
tecnologia. Atualmente, 20% desta geração é usuária de smartphone e 41% utiliza
banda larga móvel em algum dispositivo (celular, smartphone, tablet, notebook
ou desktop).
O estudo, realizado anualmente, chamado “Infocom Brasil 2012”, do
ConsumerLab, da Ericsson, pesquisa o
comportamento do usuário e “ajuda a mapear os caminhos que a sociedade
conectada vem trilhando em todo o mundo”, segundo diz a empresa.
A pesquisa, realizada apenas com jovens brasileiros, revela dados
interessantes: 9 em cada 10 possuem um aparelho celular, 70% têm computador em
casa e 61% já possuem banda larga em suas residências. Além disso, quase metade
passa mais de três horas por dia conectado e somente 8% deles ainda não são
usuários de internet. Eles não se desconectam nem mesmo assistindo televisão, acessam
as redes sociais e interagem enquanto consomem conteúdo (48%).
Os jovens entrevistados usam SMS todos os dias para diversas finalidades
(83%) e gostam tanto de teclar quanto de falar ao telefone (92%). A geração
também participa ativamente das redes sociais: 89% deles fazem uso de pelo
menos uma rede social e mais de 64% a acessam diariamente. A pesquisa
também mostra que o público prefere conteúdo gratuito: a maioria (58%) faz
download de músicas e filmes de graça, enquanto somente 37% paga pelo download
de algum tipo de conteúdo.
Além disso, os jovens também valorizam o novo, não gostam de barreiras e
não estão preocupados com estabilidade. São criativos, inteligentes,
tolerantes, flexíveis e abertos. Gostam da gratificação instantânea e da
novidade, afirma a empresa.
Para eles, os produtos eletrônicos são apenas um meio para a experiência
tecnológica, e sua principal preocupação é com a qualidade e validade do
conteúdo. Preferem se comunicar por chat ou SMS (62%)
do que via e-mail (56%), e, de acordo com a companhia, fazem parte de um grupo
questionador, mas que sabe ouvir.
É a chamada geração do diálogo, que precisa receber feedback constante e
que aprecia, também, expressar seu ponto de vista, conclui a Ericsson.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
ESTÔNIA APLICA TECNOLOGIA AO ENSINO DA MATEMÁTICA
Escolas
e professores usualmente são conservadores. Quando se trata de matemática, mais
ainda. Lembro-me bem quando havia forte oposição ao uso de calculadoras nas
aulas dessa disciplina, sob a alegação que isso prejudicaria o aprendizado...
Mas
algumas coisas vem mudando na área, ainda que lentamente. Um dos responsáveis por
essa mudança é Computerbasedmath.org, uma organização voltada para a reforma radical
do ensino da matemática buscando dar ao aluno conhecimentos dos princípios
dessa ciência, com o uso de computadores.
A
organização foi fundada por por Conrad Wolfram, irmão de Stephen Wolfram, o criador da
plataforma Mathematica, ferramenta que que
é usada em em
diversas áreas: ciência da computação, engenharia, biologia, química, processamento
de imagens, finanças, estatística, matemática e outras, e que também serve
como um ambiente
para desenvolvimento rápido de programas.
A ideia básica, como já disse, é estimular os alunos a utilizar computadores para
explorar conceitos matemáticos, proporcionando um entendimento mais profundo desses conceitos, ao invés de faze-los memorizar passos necessários para resolver problemas.
A ideia
começa a ser implementada na Estônia, pequena (1,3 milhões de habitantes) ex-república soviética situada às margens do mar
Báltico. O país não é um centro de alta tecnologia, mas foi um dos
locais onde foi criado o Skype e está
lançando uma ampla reforma de currículos, que prevê aulas de ciência da
computação para estudantes a partir de sete anos – os professores já estão
sendo treinados.
Com a
crescente demanda por desenvolvedores de software e analistas de dados (estes necessários em
função do advento de Big Data), a Estônia aposta que pode preparar seus jovens
para esse mercado de trabalho; além disso, Wolfram acredita que cidadãos com
esse tipo de formação podem avaliar riscos
de forma mais adequada, entender melhor o mundo das finanças e, até mesmo, desenvolverem um “sexto sentido matemático”,
que os ajudaria nas suas vidas pessoal e profissional.
Embora
otimista sobre o projeto na Estônia, Wolfram reconhece que o mundo da educação tem um longo
caminho a percorrer, afirmando que só em algumas décadas o ensino de matemática
vá ser amplamente baseado em computadores
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Microsoft compra a Dell ou apenas faz um investimento?
Michael
Dell, fundador e presidente da fabricante de computadores que leva seu nome,
anunciou operação para o fechamento do capital de sua empresa. A operação
contou com o apoio financeiro de bancos e da Microsoft, que teria injetado US$
2 bilhões no negócio - alguns comentaristas tem dito que na prática trata-se da compra da Dell pela Microsoft, que seria formalizada em alguns meses.
Segundo esses comentaristas, a Microsoft pretende com isso fornecer soluções completas de hardware e software a empresas (como fazem Oracle, IBM e outros) e a usuários finais, como faz a Apple e estão tentando fazer a Amazon e o Google.
A Microsoft, até hoje a maior produtora mundial de software, investiu em ou adquiriu centenas de companhias de tecnologia em seus 37 anos de história, mas os retornos nem sempre foram positivos – vale a pena lembrar de algumas dessas operações, começando pelas mais recentes:
Segundo esses comentaristas, a Microsoft pretende com isso fornecer soluções completas de hardware e software a empresas (como fazem Oracle, IBM e outros) e a usuários finais, como faz a Apple e estão tentando fazer a Amazon e o Google.
A Microsoft, até hoje a maior produtora mundial de software, investiu em ou adquiriu centenas de companhias de tecnologia em seus 37 anos de história, mas os retornos nem sempre foram positivos – vale a pena lembrar de algumas dessas operações, começando pelas mais recentes:
- Nook – Em 2012, investiu US$ 605 milhões no e-reader Nook e na divisão de e-books didáticos da Barnes & Noble, maior rede livrarias dos Estados Unidos. O Nook continua atrás do Kindle, da Amazon, o e-reader mais vendido.
- Skype - Serviço adquirido por US$ 8,5 bilhões em maio de 2011. O preço foi considerado alto na época, mas ainda é cedo para julgar o sucesso financeiro do negócio.
- Nokia - Pagou mais de US$ 1 bilhão à Nokia quando a fabricante finlandesa decidiu equipar seus smartphones com o Windows, em 2011. Os retornos recebidos pela Microsoft vêm sendo decepcionantes porque a Nokia não conseguiu abalar o domínio do mercado do iPhone (Apple) e do Android (Google).
- Yahoo - Em 2008, a Microsoft se tornou provedora exclusiva de serviços de buscas para o Yahoo em troca de participação na receita publicitária gerada pelas buscas; o acordo de 10 anos vem se provando insatisfatório para os dois lados.
- Facebook - Investiu US$ 240 milhões para adquirir 1,6% das ações da rede social em 2007 (antes da abertura do capital do Facebook) - o valor dessas ações é muito maior agora e a operação abriu caminho para cooperação entre o Facebook e os serviços de e-mail Outlook e de buscas Bing, da Microsoft.
- aQuantive - Adquirida por US$ 6,3 bilhões em 2007, o valor do investimento da Microsoft na companhia de publicidade online foi quase todo perdido.
- Great Plains/Navision - A aquisição das duas empresas, em 2001 e 2002, respectivamente, abriu caminho para a criação das operações de software empresarial da Microsoft, e é vista como sucesso.
- AT&T - A Microsoft adquiriu US$ 5 bilhões em ações da operadora de telefonia e TV a cabo AT&T em 1999, para promover o uso do Windows em decodificadores de TV, mas isso não obteve o retorno esperado.
- Apple – Investiu cerca de US$ 150 milhões na Apple durante uma crise, em 1997, e assinou acordo para produzir software para o Mac, então impopular. O acordo pôs fim a uma longa disputa de patentes entre as empresas e supostamente salvou a Apple, o que permitiu a ela eclipsar a Microsoft financeiramente uma década mais tarde.
- Comcast - Investiu de US$ 1 bilhão na operadora de TV a cabo Comcast, em 1997, para ajudá-la a criar serviços de dados e vídeo de alta velocidade. A conexão entre TV e computadores que Bill Gates desejava demorou a decolar, e a Microsoft vendeu suas ações 12 anos mais tarde, com prejuízo
Como se
pode verificar, tecnologia custa caro; investimentos pesados (e arriscados)
precisam ser feitos.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Ray-Ban: sinônimo de óculos para sol
Algumas marcas, pela
sua popularidade, acabam se tornando sinônimo de um dado produto: Gilette se
transformou em sinônimo de lâmina de barbear, Durex passou a designar fita
adesiva etc.
Algo semelhante aconteceu com os óculos Ray-Ban, que se transformaram em
sinônimo de óculos para sol. Os Ray-Ban surgiram na década de 1920, na esteira do
rápido crescimento da aviação. Os pilotos sofriam com a intensa claridade acima
das nuvens, que ofuscava os olhos e causava distorções visuais, agravadas pelos raios
ultravioleta (UV) e infravermelho (IV); em função disso, John MacCready, um general da Força Aérea dos
Estados Unidos, fez um pedido à Bausch & Lomb, empresa óptica americana
fundada em 1849 por J.J. Bausch e H. Lomb: pesquisar uma proteção ocular para
os seus pilotos.
O Aviator |
A empresa, depois de
dez anos de pesquisas intensas, apresentou os óculos Anti-Glare Aviator, munidos de lentes verdes de cristal com tecnologia que bloqueava um alto percentual da luz visível e também dos raios
ultravioleta e infravermelho (IV). Esses óculos rapidamente passaram a fazer
parte dos acessórios básicos dos militares americanos, mas somente em 1937 a
novidade ganhou o nome de Ray-Ban e começou a ser comercializada em sua versão
civil, batizada de Ray-Ban Aviator, com lentes verde-escuras e armação
dourada. Os óculos foram batizados com esse nome, pois reduziam a incidência de
raios UV e IV, ou seja, baniam os raios (em inglês Ray-Banner, Banidor de Raios).
MacArthur |
O sucesso foi instantâneo: a propaganda
associava os óculos aos homens com
estilo esportivo, amantes da vida ao ar livre, de força e coragem – é icônica a
imagem do General MacArthur desembarcado nas Filipinas em 1944 (de onde saíra fugindo dos japoneses em 1942), usando um Ray-Ban. Muitas mulheres passaram a
usa-los, o que levou ao lançamento de modelos femininos, tão bem-sucedidos
quanto os masculinos.
Novas coleções foram
sendo lançadas, sendo uma data notável 1951, quando a pedido da
Marinha dos Estados Unidos, a empresa desenvolveu as lentes cinza N-15; em 1952
a empresa lançou um de seus modelos de maior sucesso: o Wayfarer, que se tornou popular especialmente após ter sido usado pela atriz Audrey Hepburn, em 1961 no clássico
filme “A Bonequinha de Luxo” – nos últimos anos esse modelo ganhou ainda mais
popularidade.
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Audrey Hepburn |
A marca seguiu uma
trajetória de sucesso, embora razões estratégicas tenham levado à sua
venda, 1999, para a
empresa italiana Luxxotica por US$ 640 milhões; atualmente, a marca vende cerca
de US$ 1,3 bilhão ao ano, em 130 países e é gerida a partir de Milão.
É também uma das grifes mais falsificadas
em todo o mundo, o que comprova sua popularidade
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
sábado, 26 de janeiro de 2013
Uma rápida visão das oportunidades e riscos trazidos pelas redes sociais
Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013
Tema discutido com calouros da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie em janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
LANÇADO O MAIOR PORTA CONTAINERS DO MUNDO (POR POUCO TEMPO)
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O Marco Polo |
Foi lançado recentemente o Marco Polo, o maior navio porta containers do
mundo. Construído para transportar cargas entre a Europa e a China, o navio
pode carregar 16.000 containers, medindo cerca de 400 metros de comprimento. É
o primeiro de um grupo de três navios similares encomendado pela companhia de
navegação francesa CMA CGM.
16.000 containers são carga equivalente a 2,1 milhões de refrigeradores,
ou 13,4 milhões televisores de 42 polegadas. Em termos de volume, o navio
equivale a um prédio com 2.300 apartamentos de um dormitório.
Mas o Marco Polo em breve será superado: a dinamarquesa Maersk vai
receber em junho desse ano um navio capaz de transportar 18.000 containers;
apenas um de seus hélices pesará cerca
de 70 toneladas – há preocupações ecológicas: a Maersk disse que seu navio
emitirá, por container, apenas a metade
do CO2 emitido por um navio
convencional.
Será o primeiro de uma serie de dez navios, chamada Triple E – em http://www.worldslargestship.com/
podemos obter mais informações acerca desses navios, que serão construídos,
como foi o Marco Polo, pela Daewoo
Shipbuilding, na Coréia do Sul - abaixo, uma visão do navio.
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Um terço dos brasileiros está no Facebook
A Socialbakers, empresa que faz pesquisa na área de mídias sociais apoontou recentemente o Brasil
como 2º país em número de usuários do
Facebook, atrás apenas dos EUA; somos 64,8 milhões de brasileiros usando a rede
social; em terceiro lugar está a Índia. Em
termos de Internet, 82,3% dos
brasileiros são usuários
Em 2012, o
Brasil foi o país que mais
cresceu em número de usuários do Facebook, foram 29,7 milhões de novos usuários. No fim de
2011, o Brasil tinha 35,1 milhões de usuários. Um ano depois, o número chegou
perto de dobrar. Isso significa que hoje um terço dos brasileiros tem perfil no
Facebook (32,4%).
O número continua a crescer. Mais 4 milhões de brasileiros se
cadastraram na rede nas primeiras semanas de 2013; a Socialbakers diz que o
Facebook ainda tem muito potencial para crescer por aqui.
No resto do mundo a pesquisa indicou que os Estados Unidos têm mais da metade da população
conectada à rede social (53,9%), com 167,4 milhões de pessoas. Mas, em 2012, a
América do Norte passou de primeira para terceira região com maior número de
internautas, atrás de Europa, em segundo, e Ásia, em
primeiro.
Seis nações asiáticas estão entre os 10 de países que mais cresceram em
número de usuários em 2012. Foi isso que ajudou a Ásia e figurar, pela primeira
vez, como o continente com mais pessoas conectadas ao Facebook.
No entanto, quando se considera o número de habitantes, o ranking de
usuários do Facebook se modifica: ele atinge 6,8% dos asiáticos (na China é
praticamente impossível utiliza-lo), 30,3% dos europeus, 44,6% dos americanos do
norte, 36% dos americanos do sul, 5,1% dos africanos e 41%
dos habitantes da Oceania.
O relatório traz algumas curiosidades sobre o
Facebook no Brasil:
Marcas: o Guaraná Antártica
é a marca mais curtida por brasileiros, com 9,6 milhões de fãs. É seguida pela
Skol, com 9,1 milhões, e Coca-Cola, com 6,7 milhões.

Futebol: o Corinthians é o time com mais
fãs na rede social, 3 milhões, seguido pelo . Flamengo, com 2,8 milhões. A
página do jogador Cristiano Ronaldo é a mais curtida, com 2,4 milhões, quase
empatada com a de Neymar.
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
O Consumer Electronics Show (CES) 2013
Aconteceu
no início deste mês de janeiro de 2013, em Las Vegas, mais uma edição do Consumer
Electronics Show (CES), um dos maiores (se não o maior) evento de eletrônica de entretenimento do mundo.
Terra de cassinos, muito além do jogo, no entanto, Las Vegas tem
coisas extraordinárias e surpreendentes, como os espetáculos do Cirque du
Soleil, os concertos e shows de artistas famosos, a infraestrutura incomparável
de seu imenso centro de convenções, de seus luxuosos hotéis e finos
restaurantes. Tudo isso fez de Las Vegas um dos centros mundiais da indústria
de feiras e eventos de grande porte, superando Hannover e Frankfurt, na
Alemanha.
A feira mostrou centenas de
inovações: telas flexíveis, os tabets multiformatos, os novos televisores de
ultradefinição (UD, 4K) com 8 milhões de pixels, em lugar dos 2 milhões da HD
normal, a tecnologia vestível (wearable technology, como os óculos do Google
que mostram nossos e-mails), os jogos na nuvem (cloud gaming), os equipamentos quase
indestrutíveis, o comando vocal no carro, as supertelas HD nos smartphones, a
queda de preços dos televisores de LED orgânico (OLED) e toda a parafernália
eletrônica para saúde e boa forma física.
Durante uma semana
do CES 2013, cerca de 120 mil pessoas visitaram seus 3 mil estandes (450 dos
quais de empresas chinesas), numa área total de 140 mil metros quadrados.
É impressionante
o número de inovações e de mudanças tecnológicas
ocorridas ao longo de quatro décadas - a maioria dessas tecnologias e produtos
foi lançada no CES nos últimos 40 anos.
Vejamos alguns
deles: em 1970, o gravador de videocassete (VCR). Em 1974, o disc laser, o
bolachão com som digital e imagem analógica. Em 1975, o Pong, videogame
pioneiro da Atari. Em 1979, o primeiro Walkman, reprodutor de fita cassete da
Sony, com fones de ouvido de maior eficiência.
Na década de 80, em
1981, câmeras gravadoras (camcorders) do formato VHS para videocassete. Em
1982, o pré-lançamento do compact disc (CD) e de seu toca-discos (CD player); o
microcomputador Commodore 64. Em 1984, o Amiga, microcomputador. Em 1985, o
videogame Nintendo Entertainment System (NES), apelidado de Nintendinho no
Brasil. Em 1988, o jogo eletrônico Tetris.
Nos anos 90, em
1991, CD-i ou CD interativo. Em 1993, minidisc digital de áudio. Em 1994,
receptor de televisão via satélite. Em 1995, jogo eletrônico Virtual Boy. Em
1996, o DVD. Em 1998, a TV digital de alta definição (HDTV). Em 1999, gravador
pessoal de vídeo ou PVRs (personal video recorder, ou PDR, de personal digital
recorder).
Já nos anos 2000,
em 2001, primeiro televisor de plasma e o Xbox, da Microsoft. Em 2004, blu-ray
disc e HD-DVD, os DVDs de alta definição. Em 2005, primeira demonstração de
IPTV com imagens de alta qualidade. Em 2006, Ultra High Definition TV (U-HDTV),
da japonesa NHK, com 32 milhões de pixels em telões de 11 metros de diagonal.
Em 2008, protótipos de TV a laser e TV tridimensional. Em 2009, protótipos de
TV a LED e OLED. Em 2010 e 2011, os televisores de ultradefinição, ainda como
protótipos.
Relembrando tudo
isso, vem a curiosidade: o que vem por ai???? Quantas dessas tecnologias já não
desapareceram? O mundo da tecnologia é fascinante!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
GURGEL: TECNOLOGIA AUTOMOTIVA BRASILEIRA
A Gurgel, mais importante indústria nacional de automóveis,
foi fundada em setembro de 1969 em Rio Claro, interior
paulista, com capital de cerca de US$ 50
mil, pelo engenheiro João Augusto
Conrado do Amaral Gurgel, que sonhava com um carro genuinamente brasileiro.
O primeiro modelo foi o Ipanema, um bug de linhas
modernas, com chassi, motor e suspensão
Volkswagen. Com seis
funcionários, produzia quatro unidades
por mês. Gurgel batizava seus carros com nomes brasileiros, homenageando nossas
tribos. Em 1973 lançou o Xavante, que seria seu principal produto – chamava-se
no início X10, era um jipe. Sobre o capô dianteiro chamava
atenção a presença do estepe.
A Gurgel foi o primeiro exportador na categoria carros
especiais em 1977 e 1978 e o segundo em produção e faturamento nestes dois anos
- 25% da produção seguia para fora do Brasil. Eram fabricados 10 carros por
dia, sendo o X12 o principal produto. Em 1980 a linha era composta de 10
modelos - todos podiam ser fornecidos com motores a gasolina ou álcool.
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O X12 |
Faziam parte da linha, entre outros, o X12 TR com teto rígido, o jipe comum com
capota de lona (que era a versão mais barata do X12), o X12 RM (teto rígido e meia capota) e a versão
X12 M, militar. Este, exclusivo das Forças Armadas, já vinha na cor-padrão do
Exército, com acessórios específicos. No
ano de 1984, a Gurgel lançava o jipe Carajás; as versões eram TL (teto de
lona), TR (teto rígido) e MM (militar). Versões especiais ambulância e furgão
também existiram.
Além dos utilitários, Gurgel sonhava com um minicarro
econômico, barato e 100% brasileiro para os centros urbanos. Em 1985 apresentou à FINEP - Financiadora de Estudos e
Projetos a idéia do CENA, ou Carro Econômico Nacional. A empresa recebeu um financiamento
para o desenvolvimento e fabricação de
protótipos e da cabeça de série para duas mil unidades/ano. E em 1987, após
completar seu desenvolvimento, o novo carrinho urbano, denominado BR-800 (BR de
Brasil e 800 representando o volume de deslocamento em seu motor de dois
cilindros horizontais contrapostos) foi apresentado ao público oficialmente no
desfile de 7 de setembro em Brasília.
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O BR-800 |
Em dezembro de 1989 foi entregue a milésima unidade do BR-800, que inicialmente, de acordo com a
estratégia da empresa, foi vendido apenas para os acionistas da empresa, que
eram instados a fornecer sugestões e críticas. Com isso, a Gurgel criou a maior
frota de testes do mundo, com mais de 5.000 veículos rodando nas mãos de seus
sócios.
Apesar de beneficiado por uma redução de impostos, o BR-800 não fez sucesso por muito tempo. No
início dos anos 90 a empresa já não ia tão bem; precisava de empréstimos para investimentos e projetos. Em 1990, o
surgimento do Uno Mille, seguido por outros modelos da mesma faixa, maiores e mais rápidos que o Gurgel, criou incômoda concorrência, pois tinham
quase o mesmo preço. Uma evolução, o Supermíni, veio em 1992 - tinha um estilo moderno, medindo 3,19 m de comprimento, era ainda
o menor carro fabricado aqui, mas não consegui reverter a situação da empresa.
Atolada em dívidas e enfraquecida pela concorrência das multinacionais, a
Gurgel pediu concordata em junho de 1993 e acabou fechando as portas no final
de 1994.
domingo, 16 de dezembro de 2012
Tecnologia e viagens - o caso da decolar.com
Um dos ramos que mais se modificou com a aplicação da Tecnologia da
Informação foi o das agências de viagens.
Muitos novos negócios surgiram aproveitando o potencial de TI; um desses
casos é o da DECOLAR.COM (www.decolar.com), que começou a ser idealizada quando o argentino
Roberto Souviron fazia seu mestrado em Administração na Duke
University, nos Estados Unidos. Nesse período, Souviron viajou várias vezes
entre os Estados Unidos e seu país, percebendo as vantagens de utilizar a Internet para comprar suas passagens e fazer
reservas de hotéis.
Percebendo que faltava um serviço
eficiente de viagens online para a América Latina, juntou-se a quatro colegas
de curso e começou a planejar uma
empresa, pensada com a proposta de proporcionar serviços típicos de agências de viagens, porém através
de acesso direto do cliente final ao seu site, oferecendo no instante da
consulta as informações necessárias para que este pudesse planejar sua viagem e
tomar as providências relativas às
reservas necessárias, sem sair de sua casa ou escritório.
A viabilização do empreendimento dependia de grandes aportes financeiro.
Depois de muito trabalhar para convencer investidores de que o projeto era uma
grande ideia, eles conseguiram que a HTMF e o banco Merril Lynch investissem o
necessário para começar a operação. Em agosto de 1999, em Miami, os jovens
empreendedores fundaram a DESPEGAR.COM, que tinha como ambição reinventar a
indústria turística da América Latina.
A empresa começou a operar em dezembro daquele ano; cerca de dois meses
depois, iniciou suas atividades no Brasil com o nome de DECOLAR.COM, tendo se
associado para isso a investidores brasileiros. Logo depois já operava em oito
países latino americanos, e em comprou
sua maior rival, a mexicana Viajo (www.viajo.com).
Nos anos seguintes, seguiu crescendo, não se deixando porém seduzir pelo
uso exclusivo da Internet: percebeu que muitos clientes pesquisavam preços e
pacotes pela Internet, mas preferiam fechar negócio por telefone, e por essa
razão instalou centrais de atendimento
em todos os países em que atua – essas centrais recebem quase 4 milhões de
ligações por ano.
Essa e outras posturas, como garantir a devolução da diferença caso o
cliente adquira um de seus produtos e depois encontre preços melhores, fazem
com que a empresa seja a agência de viagens online líder absoluta na
América Latina, operando em 20 países. Por meio de seu portal é possível
reservar e comprar viagens em tempo real, a partir de uma rede formada por mais de 750 companhias
aéreas, 200 cruzeiros marítimos, 150 mil hotéis, 70 locadoras de veículos e
milhares de pacotes turísticos nacionais e internacionais.
A cada ano, são realizadas mais de 20 milhões de consultas
em toda a rede, cujo faturamento em 2010 foi de aproximadamente US$ 280 milhões,
empregando cerca de mil pessoas.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
PARKER 51 - UM OBJETO DE DESEJO

Na atualidade
quase tudo o que escrevemos é escrito com a ajuda de um computador, tablet ou
smartphone. Mas no passado, o mais sofisticado instrumento de escrita
disponível era a Parker 51 – muitos especialistas consideram-na
a melhor caneta tinteiro de todos os tempos.
Lançada
nos Estados Unidos em 1941, após um longo período de pesquisa e desenvolvimento,
teve sua produção praticamente paralisada em função da entrada do país na
guerra. Apesar disso, a Parker continuou anunciando-a, o que criou uma demanda
imensa que demorou anos a ser atendida após a fábrica voltar a produzi-la
normalmente no final da guerra.
Aqui no Brasil, a empresa anunciava na revista “O
Cruzeiro”, dizendo que em breve a caneta passaria a ser vendida em nosso país. Meu
pai ganhou uma de minha mãe como presente de formatura no final dos anos 1940 –
ninguém podia usa-la além dele, até que um de seus funcionários roubou-a nos
anos 1970. Para consola-lo, dei a ele uma 51 Mark II, fabricada no Brasil, mas que nem
de longe se aproximava da original – a Parker teve uma fábrica em São Paulo que
operou de 1959 até o início dos anos 1990.
A caneta recebeu o nome “51” como
referência ao 51º aniversário da empresa, que aconteceu em 1939, ano em que o
produto teve seu desenvolvimento concluído – dar esse nome à caneta inclusive
resolveu um problema de marketing, que seria traduzir o nome em outros idiomas.

De perfil, a caneta tinha alguma
semelhança com o caça americano Mustang P-51, o mais avançado caça americano
utilizado extensivamente na guerra. O nome “51” nada tinha a ver com o avião,
mas a Parker explorou a semelhança em suas campanhas publicitárias.
Além de meu pai, inúmeras celebridades foram usuárias da “51”: Einstein, Churchill, Nelson Rockfeller, Margaret
Thatcher, Lyndon Johnson, John Kennedy, Lee Iacocca.
Ernest Hemingway, o General Eisenhower (que
usou a sua para aceitar a rendição dos alemães)
e o ex-presidente Fernando
Henrique Cardoso, que utilizou uma “51” de ouro, que pertencera a Getúlio Vargas, para assinar o termo de posse
de seu segundo mandato em janeiro de 1999. Com pequenas alterações a caneta
permaneceu em linha até 1972, tendo em 2002 a Parker lançado uma edição
comemorativa destinada a colecionadores.
Aqui no Brasil, joalheiros do
Rio de Janeiro produziam corpos e tampas em ouro maciço, destinadas aos
usuários mais abastados – essas versões, chamadas “carioquinhas”, são muito
disputadas por colecionadores; abaixo, uma delas.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
DRONES & RAPID PROTOTYPING
Drones são aeronaves não
tripuladas, controladas à distância através de rádio. Eles vem sendo utilizados
cada vez mais intensivamente em atividades de reconhecimento (civil e militar) e
ataque, principalmente. São cada vez
mais frequentes as notícias acerca de sua utilização na guerra do Afeganistão.
Sua principail vantagem em relação
às aeronaves convencionais está na ausência do piloto, o que permite menor
tamanho, maior capacidade relativa de carga e menores prejuízos em termos de vidas caso se
acidentem ou sejam abatidos; além disso, seu custo geralemnte é menor que o de
uma aeronave convencional.
Outra tecnologia que vem crescendo significativamente é a Rapid Prototyping (Prototipagem Rápida), que permite que objetos
sejam construidos a partir de projetos desenvolvidos com o uso de software. Conhecidas como “impressoras
3D”, as máquinas que constroem esses
objetos operam depositando sucessivas camadas de material, geralmente plástico.
São de grande utilidade para a construção de modelos de objetos que
posteriormente serão produzidos com o uso de tecnologias convencionais, mas num
futuro remoto poderão revolucionar o ambiente de negócios, pois poderemos
chegar a um estágio em que, ao invés de comprarmos um dado objeto, compraremos
seu projeto e o construiremos em casa, utilizando uma dessas máquinas. Um vídeo
que trata do assunto está em http://www.youtube.com/watch?v=mWHAKrIHPFU.
Essas tecnologias começam a se unir: em agosto passado, os estudantes de engenharia
da University of Virginia, Steven Easter e Jonathan Turman fizeram voar seu drone de aproximadamente dois
metros de envergadura, chamado “Wendy” , em homenagem à sua mãe ( Easter e
Turman são irmãos). As partes que compõem o Wendy foram inteiramente construidas em plástico,
com o uso de uma impressora Stratasys 3D. Elas foram projetadas de forma a que
a aeronave pudesse ser rapidamente desmontada e partes dela reprojetadas e reconstruidas
se necessário – isso foi necessário ao final do primeiro voo, quando um dos
componentes do trem de pouso se partiu – logo em seguida, outros voos foram
realizados, com sucesso.
David Sheffler, professor da área de engenharia aeroespacial
havia dado um curso de um semestre que teve como objetivo a construção de uma
replica de uma turbina a jato Rolls-Royce AE3007 - a máquina também foi construida com o uso de
impressoras 3D Stratasys e foi
utilizada no Wendy.
O experimento como um todo foi um sucesso, a ponto de atrair a atenção
de órgãos do governo americano, que estão bancando novas pesquisa na área,
envolvendo não apenas a aeronave e turbina, mas também seu sistema de guiagem,
baseado na plataforma Android. Há também empresas interessadas no assunto, pois
a partir de 2015, será autorizado o voo regular de drones no espaço aéreo
americano, o que deve gerar grandes oportunidades de negócio – algo similar
deve ocorrer no Brasil e merece a atenção de nossos empreendedores.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Aspirina - um produto da tecnologia
A Aspirina tem muito a ver com tecnologia: foi o
primeiro fármaco a ser sintetizado na história da farmácia e não recolhido na
sua forma final da natureza. Foi a primeira criação da indústria farmacêutica.
Sua história teve início quando o francês
Charles Frédéric Gerhardt e o alemão Karl Kraut começaram a estudar o
princípio ativo da planta Spiraea ulmari. Mas foi em
1897 que Felix Hoffman, um jovem farmacêutico da companhia alemã Bayer, que
procurava um jeito de ajudar o pai a combater o mal-estar crônico provocado
pelo reumatismo, com a ajuda do professor Heinrich Dreser sintetizou o ácido acetilsalicílico, criando a
fórmula de uma droga capaz de aliviar a dor sem muitos efeitos colaterais. No
ano seguinte a Bayer testou a nova droga com 50 pacientes, provando ser a mesma
extremamente eficaz; mandou o produto para testes médicos e os resultados foram
impressionantes. Além disso, a Bayer enviou um livro de 200 páginas sobre o
medicamento para 30.000 médicos, mostrando as vantagens da nova droga - foi a
primeira grande mala-direta da história.
Em 1899, o ácido acetilsalicílico foi lançado
comercialmente na Alemanha sob a marca
ASPIRIN; era inicialmente entregue às farmácias na forma de pó, em
frascos de 250 gramas; estas o revendiam em embalagens de papel de uma grama.
O nome ASPIRIN vem dos compostos usados na
fabricação do remédio: “A” de Acetil, “SPIR” da
planta Spiraea ulmaria (de onde era retirada a Salicin) e “IN” um
sufixo comum para medicamentos. Porém, uma lenda conta que o nome vem do santo
Aspirinus, que era o bispo de Nápoles e padroeiro dos que sofriam de dores de
cabeça.
O produto fez sucesso rapidamente, mas tinha
uma desvantagem - era pouco solúvel em água. Mais uma inovação da Bayer: para
resolver o problema, o produto passou a ser comercializado, em 1901, na forma
de comprimidos, sendo, um dos primeiros medicamentos do mundo a estar
disponível em uma dosagem padronizada. A formulação em comprimido tinha três
vantagens principais: assegurar que cada comprimido tivesse uma dosagem exata
do ingrediente ativo, acabar com a
falsificação do produto, e reduzir os
custos de produção. Nesta época, o novo medicamento tinha sido objeto de mais
de 160 artigos científicos, todos ressaltando seus efeitos benéficos, que iam
muito além do tratamento do reumatismo. Era considerado um poderoso remédio que
tratava uma gama maior de outras condições, como por exemplo, dores, nevralgia,
gripe, indisposição alcoólica, artrite, amidalite e até febre e diabetes.

A Bayer perdeu a posse da marca Aspirina em
muitos países após a Primeira Guerra Mundial, como reparação de guerra aos
países aliados. Outros problemas, como falsificações, afetavam a Bayer, mas a
percepção de que o remédio ajudava a prevenir enfartes deram nova vida ao
produto, no início da década de 1950 – em 1952, o Livro
Guinness dos Recordes apontava a Aspirina como o analgésico mais consumido do
mundo. Na década de 1960, a Aspirina foi ameaçada pelos medicamentos à base de
acetaminofeno e suas vendas caíram seriamente - mesmo assim, em 1969 as pílulas
brancas chegavam à Lua, a bordo da nave Apollo 11, prontas para livrar os
astronautas norte-americanos de eventuais dores de cabeça.
Hoje, Aspirina é marca registrada da Bayer AG na Alemanha e em mais de 60 países. Calcula-se que o mundo consome atualmente 216 milhões de comprimidos por dia (uma média de 2.500 unidades por segundo), o que representa para a Bayer um faturamento de €750 milhões por ano. De todas as drogas vendidas legalmente e sem receita, calcula-se que a Aspirina responda por 35.8%, o que faz dela um ícone, uma espécie de Coca-Cola das farmácias. Para a revista americana Newsweek há 5 inventos do século XX sem os quais não seria possível viver: automóvel, lâmpada, telefone, TV e... Aspirina.
Curiosamente, a Argentina consome um quarto de
todas as Aspirinas tomadas no mundo - os argentinos são os que mais utilizam o medicamento: cada
habitante toma uma média de 80 comprimidos por ano! No Brasil, são mais de 92
milhões de comprimidos consumidos todos os anos. Nos países onde Aspirina não é
protegida por marca registrada, como nos Estados Unidos, o nome pode ser
utilizado genericamente para todos os produtos que contenham como substância
ativa o acido acetilsalicílico.
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