que devem ser retirados de serviço neste ano. O J-7 é uma cópia do Mig-21 soviético, e durante muito tempo foi a espinha dorsal da aviação de caça do país.
No início dos anos 1960, os soviéticos equiparam a China com o Mig-21, mas suspenderam o fornecimento dos mesmos em meados daquela década, quando as relações entre os países passaram a deteriorar-se.
Como é praxe, os chineses aplicaram a técnica de engenharia reversa – em termos práticos, pirataria – e lançaram os J-7 em 1966, que começaram a ser retirados de serviço em 2018.
Cerca de 2.400 deles foram produzidos até 2013; no entanto eram notórios os problemas do avião, desde defeitos constantes de fabricação até pouca capacidade de combustível, que lhes dava baixa autonomia. Além disso, o J-7 era fracamente armado e seus assentos ejetáveis falhavam constantemente.
Apesar de todos esses problemas, o J-7 foi exportado para países que procuravam caças baratos, como Albânia, Egito, Irã, Iraque Paquistão e Zimbabwe.
Agora, o Global Times, jornal do governo chinês, anuncia que os J-7 remanescentes podem ser transformados em drones suicidas a serem empregados em possíveis ataques a Taiwan. Drones suicidas são aqueles carregados com explosivos, que chocam-se contra alvos inimigos.
A transformação de aviões em drones, ainda mais quando eles não precisarão retornar após cumprirem suas missões, é relativamente fácil e barata, o que permite acreditar que essa transformação pode vir a ser feita.
Além disso, a utilização desses aviões como drones pouparia pilotos treinados, usualmente o ativo mais raro nas forças aéreas.